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QUATORZE - NOAH

Essa é a época do ano em que Santa Mônica se torna um formigueiro de pessoas. Geralmente a maioria dos turistas se hospeda em Los Angeles e passam aqui apenas para conhecer a cidade. Mas o Pacific Coast Hotel está lotado. Tantas pessoas de sotaques e línguas diferentes falando ao mesmo tempo poderiam até me assustar se eu não estivesse admirado.

Jason – gerente de recepção – me explicou tudo que devo fazer. Apenas ficar atrás do balcão da recepção, ser acolhedor e dar informações aos hóspedes sobre outros serviços – ou qualquer coisa que eles precisarem. Seria até tranquilo, se não tivesse um hóspede a cada minuto pedindo informação para alguma coisa. No entanto, não vejo como um problema. Se eu deixei de ir para Nova Iorque com Callie por causa deste programa, é bom que eu não tenha tempo para ficar entediado ou pensando em como seria melhor estar em outra cidade.

É meu segundo dia aqui. Ontem quase não fiz nada, apenas conheci o hotel, minhas funções e fiquei observando os recepcionistas trabalharem.

Pacific Coast Hotel fica em frente à praia. É um dos melhores hotéis de Santa Monica e nessa época do ano, é o mais procurado.

– É bom te ver perfeitamente arrumado hoje. – Jason diz olhando para o meu cabelo.

Foi difícil – muito difícil mesmo – manter meu cabelo no lugar. Ele está tão acostumado com a liberdade que penteá-lo foi bem trabalhoso. Mantê-lo arrumado foi ainda pior. Durante todo meu caminho para cá tive que controlar minhas mãos.

Estou usando a camisa preta do uniforme – com o nome do hotel escrito em dourado sobre meu peito – com calças também pretas. Não pareço comigo mesmo, então, contanto que eu não encontre nenhum conhecido, estou bem.

– Ordens são ordens. – Digo sorrindo.

– Ótimo. – Jason mantém os olhos em uma folha. – Noah, eu estava lendo sua ficha. É verdade que sabe tocar piano?

Ontem na entrevista me perguntaram o que eu gostava de fazer e eu tive que falar sobre meu amor pela música e quais instrumentos sei e gosto de tocar.

– Aham. É verdade, sim.

– Temos um piano no restaurante. Na última reunião, o pessoal de lá disse não ter contratado ninguém esse mês ainda... – ouvir isso me deixa animado e ele nem terminou de falar ainda. – Posso comentar sobre você com eles.

– Obrigado. – Meu sorriso aumenta.

– Mas seria fora de seu turno. – Ele continua pensativo. – Seu turno é o da tarde. Tocar no restaurante é para o horário do jantar. E apenas sexta e sábado. – ele coça a cabeça. – Você ganharia extra.

Pensei que ele diria que eu teria que escolher entre o programa ou tocar no restaurante. Estou um pouco aliviado.

– Tudo bem. Eu topo ainda assim.

Ficar aqui tocando com certeza é melhor que ficar em casa sem nada para fazer. E ainda é piano. Como não tenho um em casa – só posso tocar no grupo de música –, isso com certeza é um presente.

– Certo. Vou falar com os outros. – Jason aponta para Jackie, uma das recepcionistas. – Qualquer dúvida aqui, pergunte a ela.

– Tudo bem. Ah, Jason, se aceitarem, esse sábado eu não poderei. – Digo. Acabo de me lembrar. – Irei me apresentar no Seaside Club e...

– Seaside? – ele me interrompe. – Então é mesmo talentoso? – ele sorri para mim do mesmo jeito que faz com os hóspedes. Assim nem aparenta ser dez anos mais velho que eu. – Vou arranjar um jeito de ir lá te assistir.

Abro meu maior sorriso.

– Será uma honra.

– Pode deixar que irei avisá-los.

Assinto. Jason sai de trás do balcão e cumprimenta um hóspede que passa pelo hall.

Jackie me explica o que fazer durante o check-in de um hóspede. Checar a disponibilidade do apartamento que reservou, verificar a documentação e confirmar os dados.

– Até sexta-feira você estará no automático. – Ela me diz. – É sempre a mesma coisa com todos, só muda o hóspede.

Anoto cada informação mentalmente.

– Boa tarde. – Uma senhora se apoia no balcão. Há um grupo de pessoas atrás dela, todos usando roupas leves e tênis de corrida. – Vimos na programação que teria um passeio de bicicleta agora. Estamos na hora?

Jackie me mostra a planilha com a programação da semana no computador. Olho para a hora e para o dia de hoje na planilha e encontro o que a senhora falou. Jackie me entrega uma folha, em seu topo está escrito em negrito "Tour de bicicleta" e ela está numerada de um a trinta.

– Peça para assinarem o nome aqui. – Ela me entrega uma caneta também. – Vou procurar pelo responsável pela atividade.

Ela vai até o telefone na outra ponta do balcão. Viro a folha para a senhora na minha frente.

– Todos vocês vão participar? – pergunto e olho para o grupo. Não parece ter mais de trinta pessoas.

– Sim, nós vamos.

– Assinem o nome de vocês aqui do lado de cada número, por favor. – Solicito apontando para a folha. – O responsável pela atividade já está vindo.

– Podemos esperar ali? – ela aponta para o lobby da recepção.

O lobby é bem arejado e iluminado. Tem a decoração contemporânea – como todo o hotel – com o mobiliário branco e o lustre preto e o bar ao fundo.

– Sim. Sem problemas. Só fiquem juntos.

– Obrigada, meu querido. – Ela pega a caneta e a folha e guia todos para o lobby.

– Estão vindo. – Jackie volta a ficar ao meu lado.

Aproveito o momento para verificar meu celular. Há algumas fotos de Nova Iorque e uma mensagem de Callie.

Callie: Como está indo no hotel?

Noah: Até que é legal. Como está indo em Nova Iorque?

Callie: A programação de hoje envolve uma grande estátua e umas voltas pela cidade.

Noah: Fico feliz em saber que está se divertindo.

– Onde está o grupo? – guardo meu celular no mesmo instante e ergo a cabeça. Tyler está debruçado no balcão com um sorriso estampado no rosto. – Estava mandando mensagens para Callie, né? Como ela está?

– Ela está bem. – Aponto em direção ao lobby e seguro a risada ao pensar em Tyler guiando essas pessoas por aí de bicicleta. – Seu grupo está ali.

– Não é o melhor trabalho de todos? Vou andar de bicicleta pela cidade em que cresci e ainda vou ganhar por isso. – Ele diz todo alegre. Jackie ao meu lado começa a rir. – Pena que esse programa só dura um mês. Deveria durar as férias inteiras. Não, deveria ser para sempre. Eu aceito.

– É só o seu segundo dia, não se anime tanto. – Jackie sussurra para ele.

– Nada disso. Amanhã a atividade será vôlei na praia. Tem como ser ruim? – ele só falta dar pulinhos de felicidade.

A supervisora de Tyler se aproxima e segura seu braço.

– Eles assinaram os nomes? – ela me pergunta.

– Sim e a folha está com eles.

– Obrigada. – Ela se vira para Tyler. – Cooper, vá preparar as bicicletas.

– Como quiser, chefe! – Tyler sorri animado.

Sua supervisora ajeita o boné na cabeça e vai até seu grupo. Posso ouvi-la perguntar a eles se estão animados para o passeio.

Tyler olha para mim e começa a rir. Ergo uma sobrancelha para ele.

– Eu nunca irei me acostumar com você desse jeito. – Ele se explica ainda rindo.

Suas roupas são melhores. Ele usa uma camiseta branca com o logo do hotel, uma bermuda preta e um boné.

– Obrigado, cara. – Reviro os olhos. – É bom ir preparar as bicicletas logo.

Ele arregala os olhos.

– Tenho que ir. – Ele acena para mim e para Jackie e sai apressado. – Vejo vocês depois.

Depois de ajudar Jackie com o check-in de dois hóspedes, penso em mandar mais uma mensagem para Callie, mas o telefone toca. Jackie atende rapidamente.

– Sim. Tudo bem. Quando chegarem, Noah os levará aí. – Jackie desliga e olha para mim.

– Precisam de mim?

– Sim. Está chegando um grupo de empresários que alugaram o auditório pelo resto da semana. Você só tem que levá-los lá hoje. – Jackie me explica. Ela olha para a entrada. – Já chegaram. Fale com o senhor Davis.

Sigo seu olhar e vejo um grupo de no máximo dez pessoas vestidas de terno e gravata. Aceno para Jackie e vou até eles.

– Boa tarde. Senhor Davis?

O que está mais próximo de mim estica a mão.

– Sou eu. – Aperto sua mão. – Nós alugamos o auditório.

– Sim. Eu vou levá-los lá. – Digo sorrindo. – Por aqui.

Atravesso todo o térreo para chegar ao auditório com o grupo me seguindo. Abro a porta para eles e dou uma espiada. É bem maior que o da escola. As poltronas são vermelhas com assentos rebatíveis e ainda consigo ver a cabine para projeção.

– Muito obrigado... – Senhor Davis aperta os olhos para mim.

– Noah. Me chamo Noah.

– Muito obrigado, Noah. – Ele sorri e entra no auditório depois dos outros.

Respiro fundo e volto para a recepção.

Chego em casa me sentindo exausto. Ficar de pé atrás do balcão da recepção pode ser fácil, mas quando tenho que conduzir hóspedes a seus devidos apartamentos é que cansa.

Caio no sofá mesmo. Preciso recarregar minhas energias para conseguir chegar ao meu quarto.

– Noah! – Amy grita quando me vê. – Como foi hoje?

– Mais cansativo que ontem, mas estou bem. Só preciso respirar um pouco. – Forço um sorriso. – Está sozinha?

Ainda não vi Harold no hotel. Ele me deu uma carona hoje na ida, mas voltei andando com Tyler.

Amy nega com a cabeça.

– Mamãe está preparando a janta.

– Amy, você bem que podia pegar um copo d'água para seu irmão favorito... – Tento lançar meu melhor olhar para convencê-la.

– Não sou sua empregada. Pega você.

– Por favor, Amy. – Consigo puxá-la. Aproveito e abraço-a com força. – Por favor!

– Só se você me contar porque fez tanto barulho noite passada. Eu sei que você estava tocando seu violão!

Tenho tentado escrever uma música faz uns dias. Espero todos irem dormir e tento uns acordes em meu violão.

– Está certa. Eu estava tocando meu violão. – Murmuro e a solto lentamente. – Estava sem sono.

Não quero contar realmente o que estava fazendo porque Amy vai querer que eu toque para ela e ainda não está pronto.

– Qual música era?

– Não me lembro. – Dou de ombros. – Amy, por favor.

Ela revira os olhos.

– Tá bem, seu chato.

A água me dá a força que preciso. Passo na cozinha para falar com minha mãe e vou para meu quarto pegar uma roupa limpa. Depois de um bom banho, volto a me jogar no sofá. Pego meu celular e ligo para Callie. Preciso ouvir a voz dela. Chama até cair. Presumo que ela esteja em algum lugar que não pode atender.

Meu celular toca e o atendo rapidamente.

– Alô!

– Ei, Noah! – Callie exclama com um misto de animação e cansaço.

– Estou te atrapalhando?

– Não, claro que não. Pode falar.

– Não é nada. Só queria te ligar. Só isso.

– Só isso, Noah Young? – ouvir sua risada me faz esquecer o cansaço.

– Aham. Eu estou com saudades. – Coloco para fora antes que eu não consiga dizer mais.

– Também estou com saudades. – Posso sentir que ela respirou fundo após dizer isso. – Como foi o seu segundo dia?

– Exaustivo. Tive que andar para todo lado. E aí? O que fez hoje?

– Estátua da Liberdade e algum tipo de área de diversão para crianças. Meus irmãos adoraram, mas eu detestei ficar sentada num canto fazendo absolutamente nada.

– Fazer nada é realmente chato. Te entendo. – Sorrio e mudo o celular de ouvido. – E quais os planos para amanhã?

– Minha avó vai me levar para fazer compras, não que seja meu programa predileto, mas não posso dizer isso para ela, e nós vamos ao Central Park.

– Quero fotos.

– Talvez você possa estar lá comigo – ela deixa um pouco de suspense no ar.

– Como assim? – ajeito-me no sofá. Acho que não entendi direito.

– Bom, nós vamos para o parque logo de manhã, nove horas, algo assim. Sendo que são três horas de diferença, você vai ainda estar em casa. Meu avô se ofereceu para pagar minha conta de celular esse mês, então eu posso usar a internet sem medo de ter que ouvir meu pai reclamando depois.

– Callie, vai direto ao assunto.

– Se você topar e estiver acordado, nós podemos fazer uma chamada de vídeo direto do Central Park.

– Bem, seu avô está sendo bem legal. Vou dormir cedo para estar acordado amanhã na hora.

– Não vai ser exatamente às nove horas, podemos atrasar, ainda mais se o trânsito não ajudar.

– De qualquer forma, estarei acordado. Melhor do que perder a hora.

– Faça o que for melhor – ela abafa o celular pra gritar que está ocupada para o avô. – Eu estava pensando em adiantar a minha volta para Santa Mônica, duas semanas é muito tempo aqui...

– Volte com sua família.

– É, eu não posso voltar para casa sozinha – ela desiste da ideia assim que analisa o trabalho que vai dar. – Queria poder teletransportar você para cá e te levar de volta na hora do almoço.

Sorrio com a ideia.

– Callie, eu estou com muita saudade de você e eu com certeza gostaria de me teletransportar até aí. Mas se você ficar pensando nisso, não irá aproveitar nada da viagem. Eu não quero isso. Quero que se divirta, e assim as duas semanas passarão depressa.

– Você tem razão, Noah Young. Então quando eu voltar, nós vamos recuperar essas duas semanas perdidas.

– Eu sei que tenho razão. – Brinco. – Vão ser duas semanas só nossas. Pode anotar.

– Eu tenho a minha agenda livre pelo resto das férias, já você não pode dizer o mesmo.

– O programa só dura um mês. Ainda teremos bastante tempo.

– É proibido fazer visitas durante o trabalho?

– Eu não sei. Não perguntei sobre isso e não me falaram nada.

– Descubra logo.

– Se não puder visitas, você pode fingir que é uma hóspede e ficar lá na recepção. – Sugiro.

– Eu dou um jeito.

Ouço minha mãe me chamar da cozinha.

– Callie, tenho que desligar. Foi ótimo ouvir sua voz.

– Digo o mesmo. Até amanhã, Noah. Durma bem.

– Você também. Até.

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