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DEZ - NOAH

Fico deitado em minha cama, com o violão em meus braços, fitando o teto, só esperando o tempo passar. Tenho que ir à casa de Callie mais tarde e a espera me deixa apreensivo. Seu pai quer falar comigo e eu não sei o que esperar. Se é apenas sobre a viagem ou se tem algo mais.

Alguém bate na porta. Ergo a cabeça e vejo minha mãe – ainda com as roupas de trabalho – entrando com Harold em seu encalço. Rapidamente, sento-me e coloco o violão de lado. Algo deve estar errado porque Harold não costuma entrar aqui, o meu quarto é meio que um terreno em que ele não pisa a não ser que seja extremamente necessário.

– Está tudo bem? – pergunto, pronto para correr caso seja necessário.

– Só queremos conversar. – Diz Harold puxando a cadeira giratória da escrivaninha para minha mãe se sentar.

– Não é nada relacionado a sábado, ou é? – pergunto já preocupado. – Eu juro que aquilo não vai se repetir e...

Minha mãe falou comigo sobre Callie e eu no quarto de visitas por três dias. Não sei se aguento ouvir mais sobre isso. Harold está aqui e isso me faz achar que minha mãe quer que ele converse comigo. Meu Deus, se eu soubesse que um beijo causaria isso tudo, eu teria aceitado a nota baixa em química.

– Não. Vamos esquecer o que você aprontou. – Ela começa, mas logo sua voz se eleva. – Nada disso, eu vou esquecer. Mas espero que o senhor não esqueça, pois não aceitarei outra vez. Noah, você...

Ah, tudo de novo, não!

– Calma, Julia. – Harold me salva de um novo sermão. – Diga a ele o que viemos dizer.

Minha mãe respira fundo. Parece exausta.

– O hotel onde Hal trabalha vai começar um programa de férias para estudantes, que já vale como atividades extracurriculares. Apenas alguns serão selecionados após uma entrevista. Trabalharão por meio período e irão ganhar uma ajuda de custo. O que acha? – ela aperta os olhos para mim.

Assinto e olho para Harold. Ele está com as sobrancelhas erguidas, esperando que eu diga alguma coisa.

– Legal. – Forço um sorriso. – Por que estão me contando isso? – travo a respiração quando percebo e nem os deixo responderem. – Eu vou para Nova Iorque com Callie, então...

Harold olha para minha mãe e a espera me responder. Ela parece sem jeito de continuar.

– Então isso é mesmo sobre sábado? Não vai me deixar viajar mais por causa do que fiz? – não estou acreditando. Passo a mão no cabelo e começo a andar pelo quarto.

– Não, Noah. Não é bem assim. – Harold é quem diz. – Ninguém aqui quer te proibir de viajar com sua garota. Só estamos analisando suas opções.

– O que? – pergunto franzindo a testa.

– Pense nas vantagens que terá trabalhando no hotel. – Ele explica. – Há um piano no restaurante. Pode tocar lá. O Pacific Coast Hotel recebe pessoas do país inteiro nessa época do ano. – Ele arregala os olhos. – Talvez até de todo o mundo. Você terá um público diversificado.

– Em Nova Iorque também. – Argumento.

– Sim. Está certo. – Harold continua, bem seguro de si. – Contudo, Nova Iorque não te ajudará em nada em conseguir uma bolsa para faculdade. E nem receberá nada. No Pacific Coast Hotel, você irá receber seu dinheiro e trabalhará meio período. – Ele olha para minha mãe, como se estivesse pedindo sua ajuda para continuar. – Sei que não estará com sua namorada, mas... bom, você escolhe.

Uau. Parece que minha cabeça vai explodir. Volto a me sentar e olho para o chão.

Nunca tive que fazer uma escolha tão difícil como essa antes.

– Callie vai entender, Noah – minha mãe corta o silêncio. Soa um pouco preocupada. – É uma oportunidade única. Nova Iorque vai continuar lá. Esse programa talvez seja só esse ano.

Passo a mão na nuca. Isso é difícil. Sim, Nova Iorque continuará lá, mas essa viagem é importante para Callie. Nós vamos juntos. Íamos. Droga.

– Por que veio me contar isso agora? – pergunto a Harold. – Agora que já confirmei tudo com Callie você...

– Ei, Noah! – os olhos de minha mãe me advertem, como se eu fosse perder a cabeça ou algo assim.

– Estive em reunião durante toda a semana. Não é uma decisão rápida e os outros ainda estão receosos com a ideia. – Harold se explica. – Adolescentes trabalhando no hotel é algo que preocupa muita gente, mas obedeço ordens e tive que convencer aos outros que é uma boa ideia.

– É uma boa ideia, Hal. – Minha mãe diz segurando a mão dele. – É oportunidade para muitos jovens.

– Eu sei. – Ele olha sem jeito para mim. – Só conseguimos uma confirmação do programa ontem. Pensei em falar com você sobre isso antes que a notícia se espalhe. – Ele sorri. – Porque eu te conheço e sei que é um adolescente responsável que estou te contando, quero que uma das vagas seja sua.

– O que eu faria se aceitasse? – indago.

– Veremos isso depois. Faremos uma entrevista com você antes – Harold diz pensativo.

– Noah é simpático e tem esse sorriso acolhedor. Recepção é perfeito para ele. – Minha mãe diz olhando para mim.

– Indicarei-o ao chefe de recepção. – Harold sorri.

– Eu preciso pensar ainda. – Lembro. – Obrigado por isso, Hal. Até quando preciso te dar a resposta?

– Até amanhã cedo. Antes de eu ir para o hotel. E ah, fale com seu amigo Tyler.

– Conversei com a mãe dele esses dias e ela me disse que ele está desesperado atrás de algo para fazer nas férias. – Minha mãe conta, levantando-se da cadeira como se não tivesse jogado uma bomba em minhas mãos.

– Falo com ele sim. – Vou até a janela e espero saírem do meu quarto.

Preciso pensar no que fazer.

A janela de meu quarto dá para nosso quintal. Vejo Amy sentada à mesa, escrevendo em seu caderno.

– Eu sei que é difícil. – Minha mãe diz parando ao meu lado. – É Nova Iorque. Sua primeira viagem com a menina que você gosta. – Ela coloca a mão em meu braço. – E tem essa oportunidade no Pacific Coast Hotel. É realmente difícil.

– Se estivesse no meu lugar, o que escolheria?

Ela hesita. Passa a mão no meu cabelo e dá uma risada.

– Você sabe que eu gosto da Callie. Acho que ela faz muito bem à você. – Ela diz olhando para Amy lá fora. – Colocando-me em seu lugar, eu escolheria participar desse programa. Callie vai entender.

Marco de encontrar Callie na praça perto de sua casa antes de irmos falar com seu pai. Chego primeiro e fico sentado num dos bancos. Isso vai ser difícil. Muito difícil.

Assim que ela chega, abraço-a. Subo minhas mãos por suas costas fazendo com que ela vire o rosto para mim. Roço meus lábios nos dela e a beijo. Estou nervoso – não vou mentir – e procuro me sentir melhor com seu beijo. Mas agora só penso no quanto sentirei falta dela.

Callie enterra a mão em meu cabelo enquanto eu desço as minhas de seu rosto delicadamente até seu pescoço. Sinto-a sorrir contra minha boca e com isso nosso ritmo aumenta. Continuo descendo minhas mãos até chegarem à cintura e Callie responde me puxando ainda mais para si. É difícil manter qualquer controle quando estamos assim. Eu só penso que não quero parar. Não quero ficar longe dela.

Passo meus braços ao redor de seu corpo com um pouco de força, mas Callie não reclama. Ela suspira em meus lábios e sorri outra vez.

Com muita luta, interrompo o beijo pousando a boca contra sua bochecha.

– Eu te amo. – Sussurro de olhos fechados.

Por mim poderíamos continuar aqui, agarrados um ao outro como se dependêssemos disso para viver, mas infelizmente nada nunca é como queremos.

– Eu também te amo. – Ela responde passando os braços ao redor de meu pescoço.

Abro os olhos e inclino a cabeça um pouco para trás, para vê-la melhor. Sua boca forma um sorriso sereno, como se nada pudesse irritá-la hoje. Beijo seu rosto e aponto para o banco com minha cabeça.

– Vamos nos sentar.

Não a solto em momento algum. O pensamento de soltá-la agora me assusta.

– O que é tão importante que não podia ser dito pelo celular? – ela pergunta sorrindo.

– Eu não podia te beijar pelo celular, podia? – brinco erguendo apenas uma sobrancelha.

– Bobo. – Ela ri e me beija devagar.

– Callie. – Digo contra sua boca. – Preciso te contar uma coisa.

Ela se afasta ao notar a seriedade em minha voz.

– O que aconteceu?

– Não aconteceu nada. – Seguro sua mão e deslizo o dedo por ela. – Sabe o hotel em que meu padrasto trabalha? – ela responde com um aceno de cabeça.

Explico rapidamente a ela tudo do jeito que minha mãe me contou. Quando termino, ela ergue seus olhos para mim e eu não faço ideia do que dirá.

– Noah, então aconteceu alguma coisa – ela diz com seus olhos perdidos em algum lugar atrás de mim.

– Você está chateada comigo?

– Não. É que eu só estou meio confusa.

– Eu também estou. – Confesso. – Eu queria ir com você, Callie. Você sabe que eu queria. Mas isso... Eu sinto muito.

– Então quer dizer que você vai ficar aqui para trabalhar? – ela está magoada, eu noto isso pelo jeito que ela me olha.

– Sim, é. – Olho bem em seus olhos e seguro firme sua mão. – Me diga que você está bem com isso.

– Eu não sei. Seria muito legal passar essas semanas com você, mas essa oportunidade, eu seria egoísta demais se te forçasse a ir comigo. E se você ficar, pode tocar no Seaside Club, eu só não poderei ver – ela joga a cabeça para trás e funga. – Melhor você ficar aqui e agarrar essas oportunidades.

Vê-la desse jeito faz com que meu peito se aperte. Não consigo dizer mais nada. Eu a puxo para mim e enterro o rosto em seu cabelo.

– Serão apenas duas semanas. – Murmuro querendo eu mesmo acreditar que é pouco tempo e ficaremos bem.

– É uma boa oportunidade, nós podemos ir para Nova Iorque no inverno, eu penso em alguma coisa, meus avós adorariam nos receber. Talvez a gente possa até ir sozinhos, nada de pais ou irmãos.

– Nós vamos. Afinal, ficarei te devendo. – Afasto-me e sorrio para ela. Mas logo meu sorriso se desfaz. – Como fica com a passagem? Ainda dá para reembolsar?

– Não se preocupe, meus avós cuidaram de tudo.

– Tudo bem. Explique a eles e a seus pais o que houve por mim.

– Eu explicarei.

– Você falou sobre o Seaside Club... Fiz o teste para lá antes de vir aqui. – Conto a ela. – Eles ligarão para Tyler caso eu seja escolhido para ser uma das atrações do festival de verão deles.

– Isso explica o violão. – Ela aponta para meu violão encostado no banco. – E como foi?

– Fui bem. – Realmente acho que me saí bem. Mas o Seaside pode não querer um artista como eu para tocar lá.

– Tenho certeza que sim.

Logo o silêncio surge. Sei que ela está pensando nas duas semanas que virão assim como eu estou. Não sei como trazer ao rosto dela aquele sorriso que tinha quando chegou aqui.

– Você deveria ir lá em casa explicar isso para os meus pais. – Seus dedos se entrelaçam aos meus. – Se eu falar, eles vão pensar milhares de coisas e não vão acreditar no porquê você vai ficar aqui.

– Certo. Podemos ir agora?

– É, acho que está na nossa hora.

Levanto-me pegando meu violão com uma mão e segurando a de Callie com a outra. Fazemos o caminho até sua casa sem trocarmos uma palavra. O trajeto é curto e por isso o momento não se torna desconfortável.

Callie solta minha mão para abrir a porta e chama por seu pai. Não vejo nem sua mãe, nem seus irmãos.

– Ele deve estar no escritório. – Callie diz me puxando. Ela bate na porta do escritório de seu pai antes de entrar. – Pai. – Senhor Lewis tira os olhos dos papéis em sua mesa e olha para nós. – Noah está aqui.

– Como vai, senhor Lewis? – Cumprimento-o.

– Olá, Noah. – Ele vem apertar minha mão. – Veio pegar sua passagem, certo? – ele aponta para a cadeira em frente à mesa e volta para sua cadeira do outro lado. – Sente-se aí.

Callie segura meu violão para que eu me sente e fica de pé ao meu lado.

– Na verdade, senhor Lewis, eu não poderei mais ir com vocês. – Decido falar de uma vez. Ele olha para mim, para Callie e depois volta os olhos para mim. – Eu agradeço o convite e tudo mais, mas apareceu uma oportunidade de trabalhar no Pacific Coast Hotel durante essas férias e eu não posso desperdiçar.

Falar ao pai de Callie está parecendo mais fácil do que contar a própria Callie. Espero o que vai me dizer, mas ele permanece calado. Ele tira os óculos e apoia os braços em sua mesa. Acredito que esteja pensando no que dizer.

– Pacific Coast Hotel? É, é uma ótima oportunidade. Desperdiçar isso seria um grande erro. – Ele começa passando a mão pelos cabelos acinzentados. – Está tudo bem?

Abro a boca para responder, mas noto que ele pergunta a sua filha. Viro o rosto para ela.

– Sim, está tudo bem. – Ela responde um pouco viajante por seus pensamentos.

– Noah. – Volto minha atenção para o senhor Lewis. – Não desperdice isso. Será uma pena que não possa ir conosco, mas com certeza teremos outras chances.

– Sim, com certeza. – Sorrio sem jeito. Levanto-me e estico a mão para ele. – Me desculpe por ter que avisar em cima da hora.

– Não precisa se desculpar. Você veio se explicar – ele diz recolocando seus óculos e apertando minha mão. – Está tudo certo.

– Obrigado, senhor Lewis. – Pego meu violão e vou em direção a porta. – Tenha uma boa noite!

– Você também.

Saio de seu escritório e espero por Callie no corredor. Ela fala algo com seu pai e sai para me levar até a varanda.

– Callie. – Minha voz sai baixa. Callie demora a olhar para mim. Toco seu rosto com a ponta dos dedos. – Sei que está chateada com essa situação...

– Eu planejei várias coisas para nós. É complicado, Noah. Mas não sou estou chateada com você, ou com esse trabalho no hotel. Apenas é... confuso.

Balanço a cabeça, concordando. É confuso. Até ontem eu estava imaginando como seria em Nova Iorque com Callie, agora tudo isso acabou. Foi uma opção minha – mesmo querendo estar com Callie – aceitar esse trabalho, não posso culpar ninguém.

Queria que a vida não fosse tão complicada.

– Você vai na segunda. – Afirmo. Callie passa os braços ao redor de mim. – Vamos aproveitar esses dias que ainda temos juntos. – Ela assente. – Sexta tem a festa da Annie. Podemos ir.

– Você quer ir?

Callie sabe que não sou muito fã dessas festas. Nunca gostei de ir às festas de Annie – ou de qualquer outro da escola. Antes de Callie e eu começarmos a namorar, fui apenas uma vez e se fiquei vinte minutos foi muito. Depois que começamos, passei a ir a quase todas com Callie. Ia por ela apenas.

– Eu só quero ficar mais tempo com você antes que vá para Nova Iorque.

Ela sorri. É um sorriso sincero, – o primeiro desde que contei tudo a ela – mas triste. Encosto os lábios em sua testa e respiro fundo.

– Podemos ir à festa. Annie vai até gostar disso.

– Eu imagino. – Inclino a cabeça para olhar em seus olhos. – Acho que devo ir. Minha mãe ainda está controlando meus horários.

– É melhor ir, então. – Ela me solta e força um sorriso. Não tão sincero assim agora.

Passo a alça do violão pela cabeça.

– Até amanhã.

Callie puxa meu rosto até o seu, beijando-me com intensidade. Antes que eu possa envolvê-la em meus braços, ela me solta.

– Até! – Diz dando dois passos para trás.

Quero dizer a ela o quanto eu a amo. Quero abraçá-la. Quero dizer que duas semanas vão passar rápido, que vamos ficar bem. Que Nova Iorque deve ser tão incrível que ela nem vai ter tempo para sentir minha falta. Mas apenas sorrio e vou para minha casa.


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