Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

DOZE - NOAH

Desperto esfregando o rosto com as mãos. Sinto como se não tivesse dormido nada. É sábado, posso dormir mais algumas horas. Tento me ajeitar para voltar a dormir quando percebo que estou usando as pernas de Callie como travesseiro. Ergo a cabeça no mesmo instante. Ela está dormindo toda torta com a cabeça em meu travesseiro, seu cabelo tampando seu rosto.

Não costumo beber como bebi ontem, acho que o nervosismo fez isso comigo. De qualquer forma, não foi suficiente para me deixar de ressaca e nem apagar minha memória. Lembro-me exatamente do que aconteceu.

Eu a trouxe para cá comigo depois que ela caiu e bateu com a cabeça. Não, ela não caiu exatamente. Ela foi empurrada. Pronto, logo sinto a mesma raiva que senti ontem tomar meu corpo. Não a demonstrei em momento algum na festa ou depois dela, mas sei que é melhor que eu não veja mais Mike por aí. Vê-lo empurrar Callie daquele jeito quase me fez explodir. Eu nunca havia sentido algo assim antes. Nunca fui de me irritar seriamente com algo ou querer bater em alguém. Mike passou dos limites. Isso não pode ser apenas por causa do show de talentos.

Agora isso me intriga. Qual o problema de Mike com a gente? Não, não quero saber e nem pensar nisso agora. Não quando tenho apenas dois dias com Callie antes de sua viagem.

Sento-me na beirada da cama e me espreguiço em silêncio. Fico na dúvida se continuo aqui, observando Callie dormir, ou ir procurar algo para comer. Callie talvez acorde faminta.

Ouço vozes vindo do lado de fora do quarto, decido sair para checar. Encontro Harold e minha mãe no corredor. Não consigo ouvir sobre o que conversam, mas eles logo param quando me veem.

– Bom dia. – Minha voz sai estranha, talvez por ser a primeira coisa que digo.

– Bom dia. – Minha mãe responde e se aproxima preocupada. – Como está Callie?

– Ela está dormindo.

– O que aconteceu? – Harold pergunta um pouco intrigado.

– Eu disse ontem quando chegamos. Ela caiu. – Prefiro não falar realmente o que houve, pois conheço bem minha mãe e Harold. – Ela deve acordar com fome. Vou preparar alguma coisa.

Afasto-me deles antes que façam outra pergunta e sigo direto para o banheiro. Lavo meu rosto rapidamente antes de ir à cozinha. Encontro apenas o café pronto – não sei se fará bem a Callie agora por conta dos remédios que tomou – então procuro laranjas para fazer suco e não encontro nenhuma. Melhor eu comprar pronto mesmo.

Pego uma roupa limpa em meu quarto para me trocar no banheiro e Callie continua dormindo.

Volto para casa com um copo de suco de laranja. Vejo Callie entrar no banheiro e minha mãe sair de meu quarto.

– Ela acordou? Como ela está? – pergunto a minha mãe.

– Ela vai ficar bem. – É o que minha mãe diz. Ela se aproxima de mim e não parece muito feliz. – Me conte direito o que aconteceu nessa festa ontem.

– Mãe...

– Vocês beberam. – Ela afirma. – Callie mal conseguiu se lembrar de como chegou aqui.

– Ela deve ter batido bem forte a cabeça.

– Você é tão engraçado. – Ela ironiza. É, sei que não tem mais jeito. – Suas roupas estão úmidas e cheiram a bebida, Noah. O quanto vocês beberam?

– Mãe, não foi por isso que ela caiu. – Tento explicar, mas não sei como dizer isso sem que ela queira ir atrás de Mike. – Ela tropeçou e não conseguiu se segurar. – Que péssima explicação. – Não estávamos bêbados.

Ela não acredita em mim.

– Vamos ver se usa essa mesma desculpa com os pais de Callie.

– O que?

– Liguei para eles. Estão vindo buscá-la. – Minha mãe conta me olhando seriamente. – Estou indo trabalhar, qualquer coisa me liga. – Assinto. – E só irei deixar esse assunto para trás porque você me pareceu sóbrio quando chegou ontem. E também não estava dirigindo.

– Eu preciso de um carro para isso. – Aproveito para lembrá-la.

– Ainda bem que não tem um então. – Ela beija meu rosto. – Harold vai ficar em casa hoje. Eu já vou. Fica bem.

– Bom trabalho, mãe. – Digo sorrindo.

Ela acena antes de sair.

– Ela não te deu um sermão sobre bebidas? – Harold pergunta arregalando os olhos. – Com certeza tem algo errado.

Ele passa por mim – com sua tigela de cereal em mãos – para se sentar no sofá. Harold quando não está usando suas roupas de trabalho, usa suas calças de pijama e camiseta não importa a hora do dia. E ele não liga se disserem alguma coisa.

– Os pais da Callie estão vindo buscá-la. – Digo.

– O que é pior? – Harold me olha curioso. – Sermão de sua mãe ou de seus sogros?

– Não vai me assustar.

Ele solta uma gargalhada e começa a comer seu cereal.

Ouço a porta do banheiro se abrir e Callie sai dele. Não consegui vê-la acordando e isso é um pouco decepcionante. Agora seu cabelo está preso e seu rosto limpo. Ela também veste roupas secas e limpas – que provavelmente são da minha mãe.

– Ei. – Vou até ela.

– Ei. – Ela me abraça.

– Trouxe esse suco para você. – Entrego o copo a ela. – Eu imaginei que estaria faminta quando acordasse, mas me lembrei que não come nada de manhã. Fiquei meio na dúvida, então preferi trazer apenas isso.

– Está ótimo. Obrigada. – Ela beija meu rosto.

– Como está se sentindo?

– Parece que não dormi nada.

– Me sinto do mesmo jeito.

Ela sorri e finalmente nota Harold no sofá.

– Ah, olá, senhor Mor-... – Começa a dizer, mas Harold faz sinal para ela parar.

– Harold. Apenas Harold. Ou Morgan. Só não me chame de senhor. Me sinto meu pai desse jeito. – Ele diz fingindo estar sério.

– Desculpe. – Ela fica sem jeito.

– Sem problemas. Está se sentindo melhor? – ele pergunta preocupado.

– Sim, um pouco.

Beijo o alto de sua cabeça e olho para Harold.

– Estaremos na cozinha. – Aviso.

Ele faz sinal de positivo para mim.

Levo Callie para a cozinha. Ela bebe seu suco aos poucos enquanto eu coloco cereal na tigela para mim. Sentamo-nos à mesa.

– Sobre ontem... – Começo pensando bem em como dizer isso. – Eu vi quando Mike te empurrou. – Levanto os olhos para ela que está olhando para a mesa. – Por que ele fez isso?

Eu não pretendia entrar nesse assunto agora, mas está me intrigando de mais.

– Ele é um idiota e estava bêbado. Não é uma boa combinação.

– Eu sei. Mas deve ter algo que... – Ouço a campainha e não consigo terminar. – Vamos deixar isso para outra hora.

Identifico as vozes dos pais de Callie e de Harold na sala. Empurro minha tigela para longe – só consegui dar três colheradas – e me levanto.

– São meus pais? – Callie pergunta se levantando também.

Aceno com a cabeça e vou até a sala com Callie ao meu lado.

– Podem ficar à vontade. – Harold diz parado na entrada. – Querem alguma coisa?

Os pais de Callie se olham e balançam a cabeça em negativa.

– Só viemos buscar a Charlotte mesmo. Obrigado. – Diz o senhor Lewis com um leve sorriso. Ele olha para a filha. – Você está bem, querida?

Callie vai até ele e responde que sim.

– Os pequenos estão no carro nos esperando. – Ele continua olhando apenas para a filha. – Por que não nos espera lá também?

– E vocês? – Callie pergunta olhando para eles.

– Não vamos demorar. – Diz a senhora Lewis olhando para mim.

Minha mãe não conseguiu me assustar, nem Harold, mas agora estou começando a ficar aflito com o que os pais de Callie irão falar comigo.

Callie me abraça.

– Eu te ligo mais tarde. – Sussurro em seu ouvido.

Ela se afasta sorrindo.

– Até, senhor Morgan! – despede-se ao passar por Harold na entrada.

Sinto que Harold quer reclamar, mas ele se contém.

– Até, Callie.

Obrigo-me a olhar para o casal a minha frente e sorrio.

– Obrigado, Noah. – O senhor Lewis dá um leve aperto em meu ombro. – Você a trouxe em segurança e cuidou dela. Eu nem sei como agradecer.

– Não foi nada, senhor Lewis. Eu a trouxe para cá por causa de minha mãe, sabe? – explico sentindo a aflição ir embora do mesmo jeito que veio. – Minha mãe a checou antes de ir para o trabalho.

– Ela nos ligou contando. – Senhora Lewis não parece muito feliz. – Agradeço pelo que fez, mas se não tivessem bebido nada disso teria acontecido.

– Eu... – Olho para Harold em busca de ajuda, mas ele apenas fica me encarando. – Não deveríamos. – Baixo a cabeça. – Não irá acontecer novamente.

– Nós esperamos que sim. – Diz senhor Lewis. – Sei que são jovens e acham que tudo é diversão, mas não precisam de álcool para isso.

– Os garotos são responsáveis. Tenho certeza de que só aconteceu dessa vez e, devido ao que houve depois, posso garantir que eles não irão querer repetir. – Harold é quem diz.

Quero agradecer a ele pela força, mas ergo meus olhos para os Lewis.

– Sim, eu sinto muito. – Mantenho a voz firme. – Foi tolice nossa, mas aprendemos a lição.

– É bom que tenham aprendido mesmo. – Senhor Lewis aperta minha mão e em seguida a de Harold. – Desculpem qualquer coisa.

– E obrigada mais uma vez, Noah. – Senhora Lewis abre um sorriso sem jeito para mim. – Até mais, rapazes.

– Tenham um bom dia. – Harold diz.

Senhora Lewis sai na frente.

– Noah. – Senhor Lewis se despede e passa por Harold. – Morgan.

Vou até a entrada, parando ao lado de Harold e os vejo entrarem em seu carro. Callie está na janela e acena para mim. Sorrio.

– Você é o melhor, Harold! – exclamo quando vemos o carro da família Lewis se afastar.

– Só fiz isso porque eu te conheço. Sei que não é como muitos que aproveitam dessas festas apenas para ficarem bêbados. – Ele se explica voltando para o sofá. – E foi a primeira vez que aprontou uma dessas. – Ele para e olha para mim. – Que eu saiba. – Balanço a cabeça querendo rir.

– De qualquer forma, obrigado. – Me jogo no sofá ao lado dele. – Acho que devemos aproveitar que a Amy ainda está dormindo.

– Com certeza. Ela quis ficar te esperando chegar ontem à noite e por isso dormiu tarde. Incrível é você ter acordado cedo.

– Não consigo acordar tarde.

– Eu também não. – Ele confessa e aumenta um pouco o volume da televisão. Está passando uma partida de basquete. – Depois de amanhã, você e Tyler vão lá ao hotel para a entrevista. – Confirmo. – Se der tudo certo, começam no mesmo dia.

Assinto. Estou um pouco ansioso para esse trabalho. Aproveito que Harold está em casa e o encho de perguntas sobre o hotel. Se é lá que passarei minhas próximas semanas, eu preciso estar por dentro de tudo.

Depois do almoço, Harold sai com Amy – vão ao cinema ou algo assim. Não consigo ligar para Callie, seu celular deve estar desligado. Decido ir até sua casa.

Estou preocupado com ela. Agora que estou sozinho em casa só consigo pensar em ontem à noite. A imagem de Mike a empurrando não sai da minha cabeça. É claro que ela não está bem com isso. Ela pode até dizer que está bem, mas não acredito. Eu vi a expressão assustada em seu rosto segundos antes de ser empurrada. Preciso saber como ela está.

Aperto a campainha e, em instantes, a mãe de Callie abre a porta.

– Noah? – ela estranha. – Olá, eu não sabia que você viria.

– É, oi. Vim ver como Callie está.

– Tudo bem – ela abre espaço para eu passar. – Ela está lá em cima com Annie e Bella. Estão lá há muito tempo, não sei se você vai conseguir falar com ela.

– Eu acho que vai ser coisa rápida – digo e subo as escadas.

Dou dois toques da porta entreaberta do quarto de Callie.

– Posso entrar?

Ouço sussurros vindos de lá de dentro. Aguardo por mais alguns segundos e Callie abre a porta.

– Não esperava ver você tão cedo – ela está surpresa.

– Eu estava preocupado. Não consegui te ligar, então achei melhor vir. Fiz mal?

– Não, não, claro que não – ela balança a cabeça e seu cabelo loiro ganha vida. – Quer entrar? Nós só estamos conversando.

Fico um pouco receoso. Elas devem estar falando coisas de garotas. Mas agora que estou aqui, não vou embora.

– Espero não atrapalhar. – Digo passando por Callie. Vejo Annie e Bella sentadas em sua cama. – Oi, meninas.

– Oi, Noah! – elas respondem em coro, riem e depois olham para Callie. Por que eu sinto que interrompi alguma coisa?

Elas se levantam da cama da Callie, Annie senta na beirada da janela e Bella puxa a cadeira da escrivaninha. Fico de pé esperando para ver onde Callie ficará para segui-la. Bom, acabo do seu lado, dividindo a cama.

– Annie, você ia falar alguma coisa – Callie retoma a conversa.

– Ah é, eu queria saber mais sobre o que aconteceu ontem, você e o Mike, sabe.

Que bom que não fui embora.

– É, o que houve? – pergunto.

Callie parece desconfortável. Ela olha para suas mãos antes de começar a dizer alguma coisa.

– Eu fui até o quarto de Annie pegar um vestido emprestado e quando desci, Mike me agarrou o braço – uma lágrima solitária corre pelo rosto dela – e me insultou. Eu pedi para ele me soltar umas três vezes e então ele me empurrou.

Fico sem reação. Eu a vi sendo empurrada por Mike. Isso foi o suficiente para eu quase perder o controle e ter deixado a raiva prevalecer ontem. Agora saber que antes disso ele a intimidava...

– Qual é o problema dele? – minha voz sai mais alta do que eu pretendia. – É, sério, Callie. Ele não pode fazer isso e ficar tudo bem.

– Noah, não force a barra – Annie se pronuncia.

– Ele é insano. Mike tem alguns problemas, só não admite isso – Bella soa verdadeira. – Eu terminei com ele por causa disso. As tentativas de controlar a minha vida, os insultos, as brigas intermináveis. Estava difícil fingir que estava tudo bem, então eu ouvi sobre uma traição e não quis nem saber mais dele.

– E o que Callie e eu temos a ver com isso? Você era namorada dele, nós não somos nada. – Eu estou de pé e ando de um lado para o outro. – Isso não pode continuar desse jeito.

Callie e Annie trocam olhares rapidamente, eu não perceberia caso não estivesse a encarando esperando ela dizer alguma coisa. Dizer que vai denunciar ele, algo assim.

– Noah, não é problema nosso se ele tem algo contra nós.

– Não é problema nosso? Você está se ouvindo?

– Ele estava bêbado, ele é maluco. Não precisamos dessa briga, não agora nas férias.

Volto a me sentar e paro um pouco para pensar. Callie vai para o outro lado do país. Mike não vai importuná-la lá.

– Quando as aulas voltarem, se ele mexer com você, eu não irei mais fingir que não é nada. – Deixo claro.

– Ele não vai mais implicar comigo, tenho quase certeza disso.

– Callie – Bella sorri gentilmente para ela –, se te conforta, eu dei uma queixa sobre ele na delegacia. Não podem levá-lo preso, mas uma advertência funciona melhor que uma conversa vinda de nós.

– Me sinto um pouco melhor agora. – Falo mais para mim mesmo que para elas.

– Então estamos resolvidos – Annie decide encerrar esse assunto. – Mike é um babaca e todos nós sabemos disso. Callie está bem agora graças a vocês dois e Tyler – ela bate palmas e pega algo no chão. – Callie, a sua roupa que ficou lá em casa está no meu carro, eu vou lá buscar.

Ela olha para Bella, que percebe sua intenção.

– Eu vou na cozinha pegar um copo d'água. Vocês querem?

Negamos e elas deixam Callie e eu a sós. Seguro sua mão.

– Esse assunto sobre Mike quase me fez esquecer a verdadeira razão de ter vindo. – Olho bem em seus olhos. – Como está em relação a queda? Sua cabeça está melhor?

– Eu me sinto melhor. Minha mãe até me levou para o hospital, eles disseram que o local que bateu contra o chão vai ficar inchado por alguns dias e me passaram alguns remédios para as dores que podem ocorrer.

– E os seus pais? Falaram alguma coisa?

– Eles disseram que se eu beber em uma festa a ponto de cair e esquecer tudo, eu vou ficar de castigo pelo resto da minha vida.

– Vou me assegurar de que isso não aconteça.

Ela descansa seu rosto no meu ombro. Ela cheira a hospital e leves doses de álcool.

– Você é o responsável aqui, Noah Young, mas até você bebeu. – Ouço sua risada tímida.

– Beber não é o problema, basta ter limites. Acho que nós tivemos.

– Nós temos consciência demais para entendermos e respeitarmos os limites.

– Isso mesmo.

– Noah, você pode pegar um travesseiro para mim ali? – ela aponta para uma pilha deles perto da porta.

– Claro – me levanto e vou até lá. – Só um?

– Aham.

Volto e entrego-o para ela, mas ela não parece muito interessada nele. Callie me beija rapidamente, mal dá tempo de sentir seus lábios contra os meus. Seguro seu rosto suavemente, pronto para continuar o que ela parou.

– É sério, Bella? – Annie entra no quarto e eu solto Callie disfarçadamente.

Bella entra em seguida, rindo. Não sei sobre o que falavam, mas Bella balança a cabeça, confirmando.

– Sobre o que estão falando? – Callie pergunta curiosa.

– Bobagem. – Bella diz e sorri para Annie. – Acho que atrapalhamos algo.

– Não atrapalharam nada. – Callie diz.

– Eu acho que devo ir. – Aponto para a porta. Callie se levanta e segura minhas mãos. – Vê se liga seu celular. Não posso ficar vindo aqui sempre que não conseguir falar com você.

– Eu não me importaria. – Seu sorriso é imenso. Sinto uma grande vontade de beijá-la mesmo com plateia.

– Vocês são fofos! – ouço Bella dizer.

Abro um sorriso para ela enquanto Callie encosta a cabeça em meu peito, passando os braços ao redor de mim.

– É melhor voltarmos lá para baixo. – Annie diz. Percebo a piscadela que dá para Callie. – Vamos, Bella.

Elas puxam a porta ao sair.

– Eu tenho mesmo que ir. – Aviso descendo as mãos para as cinturas de Callie. – Suas amigas querem passar um tempo com você.

– Você sabe que não precisa ir agora.

– Preciso. – Beijo sua testa.

Sinto meu celular apitar em meu bolso. Pego-o e vejo a mensagem.

Tyler: Cara, acabei de acordar. Ontem aconteceu mesmo?

– Quem é? – Callie pergunta.

– Tyler. – Guardo o celular. – Não falo com ele desde ontem.

– Ele está bem?

– Ah, com certeza está. Estou quase certo de que a maior parte da noite foi a melhor da vida dele. – Brinco. – De qualquer forma, vou ver como ele está.

– Tudo bem. – Suas mãos envolvem meu pescoço. – Obrigada por ter cuidado de mim.

– Eu dormi quando devia te vigiar. – Eu a lembro. – Não mereço agradecimentos.

– E como eu cheguei na sua cama mesmo? – suas sobrancelhas se erguem ligeiramente.

– Bom, eu não sei. – Aperto os olhos para ela. – Acho que foi desse jeito. – Me inclino e passo um dos braços por trás de seus joelhos, o outro nas suas costas, pegando-a no colo como fiz ontem à noite.

Callie ainda está agarrada ao meu pescoço, mas agora nossos rostos estão mais próximos que antes.

– Agora me lembro. – Murmura.

Nossas bocas se unem suavemente. Alívio é o que sinto primeiramente. Tudo parece certo quando nos beijamos. Todas as preocupações são esquecidas e nós dois somos só o que importa. Eu a coloco deitada na cama sem parar o beijo. Suas mãos se enterram em meu cabelo, não querendo que eu vá embora. Mas eu tenho que ir.

Apoio minhas mãos na cama – em cada lado de sua cabeça – e aprecio a vista. Seus cabelos espalhados pelo travesseiro, seus olhos acompanhando cada movimento dos meus, seus lábios macios que quero veementemente beijar outra vez. Ela é extremamente linda. Só de olhar para ela, eu me sinto bem.

Beijo sua testa e me afasto. Não digo nada. Se eu disser – ou beijá-la mais uma vez – acho que não conseguirei ir embora hoje.

Caminho de costas até a porta e sorrio para ela que se apoia em seus cotovelos para me olhar. Seu sorriso me faz querer voltar para ela, mas me contenho. Saio de seu quarto antes que minhas vontades falem mais alto.

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro