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3

O doutor Fernando, arqueólogo formado pela universidade de São Paulo, curador do museu, está discutindo com os policiais que não o deixam entrar na sala, quando ouve os gritos agonizantes, que o faz pensar que alguém está tendo uma morte horrível e dolorosa.

Os policiais se entreolham e abrem a porta, esquecendo momentaneamente da insistência do doutor em querer entrar.

O doutor aproveita e entra na sala vendo uma das cenas mais bizarras que já presenciou em vida. Seus olhos se arregalam e um grito lhe vem à garganta, mas ele o engole.

Primeiro há ratos, muitos ratos que estão saindo dos cantos e do meio das quinquilharias e se aglomerando ao redor de Dolores. Dolores está quase pelada, usando apenas a calcinha vermelha, e tomando sangue em uma taça. O sangue escorre pela boca dela, desce pelo pescoço até os peitos.

"Puta que pariu, como ela é gostosa!" Pensa o doutor e o pensamento é inevitável.

O delegado está morto aos pés de Dolores , sendo comido pelos ratos, os olhos abertos em uma expressão de horror.

— Puta que pariu! - Exclama um dos policiais, sacando uma pistola e apontando para Dolores. Mas são interrompidos pelo grito do doutor:

— Esperem! Não atirem nela!

— Ela matou o delegado, caralho! - Exclama um dos policiais. Um homem ligeiramente aparentando não mais que trinta anos, o nome Osório está gravado na plaqueta do bolso da camisa do uniforme que ele está usando.

— Não é ela! - Ele se volta para a mulher: - Do... Dolores... Tlazoltéotl.

Dolores olha para ele e sorri, um sorriso zombeteiro. Cheio de malignidade e lascívia.

— Klezothoth. - Diz ela.

Rapidamente ela corre para a porta dos fundos, a porta que vai dar na rua, por onde geralmente o museu recebe entregas. Um dos policiais chega a atirar, mas a mulher já tinha desaparecido porta afora.

💀

Quando Dionísio chega no museu sente cheiro de merda, na verdade ele sabe que a merda já foi jogada no ventilador e espalhada para todo lado.  Ele desce do carro, passa pelos policiais que estão abarrotando a entrada e então é barrado por um policialzinho esquisito de bigode, que está mais parecendo um Fred Mercury meio falso.

— Não pode entrar aí meu chapa. Caia fora.

— A minha noiva está aí...

— Eu não quero saber chapinha. Vai dando fora.

— Merda!

— E lave a sua boca companheiro.

Dionísio vê o Dr. Fernando, que é curador do museu. Ele o conhece muito bem, tinha sido ele quem apresentara Dolores a ele em uma festa do museu.

— Dr. Fernando! Ei doutor.

Dr. Fernando procura quem o está chamando, percebe que é Dionísio e sorri.

— Dionísio. Que bom que você veio! Você está de carro?

— Onde ela está, doutor? Onde está Dolores?

— Ela se evadiu.

— Evadiu?

— Sim. Deu o fora. Você tem um carro?

— Sim... O que está acontecendo, doutor? A Dolores... Ele estava esquisita...

Dr. Fernando se aproxima de Dionísio e o segura pelos ombros.

— O que está acontecendo é terrível, eu sei, mas também pode ser uma revolução para a ciência e a arqueologia.

— Do que está falando?

— Eu explico tudo no caminho. Agora temos que ir.

Dionísio acompanha o doutor até o carro e pergunta:

— Ir para onde ?

— Eu acho que ela vai atrás da planta.

💀

— Está dizendo que essa coisa... Essa Deusa... Como é mesmo o nome?

— Tlazoltéotl.

— Isso. Está dizendo que essa coisa possuiu Dolores?!

— Isso mesmo. Você disse que ela experimentou a calcinha. De alguma forma aconteceu quando ela fez isso.

— Mas que merda de deusa é essa que eu nunca ouvi falar?!

— Tlazoltéotl é a deusa da imundície e do sexo. Era venerada pelos astecas. Acreditava-se que a deusa podia eliminar do mundo todo pecado. Estava relacionada com a devassidão, como adultério por exemplo.

Dionísio balança a cabeça e esboça um sorriso de incredulidade.

— Sabe que isso parece um monte de baboseira do caralho, não é doutor?

—Mas você viu o que ela fez. Ela tentou te matar.  Ela já matou vários homens. Estou dizendo, Dolores está possuída pela deusa.

No fundo Dionísio sabe que tem alguma coisa muito bizarra acontecendo ali. Ele sentiu aquilo desde o momento em que Dolores removeu a calcinha daquela caixa de vidro, e depois, quando ela a vestiu, parecia ser outra pessoa, a meneira selvagem como fizeram sexo provava aquilo, Dionísio parecia que ia morrer, e quase morrera de fato.

Ele coça a cabeça e olha para o doutor com ares de preocupação.

— E o que a gente vai fazer?

Dr. Fernando admite que não sabe na verdade, ele tem apenas teorias.

— Bem... Eu acho... Teoricamente acho que a gente precisa tirar a calcinha dela e destruí-la.

— Certo... Acho que posso fazer isso. Isso vai funcionar?

— Eu não tenho a menor ideia. Não é todo dia que a gente vê uma deusa asteca andando por aí na pele de uma curadora de museu.

Dionísio pondera que ao menos eles têm um plano: remover a calcinha dela e destruí-la. É melhor do que nada. Agora só precisam saber onde Dolores está.

— E onde vamos encontrar ela?

— Tenho uma leve desconfiança de que ela vai atrás de raiz do diabo.

Dionísio franze o cenho e olha para o doutor procurando nele traços de brincadeira e pedindo explicações.

— A raiz do diabo é uma planta, - começa o doutor - era usada para aumentar os efeitos de uma bebida alucinógena chamada pulque. Tlazoltéotl está fraca. Vai precisar de energia para se manter no corpo de Dolores. Essa planta vai fortalecê-la.

— Certo... Eu nunca ouvi falar dessa coisa... Onde tem isso?

O doutor fica meio desconcertado antes de dizer:

— Bem... Tem um lugar... Um bar mexicano que fica há uns 15 quilômetros daqui... É um puteiro. - Dionísio olha para o doutor meio admirado. O doutor continua: - A dona do lugar se chama Rosa... Ela cultiva Harpagophytum procumben... Ao menos cultivava quando a conheci.

— O senhor a conheceu, é? - Pergunta Dionísio com um sorriso.

— Bem... Eu conheci muita gente...

— Claro. Não tem problema doutor. Eu sei como é. Onde fica esse puteiro?

— No bairro do Mandú. Se chama Pulque.

— Haha. Bem sugestivo.

Dionísio abre a janela do carro e acende um cigarro.

— Vai um?

— Obrigado. Parei. Deveria parar também. Isso vai te matar.

— É. Talvez mate. Talvez mate.

Dionísio solta a fumaça para a noite enluarada e pisa fundo no acelerador.

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