2
A mulher está falando alguma coisa, mas o policial Aparecido não consegue entender porque ela está falando em uma língua desconhecida. Ele fala um pouco de espanhol, conhece inglês e francês, mas aquela não parece ser nenhuma língua que ele conheça.
— Ela está totalmente doida.
O delegado Sales, que já viu muita coisa doida na vida, não se deixa levar pelo tom de urgência do policial. Ele está ali para resolver a situação e é o que fará.
— Doida o caralho. Vou entrar lá e prender ela!
O delegado saca a arma, uma pistola calibre 45, retira algemas dos bolsos e entra no museu.
Um aglomerado de pessoas havia se formado no interior do museu, a maior parte é gente que trabalha ali, mas há alguns curiosos no meio. Lá fora alguns carros da imprensa regional já estão chegando. Sales espera resolver aquela coisa sem muito alarde.
Um monte de pessoas está bloqueando a porta por onde ele tem que passar.
— Saiam daí e deixem a polícia trabalhar!
Um homem de estatura baixa, ligeiramente calvo se aproxima dele meio empolgado.
— O senhor é o delegado Sales, não é?
— Sim. Sou eu.
— Está acontecendo uma coisa lá dentro delegado. De certa forma é terrível, mas também é uma coisa extraordinária.
— Ouvi dizer que a mulher está maluca.
— A doutora Dolores não é maluca. - Ele aponta para a porta. - O que está acontecendo lá dentro é algo que foge à compreensão.
O delegado olha para o relógio e diz:
— Sim... Olha... Eu estou meio sem tempo aqui. Vou entrar ali e prender a mulher, vou levá-la para a delegacia.
O homem o segura pelo pulso e o delegado olha, achando aquilo invasivo demais.
— É a deusa delegado. Tlazoltéotl.
— Não sei que porra é essa. Me deixe fazer meu trabalho. - Ele olha para dois policiais que estão ali e dá uma ordem:
— Ninguém entra nessa sala.
O delegado entra no que parece ser um depósito cheio de caixas e quinquilharias de museu. Há um leve cheiro de mofo e alguma coisa que parece ser formol no ar. Sales contorna algumas caixas e vê a mulher.
Ela está quase nua, exceto por uma calcinha vermelha estranha que está usando.
Sales levanta a arma e se aproxima cautelosamente.
— Ei moça. É a polícia. Mãos pra cima!
Então a mulher se vira.
É uma loira. Os seios fartos, o corpo escultural.
Sales sente-se constrangido por olhar os peitos dela, mas é inevitável.
Os olhos dela estão vermelhos, provavelmente eles são verdes ou azuis, mas agora estão vermelhos, como se a mulher estivesse cheia de k9 na cabeça.
A primeira coisa que passa na cabeça de Sales é que a moça e bonita e gostosa pra caralho, isso poderia ser inconveniente, mas agora que ele está divorciado quer que se foda, a mulher é gostosa mesmo e se ela pedisse, ele chuparia os peitos dela.
Sales balança a cabeça afastando a ideia, tentando se concentrar o que está fazendo e achando difícil.
— Moça, eu sou o delegado Sales. Levante as mãos, você está presa.
Ela sorri. Um sorriso encantador. O delegado se aproxima mais dela e sente um leve odor desagradável. Não sabe se o cheiro está exalando dela mas parece que sim.
— Tlazehtk taehetl negzghrath.
Sales franze o cenho ele não tem a menor ideia do que a mulher acabou de dizer. Aquilo não se parece com qualquer língua que ele conheça (alemão e inglês).
A mulher faz alguns movimentos sensuais e Sales fica desconcertado. Por um momento ela fica aínda mais gostosa do que já é. Fica difícil se concertar no que ele está fazendo.
— El tlezh lkhtlona. - Diz a mulher se aproximando de Sales.
O cheiro que ela exala é ao mesmo tempo o pior e o melhor cheiro que existe no mundo. É uma coisa quase hipnótica.
— Shktleh.
A mulher agarra a mão esquerda de Sales e coloca na própria vagina. Sales sente o tecido da calcinha vermelha que ela está usando e estremece.
Algo está acontecendo. É como se Sales não conseguisse controlar seus próprios instintos. Aquele cheiro horrível mas delicioso se intensifica e ele sente uma ereção incontrolável encher a frente do jeans que ele está usando.
Ele abaixa a arma e começa a massagear a vagina da mulher que deve prender.
A mulher sorri e balbucia:
— Zhy suh Tlazoltéotl.
A mulher o beija e Sales se entrega ao beijo. Ele não quer mas é como se uma força incontrolável agisse sobre ele, derrubando completamente suas defesas.
Sales se vê abaixando as calças, seu pênis salta para fora numa explosão de prazer.
— Metlh ee whi! - Exclama a mulher.
Usando os dedos ele afasta a calcinha dela e deixa o pênis deslizar para dentro da vagina.
Ambos gemem de prazer. Seus corpos engalfinhados executam movimentos cada vez mais intensos. O prazer é imenso, terrivelmente maravilhoso. Sales pondera que nunca transou com uma mulher tão gostosa como aquela.
Parte dele não quer, parte dele está em pânico, simplesmente não entendendo o que está acontecendo ali.
Ele olha para a mulher. Os olhos dela intensamente vermelhos parecem brilhar, e há aquele sorriso nos lábios, um sorriso macabro, terrível.
Sales inicia uma luta intensa para retomar o controle de seu corpo, é como se ele estivesse amarrado a correntes. Ele olha para as mãos e de fato vê correntes.
" Deus! O que está acontecendo?!"
O prazer está chegando, um orgasmo terrivelmente intenso, e ele sente que não consegue aguentar aquilo. Ele vê a morte se aproximando, deslizando disfarçada pelas ondas do prazer.
Sales olhou para a mulher e aquilo não é uma mulher, mas sim um monstro horrível, uma coisa hedionda e indescritível. O corpo parece uma mulher, há uma cabeça hedionda saindo da vagina daquela coisa e agora Sales começa a gritar em estado de horror.
A mulher ergue uma faca enorme e antiga e a crava nas costas de Sales.
— Senghl! E senghl de imhgitl! - A mulher brada.
Ela pega uma taça antiga, enche de sangue, ergue-a como se fora uma oferenda e então bebe.
E é nesse momento que a porta se abre abruptamente.
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro