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05. A volta dos que já se foram

— Meu Deus!

Após aquele olhar perverso da minha mãe, a ficha caiu diante dos seus lindos olhos, tinha um motivo para está sendo carregada por esse homem notavelmente jovem. Para você qualquer um poderia exagerar numa situação dessas, mas a Senhora Verônica não surtava por um joelho ralado, pelo seu olhar pude adivinhar que ela havia sacado que meus sentimentos estavam no limite.

O medo dela era a volta daquela dor de me ver ferida tanto emocionalmente como fisicamente. Mas nós sabemos que nunca tinha ido, sempre esteve aqui pronto para desmoronar a qualquer momento de surto.

O pânico do seu olhar conseguia explodir meu coração medroso.

— Mãe, não é nada.

Tentei negar o que não podia ser negado, pois ela me conhecia como a palma da mão.

Saí do colo dele, indo para o sofá acabei cambaleando pelo tapete grosso, Bruno segurou no meu braço impedindo a futura queda, estremeci ao imaginar batendo a cabeça em algum móvel. Mamãe correu para cozinha para pegar o curativo.

— Quem é você? — ela pergunta quando retorna, virou-se para analisá-lo, mas não esperou sua resposta e acrescentou: — Obrigada por tirar toda preocupação que tive quando ela saiu pela aquela porta, mesmo sabendo que terei outras a desvendar pelo manto que ela prefere esconder.

Ele sorriu timidamente, parece que ele só sabe sorrir assim. Ao contrário de Derek.

— Desculpa por não me apresentar, sou Bruno um amigo de escola — respondeu ajudando-a concluir na limpeza da ferida.

— Sou a mãe dela, Verônica. Você tem algum ir...

— Derek?

Meu pai entrou na sala derrubando seus pertences desajeitado, nos encarou perplexo como se estivesse em transe.

Senti uma raiva enorme dentro de mim, certamente não sou a única que está pirando. Pude ouvir o coração pulsando loucamente como se estivesse preparado para abandonar meu corpo quando novamente escutei mais alguém referindo-se a ele, exatamente o que tentei não pensar como uma louca varrida.

O silêncio venceu. É constrangedor ambos olhando para ele como se fosse um fantasma.

Dona Verônica levou meu pai a força para cozinha, ambos ficamos sozinhos no vasto ambiente da sala, ele tossiu disfarçadamente.

Meus pais estavam gritando.

— Você quer piorar os sentimentos da nossa filha? Não viu como estava tensa?

Por que eles não sabem discutir baixinho?

— A culpa não é minha se atrás dele é idêntica!

— E a frente também, mas eu não disse nada por perceber a situação, ao contrário de você. Acha que ela não notou? Sério Carlos?! — gritou derrubando algo.

— Tenho certeza que ela já percebeu...

Que constrangimento. Alguém pode acabar com esse momento? Pelo amor de Deus, esse dia está longo demais para terminar dessa maneira, esse dia foi um pesadelo.

— Mãe! Estou com fome! — gritei para eles perceberem o papel de pais que estão cumprindo perfeitamente.

Os dois se calaram, não escutei mais nada. Tentei puxar assunto com Bruno, mas o nervosismo não deixava.

— Você é alérgico a camarão? — soltei do nada.

Virei seu rosto com as mãos delicadamente para olhar para mim, ele não parava de encarar de onde vinha a discussão. Minha mão ainda no seu maxilar, finalmente percebeu o que tinha dito.

— Não — ele respondeu.

— Ah, que legal... Mas é alérgico há alguma coisa? 

— Suponho que Derek deve ser, mas eu não — retrucou impaciente.

— Queria te convidar para o jantar, só queria saber para prevenir.

Ele desviou o olhar ao perceber que realmente estava comparando os dois. Mas lembrei de Derek sem pretender, as memórias simplesmente vem, meu peito dói para caramba. Por que ainda tento compara-los? Não é certo.

Naquele dia Derek recusou tudo que havia na cesta do piquenique, olhei incrédula para esse absurdo.

— Você disse que estava com fome, mas não tocou em nada.

— Não pensei que traria tudo que me daria alergia, fiquei surpreso e arrependido por não ter colocado uma lista de coisas que não devo chegar perto.

— Sério? Merda...

Coloquei tudo novamente na cesta e joguei pelo penhasco de forma brusca, nesse momento o sorriso de Derek se desfez por um espanto.

— Por que você...

— Me sinto egoísta por comer sozinha e não perguntar seus gostos, pensei só em mim quando trouxe tudo. Mas agora peço desculpas, então não irei comer para compensa-lo.

Ele riu como nunca.

— Não precisava chegar aos extremos desperdiçando comida, e não é errado pensar em si. Quando penso em você me sinto feliz e agradecido.

— O que tem para agradecer? — dei risada. — Estraguei nosso lanche, e isso é um crime fatal. Já estou arrependida do que fiz.

— Você me salvou da escuridão e me trouxe a vida. Seu egoísmo não vai mudar a felicidade que sinto, nem a morte vai mudar meus sentimentos.

— Me sinto feliz, mas ainda estou na escuridão e nem a morte pode mudar isso.

— Por que ainda está infeliz? — encarei triste.

— Eu não sei.

— Lá no fundo você sabe, mas prefere fugir da verdade.

— Prefiro que tudo esteja no fundo. Não quero desenterrar o que sei que vai me destruir — retruquei.

— E eu?

— O que tem você?

— Espero que não me esqueça, e que não deixe as lembranças no fundo da sua mente. — Segurou nas minhas mãos de forma gentil. — Recordar pode doer, mas faz parte de nós ter esses momentos gravados nas nossas memórias. É o que te faz ser especial.

— Principalmente você — brinquei e ele continuou com o lindo sorriso nos lábios.

— Vai preferir não lembrar de mim? — riu.

— Talvez sim, talvez não...

Cheguei mais perto dele e envolvi nos meus braços, aproveitou da situação deitando a cabeça de forma relaxada.

Quero estar sempre nas suas memórias, por favor não me apague delas.

Aquele sorriso encantador não tem preço, sinto-me em paz. Olhei para linda paisagem do penhasco, essa imagem é perfeitamente incrível. O barulho dos nossos estômagos invadem o momento poético da minha mente.

Rimos.

— Ruiva?

— Derek?

— Não, sou eu... Bruno.

Voltei a mim ao escutar seu nome, então encarei seus olhos escuros clamando por atenção, então percebi que ainda segurava seu rosto e estava mais próxima dele quase tocando em seu lábios, imediatamente soltei as mãos.

— O que? — pisquei os olhos freneticamente.

Quando ele ia responder, Rodrigo apareceu me puxando para perto da escada, começou a cochichar no meu ouvido em tom assustado.

— O que era aquilo no seu quarto? Como assim Bruno é o próximo?

— Preciso limpar aquela bagunça.

Me movi para subir as escadas, mas meu irmão me segurou.

— Já limpei tudo, agora responde... Estou preocupado.

— Você simplesmente se livrou das provas? — questionei.

— Não sou burro, irmãzinha. Tirei fotos antes.

Envolver mais alguém em algo que não posso controlar é muito arriscado, preciso de provas que possam colocar o desgraçado na cadeia, e o que tenho não será levado há sério. E se aquele maldito estiver controlando o governo ou a polícia? Não posso arriscar sem saber do essencial.

Olhei para o lado tentando escapar dessa pergunta, como vou explicar para Rodrigo. Meus olhos se encontraram com Bruno, continuei encarando pedindo ajuda em silêncio.

— Catherine, você esqueceu do nosso trabalho de história? Agora lembrei, já é para amanhã.

Bruno aproximou de nós dois e em seguida me pegou pelo braço com gentileza, puxando para sentar no sofá. Rodrigo abriu a boca para contestar, mas tocaram a campainha, ergueu as sobrancelhas e bufou indo até a porta.

As pessoas que entraram eram os amigos que se afastaram alguns meses para viajar por motivos pessoais. Fiquei em choque por chegarem tão de repente, no fim percebi que estava fugindo da realidade.

Thomas irritado ao ver Bruno, Sophia parecia curiosa como sempre foi, Amanda continuava sendo a loira que parecia uma boneca de porcelana, Marcos sorriu demostrando o quanto estava feliz, Tae entrou por último.

— Pensou que iria nos ignorar por tanto tempo? Não é nossa culpa ir embora! — Sophia estava irritada.

— Quem é esse? Que bom que é mais um cara, essas meninas são chatas demais. —Tae soltou uma piada.

— Eu sei que você sofreu, mas se distanciar de nós foi errado, também sofremos. — Amanda começou a chorar e correu para meus braços, me sinto mais culpada. — Sinto muito por ter ido embora quando mais precisou...

— O almoço está pronto, entra pessoal.

Minha mãe fez sinal com a cabeça e voltou para cozinha. Aposto que foi ela que chamou, preciso fugir disso. Todos foram ao chamado tentando prolongar essa conversa para mais tarde, menos ele.

— Pare de tentar escapar, não tem como fugir.

Tae estava me observando como ele fazia no passado, mas antes não se intrometia tanto, continuou a frase com mãos no bolso da calça da frente.

— Senti saudades — afirma com todo seu orgulho quebrando em mil pedaços, se distanciou em pequenos passos. Comecei a chorar, Tae nunca demonstrou sentimentos.

— Hoje foi um dia difícil, mas te ver chorando parte meu coração.

Eu não tinha notado que Bruno ainda estava no mesmo lugar de cabeça baixa, ele me abraçou. Chorava baixinho no seu ombro esquerdo, assustada com tudo que ocorreu.

Ele cariciava meus cabelos com carinho com suas mãos trêmulas, tenho que parar de chorar antes que alguém apareça com mil perguntas. Enxuguei rápido as lágrimas quando a minha mãe chamou para comer.

Não conseguia dizer nada, a culpa não saia de mim, as imagens das crianças mortas surgia sem parar na minha mente. Mastigar a comida tornava-se uma tarefa difícil, principalmente quando só escutava o som da minha boca em um ambiente calmo, Tae riu como deboche de mim, revirei os olhos.

— Como foi a viagem Sophia?

Meu pai perguntou ao perceber como me sentia desconfortável com a situação, tenho o melhor, sem dúvidas. Ela começou a falar, mas não parava mais, prestei atenção em tudo e todos começaram a conversa, fluiu assim.

— Você mudou.

Tae disse na hora que o silêncio conduziu no ar, mas que droga dizer na hora errada, e prosseguiu:

— Vamos parar de fingir que tudo está bem, isso me irrita! Derek se foi e seu nome nem foi citado nessa conversa forçada... vocês estão rindo como se fosse fácil, parem de ser falsos. Mas que bosta.

— É melhor rir do que chorar. Na morte dele, você não derramou nenhuma lágrima e ainda vem falar de falsidade. — Sophia largou o garfo e o encarou com raiva. — E lá vem dizer logo o garoto que parecia não ter emoções.

— Cada um supera de um jeito diferente. — Amanda defende. — Pare de descontar suas frustrações no coitado do Tae...

— Mas ele começou falar na maior cara lavada como se a morte de Derek fosse um assunto simples! E você reclamava por mensagens o tempo todo de Catherine não responder, mas você fez o mesmo. SUMIU! — rebate, Sophia. — Não consegui nem me despedir, fiquei sabendo por causa do Marcos que estava ponto a entrar no avião.

Caramba!

— E ainda tem um sósia do Derek. — Thomas abriu a boca para falar besteira.

— A gente se ver amanhã Catherine, obrigado por tudo e pela boa recepção. Tenha todos um ótimo dia. — Bruno anuncia, de um jeito que fez todos calarem a boca, saiu rápido.

— Ele pode parecer com Derek, mas ele também é uma pessoa com sentimentos. E Thomas, não o envolva nessa discussão, já basta ele me suportar — falei seguindo-o pela porta, cada passo que andava sentia a dor lastrar pelo meu corpo. — Espera!

Chamei ao vê-lo na calçada.

— O que? Não precisava gritar —  perguntou com um sorriso fraco.

— D-DESCULPE.

A quanto tempo não dizia essa palavra.

— Está tudo bem, é sério. Não se preocupe com meus sentimentos.

Ele sorriu sem vontade e foi embora deixando-me desconecta da realidade, esse sorriso conseguiu partir meu coração no meio. Era como se estivesse vendo Derek triste, mas ele nunca ficou triste na minha frente.

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