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Seul, maio de 2023
Estávamos esgotados, eu deitado no ombro dele, observando o nosso caos, a partir da onde construiríamos juntos.
Olhei para o nosso pequeno universo, as paredes brancas, o chão de madeira, meio bagunçado, muitas caixas empilhadas por abrir, o sofá no meio da sala, as cadeiras empacotadas, os quadros envoltos em plástico bolha.
— Mudança é igual aquelas lives antigas do Namjoon infinitas... — senti o toque da sua bochecha no meu ombro, apoiado sobre o encosto do sofá.
— Ai que maldade! — não consegui conter o riso. — Não é só porque você não gostava de fazer as lives que os outros não gostavam, ok? As lives do Joonie eram ótimas.
— Uhum, claro... — vi ele só arquear as sobrancelhas, não sei se sem acreditar que eu gostava mesmo das lives ou que eu realmente as assistia. Sem mencionar o meu histórico nem tão amigável com Namjoon, mas aquilo era coisa do passado. — E o que vamos fazer agora? Podemos dormir aqui no sofá até as coisas se arrumarem sozinhas? – ouvi ele bocejar antes de deitar a cabeça em meu ombro.
— Aham, com certeza... Isso tudo é preguiça de descobrir em qual caixa está a roupa de cama? — disse, uma vez que o quarto estava quase pronto. Tudo no apartamento, na verdade, ainda estava quase, mas eu não me importava tanto. Quase já era alguma coisa. Quase era bem mais que nada, muito mais que estar só. E era só impossível conter o sorriso sabendo que moraríamos juntos depois de tantos anos de despedidas e longos períodos de saudade. Era bom saber que, agora, ele poderia ficar.
— Mais que isso... É preguiça de ir até a cama... Até parece que eu ia procurar roupa de cama, é mais fácil ela me encontrar primeiro... — cessei o cafuné que fazia em seus cabelos escuros e o encarei com uma falsa indignação, pois eu conhecia bem Min Yoongi. Ele apertou os olhos e, logo depois, deu um beijo na minha bochecha.
— Tá, eu já entendi... Onde você acha que elas podem estar? — como se fizesse um esforço quase sobre-humano, ele se levantou do sofá, me fazendo arquear as sobrancelhas.
— Eu que não entendi... Achei que o seu plano era esperarmos as coisas se arrumarem sozinhas. Bem estilo Bela e a Fera... Se apertarmos bem os olhos, eu tenho certeza de que as xícaras vão começa a dançar pra gente... — impliquei enquanto o homem à minha frente andava por entre as caixas. Vi-o balançar a cabeça e tinha certeza que ele escondia um sorriso.
— Você quer dormir na cama, vamos dormir na cama... — agora ele estava agachado e eu só via o topo dos seus cabelos castanhos bagunçados e um dos seus cotovelos apoiado sobre a caixa, coberto por aquela camisa de flanela xadrez, provavelmente, tentando ler os meus garranchos escritos de pincel azul na lateral de uma das caixas. — Acho que pode estar aqui...
Me levantei imediatamente e peguei a tesoura que estava sobre outra caixa para ajudá-lo a abrir e resgatar a nossa roupa de cama. Ele agora estava sentado no chão sorrindo todo satisfeito com s sua descoberta. O seu sorriso após encontrar os lençóis, tão sincero com algo tão bobo, fez com que eu me curvasse só para deixar um beijo rápido em seus lábios. Uma pequena recompensa minha por ele ser esse ser humano tão simples e tão bonito.
E eu, tão ridícula, estava ali contemplando-o. Era realmente impressionante como meus sentimentos por ele eram retroalimentados pelas pequenas coisas do nosso cotidiano, cada acontecimento insignificante já era mais um pontinho no nosso mosaico infinito.
Depois de sentir meu coração se expandir com um simples beijo, tentei me afastar, mas Yoongi largou a tesoura e transferiu todo o empenho em resgatar os lençóis para me puxar até que eu caísse sentada em seu colo. Suas mãos tatearam meus pescoço, afastando meu cabelo e, em instantes, estávamos face a face, nos reconhecendo, de novo. Mais um pontinho para o nosso mosaico.
Rocei meu nariz em sua bochecha e mordi o lábio inferior quando senti seus dedos em minha nuca, entre os fios do meu cabelo, e seus lábios em meu pescoço que, em seguida, buscaram minha boca. Um beijo calmo como se soubesse que agora ele poderia ficar, nós poderíamos ficar juntos, ninguém mais teria que ir embora.
— Sabe o que isso significa? — ele disse após selar nossos lábios.
— Que não vamos ter que dormir no sofá? — impliquei fazendo surgir um sorriso discreto em seu rosto e ele apertou a minha bochecha de um jeito que eu detestava (no ínicio, agora eu nem me importava mais), mostrando que ele também sabia "implicar".
— Que estamos na nossa casa, pra onde vamos voltar sempre... Wae, que careta é essa? — não era bem uma careta, estava mais para uma Miyoung segurando o choro, mordendo o lábio inferior, mas não queria deixar o clima denso, então passei a encará-lo com deboche discreto que só Min Yoongi pegaria. — Você sabe o quanto foi difícil pra mim conseguir sair do dormitório...
— Dormitório para alguns, mansão para outros... — agora foi a sua vez de fazer uma careta, se fingindo de milionário injustiçado. — Um pequeno passo para o homem, um salto gigantesco para Min Yoongi.
— Com você nenhum momento romântico dura mais que dois minutos, impressionante... — baguncei o cabelo escuro do homem à minha frente como se ele fosse uma criança daquelas bem fofinhas e eu sabia que ele estava para morrer por dentro. — O que eu fiz para merecer todo o seu deboche, Miyoung? — ele cerrou os olhos e apoiou as mãos atrás do corpo, fazendo com que eu apoiasse as minhas mãos em seus ombros.
— E tem que merecer? Você é bem meritocrata, hein... — Yoongi chegou a balançar a cabeça antes de rir de mim e estender um lençol branco que estava dentro da caixa.
— Isso serve pra gente dormir? — assenti com a cabeça. — Ótimo.
Deixou um beijo na bochecha e eu me levantei antes de estender minha mão para te ajudar, e, é claro, ele se aproveitou da minha boa ação e da nossa distância para me cercar em uma abraço com bastante jeito de casa. E poderíamos ficar naquele abraço para sempre, ou só pelos próximos 10 segundos, se a campainha não tivesse tocado, fazendo com que ambos arqueássemos a sobrancelhas, mostrando que nenhum dos dois fazia ideia de quem poderia ser.
Yoongi foi atender a porta e decidi começar a ajeitar o quarto, afinal, já era quase meia-noite e estávamos acabados da mudança que mal começara. Logo que comecei a colocar o lençol sobre a cama, porém, ouvi gritos vindo da sala, denunciando quem era a visita inusitada, mais especificamente, o visitante.
— Hyung, como está indo a mudança? — do corredor a voz grave de Taehyung sobressaiu e quando deixei o quarto pude vez a silhueta esguia, sempre com aquelas roupas estilosas, a calça pantacourt de seda, a camisa de botões branca comprida e os mules. Tudo de marca e tudo bem caro.
— My! — e, independente de toda aquela "capa" de modelo ricaço, ele era a mesma criança que conheci no natal de 2012. Taehyung apertou o passo como se não estivéssemos a pouco mais de um metro de distância e quase me derrubou no corredor, cercando meu corpo com aquele abraço sufocante, cheiro de perfume francês amadeirado e... Era isso mesmo? — Aish, que saudade!
— Também estava com saudade, Tae! — cerrei os olhos e encarei o homem à minha frente. — Kim Taehyung, você bebeu?
— Aish, noona, coisa pouca. — ele uniu os dedos tentando mostrar a quantidade, "coisa pouca", mas eu só balancei a cabeça reprovando-o. — Eu estou bem, ótimo, incrível... Eu só vim visitar o casal mais lindo de Seul no seu novo apartamento... Vocês são bem contos de fadas moderno, aqueles que o amor vence no final... É tão inspirador...
— Tae... — interrompi seu falatório que duraria até amanhã se não fosse por mim, coloquei as mãos na cintura e analisei, agora de perto, a camisa amassada, os cabelos loiros, que ele jogava para trás seguidamente que tornavam a cair na testa, e os olhos avermelhados. Fiquei em silêncio esperando por uma resposta, quando fui surpreendida por Yoongi que apareceu na do corredor me estendendo um copo d'água que eu sabia que não era para mim. — Bebe um pouco de água, vem aqui...
Entreguei o copo em sua mão e depois de alguns segundo encarando-o, ele cedeu e deu um gole que levou mais da metade da água no copo, me fazendo arregalar os olhos. Balancei a cabeça em negativa antes de convidar Taehyung para entrar no quarto.
— Eu só vou terminar de colocar isso e você pode sentar... — disse voltando a forrar a cama com o lençol branco de elástico e vejo Taehyung largar o copo, agora vazio, na mesinha de cabeceira para me ajudar.
— O apartamento é lindo, noona, que bom que você convenceu o hyung a alugar aquele apartamento enorme e ficar com esse... Aquilo faz as pessoas se sentirem solitárias, sabe... — sua voz falhou no meio da frase entregando toda a mágoa que eu já havia sentido logo que ele abriu aquele sorriso quadrado no corredor.
— Eu fiz de tudo, escolhemos as coisas juntos, a decoradora fez exatamente como nós pedimos, deixou tudo prontinho pra gente, mas nunca chegou a ser casa... Como você e o hyung fizeram isso? — eu não precisei perguntar, pois as confissões saíam em cascata, transbordando do peito magoado de Taehyung.
— Isso o que? — arqueiei as sobrancelhas para o garoto que continuava esticando o lençol de forma quase que automática ou, melhor, como uma espécie de fuga para todos aqueles pensamentos que deveriam estar atravessando sua consciência.
— Tae, já está bom...
— Isso de fazer o lugar casa... Digo, você e o hyung nem terminaram de ajeitar as coisas e já parece um milhão de vez mais casa do que aquele apartamento... Como você fizeram? — Kim Taehyung, suas perguntas difíceis e as íris brilhosas, prestes a se transformarem em duas piscinas de lágrimas, me cercaram.
— Oh Deus, eu não sou boa com respostas poéticas como o Yoongi-ah... — ri de mais puro nervosismo e respirei fundo para que pudesse formular algo ao garoto à minha frente. — Mas eu acho que casa me remete a ideia de retorno, é um lugar para onde você tem vontade de voltar... — minha voz falhou quando notei que Yoongi "espiava" do corredor. — Só que é mais que um lugar, é uma espécie de estado de "tranquilidade", já que o seu inconsciente identifica aquele lugar como seu, é onde você acredita que pode pertencer... Onde você se sente acolhido... Eu fico feliz que o dongsaeng se sinta em casa aqui, mas nós não "fizemos isso", é alguma coisa que você sente, entende?
Encontrei o sorriso orgulhoso de Yoongi do outro lado da porta, segurando duas canecas com chá. Fiz um sinal com a cabeça e ele deixou uma com Taehyung que, finalmente, se sentou sobre a cama, e a outra comigo. Sorri em um agradecimento silencioso e ele beijou o topo da minha cabeça, um gesto também silencioso de quem sabia bem o que era casa. Quase pedi que ele ficasse e me ajudasse, pois sabia que da onde saíra essa pergunta difícil viriam várias outras.
Taehyung estava com a caneca próxima ao rosto, os olhos fechados, sentindo o calor do vaporzinho das ervas em infusão. Apertei a porcelana aquecendo minhas mãos, enquanto aguardava o tempo de Taehyung para sorver minhas palavras.
— Hm, eu não me sentia em casa no apartamento e acho que ela também não... Mas como a gente faz para que as pessoas não se sintam sozinhas? — ele fez uma pausa, fitou a janela enquanto bebia mais um gole do chá. — Curioso que tem uma música do Chet Baker que se chama "Alone Together", conhece noona? — me resumi a assentir com a cabeça, não querendo interrompê-lo. — Então, eu sempre achei um título bonito para uma música, ela sempre me passou algo triste, mas eu nunca tinha entendido mesmo o que é isso de se sentir sozinho com outra pessoa e... — ele deixou a caneca na cabeceira e consegui ouvir um suspiro profundo. —Sabe, noona, eu não sou uma pessoa boa... Eu fiz uma pessoa se sentir infeliz...
— Tae... — coloquei minha mão sobre seu ombro. — Você e a Mei...
— Ela foi embora, noona. Foi mesmo. Ela não volta mais... Eu não fui capaz de amá-la nem por dois meses...
Eu tinha medo de dizer, mas talvez a verdade fosse que ele nunca chegou a amá-la de verdade. Certamente, ele havia tentando com muito afinco, como se dedicava a todas as coisas que o cercavam, mas como o amor não era bem assim.
— O que aconteceu? — procurei seus olhos e meu coração ficou apertado quando ele desviou o seu olhar para a xícara.
— Aish, eu não sei... Eu achei que tivesse feito tudo... Eu levei ela pra viajar para a Itália, andamos de iate no mediterrâneo, fomos nos melhores restaurantes de Seul, até levei ela no desfile da Chanel e da Dior... Sem contar as jóias... Aí eu tenho que ficar fora uma semana e ela diz que eu não a escuto, não faça nada por ela... Eu não entendo... Eu achei que fosse suficiente... O hyung nunca te deixou sozinha? Eu achei que ela pudesse me esperar ao menos um pouco... Você não esperou pelo hyung?
— Tae... Essas coisas são complicadas... E você sabe que coisas não substituem a ausência de ninguém... Essa solidão, entre as várias idas e vindas de vocês, é muito dura... Tudo bem... – interrompi e reformulei quando ele arqueou as sobrancelhas para mim. — Eu sei que agora não é nem a metade do que era há alguns anos atrás, eu já fiquei quase dois anos sem ver o Yoongi-ah... Eu sei... Mas não é sobre o tempo de espera, nós precisamos saber que não estamos esperando sozinhas, que vocês também querem voltar, compreende? Nenhum presente ou viagem vai dizer isso por você, dongsaeng.
— Mas eu disse, noona... — agora foi a minha vez de arquear as sobrancelhas. — Talvez não dessa forma, não com todas essas palavras... Mas...
— Tae... Ela pode voltar, mas você precisa querer e ela tem que saber que você quer... Ok? — eu notei que as piscinas castanhas transbordariam em lágrimas a qualquer momento, então me aproximei para abraçá-lo apertado, querendo que ele entendesse que era tão capaz daquilo quanto qualquer um, ainda mais com um coração enorme como o seu. Queria que meu abraço dissesse mais que todas as palavras anteriores que ele não precisava ter medo daquilo, de amar, de ser casa para outra pessoa.
Depois que ele conseguiu parar de chorar conversamos um pouco, mas só um pouco, pois o sono levou-o a se deitar e ocupar a cama de casal, com certeza pela mistura de álcool, chá e mágoa. Apaguei a luz do quarto antes de encostar com cuidado a porta do cômodo para não acordá-lo.
Segui pelo corredor apagado, sendo guiada pelo clarão que vinha da sala para encontrar Yoongi atravessado no sofá. Curiosamente, ele não estava no vigésimos sono e seus olhos estavam bem abertos e concentrados no celular, mas só até me ver ali. Ele deixou o aparelho sobre qualquer caixa que ornava a sala e ergueu discretamente o queixo, antes de coçar os olhos e se esticar.
— Tae e a Mei brigaram... Aparentemente, ela voltou pro Japão... — comentei me aproximando do sofá, silenciosamente pedindo um espacinho para me sentar. Ele dobrou os joelhos, onde mesmo eu apoiei o queixo, encarando seus olhinhos cerrados.
— Hm... Compreendo... O que você acha que... — você tentou dizer entre alguns bocejos, me fazendo rir do seu estado de sonolência.
— Eu não sei... Eu acho que ele tem medo de se abrir e os relacionamentos acabam sendo todos superficiais... E quem tem um pouquinho mais de conteúdo não aguenta muito tempo.
— Mas é mesmo difícil pra todos nós, não só ele... Passamos muito tempo sendo só nós sete, o Bangtan acima de tudo, da nossa vida pessoal e emocional... Isso acaba causando um egocentrismo natural, nós já conversamos sobre isso... E alterar a disposição do sistema solar depois de tantos anos é difícil, entende... Pluto?
— Eu sei... — sorri com as suas palavras, o meu "apelido", a música e a nossa curta história que quase moveu astros para acontecer. Fiz carinho sobre sua perna, pelo tecido macio do moletom preto, pedindo que ele esticasse de novo as pernas. — Aish, libera um espacinho pra eu deitar...
— Satisfeita? — ouvi sua voz bem próxima ao meu ouvido, já que agora estávamos deitados um do lado do outro, minha cabeça apoiada abaixo do seu ombro, cercada por seu braço. — Aproveita porque meu braço já tá ficando dormente...
— Melhor? — me virei de lado para ficar de deitada de frente para ele, substitui seu braço pelo pedacinho do encosto que tinha sobrado e deixei um beijo rápido em seus lábios e vi um sorriso escapar no cantinho da sua boca. — O Tae fala umas coisas né... Você ouviu quando ele falou que ele se sentia em casa aqui?
— Tão em casa que dormiu na nossa cama... A gente vai dormir mesmo no sofá? — assenti com a cabeça. — Mesmo depois de todo o trabalho pra achar o lençol?
— Primeiro, você só abriu uma caixa pra encontrar. Segundo, até parece que você tem coragem de acordar ele... — fez menção de resmungar algo e ele parou quando comecei a fazer um carinho na sua bochecha. — Mas sério, você também se sente assim aqui? Mesmo estando tudo... tudo tão bagunçado...
— Você sabe que isso não é importante, o importante está aqui. — seus olhos viram através de mim quando me encararam.
Me lembrei da primeira vez que ele conseguiu, finalmente, me olhar nos olhos. Yoongi sempre evitava contato visual com as pessoas, no geral, e depois que começamos a dividir o maço de cigarro nos fundos, no seu segundo mês no restaurante, ele ainda demorou algumas semanas para me ver. Naquele dia, nossas mãos se tocaram quando fui passar o isqueiro e ao levantar a cabeça pelo choque, soube o que era ter seus olhos sobre mim.
Mesmo dez anos depois, a sensação era a mesma dessa madrugada, apertados nesse sofá, em meio às caixa, à bagunça, plástico bolha por todo lado. Era a sensação de saber fazer parte de algo. Seu olhar era pra onde eu poderia voltar.
— Boa noite, Yoongi-ah... — disse quando vi que seus olhos estavam pesados e ele selou nossos lábios antes de fechá-los. Não demorou muito para que sua respiração pesasse, indicando que ele já havia adormecido.
Me levantei com cuidado para não acordá-lo, peguei na mesma caixa onde estava o lençol uma coberta fofinha, apaguei as luzes da sala e voltei a me aconchegar ao seu lado no sofá.
Eu estava em casa.
☕
Hello!
Eu só queria dizer que esse capítulo começou a ser escrito antes do lançamento de Persona, então Home veio como uma ótima trilha sonora alternativa pro capítulo! Espero que estejam gostando!
Aguardo os votos e comentários, eles são essenciais para incentivar a autora!
Beijos da Maria
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