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NOVE - CALLIE

Quando o sinal do intervalo toca na segunda-feira da última semana de aula, ninguém fica triste porque é mais uma semana começando, e sim a última semana de aula começando.

Vou com Annie e Jessica para o refeitório. Entramos na fila, pegamos algo para comer e vamos para o pátio externo tomar um pouco de sol e respirar o ar fresco. Annie tira seus óculos escuros da bolsa e ajeita-os em seu rosto. Jessica ri com o exagero e aponta para a mesa onde os garotos estão sentados.

– Onde está Max? – pergunto sentando-me ao lado de Noah.

– Nós terminamos – Annie diz como se não se importasse.

– Garota, você é rápida! – Jessica se senta ao lado de Thomas e ele rouba a maçã da bandeja dela.

– Eu não gostava dele mesmo – ela morde o sanduíche com indiferença.

– Melhor para você. – Tyler diz só para se incluir na conversa. – Noah, te arranjei mais uma apresentação.

– Sério? Onde? – Noah se anima com a ideia. Ele acabou de fazer a prova de química e não comentou nada ainda.

– Seaside Club. Semana que vem, você é uma das atrações do festival de verão deles. Quarta-feira você tem que aparecer lá para um teste, mas todos nós sabemos que você vai conseguir.

– Meu pai é sócio – Annie sorri. – Eu levo todos vocês.

– Uma salva de palmas para Annie – Thomas exclama e nós fazemos o que ele diz. O Seaside é o melhor e mais famoso clube da cidade e isso tem seu preço.

Todos estamos felizes por Noah. Será uma grande apresentação e ele pode chamar a atenção de alguém importante.

– Pessoal – digo, só que eles não me ouvem. – Ei!

Eles se calam.

– Não vai ter show nenhum – eles me encaram. – Noah vai viajar com a minha família para Nova Iorque na segunda-feira.

– O que? – Tyler fica abismado. – E agora, o que eu faço?

– É, tem isso – Noah fala. – Mas Tyler, não desmarca o teste, vamos contar com a minha mãe desconfiada que pode cancelar minha viagem a qualquer momento.

– Desconfiada? – Annie não entende o que ele quer dizer com isso.

Noah me encara e eu digo um não silenciosamente.

– Ela não é do tipo que confia muito em mim – ele esconde o que aconteceu.

– Bom, vamos torcer para você viajar, cara – Thomas morde a maçã. – É mais fácil você encontrar uma chance em Nova Iorque do que aqui.

– Mas você vai ter que fazer algum show depois que voltarem – Jessica não ouviu Noah e eu cantarmos no show de talentos porque, logo após sair do palco, ela teve uma crise de nervos e se trancou no banheiro até a hora dos resultados. – Vocês vão ficar quanto tempo lá?

– Não vai dar duas semanas – eu informo-os. – Meus avós maternos tem um apartamento lá e esse vai ser o tempo que eles ficarão na cidade.

– Eu vou ficar por aqui mesmo – Ty faz cara de quem vai chorar. – Quem for ficar e estiver entediado, pode me chamar para qualquer coisa, eu prometo animar vocês.

Nós rimos pois Tyler é um verdadeiro palhaço e ele tiraria qualquer um do tédio. Não há muita coisa de diferente para fazer em Santa Mônica, mas Los Angeles é aqui do lado e qualquer ônibus pode parar lá.

– Que tal começarmos essas férias com o pé direito? – Annie larga o celular para nos encarar. – Festa na minha casa, sexta-feira, podem espalhar.

– Qual casa? – eu fico em dúvida porque os pais dela são divorciados desde que nos conhecemos.

– Meu pai, ele vai estar fora então não vai ter problema se a festa acabar de manhã.

– Eu acho que não vou.

– Por quê? – ela deixa o queixo cair. Eu nunca faltei uma festa da Annie.

– Por causa da viagem. Eu quero poupar energia porque tenho muitos planos para Nova Iorque.

– Eu também não vou. – Noah dá de ombros.

– Agora quem vai ser a minha atração musical, Noah Young? – ela está se exaltando.

– Se vira – ele levanta as mãos.

– Tyler, Jessica e Thomas, por favor, digam que vocês vão. – Ela nos dá as costas. – Não quero mais papo com os pombinhos traidores ali.

– Pode colocar meu nome na lista. – Jessica sorri.

– O meu também – Thomas não parecia muito certo de ir, mas Jessica apertou o braço dele e ele aceitou a ideia rapidinho. Esses dois estão escondendo alguma coisa, estreito meu olhar e tento coletar indicadores para embasar a minha suspeita.

Annie se vira para Tyler.

– O que foi? Você acha mesmo que eu vou perder a última festa do ano? – ele fica de pé. – Galera, sexta-feira à noite, casa do pai da Annie, a última e a melhor festa do ano, todo mundo convidado.

Os mais próximos aplaudem e dão gritos de felicidade. Noah ri do papel de mensageiro de Ty e rouba um pedaço da minha pizza. Dou um tapa no seu braço e ele faz uma careta para mim.

– Pedir é bom – retribuo a careta.

– Posso?

– Você já pegou mesmo – reviro os olhos e continuo a comer.

– Eu sei. – Ele responde de boca cheia. – Está muito boa.

Annie não para de falar do que precisa para a festa, Tyler diz que pode arranjar algumas coisas, Jessica pergunta se ela vai fazer alguma decoração e Thomas se oferece para ajudar na arrumação. Eu nem me importo com eles.

Abraço Noah de lado e deixo minha boca bem perto do ouvido dele.

– Como sua mãe ficou depois de sábado?

– Ela falou bastante.

– A viagem ainda está de pé, não está?

– Eu acredito que sim. Ela não mencionou a viagem em nenhum momento e eu achei melhor não lembrá-la.

– Ótimo.

Meu maior medo era que a senhora Young cancelasse a viagem. Eu falei com a minha avó ontem à noite e ela me disse vários locais legais para levar Noah. E ela se ofereceu ir conosco porque ela sabe que meus pais não serão tão liberais e darão espaço para nós.

Voltamos para a conversa. Annie não sai do maldito celular e quando eu tento tomá-lo dela, ela foge para outro lugar. Alguém passa e chama Tyler, ele desaparece escola adentro. Jessie e Thomas passam a agir meio estranho, como se quisessem ficar sozinhos para falar algo que eu e Noah não podemos ouvir.

Então eu resolvo levar Noah para outro lugar. Puxo sem dizer muita coisa e guio-o até a sala do clube de música. Ele entra depois de mim e fecha a porta.

– Toque um pouco – eu puxo a capa do piano e ele me encara sem entender nada.

– Mas agora? O intervalo já vai acabar.

– Por favor – eu me aproximo dele.

– Nós temos permissão para ficarmos aqui?

Eu paro, inclino a cabeça e ergo as sobrancelhas. Sério, Noah?

– Eu estou brincando – ele vem na minha direção e acaricia a minha bochecha com o polegar.

– Cuidado, Amy pode estar por aí nos espiando.

– Eu ainda vou fazer ela se arrepender de ter estragado tudo – ele sorri como quem vai aprontar alguma coisa. – Deixa ela só aparecer com um colega lá em casa.

– Não acredito que você vai fazer isso com ela.

– Quer apostar?

– Não. Ainda bem que meus irmãos dão trabalho demais para a minha mãe e ela nem se preocupa em me vigiar.

– Então a gente deveria ter ido estudar na sua casa.

– Obrigada por me lembrar. Quarta-feira você tem que passar lá em casa para pegar sua passagem e ouvir algumas recomendações do meu pai.

– Tudo bem.

Por que nós não nos beijamos ainda? Eu esqueço que estamos na escola e puxo Noah pela camisa xadrez, ele agarra minha cintura e nós nos beijamos. Eu conheço seus lábios tão bem, mas nunca sinto como se fosse só mais um beijo, algo está sempre nos surpreendendo.

Eu me choco contra algo, porém não sinto nada. Noah segura as minhas mãos e as coloca no piano, com as suas por cima. Ele está muito perto de mim e eu gosto disso. Em algum momento, eu consigo soltar as minhas mãos das dele e as levo diretamente para o pescoço de Noah.

O sinal que anuncia o final do intervalo toca. Noah liberta meus lábios do seu com um pouco de pena. Seus olhos me comunicam sua insatisfação com o timing do universo.

– Nós temos que ir – ele diz triste.

– Infelizmente – pego minha bolsa no chão e saio. Noah me segue. – Você ainda não me disse como foi na prova.

– Bem, eu estava um pouco nervoso, mas tinha tudo que estudamos lá e acho que fui bem.

– Você foi bem então – eu soo confiante.

– Assim espero.

– Noah Young, cadê aquele seu otimismo? – eu o paro no meio do corredor.

– Acho que deixei em casa – ele larga o braço como se estivesse decepcionado.

– Melhor ir lá buscar.

– Você tem otimismo de sobra agora – ele me abraça. – Não preciso ir tão longe para me sentir bem.

– A aluna vira professora – eu estalo um beijo na sua bochecha. – Eu vou para a aula, não quero me atrasar.

– Te vejo na saída.

– Até.

Aceno para Noah e ele entra em uma sala próxima.

Volto para casa sozinha – Noah fica para a última reunião do clube de música, mas nós nos despedimos rapidamente.

Eu tiro esse tempo para pensar. Essas ruas que eu conheço muito bem, rotina confortável, uma parte de mim ama isso, mas a outra quer fazer as malas e fugir. Eu ponho em minha cabeça que falta pouco tempo para eu terminar a escola e ir para uma faculdade, só que de que adianta pensar assim se não sei nem o que quero cursar.

Nova Iorque não vai ser só uma viagem de férias. Eu preciso me encontrar lá. Se eu pudesse me descrever para alguém nesse exato momento, eu diria que sou uma mistura de atraso e indecisão.

Há ideias demais na minha mente. E se eu terminasse a escola por lá? Não, meus pais nunca deixariam e eu não quero abandonar meus amigos e Noah. Céus, ele também vai querer sair daqui para tentar a carreira musical, mesmo com seus pais querendo que ele faça algo sério – nós discutimos isso algumas semanas atrás.

Não vou criar expectativas, eu não devo. Pode tudo dar certo ou ir por água abaixo. Eu vou deixar que a vida me surpreenda todo dia de manhã. Um pouco de mistério nunca fez mal a ninguém.

Alex e Hannah arrumaram uma mesa no nosso gramado, colocaram duas cadeiras, uma placa e alguns balões na nossa caixa de correio. Eles inventaram que vão vender limonada nesse verão para juntar dinheiro e minha mãe deixou eles por conta – ela disse que só ia fazer a limonada. Passo por eles, pego algumas moedas que estão no meu bolso e deixo na caixinha de gorjeta.

– Bela placa – eu pisco para Hannah. Ela pediu que eu escrevesse para eles, mas ela decorou o cartaz com muitos desenhos coloridos.

– Você vai querer um? – ela estende um copo vazio.

– Deixa para outra hora.

– Callie, sai daqui – Alex faz cara feia para mim –, você vai espantar nossos clientes.

– Já vou indo – continuo meu caminho, paro na porta e abro-a. – Boas vendas!

Entro, jogo minha mochila no chão e arranco meu tênis. O verão já deve ter chegado porque eu estou morrendo de calor!

– Mãe! – eu grito e minha voz ecoa pela casa.

– Charlotte – se ela me chama pelo meu nome, é porque alguma coisa aconteceu –, escritório do seu pai agora.

Ela não grita ou demonstra agressividade ou raiva, não estou tão encrencada assim.

– É algo sobre a viagem? – fecho a porta da sala.

Andrea está na janela assistindo meus irmãos vendendo limonada. Seu cabelo castanho está preso e eu consigo ver todas as marcas de preocupação que ela acumulou durante esses anos. E o sorriso de ver seus filhos se divertindo escapa. Eu disse que ela não é tão mal humorada assim.

– Um pouco sobre ela. A mãe do Noah me ligou.

Afundo meu corpo na cadeira em frente à mesa. Isso de novo não.

– Callie, você sabe que toda mãe tem um pé atrás quando o filho está com a namorada em casa, ou o inverso, mesmo que a gente confie muito em vocês. Nós já passamos por essa fase e eu sei que não dá para controlar.

– Foi só um beijo, mãe, nada demais.

– O que você tinha ido fazer lá mesmo?

– Ajudar Noah com química – jogo minha cabeça para trás e bufo.

– Não quero dizer que você não pode beijar ele, mas vocês não podem fazer isso escondidos. Vocês saíram na quinta, na sexta, não dava para segurar um pouco no sábado? – ela se senta na cadeira do meu pai.

– Você pode me culpar, eu não ligo.

– Não estou culpando ninguém. Eu só quero te pedir um pouco mais de cuidado e obediência. – Ela me olha e respira fundo. – A senhora Young adora você, mas limites não existem para serem ultrapassados. Beijos fora de hora, ainda mais quando você está lá para estudar, quebram a confiança dos pais.

– Tudo bem, mãe, isso não vai se repetir. Nem aqui, nem na viagem, se é isso que você vai me alertar.

– É, eu ia te falar isso. Na viagem, comportem-se. Seu pai quase não deixou Noah ir conosco, mas como tem muitos quartos sobrando lá no apartamento dos seus avós, ele ficou mais tranquilo, assim como a Julia e o Harold.

– Terminamos?

– Aham.

Estou de saída quando me lembro de uma coisa.

– Mãe, dá para levar um violão no avião?

– Ele é despachado com as malas. Mas o seu avô tem um pequeno estúdio em casa, diz pro Noah que ele não precisa levar o dele.

– Obrigada – jogo um beijo para ela e subo as escadas.

Meu celular vibra no bolso de trás da minha calça. Quem será que vai me incomodar?

Annie: TENHO UMA FOFOCA FRESQUINHA QUE VOCÊ VAI ADORAR.

Callie: Pode falar.

Annie: Bella e Mike terminaram de vez hoje, no clube de teatro.

Callie: Tem certeza que não era só uma cena?

Annie: Tenho sim! Bella foi embora sozinha e ouvi dizer que Mike já beijou outra nos vestiários.

Callie: Esse povo não sabe dar um tempo não?!

Annie: Dizem que eles brigaram porque, bom, Bella culpou o Mike por eles terem perdido o show de talentos e ela não gostou muito de vê-lo conversando com as líderes de torcida no treino algumas semanas atrás.

Callie: Ela sempre termina os relacionamentos por bobeira.

Annie: Vamos ao shopping amanhã? Preciso de um biquíni novo para a minha festa.

Callie: Só se você me der carona.

Annie: Que tipo de amiga seria eu se te convidasse e fizesse você ir andando? Uma péssima, com certeza. Depois da escola, só as garotas, nada de Noah.

Callie: Você é má.

Annie: Chega de segurar vela.

Callie: Eu vou começar a fazer a minha mala para a viagem hoje, aí eu compro o que precisar amanhã.

Annie: Hum, tenho até ideia do que você vai comprar.

Callie: No que você pensou?

Jogo o celular na cama e troco de roupa. Abro as janelas para o vento entrar, ligo o notebook e arrasto a mala que está encostada no guarda roupa para perto da minha cama.

Annie: Deixa, pensei besteira. Esqueci que você e Noah são santos.

Callie: Não é questão de ser santo, nós temos limites.

Annie: Aposto que vocês vão fazer o que eu estou pensando lá em Nova Iorque.

Callie: Deus, não. Meus pais perderiam toda a confiança em mim.

Annie: A aposta ainda está de pé. Bella Summers está me ligando! BELLA ESTÁ ME LIGANDO. O QUE ACONTECEU COM O MUNDO HOJE?

Callie: HAHAHA Vai atender e me conta mais sobre o rompimento deles.

Annie: Fica bem, loirinha.

Callie: Te ligo mais tarde.

Pesquiso a previsão do tempo para Nova Iorque. Sol na maioria dos dias, talvez um ou dois dias de chuva. Então eu devo levar shorts, camisetas e blusas, tênis, uma calça e uma jaqueta caso fique frio e algum vestido mais arrumado caso meus avós nos levem para um restaurante – e um sapato para combinar, óbvio.

Deixo as minha lista de música de verão encher o meu quarto, abro meu armário atrás do que preciso e tento fazer uma pilha com as prioridades. Meu celular toca em algum lugar na pilha de roupas e eu corro para acha-lo. É Noah.

– Ei – digo e um sorriso surge automaticamente no meu rosto.

– Ei. O que está fazendo?

– Arrumando a minha mala para a viagem. Ah, minha mãe disse que você não precisa levar seu violão para Nova Iorque, parece que meu avô tem um estúdio em casa.

– Ótimo. Mais fácil assim.

– Previsão para Nova Iorque: calor e mais calor.

– Imaginei.

– Leve uma camisa de botão e blazer, se tiver, porque meus avós adoram jantares chiques e minha mãe detestaria te ver só de jeans e camiseta.

– Ok, tudo bem, eu devo ter algo aqui.

– Eu estou ansiosa para a viagem que você não faz ideia.

– Imagino – sua risada é infantil até pelo celular. – Você está bem?

– Por que não estaria? – olho para o balão que Noah me deu. Ele está meio murcho, não flutua mais e eu estou com pena de estourá-lo.

– Eu não sei, só perguntei para me certificar. Amanhã depois da escola você quer dar uma volta?

– Vou no shopping com Annie e ela disse nada de garotos.

– Por um acaso ela não gosta de mim ou algo assim?

Paro para pensar. Annie sempre tratou Noah bem, ele que deve estar imaginando coisas.

– Não, é só que ela quer fazer uma tarde das garotas.

– Tudo bem. Até.

– Até.

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