Entrevista 3- TARCIANE FRANCO
Olá, galera wattpadiana! Hoje é dia de entrevista, bebê! :D
A entrevistada de hoje é a divertida escritora Tarciane Franco ( procure por @TarcianeFranco aqui no Wattpad) , autora do excelente "Bianca Escarlate", obra que vem galgando degraus de popularidade na plataforma, e que tem fôlego para ganhar versão física. O livro está em processo de construção, com 13 capítulos postados até o momento. A obra é ambientada na Itália do século XIX (romance de época, portanto), e conta a história de dois irmãos não exatamente adaptados aos costumes vigentes, por assim dizer. A Tarci, embora seja revisora, tem um revisor, o Felipe Vieira, que também é responsável pela capa (acima). Vamos lá?
Nome
Tarciane Franco. Mas nunca diga Tarciane ao se dirigir a mim, porque parece que está brigando, então "Tarci", por favor. :D
Idade
21 anos.
Quem é você?
Sério?
Sério.
OK, na vida eu sou uma aluna de letras dedicada, trabalho como revisora da editora Hope, aquela linda, sou esposa do Diego, mãe do Pietro, autora de Bianca Escarlate e em breve pretendo fazer estágio em uma escola, onde trabalharei com crianças portadoras de necessidades especiais.
Como pessoa, sou descontraída, agitada - o que me faz estressada, bonita (eu me acho rss), egoísta quando diz respeito às pessoas que amo - odeio dividi-las, egocêntrica, um pouco ingênua, altruísta, vaidosa, ousada, feminista, crente, romântica, enfim, eu tenho muitas características e muitas delas são defeitos, então melhor parar por aqui.
Escreve desde quando?
Então... Não lembro. Acho que foi por volta dos 14 anos, quando fiz uma fanfic de Harry Potter que sumiu do meu computador e que, por conta disso, nunca consegui postar até o fim em nenhuma plataforma. Foi a única fanfic que escrevi.
Por que escreve?
Porque eu nasci pra isso. Eu sempre fui romântica e tudo que eu vejo de interessante me faz criar histórias. E quando eu era adolescente sempre me apaixonava mais pela história que vivia com as pessoas, do que pelas pessoas em si. Eu me apaixonava pelos caras mais difíceis - o cara mais velho, meu melhor amigo, o professor, enfim... - só por causa da história que podia ser contada a partir dali, caso desse certo. Mas não me julguem, não era intencional. É que eu ainda não sabia que tudo isso podia ser vivido através da escrita, sem precisar machucar ninguém e realmente acreditava, por enormes duas semanas, que estava perdidamente apaixonada por aquelas pessoas rss...
Sobre sua obra, uma das minhas favoritas no Wattpad, ela é uma narrativa histórica, romântica, e que traz uma questão polêmica, que é o incesto. Como é o processo de escrita? Faz muita pesquisa?
É complicado. Eu não quis enrolar a história, endossar pras pessoas não se impactarem. Porém, também entendo que é um assunto polêmico e difícil de engolir. Não podia enfiar goela abaixo do leitor e esperar que ele entendesse porque sim. Então eu tive que encontrar uma maneira suave de levar esse assunto para o leitor, mas sem deixar de ser altamente descritivo, sem deixar de ter vias de fato. Eu estudo muito sobre a época, os costumes. A Itália ainda não era unificada em 1830, então era um emaranhado de reinos, países, cidades-estados, enfim... E por conta disso, eu não tenho um acervo histórico, onde eu encontraria registros da época, das dinastias e tudo o mais, porque é muito difícil achar algo sobre essa época. Então eu acabo tendo que me arriscar a preencher lacunas a partir do que conheço de Roma e da igreja católica, me contentando com o pouco de registros que encontro. O trabalho de estudar e escrever com verossimilhança é complicado. Também estudo outros casos de incesto, estes reais, pra que seja o mais verossímil possível.
De onde tirou as ideias do livro?
De muitos lugares. Eu gosto muito de tabus. Sempre gostei. Amores doentios sempre me encantaram porque me fazem sentir tudo com muito intensidade, eu sofro junto, eu compreendo, enfim... Daí eu fiquei um pouco viciada em tudo que dizia respeito à família Bórgia, a família do Papa Alexandre VI, que é muito polêmica e tem casos de incesto. Com isso, eu me interessei mais pelo tema. Depois veio uma curiosidade sobre a sociedade da Itália, que era quase toda católica, pouco antes de ser unificada, porque era uma época de libertação teocentrista. As pessoas passaram a se questionar mais sobre o motivo da igreja ter tanto poder e, com isso, sobre suas próprias vidas. Eu imaginei um jovem revolucionário nessa época e o que ele faria. Giuseppe é bastante mente aberta, um pouco ateu, e foi ele quem levou Bianca à "perdição" através do conhecimento. Ela passou a admirá-lo muito e crer que ele era o único homem no mundo que poderia fazê-la feliz porque era o único homem no mundo que a libertaria das mazelas daquela sociedade.
Pretende partir para publicação física?
Sim, pretendo. Mas não escrevo pra isso nem me frustrarei caso nenhuma boa editora queira. Não curto auto publicação também, então vou só levando rss...
Quer dizer algo aos seus leitores?
Ah sim, eu sempre quero, mas nunca sei o que dizer UHAHUAHUAUAUHHU!
Acho que "Obrigada".
Eles são minha inspiração, eu não tenho ânimo pra escrever sem eles.
Eu escrevo pensando "eu quero que esse diálogo seja elogiado por isso" e eles correspondem direitinho e isso é tão lindo, eles são tão lindos e também quero pedir desculpas pela demora nas postagens, mas eu trabalho, estudo, sou mãe e escrever Bianca não é fácil, demanda muita pesquisa e uns duzentos dicionários de sinônimos, então queria pedir paciência quanto a isso.
Quais são as suas referências literárias?
Eu gosto de Stephen King, Tolkien, George R. R. Martin, Anne Rice, Machado de Asis, Shakespeare, Camões e mais um monte, mas acho que só tenho uma leve influência de Anne Rice, na escrita. Bem leve HUAUHAUHAUHAHUA!
Taí! Terceira entrevista postada, com a Tarciane, escritora talentosa, que se destaca por fazer um trabalho minucioso de pesquisa histórica, para evitar aqueles erros do tipo, o personagem usando um celular em 1940, ou a presença de um extintor na época dos 10 Mandamentos... enfim, para quem ainda não leu a obra, e ficou meio "assim" por causa do lance do incesto, acreditem: isso não interfere em nada na leitura. Arrisque, dê uma chance. Tenho certeza de que vai se apaixonar logo de cara. Curtiu? Estrelinha! :D comente, diga o que achou da entrevista, da escritora, da obra, do extintor na novela da Record! Grande abraço e até semana que vem, no mesmo local e horário!
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