capítulo 01
🍁 Espero que tenham gostado daquele pequeno prólogo! Boa leitura a todos vocês.
— E então? O que achou do hotel? — perguntei para Mingi no momento em que parei o carro.
— Hm... — ele colocou o óculos na cabeça e analisou o lugar — Já vi melhores. — revirei os olhos.
É sempre assim. Ele sempre arruma um jeito de rebaixar tudo o que eu faço.
— É o hotel mais caro de Los Angeles. — abri a porta do carro e saí, esperando Mingi fazer o mesmo.
— É? Não parece. — ele debochou e seguiu em direção a porta de entrada.
— Ei, espera! — o chamei.
— Sim?
— Você não vai me ajudar com as nossas malas? — perguntei.
— Não pode trazê-las sozinho? —olhe indignado. — Ou chama alguém pra pega-las. Tem gente aqui que é paga pra isso.
— Podemos poupar o trabalho de alguém. —resmunguei, indo até o bagageiro.
— Então poupe o meu. — ele disse e por fim entrou no hotel, deixando-me sozinho.
Isso não é nem uma amostra do que está acontecendo entre nós. Choi sempre foi um garoto muito mimada pelos pais, e por isso ele é um pouco metido, chato, egoísto, egocêntrico, teimoso, e de difícil convivência. Eu não sei como estou aguentando esses dois anos com ele. Talvez seja por causa da dúvida que eu tenho.
Eu simplesmente não sei se ainda o amo, é isso.
Fechei o bagageiro com força e guardei o carro no estacionamento do hotel, depois subi com as malas até a suíte da cobertura, onde Mingi já estava muito bem alojado.
Tirei algumas coisas da minha mala e fui para o banheiro tomar um banho rápido, depois vesti um short preto, uma blusa branca frouxa e sem mangas, e coloquei uma sandália. Por fim, escovei os dentes e peguei minha câmera fotográfica e um boné preto.
— Não me diga que já vai fotografar, Jungkook.
— Vou sim. Quer vir comigo?
— Por onde você vai?
— Não sei ainda, mas acho que vou aproveitar que Santa Mônica é aqui perto.
— Urgh, detesto praias. Odeio o vento batendo no meu cabelo e a areia arranhando meus pés. Você sabe o quanto eu pago pra ter pés perfeitos.
Eu juro que tive que juntar forças para não explodir com ele.
— Tudo bem, Mingi. Eu vou sozinho, mas lembre-se que essa viagem é para aproveitarmos juntos.
— E nós iremos, meu amor. — ele passou os braços pelo meu pescoço e me deu um rápido beijo — Mas do meu jeito. Eu tenho passatempos bem mais divertidos do que os seus. - sorriu, fazendo-me abrir um sorriso forçado — Agora vá, mas volte logo.
Mingi e eu somos completamente o oposto um do outro, mas eu nunca acreditei muito naquela frase que diz que "os opostos se atraem". Pra mim, quanto mais assunto eu tenho com alguém, melhor. Mas isso é algo pessoal e varia de pessoa pra pessoa.
Ele é mimado demais, e eu sou o oposto. Ele é mais extrovertido, arruma amigos por onde vai, e eu sou mais na minha.
É basicamente isso.
Passei alguns minutos andando até chegar no famoso Píer de Santa Mônica. Aproveitei então para tirar a primeira foto, e não ficou nada mal. É um lugar maravilhoso.
Olhei para o mar e observei um grupo de pessoas vestindo long john e com pranchas de surf embaixo do braço.
Eles são, praticamente, as únicas pessoas na praia a essa hora.
Um dos garotos que estava no grupo me olhou e eu sorri para cumprimenta-lo, recebendo um sorriso de volta. Ele acenou para seus amigos, que entraram em um jipe azul e saíram andando pela areia, deixando-o sozinho ali.
Notei que ele era coreano como eu, talvez podemos amigar.
Espera... Ele está vindo até mim?
— Oi! — o garoto disse ao parar na minha frente, e só então eu pude notar o quão lindo ela é.
Seus cabelos loiros meio enrolados, sua pele é bronzeada, suas bochechas vermelhas, e seus lábios são cheios e bem desenhados.
— Oi... — foi o que eu respondi.
— Desculpa, mas você parece um pouco perdido. Estou certo?
— É, acho que sim. - sorri — Eu não sou daqui. Só estou dando uma volta pelo local. A propósito, eu me chamo Jungkook. Jeon Jungkook.
— Park Jimin. — ele esticou a mão e eu prontamente a apertei.
— Espera... Park de Jieun e Tony Park? — assentiu.
— Sim.
— Seu pai é meu diretor de cinema preferido, e sua mãe é uma roteirista maravilhosa! — eu disse um tanto empolgado.
— Agradeço por eles. — ele sorrio. — Não quer ir em algum quiosque? Talvez eu possa te dar algumas dicas do que fazer em Los Angeles.
— Sim, eu adoraria.
Jimin me guiou até o quiosque mais próximo e pediu duas aguas de côco, então nós sentamos nas banquetas do local para conversar.
Eu li que californianos são acolhedores, simpáticos, prestativos e amigáveis. Deve ser da natureza deles oferecer ajuda.
— Você me disse que não é daqui... De onde você é?
— Seul. Expecificando melhor, Nova York já que me mudei a algum tempo. Vim passar as férias com o meu namorado aqui.
— Escolheu um ótimo lugar, Jungkook.
— Eu percebi. Sempre achei a California um estado incrível.
— Você já sabe o que fazer por Los Angeles? — ele perguntou ao dar um gole na sua água de côco.
— Não exatamente. Eu tenho um livrinho de guia de viagem, mas...
— Mas nunca é como um guia físico. — Jimin. — Eu amo a minha cidade, e amo apresenta-la para turistas. Se você quiser, eu estarei a disposição.
— Você faria isso? — perguntei, animado.
— É o meu passatempo preferido.
— Ótimo! Nós podemos começar amanhã? Hoje eu estou cansado. Acabei de chegar de viagem.
— Claro que podemos. Fique com meu número e qualquer coisa me mande uma mensagem. — ela escreveu seu número em um papelzinho e me entregou.
— Nossa, Jimin, muito obrigado. Você me salvou.
— Disponha.
— Agora eu preciso ir. Tenho que conversar com a meu namorado, porque são poucos os lugares que agradam ele. — Jimin torceu a boca — Pois é, mas eu não vou me privar de curtir a cidade por causa do Mingi.
— Los Angeles foi feita pra ser aproveitada de todas as formas. Diga isso à ele.
— Eu irei dizer. — levantei-me e peguei minha câmera — Mais uma vez, muito obrigado. Adorei conhecer você.
— Igualmente, Jungkook. Vejo você amanhã.
Me despedi de Jimin e fiz o caminho de volta ao hotel, fazendo questão de olhar para todos os lados a fim de explorar cada detalhe. Los Angeles é uma cidade muito linda, e merece ser bem apreciada. Acho que tive sorte de conhecer Jimin, porque ele é um garoto extremamente simpático e prestativo.
Ele se ofereceu para levar Mingi e eu para conhecer a cidade, mas o problema será convencer o meu querido namorado a sair do conforto do quarto de hotel.
Deus, como diabos eu fui me meter em um relacionamento com uma pessoa tão complicada?
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