Fazendo o balanço de 2016 e conversando sobre o futuro
ATENÇÃO: o texto a seguir foi escrito durante algumas madrugadas e foi postado sem a devida revisão ou segunda leitura. Se eu o fizesse, não conseguiria postá-lo antes do ano acabar. Obrigado pela compreensão.
O ano está acabando e um novo começando. E que ano! Nunca imaginei que tanta coisa poderia acontecer dentro de 365 dias! Por isso, preparei esse balanço detalhado para dividir com vocês um pouco das nossas inúmeras conquistas, derrotas e desafios que ainda estão por vir.
Considero os meus leitores como uma espécie de sócios da minha jornada. Vocês acreditaram em mim antes de todo mundo, incluindo família e amigos.
Por isso, esta carta será brutalmente sincera. Quero que tenham plena ciência de onde estamos e para onde vamos.
Para alguns, poderá parecer chato. Não se trata de um texto emocionante ou engraçado. Ele é o que é.
Vamos lá?
O QUE FIZEMOS
Este foi o ano em que realizamos os nossos maiores feitos até agora. Finalmente, o objetivo de levar Mais Leve que o Ar para o papel foi cumprido, através da editora Lote 42, de João Varella, Cecilia Arbolave e Thiago Blumenthal.
O trabalho gráfico, conduzido pelo vencedor do prêmio Jabuti Daniel Justi, ficou muito melhor do que imaginei, o que trouxe uma personalidade única para o livro. Um verdadeiro artigo de luxo.
Tivemos uma pré-venda vitoriosa, com bons números (yay). Agora, ele será distribuído nas livrarias e vamos começar a avaliar o seu desempenho no mercado. Provavelmente, vamos enfrentar um período difícil, pois as vendas de qualquer coisa diminuem durante o mês de janeiro. Mas, estou otimista quanto ao que pode acontecer de fevereiro para frente.
Outro bom resultado do ano foram as inúmeras palestras e eventos para quais fui convidado. Graças a elas, pude conhecer novas cidades do Brasil (andar de avião pela primeira vez) e abraçar muitos leitores por aí. Em 2017, pretendo me profissionalizar nas palestras, fazer disso uma fonte de renda. Percebi que existe uma demanda muito forte de pessoas tentando entender o Wattpad e a forma como o jovem está se relacionando com a literatura.
Graças ao meu trabalho na revista Mundo Estranho, tive a oportunidade de emplacar algumas coisas bacanas, como o conto infantil de aventura "O Bardo, o Caçador e os Zumbis", que se passa dentro do universo de Minecraft, na edição especial sobre o jogo que a ME fez.
O programa de vídeos Na Estante supriu os milhares pedidos diários que recebo para postar conteúdo no YouTube e só foi possível graças à equipe da revista – vale lembrar que se trata de um projeto da Mundo Estranho (e não pessoal) que roteirizei e apresentei.
Por hora, não tenho planos para postar no meu canal individual. Simplesmente não sei como arrumaria tempo para tal. Mas, é provável que eu apareça cada vez mais no canal da ME. Então, inscreva-se!
A revista Superinteressante me convidou para preencher as páginas da seção Realidade Alternativa do mês de dezembro. Autores de peso, como o André Vianco, já estiveram por lá.
ARTISTAS LIBERAIS (e o tombo)
Passei muito tempo pensando se deveria ou não falar sobre o projeto Artistas Liberais. Foi um convite do Alef Dalle Piagge, da editora Dalle Piagge, para organizar uma coletânea. O meu único trabalho foi editando os contos do livro. Nada mais.
Porém, acabei associando o meu nome à falta de profissionalismo que Alef e a editora Dalle Piagge pregam. Tive que batalhar muito para que todos os livros chegassem até as pessoas que compraram (se o seu livro ainda não chegou, fale comigo), mas não consegui com que fossem enviadas as camisetas de brinde que eles prometeram. Além disso, a revisão ortográfica acordada com a editora também nunca aconteceu.
Também existe uma série de questões sobre o meu pagamento que estão correndo na justiça.
Eu quero, de verdade, que os meus leitores associem o meu nome a excelência e que confiem nos serviços em que estou envolvido. Por isso, toda essa experiência com a Dalle Piagge foi estressante e particularmente dolorida.
Dela, tirei a lição de que devo escolher a dedo todas as pessoas com quem vou trabalhar, analisando o seu histórico e tendo a certeza de que vão respeitar o meu público da forma que eu mesmo respeito. Foi assim que assinei com a Lote 42, que são profissionais até melhores do que eu.
Quero pedir desculpas por tudo o que aconteceu, assim como quero que vocês saibam que podem confiar em mim.
FÃ CLUBES
Gosto de dizer que temos uma comunidade de leitores. Vocês interagem entre si, fazem amizades, trocam experiências e dicas de leituras. Em 2016, por ter sido necessariamente o Sali Year, a nossa comunidade tomou proporções nunca vistas.
Em cada canto do Brasil, pude encontrar e abraçar um leitor. Tivemos alguns chats no nosso grupo do Whatsapp (ano que vem teremos MUITO mais), o nosso grupo no facebook só cresceu (quer participar? Procure por Leitores Sali na rede social) e tivemos uma grata surpresa: os perfis FC.
Encabeçando o grupo, temos a sensacional Salizando, no Twitter, me faz rir quase que diariamente. Além da Saliscultura, também no Twitter. No facebook, a Mundinho Sali teve sua conta excluída e conseguiu reconstruir tudo do zero com louvor. A PLD continua com a sua turminha safada.
Sem contar as fanfics me envolvendo. Leio todas. Eu prometi que iria comentar sobre elas aqui no Caderno do Sali, mas como o meu personagem sempre fica pelado e transa muito em todas as fanfics, fiquei meio sem graça de escrever sobre o assunto.
O apoio de toda essa galera que está fazendo barulho na internet é muito importante. Obrigado, pessoal.
WATTPAD
Apesar do número de seguidores ter aumentado consideravelmente, a taxa de crescimento das leituras no Wattpad enfrentou a sua primeira queda em 2016. Não tenho certeza da porcentagem exata, abri uma tabela no excel para poder registrar todo mês e ter um controle maior disso, mas sei que foi justificado. Tivemos o nosso primeiro ano sem nenhuma novidade em particular no meu perfil do Wattpad – se você desconsiderar o programa de vídeos "Na Estante", que ganhou um livro só para ele. Ao contrário dos anos passados, onde tivemos duas verdadeiras explosões, que foram Mais Leve que o Ar e Ick Perspectiva.
Enquanto esse ano foi reservado para concentrar esforços em determinadas áreas, 2017 será marcado por um equilíbrio desses esforços. Todos os segmentos em que trabalhamos precisa operar em potencia máxima nos próximos 12 meses.
Muitos enxergam o Wattpad como um trampolim para o mercado impresso. E que, uma vez nele o autor pode desencanar do online e se preocupar em vender livros. Devo dizer que não penso assim. Estou acompanhando tudo que a plataforma tem feito lá fora e quero que isso se repita aqui no Brasil. Por isso, o Wattpad continuará sendo o meu carro chefe. Ele foi o responsável por todas as minhas recentes conquistas e deixa-lo de lado não seria nem um pouco inteligente. A porta continuará aberta para novas conquistas (e novos leitores).
COMO VOCÊ PODE AJUDAR
Os leitores foram responsáveis por tudo que aconteceu e que está para acontecer. Vocês são a locomotiva de tudo isso. Eu sou o barco a vela, vocês são o vento. E como se não bastasse, sempre recebo mensagens de pessoas me perguntando como podem ajudar. Isso é incrível, sou grato por essas pessoas.
Bom, se você apenas quer ler o que escrevo, está completamente certo. Se você que fazer parte do grupo de pessoas que fazem isso crescer, meu muito obrigado. Existem formas simples e eficazes de continuar ajudando.
Uma delas é apresentando o livro e o nosso perfil no Wattpad para os amigos. Cinco amigos, para ser mais especifico. Apresente o nosso mundo para cinco amigos e estará colaborando para o seu crescimento da maneira mais eficaz possível.
Outra maneira, é conversando com os livreiros. O sistema das livrarias é bastante complexo e um tanto cruel com autores iniciantes. Mas, eles ouvem seus clientes. Por isso, cada vez que você pede um título para um vendedor de qualquer livraria, ele anota o seu pedido no sistema e encomenda o livro com a editora. Sério. Então, uma boa maneira de bularmos o sistema é simplesmente sairmos pedindo Mais Leve que o Ar por aí! Como verdadeiros pregadores da palavra. Ah, e lembre de guardar o nome da editora, Lote 42.
Imagina o cenário: é domingo e você está tomando um sorvete no shopping esperando o horário da sua sessão de cinema. Usando o tempo livre, vai até a livraria e confere os lançamentos da vez. Aproveita que está por ali e pede um Mais Leve que o Ar para o livreiro! Não custa nada, né?
2017
O grande problema dos projetos é que você não pode falar sobre eles até que estejam prontos. Coisa de contrato, mesmo. O que posso dizer é que vamos passar os primeiros meses do ano trabalhando firme na divulgação de Mais Leve que o Ar, teremos MUITAS novidades boas que estou ansioso para contar eeee...
... a Bienal do Livro será no Rio de Janeiro.
Cariocas, me aguardem.
ENFIM...
Eu não costumo falar muito sobre isso, mas nasci numa família bem pobre. Não estou falando de classe média baixa, estou falando sobre pobreza séria. Um dos maiores problemas de crescer nesse ambiente é a autoestima. É difícil acreditar que você vai conseguir ser feliz quando se é um garoto de dez anos na escola pública e todos te olham com pena quando diz que deseja virar escritor ao crescer.
A minha sorte é que sempre tive dois defeitos: sou tolo e inconformado.
A tolice ajuda a não prestar muita atenção nas estatísticas e nas probabilidades. Não ser realista de vez em quando pode ser bom. Te faz ir mais longe.
Ser inconformado te faz negar as coisas ruins que estão a sua volta. E até as coisas medianas. Por que eu deveria me contentar em virar o gerente de uma loja do shopping da cidade se eu posso ser feliz? Por que eu deveria aceitar algo menos do que desejo? Essa sensação me manteve seguindo em frente e acho que vai me levar ainda mais longe.
No mais, é isso que desejo a vocês.
Sejam tolos e inconformados.
Feliz 2017.
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