SETE - CALLIE
Eu passei a semana inteira esperando pela sexta-feira. Foi um alívio sair do clube de música e ir para casa correndo. Noah não ficou para me esperar porque o padrasto pediu a ajuda dele em alguma coisa e ele não queria que o impedissem de sair.
Termino minha maquiagem com tempo de sobra. Hoje eu não vou me atrasar. Meu cabelo ainda está úmido, mas eu não me preocupo com isso. Visto a roupa que separei. É um vestido azul de um tecido bem fluído e leve, sem mangas. Ele cai perfeitamente em mim.
– Callie, você está linda! – Hannah espia pela porta do meu quarto.
– Você acha? – eu dou uma voltinha para ela me olhar melhor.
– Sim. Quero ser bonita assim como você.
Hannah se parece comigo, tem o rosto um pouco mais gordinho que o meu – algo que puxou da minha mãe –, olhos verdes e cabelo loiro e ondulado. Ela vai ficar tão bonita quanto eu quando crescer. Mas até lá, ela será apenas a minha irmã mais nova que vai roubar meus sapatos assim que eu esquecer a minha porta aberta.
– Que sapato eu uso? – pego minhas opções e mostro-as para ela. Uma sapatilha com estampa floral e salto alto preto que ganhei de Annie no meu aniversário. – Qual fica melhor?
Hannah analisa as opções levemente indecisa e anda em direção a melhor opção.
– O preto.
– Obrigada – puxo-a para perto e beijo seu rosto. – Agora vai assistir desenho, vai.
– Mamãe me colocou de castigo.
– O que você fez?
– Quebrei um carrinho do Alex.
– Que feio – eu a repreendo enquanto calço o sapato.
– Sem tevê de noite.
Meu celular toca. Deve ser Noah.
– Preciso ir.
Coloco minha irmã para fora do quarto. Volto, pego a minha bolsa, desço a escada correndo e grito para a minha mãe que estou indo.
– Ei, para onde você vai assim correndo? – Noah me espera na frente da porta e eu topo com ele, quase nos levando ao chão.
– Desculpa – eu me ajeito e olho para ele. – Você está ótimo.
Noah usa uma camisa branca – mangas dobradas até no cotovelo – com uma gravata borboleta preta, jeans e tênis. Ok, ele se superou. Ele está segurando um fio de nylon e eu olho para cima.
– Para que um balão? – eu seguro a mão dele e nós andamos até o táxi que vai nos levar para o restaurante.
– Os caras dão flores para as garotas no baile. Como eu sei que você não curte muito flores, eu pensei em te comprar um balão – ele dá um sorriso tímido. Ele coloca o balão dentro do táxi, fecha a porta e o taxista pergunta para onde vamos. – Seaside Club, por favor.
– Pegou o nosso prêmio?
– Claro – ele puxa a pontinha do papel do bolso. Ele olha para o meu vestido e depois para o balão. – Eu juro que isso foi coincidência.
– Tudo bem – eu rio.
Vejo as casas serem deixadas para trás. As lojas com suas vitrines iluminadas, restaurantes e bares abertos, clientes chegando para se divertir. Então nós estamos passando pela orla e logo chegamos ao restaurante.
Seaside Club, inicialmente, era um clube de surfe. Mas o ponto se tornou tão visitado e atrativo que os donos expandiram o negócio. Construíram um clube, alguns apartamentos para alugar no verão e um restaurante bem à beira do mar. Dizem que, quando a maré está cheia, a água bate na pedras próximas e conseguem atingir as janelas.
Descemos do carro, vamos para a recepção, entregamos nosso prêmio e o atendente diz que um garçom logo virá nos buscar. Eu aproveito esse tempo para ajeitar o colarinho da camisa de Noah.
– Eu fiz isso errado? – ele me pergunta. Nós estamos quase da mesma altura e ele consegue me olhar sem ter que inclinar muito a cabeça.
– Não, está certo. Eu só estou ajeitando.
– Obrigado.
– Não precisa agradecer – eu sorrio. – Pronto. Agora está bem melhor.
O garçom nos chama e indica que nossa mesa já está pronta. Noah agradece um pouco nervoso, eu seguro sua mão e sussurro que vai dar tudo certo.
Entramos no salão e somos levados para uma mesa de dois lugares ao lado de uma das janelas que dá vista para o mar. As ondas quebram nas pedras a metros abaixo de nós, do jeito que me contaram depois do show de talentos.
Noah puxa a cadeira para que eu sente e amarra o balão no braço dela. Eu não consigo esconder o quanto estou feliz por estar com ele.
– Espero não estragar tudo – murmura Noah enquanto se senta.
– Você não vai, quer apostar? – ergo minha sobrancelha.
– O que nós apostaríamos?
– Eu não sei.
– Então nada de apostas.
– Olá, belo casal – um garçom interrompe nossa conversa. – Bem vindos ao Seaside Club. Eu sou Andy e vou servi-los essa noite. Como ganhadores do show de talentos, vocês tem o direito de desfrutar das delícias do nosso novo cardápio jovem e refrescante. O chefe já tem uma sugestão para a noite de vocês, caso queriam ouvir e não consigam se decidir.
Ele nos entrega o cardápio e nos deixa folheá-lo. São muitas opções e a minha mente naturalmente indecisa não consegue escolher uma. Desvio meu olhar para Noah e vejo que ele também está perdido.
– E então? – Andy nos pergunta como se já soubesse o que vamos pedir.
– Noah, pode ser a sugestão do chefe? – eu pergunto mais para confirmar mesmo porque o rosto confuso dele diz tudo.
– Claro. Cara, o cardápio de vocês tem muita coisa boa.
– Obrigado, senhor – ele sorri. – Bom, a sugestão do chefe só inclui os pratos, as bebidas serão da escolha de vocês. Para entrada, temos a salada de folhas com frutas frescas, nomeada Salada de Verão.
Meus olhos buscam o tal prato e vejo que ele é o primeiro da lista.
– Para o prato principal, temos duas opções que estão sendo muito elogiadas. Brisa Cítrica, que consiste em macarrão com camarões e molho de limão, e o Filé Santa Mônica, arroz à grega, molho de maracujá e cenoura e um suculento filé, assado lentamente e temperado com os melhores ingredientes. Bom, a sobremesa será uma surpresa.
Ele finalmente termina – eu achava que ele ia recitar pratos pelo resto da noite – e eu acabaria ainda mais faminta e indecisa, mesmo sendo essas as sugestões do chefe.
– Posso pedir o Filé? – Noah não curte frutos do mar num geral.
– Claro. E a senhorita? – Andy anota a escolha de Noah.
– Fico com o macarrão.
– Para beber?
– Eu vou querer esse coquetel sem álcool. – Eu me parabenizo por dentro por conseguir escolher alguma coisa.
– E eu quero um suco de abacaxi com hortelã – Noah abaixa o cardápio. Ele parece estar segurando o riso.
– Tudo certo então – Andy repete nossos pedidos para conferirmos. – Se precisarem de qualquer coisa, é só chamar.
Ele se retira e Noah começa a rir.
– O que foi? – tento entender o motivo da graça.
– Esses pratos... – Ele não consegue parar de rir.
– Por favor, seja discreto.
– Desculpa. – Ele respira fundo tentando se controlar. – Eu não estava aguentando.
– Só esquece os nomes agora – eu adquiro uma seriedade que eu nunca tive. – Eu me sinto tão bem em estar aqui com você.
– Eu também.
Eu não consigo parar de olhá-lo. É tão bom estar apaixonada e não se importar com as coisas ruins da vida. Eu tenho Noah, não poderia pedir mais.
– Você está linda – ele diz.
– Temos um recorde de elogios. Será que você vai tomar gosto por isso e me elogiar a noite toda?
– A noite ainda está longe de terminar.
– Você podia fazer shows aqui – eu me pego imaginando Noah tocando na beira da praia para uma multidão numa tarde ensolarada.
– Seria realmente incrível. – Ele olha ao redor. – Nossa, seria fantástico.
– Seria mesmo.
Coloco a minha mão sobre a mesa e Noah a alcança. Ele a segura firme e se perde naquele momento – e eu vou junto viajar em nossas ideias mais malucas.
– No que está pensando? – ok, talvez não estejamos na mesma sintonia de pensamentos.
– Nas férias. Falta só uma semana.
– Sim. Graças a Deus. Tudo que quero são essas férias.
– Você vai gostar de Nova Iorque, dos meus avós, de passar um tempo comigo. Talvez eu até consiga um lugar legal para você tocar lá. Mas, pensando bem, dá para levar um violão no avião?
– Callie, eu não faço ideia. Eu nunca andei de avião antes. Mas deve ter um jeito, né?
– Com certeza. Se não tiver, eu arranjo um violão para você. Se eu não me engano, meus avós tem um piano no apartamento.
– O que seus avós fazem?
– Minha avó é uma arquiteta e design de interiores muito conhecida e meu avô é engenheiro civil. Eles vivem viajando o mundo.
– E como eles são?
– Eles são bem legais. Eu não deveria falar isso, mas eles são mais liberais e engraçados que os meus avós paternos. Eu acho que eles vão te adorar, meu avô curte música e você vai ganhar pontos com ele se tocar algo clássico.
– Já me sinto melhor por saber que eles vão me adorar. Sua avó paterna queria que eu cortasse meu cabelo, foi bem assustador.
– Aham. – Eu rio.
Andy deixa nossas bebidas e eu provo um pouco do coquetel. Não é nem um pouco parecido com os que eu já tomei. Não tem a consistência de sorvete, está mais para um suco de manga com refrigerante.
Levanto a mão e chamo Andy.
– Como posso ajudá-la?
– Será que nós podemos caminhar um pouco na sacada?
– Por que não poderiam? Vocês querem mudar de lugar? Temos mesas disponíveis lá fora.
– Aqui dentro está ótimo – interrompo-o. – Mas é que eu queria andar um pouco, não gosto muito de ficar sentada.
– Não, claro, entendo a senhorita. A porta para a sacada é aquela ali – ele a aponta – e eu aviso-os caso a comida fique pronta.
– Obrigada.
– Não tem de que.
Noah e eu vamos para fora. Ele também estava entediado de ficar sentado. Assim que saímos do salão, Noah segura a minha cintura e me puxa para perto da grade. Fico de frente para ele, passo meus braços ao redor do seu corpo e olho para o lado. Consigo ver as ondas indo e vindo, levando consigo a areia da nossa bela praia.
– Terra para Callie – Noah me beija na testa.
– Desculpa.
– Você não está com fome? Porque eu estou. Esses pratos com nomes engraçados demoram.
– Eu não sei porque ainda espero que você fale algo fofo nesses momentos – rio com meus lábios perto dos seus. – Porém tudo o que você fala é bonitinho.
– Assim você me deixa sem jeito.
Fecho meus olhos e abraço Noah. Ele me aperta contra seu corpo e eu tenho que fazer um pouco de força para ele me soltar. Sinto sua cabeça no meu ombro, seu perfume me conforta e eu passo meus dedos por seu cabelo.
Noah coloca seu rosto em frente ao meu e nós nos beijamos. O sabor do abacaxi está em seus lábios e eu não consigo deixar de beijá-lo. Não quero parar para respirar. Não quero deixar Noah ir. Não vou perdê-lo.
– Meninos – Andy nos interrompe, mas eu não me afasto de Noah –, a entrada já vai ser servida.
– Obrigado, Andy – Noah diz.
Ele está me olhando nos olhos e eu tento me focar nos dele, mas não consigo. Eu fico virando meu rosto e ele carinhosamente o coloca onde deve ficar. Será que ele consegue ver uma parte de mim que eu não enxergo?
– Eu te amo – digo sem medo.
– Eu sinto o mesmo, mas nesse momento, eu amo mais a comida que está nos esperando.
Aí está o meu Noah. Rio porque é difícil me segurar.
Voltamos para a nossa mesa e somos servidos. Dois pratos bem arrumados e coloridos com uma variedade de folhas e frutas de deixar qualquer um com água na boca.
Noah para de reclamar de fome porque os pratos principais vem logo em seguida. Nós não conversamos porque não sobra tempo entre uma garfada e outra. São pratos para ninguém botar defeito, muito bem preparados e de ótimo paladar. Coloco na minha lista que tenho que convencer meu pai de trazer nossa família para cá depois de Nova Iorque.
– Vejo que vocês gostaram muito dos pratos. – Andy retira a louça vazia da nossa mesa, organiza-as no carrinho e deixa mais um copo do que nós estamos bebendo. – A sobremesa vai demorar um pouco, caso vocês desejam ir lá para fora, eu os aviso quando ela for servida.
– Você pode servi-la lá fora? – Noah pede.
– Claro.
– Obrigado, Andy.
Ele nos deixa. Noah pega a minha mão para me levar lá para fora. Eu só tenho tempo de pegar minha bolsa – o balão fica para trás.
– Noah, calma! – ele está correndo entre as mesas ocupadas e eu tento não esbarrar em ninguém.
– Você não aguenta correr?
– Eu estou de salto!
Ele ri e abre a porta para mim.
– Agora que estou satisfeito, espero que a sobremesa demore bastante.
– O que você ama mais: eu ou a comida?
– É uma questão complicada. – Ele brinca. – Eu te amo, Callie. É que eu fiquei o dia inteiro pensando na comida daqui. Sabe como é.
– Da próxima vez, então, chame a comida para sair. – Digo num tom de brincadeira.
– Ah, não. Eu posso levar você para comer fora. É ou não é a melhor coisa do mundo? Tenho você e tenho a comida.
– Eu estou com ciúmes disso – beijo-o rapidamente. – Ou eu, ou a comida.
– Tudo bem. Está pronta para a verdade? – Noah pergunta seriamente tentando fazer suspense. – Você, Callie. Acho que eu escolheria você sempre.
– Me sinto melhor agora. Como eu não tenho nada para competir com você, eu só escolho você, todas as vezes.
– Mesmo?
– Mesmo.
– Então estamos bem. Não há nada para nos atrapalhar, certo?
– Bom, se você tirar nossos pais, nossos irmãos, a escola, o pessoal da escola, nossos compromissos e mais um monte de coisas, não vai sobrar nada para nos atrapalhar. – Ele ri de novo. Nós estamos sempre arrancando sorrisos um do outro.
– Viu? Quase nada.
– Pouquíssima coisa.
– Podemos aproveitar esse tempo antes que Andy nos interrompa?
– Faça o que você quiser com esse tempo.
Noah sobe as mãos pelos meus braços, fazendo com que meus olhos se fechem. Logo sinto seus lábios contra os meus suavemente, quase sem movimento. Mas isso muda rapidamente quando ele aprofunda o beijo, levando suas mãos para minhas costas, fazendo com que um suspiro escape de mim. Minhas mãos apertam seus braços sem intenção de soltá-los. E quando menos espero, Noah se afasta e me beija na têmpora.
– Sei que não sou bom com palavras... – Ele começa quase sussurrando. – Mas quero que saiba que só você importa para mim.
– Não, Noah, isso soa egoísta – eu o olho nos olhos. – Se você me ama, eu não preciso de mais nada para saber o quanto sou importante e vice versa.
– Você tem razão.
Seus olhos passeiam por mim pela milésima vez. Ele fez isso à noite toda e não para de me olhar nesse vestido.
– Meninos? – Andy aparece. Ele parece envergonhado por estar sempre nos interrompendo. – A sobremesa de vocês.
Noah me solta, busca as pequenas taças e volta para onde eu estou. Ele me entrega uma e prova o que está na dele.
– Isso está muito bom! – ele exclama com a boca cheia.
– O que é? – pego um pouco com a colher e analiso o aspecto.
– Parece ser sorvete de frutas vermelhas com pedaços de morango e calda de chocolate. – Ele ri. – Prove.
Experimento o que está na colher. É realmente bom. Eu já estou comendo mais e mais daquilo, Noah tenta roubar um pouco do meu, mas eu fujo. Somos como duas criancinhas e eu sei que alguns clientes estão prestando atenção em nós.
Andy reaparece minutos depois, recolhe nossas taças e pergunta se precisamos de um táxi. Eu digo que sim.
– Ah, vocês deixaram isso na mesa – ele me entrega o balão.
– Obrigada pela atenção, Andy – eu agradeço.
– Voltem mais vezes. E você – ele aponta para Noah – eu ouvi clientes comentando que você é um ótimo cantor. Não posso falar muito, mas o gerente está procurando cantores locais e eu acho que seria muito bom te ter aqui.
– Eu posso deixar o número do meu amigo e vocês entram em contato, pode ser? – ele diz meio sem jeito. Noah é tímido demais para essas coisas e Tyler cuida disso para ele sendo um empresário bem prestativo.
– Fale com o atendente lá na recepção sobre isso. Tenham uma boa noite.
– Você também – eu aceno para Andy e ele nos dá as costas.
– Foi muito divertido – digo para Noah, mas ele já sabe disso.
– E eu não estraguei as coisas.
– É, verdade – abraço-o rapidamente. Estamos na frente da minha casa e eu tenho quase certeza de que minha mãe está espiando pela janela. – Obrigada pelo balão.
– Você pode passar lá em casa amanhã para me ajudar com química?
– Que horas?
– De tarde, lá pelas duas.
– Você precisa de muitos pontos?
– Aham.
– Ainda bem que você sabe cantar – puxo-o pela camisa e o beijo. – Boa noite.
– Boa noite, Callie.
Ele espera eu entrar em casa – e só depois que eu fecho a porta, ele vai embora. Minha mãe finge estar discutindo sobre algum projeto com meu pai, eu passo direto para o meu quarto, fecho a porta e mando uma mensagem para Annie.
Callie: ISSO. FOI. INCRÍVEL.
Annie: EU SEMPRE SOUBE QUE VOCÊS DOIS FORAM FEITOS UM PARA O OUTRO.
Callie: Cala a boca porque você nunca disse isso.
Annie: Eu pensei, mas não te falei, não queria criar esperanças caso não desse certo.
Callie: Ai meu Deus Annie, ele foi tão fofo. E ele me deu um balão!
Annie: Eu apostei com Diana que ele ia te dar flores.
Callie: Tá lembrada que eu não curto flores? Ok, não importa. Lá no restaurante, ele foi tão romântico, no estilo Noah Young.
Annie: Senhora Young, acalme-se.
Callie: ANNIE PARE DE ME CHAMAR ASSIM!
Annie: O que foi? Você não quer casar com ele?
Callie: Nós somos jovens, nosso relacionamento ainda tem muito caminho para percorrer.
Annie: Tá Callie, guarda esse discurso para outra hora. E eu falo com você mais tarde, ok?
Callie: Saindo com o Max?
Annie: Aham. Nós estamos na casa dele vendo um filme. E ele está voltando. Amanhã a gente se fala.
Callie: Até.
Tiro o vestido, o sapato, a maquiagem, visto o meu pijama e me jogo na cama. Amarro o balão no meu abajur e largo o celular no meio dos cobertores. Eu não consigo parar de pensar e reviver cada segundo dessa noite. Não há sensação melhor que essa.
Fecho meus olhos e caio no sono.
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