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—Por que ele está cantando? —Violet perguntou, percorrendo seu olhar pelo Jimin, que estava sentado ao lado da sua avó, esta que dormia tranquilamente.
A Dinah havia tido uma repentina hemorragia, seu corpo reagiu de um modo estrondoso e ela perdeu todas as suas forças, causada também pela forte quimioterapia, tal tratamento que sugava tudo o que estava em si, mas mesmo assim os médicos diziam que logo, logo, ela ficaria bem, que estava finalmente chegando ao fim da sua grande dor.
Porém, a idosa sentia que estava, na verdade, perdendo seu tempo. Ela sabia que não teria futuro para si, sabia que era por ali o fim da sua jornada, eles apenas estavam a impedindo de seguir, sendo que era exatamente isso o que o destino preparou para si. A Dinah achava que, se ela ficasse negando a sua partida, talvez, tivesse consequências piores. Mas, o que seria pior do que ter uma leucemia, principalmente em uma idade tão provecta?
Ela achou que poderia ter cometido erros demais no passado, e agora estava pagando pelo mal que deixou. Mesmo não tendo feito mal nenhum... Ela era uma mulher bondosa, sempre fora generosa com tudo e todos. Ela comprava frivolidades dos comerciantes iniciantes, pegava todos os gatinhos e cachorrinhos abandonados e os levava para um instituto de adoção, fazia diversos bolos para seus vizinhos e adorava ensinar as crianças a fazerem atividades essenciais, como cozinhar ou costurar.
Dinah era sim uma pessoal maravilhosa, e ela não merecia aquele câncer, na verdade, ninguém merece. Mas, sentindo tamanha dor, ela não tinha nenhum pensamento tranquilo e feliz, apenas vagava melancolia em seus devaneios.
Jimin continuava cantando You are the reason do Calum Scott. Ele achava que assim faria a Dinah se sentir melhor, já que, entre tudo que ela mais gostava no mundo, aquela música certamente estaria em primeiro.
O garoto faria de tudo e um pouco mais para voltar a ver sua avó feliz como antes. Ele nunca almejou tanto ter dinheiro suficiente para cuidar dela, para tirá-la do asilo, mesmo sabendo que lá não era um lugar ruim. O asilo era divertido, cheio de flores e enfermeiros brincalhões. A Dinah queria ir para casa, e o outro sabia muito bem disso. Assim sendo, se ele tivesse condições, ele teria a tirado dali, e talvez ela estivesse bem agora...
Era culpa sua?
Jungkook juntou suas mãos em pleno nervosismo, desviando seu olhar quando o Jimin lhe encarou. O mais novo queria que ele entrasse na sala consigo, ele queria um abraço, um mínimo aconchego para que pudesse ter forças, para, assim, compartilhá-las com a Dinah.
Mas, o Jeon estava com vergonha. Vergonha por ter deixado o Jimin sozinho, por saber que um precisava do outro, mas, mesmo assim, ter ido embora sem ao menos dizer adeus. Ele ia mesmo partir sem se despedir, e agora sabia que as pessoas ficaram ainda mais magoado consigo.
Francamente... Se ele tivesse partido, não teria que lidar com toda essa confusão.
—Acho melhor você chamá-lo para conversar, eu posso ficar com a Dinah e a Violet, sem problemas. —Jung-ho disse receio, se balançando levemente para trás e para frente, encarando o curativo do Jimin, se perguntando o quanto aquilo poderia ter doído. —Ele precisa disso. —completou, ao ver o outro tremer levemente, ainda sem encará-lo, apenas olhando para a sua avó.
O garoto se levantou, dando um longo suspiro, ajeitando o casaco grosso que havia ganhado da tia.
—Certo... Minha tia e meu primo vão voltar logo, logo, também... —constatou, olhando uma última vez para a mais velha entre eles, se abaixando um pouco para beijar as suas mãos quentinhas. —Eles foram pegar roupas e comida, espero que se alimente também. Tente descasar depois. —pediu, com o olhar mais triste que que já fizera, fazendo o Jung ficar ainda mais nervoso.
Ele estava com medo do que viria a seguir, estava com medo da Dinah acabar batendo as botas, pois sabia que os que ficariam sofreriam por um longo tempo.
—Vou sair rapidinho, cuide do Jung-ho. —Jimin pediu risonho, tentando deixar a criança tranquila, sem preocupações, para que ela conseguisse dormir, sem que tivesse que sofrer tanto quanto a si.
—O Jungkook vai com você? —perguntou descontente, rolando seus olhos em plena chateação, bufando logo em seguida. Ela olhou de relance para o garoto mais velho, vendo sua expressão confusa enquanto mexia em seus anéis. Ele estava muito ansioso, até a pequena pode perceber isso.
—Espero que sim... —Jimin sibilou, abaixando sua cabeça rapidamente, e enfim seguiu pelos corredores, ajeitando novamente o seu casado, tentando se esquentar, já que o hospital lhe causava calafrios.
Jungkook deu um leve carinho nos cabelos longos da criança, distribuindo beijos em sua testa. Ele, de repente, havia ficado muito carinhoso consigo, mas ela não ousaria questionar.
O garoto foi até o outro, correndo até o mesmo, tentando não fazer muito barulho, resmungando mentalmente por conta do seu coração estar batendo tão forte. Talvez todos pudessem escutar as batidas descompassadas.
—Para onde vamos? —Jeon perguntou, enquanto continuava a seguir o Jimin. Ele preferiu não dizer nada sobre o último encontro, preferiu apenas aguardar e esperar pelo o que viria a seguir. Ele mantinha um expressão assustada e confusa, pois, mesmo sendo que ele quem se distanciou do outro, ele estava preocupado se o fator daquele novo encontro seria para cortar os laços, permanentemente.
—Para praia. —Park respondeu depois de um longo tempo apenas perdido em seus pensamentos. Ele não saberia como abordar aquele assunto, não sabia se o Jungkook estava mesmo afim de ter aquela conversa. Afinal, ele quem sumiu de repente, ele quem fugiu de si.
Então... o que tanto queria fazer? Implorar para que o garoto, dono das melhores boinas, voltasse consigo?
Jungkook apenas concordou com a cabeça, mesmo sabendo que o outro não podia o ver, pois estava um pouco distante. A aura que ele carregava era extremamente sombria, muito diferente das anteriores. Provavelmente, o mais velho fora um dos motivos daquela mudança, e ele estava muito chateado, pois achou que sua partida não iria fazer um mal tão grande.
Ele estava enganado, novamente. Sua vida inteira era assim, incerta.
Jimin vagava pelas estradas daquela vazia cidade, sempre olhando de relance para o seu antigo amado, abraçado seus próprios braços para não chorar antes da hora. O garota sabia que era fraco, sabia que não aguentaria tanto tormento uma segunda vez, sabia que deveria tentar concertar as coisas, já que não achava que havia chegado ao fim. O garoto acreditava que eles ainda tinham chances, acreditava que não precisava sonhar acordado, que poderia realizar qualquer coisa com o Jungkook.
Ele ainda achava que aquele namoro daria certo, que seria sim duradouro, que eles ainda irião viajar por lugares magníficos juntos, que irião olhar o belo mar por longos e incansáveis dias, que ainda darião muito abraços, que ainda apreciarião as maravilhosas flores do seu grande jardim dentro de casa.
Ele acreditava que o Jungkook não queria colocar um ponto, ainda não. Ele tentava se convencer que ainda fora um engano, que o Jeon tenha ficado nervoso demais, que a pressão que sentiu fora tão forte que o fez se distanciar.
Era exatamente por isso, e agora ele precisava apenas de uma confirmação do mais velho para enfim ficar um pouco mais tranquilo.
Aquilo tudo era demais para si... Para todos. Aquela cidade era extremamente pequena, mas grandes histórias vagavam por lá.
Jimin se sentou na areia, ao lado do Jungkook, que por alguns segundos sentiu leve pontadas em sua garganta. Lembrar do que houve naquela praia, lhe causava ânsia de vomito.
O mais novo encarou o belíssimo degrade de azul no céu, onde a perfeita cor branca era dominada pela Lua, assim, os leves tons de azul iam se escurecendo conforme chegavam ao mar. Pequenos brilhos refletiam nas águas cristalinas, e uma brisa aconchegante bagunçava os cabelos do dois garotos.
O clima estava exuberante de alegria, muito diferente do sentimento que aqueles dois carregavam.
—Se eu voltasse a lhe entregar flores, você aceitaria? —Jimin disse enfim, achando que estava finalmente pronto para começar a conversa, mesmo não sabendo como, mesmo não tendo uma mínima suposição do que aconteceria ali. Ele também estava com muito medo.
Jungkook encarou seus olhos, que brilhavam tanto como a magnífica constelação que pintava o céu. Ele não sabia exatamente onde o outro queria chegar com aquela pergunta, mas não demorou a responder:
—Você nunca parou de me entregar flores... E eu sempre as aceitarei. —disse genuinamente, tentando manter o foco, para que não voltasse a ter lembranças de momentos tão tortuosos.
—Mais alguém lhe entrega buquês? Você sentiria falta dos meus se algum dia eu partisse? —continuou, ajeitando sua postura, deitando sua cabeça em seus joelhos, mas, sem tirar os olhos do outro garoto.
—Só você tem sessenta e oito vasos de plantas em casa... —sibilou, se escorando em seus braços, também procurando por uma maneira confortável para relaxar durante a conversa.
Jimin arregalou seus olhos levemente. Ele não lembrava de ter dito quantos vasos tinha, então, isso só significava que... o Jungkook contou... Ele contou todos eles... Todos os sessenta e oito.
—Você realmente gosta de flores? —o mais novo perguntou receoso, começando a falar de modo mais lento para que o outro não percebesse sua repentina tremedeira. Ele estava realmente com uma grande vontade de chorar.
—Sim, elas me lembram você... —respondeu depois de um tempo. Finalmente, ou melhor, infelizmente, desviando o seu olhar.
O outro voltou a arregalar seus olhos, mas, desta vez, ele semicerrou o olhar logo depois. Aquele garoto lhe deixava muito confuso, aquelas palavras pareciam mentirosas, pois, ele sempre o respondia com rapidez, sempre com leveza em sua voz. Park achava que, se o Jungkook o deixou por medo ou nervosismo, ele deveria ao menos mostrar algum sentimento de ansiedade ao conversar consigo, não?
Ele estava lhe dando as próprias respostas, e, aparentemente, todas estavam erradas. Jungkook era um cara profundamente enigmático, e o outro nunca saberia o descrever, nunca saberia dizer se realmente o conhecia.
O mais velho estava realmente levando aquela conversa a sério?
Talvez o Jung-ho estivesse enganado, o Jeon não precisava daquilo.
—Certa vez você disse que gostava do Vante, disse que lá tinha um maravilho cheiro de orquídeas. E, bom... É verdade, lá é repleto da mais bela flor. Também tem a amor-perfeito que decorava diversos quadros. —começou a dizer em disparada, se ajeitando novamente, mas, desta vez, olhando também para o mar, tentando esconder a sua expressão enfurecida e chateada. —Então eu não entendo por que você não foi. Seu irmão me disse que você não passou mal... Qual seria o mal entendido? —perguntou enfim, jogando suas mágoas, sentindo seus olhos arderem ao extremo. Suas mãos ficaram gélidas e seu machucado na sobrancelha começou a doer. Quem sabe, a sua aura realmente afetasse o seu corpo.
Jungkook fechou seus olhos com força, tentando ignorar aquelas palavras. Ele sabia que o outro lhe faria aquela pergunta, mas não achou que seria tão cedo. Certamente, o coração de nenhum dos dois aguentava sentir dores por tanto tempo.
Uma depressão persistente não acostuma o coração, apenas piora, o deixa mais fraco, deixa a pessoa mais sensível.
Park encarou suas mãos, ambas tremendo de modo descomunal. Então ele começou a passá-las pelo seu cabelo, tentando aguardar a resposta sem que ficasse tão ansioso. Ele se odiava por transparecer seus sentimentos daquele jeito. Enquanto o Jungkook sabia muito bem como esconder os seus.
O mais velho não sabia que resposta lhe dar sem que parecesse um bobo ou uma criança que precisa dos pais para resolver os problemas. Porém, ele era realmente uma criança, que chora a espera que alguém lhe abrace e enfim fique tudo bem, que tem que receber mimos para abrir um sorriso. Ele só não queria mostrar sua fraqueza ao lado do Jimin, só queria parecer mais maduro, mas, analisando todos os acontecimentos, ele estava ficando cada vez mais infantil, sem conseguir ver isso.
Jungkook não era um cara nem um pouco equilibrado, ele havia jogado seu juízo para longe, havia se distanciado das responsabilidades bem antes de aprender a lidar com elas. Ele não sabia agir como um adulto, era como sempre dizia, estava apenas vivendo, sem questionar se seus atos eram certos ou errados. Ele era um cara que cresceu antes da hora, ou melhor, um cara que desistiu de viver e deixou apenas que o tempo corresse em meio ao seu caos.
O garoto não fazia a mínima ideia de como recomeçar, se conseguiria aprender, algum dia, a resolver seu problemas sem desabar na melancolia. Ele não sabia esconder seus sentimentos como o Jimin tanto dizia. Suas reações eram bem mais estrondosas, como cair em uma overdose.
Ele carregava uma vida ruim sem nem mesmo questionar.
—Me desculpa... —Jeon começou a dizer, depois de ter ficado muito tempo apenas matutando aquela situação. Ele teria que ser responsável agora, e lidar com as consequências que ele mesmo criou.
Jimin voltou a lhe encarar, extremamente ansioso pelo o que o outro iria lhe dizer. Desculpas não poderia ser as suas únicas palavras... certo?
—Ultimamente eu estou dizendo muitas desculpas, tenho que parar de cometer os mesmos erros, tenho que parar de agir como criança... Me desculpa, de verdade, por não ter ido no Vante. Agi como um cara imaturo, como todas as outras vezes. Eu fiquei nervoso demais, tinha preparado um futuro em um dia apenas, eu não estava pronto para aquilo... O Jung-ho disse que sim, ele me encorajou... Mas, eu não sou como o meu irmão. —continuou olhando apenas para o mar, vendo as pequenas ondas irem se quebrando de modo majestoso. —Jung-ho consegue tomar atitudes decisivas de um modo tão rápido e fácil... Mudanças são como estações para ele, onde conseguimos nos adaptar naturalmente, sem nem mesmo perceber. —ele voltou a se escorar em seus braços, suspirando levemente, tentando fazer com que sua respiração voltasse ao normal.
Jimin escutava atentamente, quase sorrindo por tudo aquilo. Ouvir o Jungkook dizendo o que se passa em seus pensamentos era como escutar uma bela ópera, onde se espera por anos para finalmente presenciar o encontro de notas instrumentais de profissionais da música.
—Não me leve a mal, eu demoro demais para conseguir escrever o meu futuro... Eu demoro para tomar decisões, para me acostumar... para conseguir ficar calmo. Meu coração sempre está em disparada. —dizia sem parar, depois de ter juntando todo o seu fôlego. —Me desculpa por ter ficado tão ansioso com aquele encontro e ter acabado com tudo tão de repente. Eu não queria destruir o que a gente construiu, tão rapidamente. Eu sei que disse que não sei lidar com mudanças, então, certamente, a minha ida repentina não foi uma boa escolha. —ele enfim olhou para o Park, o vendo mexer em seus cabelos novamente.
O mais novo engoliu em seco, agora era ele quem não sabia o que dizer. Era sempre assim em suas conversas, um atiçava o outro, falando coisas inesperadas.
—Foram longas semanas distantes, sem ter notícias sobre mim... Mas, talvez a minha reação tenha sido exagerada... Talvez isso seja bobo, talvez você não esperava ouvir frases tão grandes juntas em uma única conversa... Acho que você sabe que comigo é tudo mais intenso, certo? —riu miúdo, vendo o Jimin concordar, mesmo de modo tímido. —Então, se você me prometesse me entregar flores, mas não cumprir com isso, eu ficaria tão chateado que veria esse fato como um término... Você não me ama mais? —fez uma voz baixa e tristinha, encenando a sua provável reação. —Me desculpa por ter feito você viver um romance tão complicado e confuso, por ter feito você ter momentos tão melancólicos em simples situações. Eu acho que eu realmente pioro as coisas... —desviou seu olhar novamente, voltando a inspirar e expirar lentamente.
O Jungkook não conseguia deixar o Jimin. Ele havia preenchido seus caminhos, e o outro não podia seguir sem o Park. O garoto era como estrelas no céu, que brilhavam tanto que fazia qualquer um chorar, que estava ali de forma tão soberba que todos os problemas iam embora em segundos.
E, encarando o céu agora, ele só pode pensar que, o seu universo de verdade era o garoto ao seu lado, que também olhava para a Lua magnífica que refletia em seus olhos cintilantes. Ele era tão belo, ele trazia leveza e o Jungkook se sentia nadando naquele imenso mar. Ele não queria mais se afogar, queria trazê-lo para perto de si, queria fazê-lo sentir as ondas, queria ver seus cabelos voarem com a brisa celeste, queria ver seu sorriso iluminar toda aquela noite escura. Ele queria apenas o Jimin.
Se ele lhe perguntasse agora se ainda tinha esperanças, o garoto afirmaria, diria que lhe amaria até morrer, e que isso já bastava, mesmo que, no fim, eles não fossem ficar juntos, mesmo que seus caminhos não se cruzassem mais. Seus pensamentos já estavam tomados pelo garoto e agora nada podia quebrar a leveza que construiu.
Era isso que precisava, conversa com ele de novo. Não queria mais esconder seus sentimentos, não queria mais fugir. Ele estava ali agora, e o Jeon queria que ele ficasse. Então, o mais velho pediria para ele lhe abraçar e não se soltar jamais, para que ele segurasse sua mão e não lhe deixasse mais cair. Ele enfim se sentia solto, ele havia se livrado das cordas que lhe puxavam para a escuridão.
Talvez aqueles seus pensamentos fossem exagerados demais, mas o garoto era assim... Carregando de intensivos pontos de vista.
E foi olhando para Lua que ele enfim disse o que tanto queria:
—Eu te amo, Park Jimin. —suspirou no final da frase, pois estas foram as palavras mais belas que dissera, foram as palavras que lhe fizeram voar, finalmente.
Jimin virou-se para ele, encarando seus olhos, agora não mais tristes, e sim, radiantes. Ele sorria largo e não era mais como um sorriso assustador, pois seu olhar não estava distante, estava brilhando como todas as estrelas do céu. E o garoto também suspirou, pois aquela única frase lhe fez voar também.
—Eu também te amo, Jeon Jungkook... E você não piora as coisas, você apenas faz os momentos ficarem sempre melhores, ao ponto de nunca mais saírem das lembranças. —sibilou, ainda o encarando, vendo seu sorriso ficando cada vez maior. Ele estava tão fofo. Suas bochechas se esquentaram e seus olhos ficaram marejados, depois de ter prendido seu choro por tanto tempo. O mais novo sorriu largo, sentindo lágrimas quentes pintarem seu rosto, como o outro a sua frente
Jungkook segurou sua mão, tentando mostra-lhe que desta vez ele não iria embora, que iria permanecer onde estava, e mesmo se ele se fosse algum dia, o Jeon permaneceria ali, lhe aguardado, para sempre.
O que importava agora? Absolutamente nada. Eles estavam ali um para o outro, todos os desejos haviam sido realizados, eles podiam até mesmo partir, naquele momento, pois partiriam felizes, porque enfim tiveram um final sobrenatural, enfim sentiram o amor real, totalmente voltado para si. Eles se amavam na mesma intensidade, e isso era exatamente o que tanto sonharam.
Usando toda a coragem que ainda tinha depois daquela conversa, Jungkook se virou totalmente para o outro garoto, ficando de joelhos, abrindo um grande sorriso, confiante mas, ainda sim, extremamente tímido. Ele ponderou por pequenos instantes se não seria estranho roubar um beijo naquele momento, mas, logo quando o outro virou para si também, o garoto jogou todos os seus pensamentos receosos para o mar, se aproximando ligeiramente, ficando em uma distância agonizante dos lábios do menor.
Jimin sorriu, tomando a iniciativa de levar aquilo que tanto faziam, mas que, agora parecia ser algo quase impossível, em frente. Não era certo continuar com a cabeça baixa escondendo suas bochechas rubras, eles haviam dito '' eu te amo'', então, já eram íntimos demais para esperar uma permissão. Ele então levou sua vão para a nuca do garoto a sua frente, ainda sorrindo largo, finalmente juntando as bocas, em um selar singelo.
Jungkook se aproximou um pouco mais, abraçando o outro pela cintura. Antes mesmo que ele pudesse se afastar, Jimin puxou seu cabelo negro, levemente, para então o recepcionar com sua língua, aventurando-se sobre seus lábios macios. O garoto sorriu mais uma vez, antes de mordiscar o lábio inferior do seu mais novo, ou mais velho, amado.
Jeon se deixou levar ainda mais, adentrando seu moletom, tocando a pele quentinha com suas mãos geladas, por conta de estarem tanto tempo longe dos bolsos do seu casaco cálido. Seu coração se acelerava ao sentir os dentes do outro, novamente, castigando seus lábios, para, logo depois, distribuir mais beijos leves. Ele ofegou contra sua boca, desnorteado com a atitude que o Park, de repente, teve.
—Não sei como suportei tanto tempo sem seu beijo... —Jungkook sibilou, empurrando o Jimin levemente, para que ambos se deitassem. Por cima, ele viu os olhos do outro ainda fechados, com um sorriso mínimo desenhado no canto da sua boca. Ele definitivamente não o largaria tão cedo.
Desta vez, a Lua sorria para eles. O casal estava feliz e ela também. Momento sobrenatural, tempo celestial.
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finalmente a conversa que tanto esperamos!! o jk é tão precioso :(((
estamos oficialmente chegando ao fim, por isso os capítulos estão bem mais grandinhos e sentimentais hihi
enfim, beijinhos!
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