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DEZENOVE - CALLIE

– Está na hora de vocês acordarem! – eu abro a cortina do quarto dos meus irmãos sem dó.

Eles resmungam e usam os cobertores para esconderem o rosto da claridade. Eu vou até eles e sacudo seus ombros. Ainda estou de pijama – acabei de acordar – e quero passar esse sábado lindo só com meus dois irmãos.

– Alex, Hannah, levantem, por favor. Papai e mamãe saíram com nossos avós e só voltam à noite.

Não, não é uma desculpa para eles nos abandonarem nem nada. Encontrei um bilhete na porta do meu quarto dizendo isso. Eles saíram sem hora para voltar. Deixaram dinheiro, a chave do carro da vovó e um número de emergência.

– Tá bom, Callie – Alex joga o cobertor na minha cara. – Eu estou com fome.

– Se arrume, nós vamos tomar café fora. – Dou tapinhas leves no pé da Hannah. – Hora de levantar.

– Eu não quero ir – ela continua se revirando na cama com os olhos fechados.

– Ninguém vai ficar em casa.

Alex já está no banheiro escovando os dentes. Eu abro sua mala e jogo uma roupa fresca na cama dele.

– Ela não vai acordar – ele para ao meu lado.

Obrigada por falar o óbvio, Alex, reviro os olhos.

– Ela tem que acordar, por bem ou por mal. Alex, troque-se, eu vou lá embaixo pegar um copo de água bem gelada.

Ele acena para mim e eu saio do quarto. Não vou até a cozinha – passo no meu quarto, encho meu copo vazio com água do chuveiro e volto. Abro a porta e vejo Hannah de pé e quase pronta para sair.

– Nada que uma ameaça não faça. – Sorrio vitoriosa. – Vou para o meu quarto me trocar, encontro vocês lá embaixo.

– Mas, Callie, eu estou com fome – Alex fica emburrado.

– Ache alguma coisa na geladeira para você. Uma fruta, tá, nada de besteiras.

– Ok.

Me arrumo o mais rápido que posso. Confiro se estou com as chaves do apartamento na bolsa, as do carro, o dinheiro extra que meus pais deixaram, a minha carteira, os documentos dos meus irmãos caso aconteça algo e meu celular.

Alex e Hannah estão sentados ao lado da porta, dividindo o cacho de uma uva, quando eu chego. Eles se levantam, eu confiro se está tudo certo e abro a porta. Saímos e pegamos o elevador.

O elevador faz uma parada no andar debaixo. Por favor, não seja o Gabe. Por favor. As portas correm para o lado e é ele quem espera. Eu o encaro e depois desvio a atenção para meus irmãos.

– Oi, Callie. – Ele diz e aperta o botão para a recepção.

– Gabriel – digo secamente.

– Me desculpe pelo...

– Chega – controlo minhas palavras, meus irmãos estão aqui. – Não quero ouvir a sua voz.

– Tudo bem, então.

Ele puxa o celular do bolso para nos ignorar. Eu encaro o teto e aperto as mãos dos meus irmãos. Saímos na garagem e entramos no carro.

– Eu quero ir na frente! – Alex abre a porta da frente.

– Não, nada disso, vocês dois atrás. E usando cinto!

Ele esperneia, mas faz o que eu digo. Certifico-me que os dois estão usando os cintos antes de dar ré.

– O que vocês querem comer? – penso em parar na cafeteria aqui em frente, mas não teria graça alguma.

– Eu quero torta! – Alex opina.

– Torta! Torta! Torta! – Hannah se junta a ele com algo que parece ser um grito de guerra.

– Vamos achar algum lugar que tenha torta então.

Ligo o GPS e busco por uma padaria ou cafeteria nos arredores. Sigo o caminho indicado e encontro-a. Estaciono e desço junto com meus irmãos. Eles correm estabelecimento adentro atrás de tortas.

– Ei, vamos nos sentar – digo para eles.

– O que os pequenos vão querer? – a senhora no balcão dá atenção para eles.

– Tem torta? – Hannah, com seu jeito meigo, pergunta.

– Sim. Tem de chocolate, maçã e limão. Você quer um pedaço de qual?

– Chocolate – ela olha para Alex. – Dois pedaços.

– Como se diz, Hannah? – eu a lembro.

– Por favor – ela complementa.

– Claro – a senhora sorri e olha para mim. – E você?

– Um cappuccino de chocolate.

– Eu já levo na mesa para vocês.

– Obrigada – eu sorrio e levo meus irmãos para uma mesa.

Eles se sentam lado a lado e eu fico oposta a eles. Pego meu celular e mando uma mensagem para meu pai falando que estou com os gêmeos numa padaria. Não recebo uma resposta. Vejo que tenho duas mensagens do Noah, da noite passada.

Noah: Consegui mais uma apresentação nesse verão.

Noah: Vou ficar famoso se me solicitarem tanto assim.

Callie: Se eu vou namorar um cantor famoso, quero ingressos para todos os shows.

Ele não vai me responder. Com o fuso de três horas, ele ainda está dormindo.

– Aqui. – A senhora entrega dois pratos e uma xícara branca. – A ficha de vocês – ela prende o papel debaixo do porta guardanapos.

Nós tomamos café e eu me perco olhando a decoração da padaria. É um negócio de família, tenho certeza disso pelas fotos nas paredes organizadas em uma linha do tempo e troféus de concursos culinários.

– Vocês querem mais alguma coisa? – pergunto-os.

Meus irmãos balançam a cabeça em negativa.

– Eu vou ali pagar a conta e já volto.

Recolho a minha bolsa e vou até o balcão. A mesma senhora que nos atendeu me cumprimenta. Entrego o papel e ela soma os valores.

– Quinze dólares e quarenta e cinco centavos.

– Aqui – coloco uma nota de vinte na mão dela. – Não precisa de troco. Meus irmãos adoraram a torta.

– Obrigada e tenham um bom dia – ela sorri. Mas não é um sorriso simples, é como se aquela fosse a primeira vez que alguém agradecia pelo serviço ou algo assim.

Meus irmãos entram desesperadamente no carro e eu escolho nossa próxima parada no GPS. Damos o azar de pegar um pequeno congestionamento, mas logo dou um jeito de ir para outra rua e seguir nosso trajeto.

– Callie, aumenta o volume da música. – Hannah pede. Ela está cantando e Alex está tampando os ouvidos.

– Não posso agora, estou dirigindo – estou atenta ao trânsito.

– Ok – ela se afunda no banco de trás.

– Nós estamos quase chegando.

– Chegando onde? – Alex joga seu corpo para frente e agarra o meu banco.

– Você vai ver.

– Ei, Callie.

– O que foi? – viro o meu rosto para tentar vê-lo pelo retrovisor.

– Você é a melhor irmã do mundo.

– Obrigada, mas eu já sabia disso.

– Sem graça – ele bagunça meu cabelo.

Viro a direita e o GPS apita. Chegamos a primeira parada.

– Aposto que vocês ainda não vieram ao Central Park – anuncio.

– Vovô não quis trazer a gente.

– A melhor irmã do mundo trouxe – digo com um pouco de orgulho.

Estaciono, descemos e deixo meus irmãos correrem pelo Central Park com uma única condição: nunca sair do meu campo de visão. Caminho até o playground e sento em um dos bancos com visão clara. Meus irmãos já estão rindo, escorregando e escalando os brinquedos.

Tiro meu celular do bolso e registro o momento.

Mais uma mensagem do Noah.

Noah: Só toco se a minha namorada estiver na plateia.

Callie: Seu fofo <3

Noah: Preciso dormir mais.

Callie: Então durma.

Noah: Falo com você mais tarde.

Callie: Bons sonhos.

Nem me preocupo com meus irmãos, eles são grandinhos e obedientes, não vão sumir da minha vista. Eles parecem ser dois pestinhas, mas no fundo eles sabem ser legais. E Alex dizer que eu sou a melhor irmã do mundo me surpreendeu um bocado.

Deixo-os brincarem por quase meia hora no playground. Então me levanto e chamo por eles. Alex aparece correndo, suado e tão cheio de energia que ela se derrama pelo chão.

– Cadê sua irmã? – estendo uma garrafa de água para ele.

– Não sei, eu não vejo ela desde que escorreguei ali – então ele aponta aonde estava.

– Precisamos achá-la.

Alex procura por ela dentro dos brinquedos enquanto eu caminho pelos arredores, mostrando uma foto dela para algumas pessoas. Eles dizem que a viram saindo do playground e eu agradeço. Para onde Hannah foi?

Eu estou desesperada. Eu consegui perder a minha irmã? Pior, será que ela foi sequestrada? Faço um esforço para continuar perguntando por ela e me afasto de Alex. Espero que ele permaneça onde eu o deixei.

– Callie! – alguém grita e eu reconheço a voz fina e fofa. Hannah.

Eu me viro em sua direção e ela vem correndo me abraçar. Eu me abaixo e seus pequenos braços envolvem meu pescoço.

– Onde você se meteu? – pergunto baixinho, sem intenção de brigar com ela.

– Eu me escondi nos arbustos para brincar de esconde-esconde.

– Você me assustou – sussurro. Alex se aproxima.

– Hannah! – ele grita e se junta ao abraço.

– Hora de irmos fazer outra coisa – digo.

Fico de pé e carrego Hannah no meu colo até o carro. Alex segura a minha mão livre e não comenta nada sobre o ocorrido. Estou escondendo meu nervosismo deles, meu medo de que alguma coisa pior tivesse acontecido.

Eles entram e eu descanso as minhas mãos no volante. Brigo com o ar para que ele entre em meus pulmões e permaneça por mais tempo. O silêncio me acalma em partes. Quando eu me recomponho totalmente, levo os meus irmãos para bem longe dali.

– Para onde vocês querem ir agora?

Por que você ainda pergunta, Callie? Eles conhecem a cidade menos que você.

– Vocês querem tomar um sorvete? – reformulo a minha pergunta e eles concordam.

Não é difícil achar uma sorveteria. Dou dinheiro suficiente para eles comprarem o que quiserem – com o limite de que eles têm que almoçar – e espero no carro. Confiro o horário e ligo para Noah. Coloco a chamada no viva voz e jogo o celular no banco do carona.

– Callie? – ele diz. Sua voz está rouca como se ele tivesse acabado de acordar.

– Ei, Noah, desculpa te acordar. – Eu mal consigo dizer as palavras sem perder o fôlego.

– Ei, calma, o que aconteceu? – eu respiro fundo, coloco todo o ar que posso para dentro dos meus pulmões.

– Eu quase perdi a minha irmã.

– Você está bem? E Alex? O que houve com Hannah? – ele já está desesperado do outro lado da linha.

– Ela desapareceu por alguns minutos. Nós as achamos, mas eu fiquei com medo de perdê-la – corro com as palavras. – Meus pais estão fora hoje e eu estou passeando com eles.

– Hannah está bem, você achou ela – ele tenta me confortar. – Vai ficar tudo bem, Callie.

– Eu desviei a minha atenção por alguns minutos e ela sumiu – engulo o choro.

– Isso acontece com todo mundo, Callie. Você a encontrou, não fica assim.

Meus irmãos empurram a porta da sorveteria alguns metros à frente. Agarro o celular e tiro do viva voz.

– Eles estão vindo – sussurro.

– Eles estão bem, Callie. Você é uma ótima irmã. Não precisa se preocupar.

– Obrigada, Noah.

– Você está falando com Noah? – eles pulam para dentro do carro.

– Estava – desligo na cara dele e sinto ódio de mim mesma por isso. – Eu sei para onde vamos agora, só vai demorar um pouquinho até chegar lá.

– Pé na estrada, Callie! – Alex ergue o punho e eu sorrio.

Passamos o resto da manhã e o começo da tarde por Coney Island. Meus irmãos andam de montanha russa e na roda gigante sob a minha supervisão e ainda correm um pouco pela praia lotada.

Almoçamos num restaurante à beira da praia e passeamos por essa parte de Nova Iorque que nossos avós não nos trouxeram para ver.

Aumento o volume do rádio quando pegamos um engarrafamento e canto com os meus irmãos. Dividimos as músicas e fingimos não ligar para as pessoas que nos encaram pelas janelas e retrovisores de seus carros.

Minha mãe liga para perguntar como estão as coisas e eu deixo os meninos responderem por mim.

– Callie é a melhor irmã do mundo – eles gritam e a minha mãe ri.

– Falem de novo, eu não ouvi – estou orgulhosa deles. – Mais alto.

– Mamãe, Callie é a melhor irmã do mundo! – eles se jogam nos bancos e riem.

– Onde vocês estão agora? – ela para de rir e volta a ser a nossa mãe.

– Parados na Ponte do Brooklyn por causa de um engarrafamento – eu olho para frente e vejo que ainda temos muito tempo aqui.

– Vocês vão jantar fora?

– Eu que não vou preparar comida para esses dois monstrinhos – vejo os meus irmãos através do retrovisor.

– Devemos chegar à noite, bem tarde, então coloque-os para dormir.

– Tudo bem então. Tenham um bom dia.

– Vocês também. Tchau meninos!

Ela desliga e meus irmãos se ajeitam nos bancos de trás. Estendem as pernas e apoiam a cabeça no vidro da janela. Eles dormem ali mesmo enquanto eu tenho que esperar esse trânsito se resolver.

Encontro meu fone de ouvido dentro da minha bolsa e tento uma chamada de vídeo com Noah. Chamo-o três vezes até ele atender.

– Noah – eu sussurro.

– Você perdeu a sua irmã de novo? – eu não consigo vê-lo. – Brincadeira.

– Espero mesmo que seja – sorrio. – Ei, o que você está fazendo?

– Nada, não é nada – ele pega o celular com a mão desocupada. A outra está em seu cabelo e ele está com um sorriso que entrega que ele está escondendo algo de mim. – Onde você está?

– Parada no trânsito – olho para frente. Nada mudou.

– E os seus irmãos?

– Dormindo – mostro para ele. – Acabaram de desmaiar e vão ficar aí até eu sair daqui.

– Você está melhor?

– Aham. Ouvir que você é a melhor irmã do mundo melhora seu ego.

– Queria que Amy dissesse isso – ele caminha pela casa. – Bom, ela dizia, até se tornar essa criaturinha aqui – Noah se joga no sofá e Amy aparece. – Amy, diga oi para Callie

– Sai daqui, Noah! – ela o empurra.

– Só depois que você disser que eu sou o melhor irmão do mundo. – Ele aguarda-a fazer algo. Algumas vezes eu sinto inveja de como o Noah olha para Amy, mas eu sei que ele me olha parecido, como se pudesse me proteger de tudo e me amasse de verdade.

– Você vai me deixar em paz se eu disser? – ela diz mal humorada.

– Aham.

– Você é o melhor irmão do mundo. Agora sai daqui!

– Obrigado, Amy! – ele se levanta e ajeita o cabelo. – Até que foi fácil. Você chega segunda, não é?

– Sim, meu voo sai daqui quando aí forem três horas da manhã. Sete horas de voo e eu devo chegar aí até às dez horas da manhã. Você tem alguma coisa planejada?

– Eu tentaria te buscar no aeroporto, mas vou ter que fazer dois turnos na segunda.

– Ah, tudo bem – meus lábios se curvam. Segunda é meu aniversário, nem sei se Noah se lembra. Eu só vou poder vê-lo de noite então.

– Você quer fazer alguma coisa depois que eu sair do hotel? – ele está de volta ao quarto e eu vejo seus instrumentos encostados perto da escrivaninha.

– Pode ser. Talvez andar um pouco na praia e depois tomar um café – o trânsito começa a fluir e eu apoio o celular no suporte do GPS. – Eu já volto a falar com você.

– Me chamaram para tocar naquele café de novo – conta. – Estou repensando nas músicas que vou tocar, acho que vou misturar as que toquei aquele dia com as do Seaside, o que você acha?

– É, vai ficar bom.

– Só bom? Callie, só um bom não serve para mim.

– Noah Young, você tem que parar de ser perfeccionista, assim como eu – rio. – Qualquer coisa que você tocar vai ficar ótimo, eu não tenho dúvidas disso.

– Se você diz. Ei, vou desligar, tenho que passar na cafeteria com Ty para acertar alguns detalhes. Qualquer coisa, me mande mensagem.

– Ok. Até logo, Noah.

– Até segunda, Callie.

Saímos do engarrafamento e aproveitamos o resto da tarde visitando museus em Nova Iorque. Meus irmãos se apaixonam por todos, reconhecem um deles como cenário de um filme e insistem para ficarmos mais tempo.

Jantamos hambúrgueres e pizza, ainda vamos ao cinema e chegamos ao apartamento exaustos. Eles desmaiam nas camas com roupa e tudo. Eu ainda fico mais um tempinho acordada assistindo à televisão e tentando aprender a tocar algo no piano. Mas eu tenho que reconhecer que sou um tremendo fracasso com instrumentos – e guardo um pouco de inveja do Noah por ele ter talento para tantos.

Subo para o meu quarto e começo a fazer as malas. Amanhã é o nosso último dia aqui. Nossos avós planejaram algum programa em família e prometeram que vai ser divertido.

Quando eu deito na cama, ouço as vozes do meu avô no corredor. Ele abre a porta do meu quarto para ver como eu estou e depois a fecha. Eu vou sentir muitas saudades dele e da vovó e já quero saber quando vou voltar para Nova Iorque.

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