CapítuloV- Sinistro/Parte1
"Lucy: Quando a morte chegar, eu vou abrir os braços e me jogar do abismo para chegar de encontro a ela, pronta para beijar os lábios da morte que são tão doces quanto o próprio mel..."
- Zelo! - O jovem policial gritou um nome e Rive caiu no chão pondo a mão no ombro que sangrava.
- Rive... - Falei quase sem voz, perplexa demais para reagir de alguma maneira, e nem precisei pois, o jovem de cabelos espalhafatosos cujo nome era Zelo me puxou pelo pulso e foi de encontro a seu amigo me arrastando junto, ele levantou Jung Kook e quando Rive ameaçou se levantar também, Zelo que não estava ferido, reagiu mais rápido, largando eu e Jung Kook e pegando o bastão do chão, deu uma pancada só, certeira na cabeça de Rive com tanta força que o mesmo caiu inconsciente.
- Vamos antes que ele acorde. - Falou Zelo para Jung Kook que pressionava a costela quebrada gemendo baixo. Eu sabia muito bem o que ele estava sentindo, e sabia muito bem que a dor não ia passar tão rápido. Zelo apoiou seu amigo em seu corpo me arrastando pelo pulso me tirou do beco. Eu estava ficando com medo já, independente se eles estavam me levando ou eu simplismente estivesse indo, Rive e Bang me castigariam de qualquer forma.
- Não, eu não quero ir! - Esbravejei, mais implorando do que ordenando - Eles vão me bater se eu for, eles vão me castigar! - Choraminguei forçando os pulsos para que Zelo me solta-se. Ele não o fez, ao invés disso ele me puxou com ainda mais força. Isso iria doer mais tarde, mas agora meu desespero falava mais alto. Estavamos a uma quadra longe do beco onde Rive ficara desacordado e eu precisava fazer alguma coisa, antes que esses homens me levassem para o carro preto no fim do quarteirão.
- Me solta! - Gritei puxando os pulsos e o inesperado aconteceu. Eu cai de bunda no chão. Zelo viu que eu fazia força demais e soltou a algema, me deixando suspensa, o que foi suficiente para que eu caisse. Eu o encarei estupefata. - Por que você fez isso?!! - Esbravejei começando a me levantar.
- Eu te soltei oras - Falou Zelo rindo - Você queria que eu te soltasse... - Falou caçoando e eu me levantei querendo bater nele, eu estava temendo pelo que me ia acontecer e ele estava tirando sarro da minha situação?!! Assim que finalmente consegui me levantar e fui correr para voltar para o beco, Zelo agarrou meu pulso de novo e voltou a me arrastar, parecia ridícula aquela cena, por causa de uma simples confusão Bang ia me matar, literalmente. E de novo.
- Me solta! Eu não quero ir! - Berrei desta vez, mas já era tarde demais, já estavamos na frente do carro preto, Jung Kook abria a porta, e eu puxei os pulsos com força quase derrubando Zelo. Ele me encarou enfurecido, e por impulso eu me encolhi, ele me assustou com a expressão de raiva que fez, parecia até mesmo o Bang, eu cerrei os olhos esperando ele me bater. Mas ao invés de um tapa ou um murro Zelo largou meus pulsos e tocou gentimente meus ombros, quando eu abri os olhos ele me colocou contra o carro abruptamente me olhando nos olhos.
- Eu não vou tentar matar você sua vampirinha de meia tijela! - Falou e então me abriu um sorriso solidário. - Eu só preciso que você colabore. - Falou.
- Mas eles vão me castigar... - Indaguei temente e Zelo riu gentimente.
- Enquanto eu estiver consciente ninguém toca em você! - Falou Zelo com confiança e me pôs dentro do carro. Resolvi não relutar mais, não sei por que mas, Zelo parecia ser confiável, só torço que não seja apenas impressão minha. Logo a seguir Zelo deu partida no carro e foi para seu destino, me levando e levando Jung Kook junto com ele.
Zelo estacionou o carro em frente a uma mansão sofisticada, eu não sabia o que me aguardava lá dentro, mas torcia pra que não fossem mais lobisomens já que Zelo era um. Eu havia percebido quando ele começou a dirigir, seus olhos mudavam de cor de acordo com seu humor, e a confiança que ele havia me transpassado por suas palavras era apenas por causa de sua lealdade canina. O que me dava certo conforto.
- Eu vou levar ela presa! - Determiniu Jung Kook, e Zelo me observou pelo espelho retrovisor arqueando uma sobrancelha.
- Se cure primeiro - Falou Zelo, aparentemente concordando com o decreto de seu comparsa e eu abri a porta devagar, enquanto eles estavam destraidos conversando, em poucos segundos eu consegui abrir, e assim que comecei a sair na surdina, Jung Kook que percebeu minha fuga gritou meu nome. Eu chutei a porta com força e comecei a correr, eu sabia o caminho, eu podia voltar até o beco e me explicar para Rive, quem sabe ele não me castigaria de forma tão severa se eu voltasse. Minhas esperanças morreram, quando senti os braços de Zelo envolverem minha cintura e me puxar, fazendo com que eu caisse no chão junto com o rapaz que havia corrido atrás de mim. Ele provávelmente tinha problema! Por que simplismente não me deixava ir embora.
- Me larga! - Berrei tentando estapeá-lo mas Zelo, por ser mais ágil, prendeu meus pulsos em seus punhos me deixando indefesa. Ele me encarou por um instante furioso e então nos levantou do chão, Jung Kook ainda estava saindo do belo azira, enquanto eu me debatia tentando escapar dos fortes braços de Zelo. O que estava muito difícil por sinal.
Zelo me arrastou para dentro da mansão junto com Jung Kook, enquanto eu me debatia desesperada e furiosa, não adiantava berrar, não adiantava nem mesmo esperniar, o jovem era persistente em me segurar.
- Me larga seu muleque! - Esbravejei - O Rive vai arrancar a sua cabeça pelo o que esta fazendo! - Ameacei e Zelo me olhou com desisnteresse.
- Não fale besteiras, a minha gangue acaba com ele em segundos se eu estalar os dedos. - Relatou Zelo confiante e eu voltei a esperniar. E quando a gente entrou na sala de estar da mansão que era muito bem arrumada, Zelo parou de me arrastar se curvando como forma de reverência para alguém que estava numa grande cadeira preta, estufada e de couro preto, virada de costas pra nós. - Senhor, um dos nossos está ferido e trouxemos está caçadora de problemas, para que o senhor determinasse o que faremos com ela. - Falou Zelo e eu o encarei com desconfiança, uma inquietação estava me tomando naquele breve momento. Quando a cadeira virou, para que pudessemos ver quem a ocupava, eu senti uma pontada de ansiedade no estômago. O sangue dele era doce, e eu podia sentir aquele cheiro a quilômetros de distância que minha boca salivava só com o desejo de prová-lo. Sangue azul. Sentado a cadeira estava um jovem, alto e formoso, com a aparência bem vista aos olhos, trajava um jeans preto rasgado e camisa branca de botões, e três botões no topo estavam abertos, o que deixava visivel seu colo delineado e um pouco dos seus ossos da clavícula. Ele era lindo, e admitir isso, por mais que só pelo pensamento, me fez enrubescer instantâneamente de forma imcompreensível. Ele me analisou de cima abaixo, seus olhos percorriam cada centimetro e cada curva do meu corpo me avaliando, vendo se eu era tão perigosa quanto parecia. Havia sangue seco nas minhas mãos e nas minhas roupas, mas ele não pareceu se surpreender com isso.
- Já falei que não precisa se referir a mim como senhor Zelo, pode me chamar apenas de Vlad. - Falou o homem encarando Zelo com afeto, deveriam ser amigos de longa data ou coisa do tipo. - O que a bela mocinha fez? - Perguntou o jovem se levantando da cadeira e vindo até nós.
- Ela matou brutalmente um cidadão de bem e o guardinha dela veio matar o Jung Kook quando ele tentou prende-lá. - Falou Zelo e meu coração disparou. O que iam fazer comigo agora? Antes que dessem tempo para mim pensar Vlad deu as ordens.
- Leve-a para o quarto de Sofia, deixe-a tomar banho e trocar de roupa, Sofia e ela tem o mesmo tamanho, as roupas vão servir. E então traga-a, ilesa, até meu escritório quero conversar com ela e entender o que aconteceu. - Falou Vlad com sua voz grave, todos os cabelos de meu corpo se arrepiaram naquele instante. Ele me deixava nervosa e eu me sentia estranha perto dele. O que esta acontecendo comigo? Antes que eu pudesse pensar direito um estrondo foi auditível dentro da sala, a face de Vlad enrijeceu, e ele olhou fixo para a pessoa que havia chutado a porta. Quando eu e Zelo nos viramos para ver quem era, meus olhos comtemplaram um Bang furioso com uma arma na mão, a mesma que ele impunhava pela manhã, ele veio em minha direção e me puxou pelos cabelos com força me tirando das mãos de Zelo quase me derrubando no chão. Gritei com a dor e Vlad deu um passo adiante sacando uma arma da cintura.
- Que falta de respeito é essa com meu clã, que o fez vir até aqui e me desrespeitar como fez?!! - Esbravejou Vlad entre dentes e Bang encheu o peito de ar.
- Que falta de respeito digo eu!! - Berrou Bang e deu mais um passo batendo de frente com Vlad, os dois eram praticamente da mesma altura, porém Vlad era sofisticado e ameaçador e Bang bruto e elegante. - Ela é meu "projeto x" e você a tirou da minha zona e a trouxe pra cá através de um de seus capachos! - Bufou apontando a arma na cabeça de Vlad, que também apontava a arma para Bang, porém debaixo do queixo do mesmo.
- Eu não sabia deste fato. - Retrucou Vlad a mesma altura e então virou o rosto para Zelo - De onde a trouxe??! - Perguntou eufórico e Zelo abaixou a cabeça.
- Zona leste da cidade. - Murmurou e Bang o fulminou com o olhar.
- Deixe um aviso no meu criado e pode ir com seu projeto x, meu criado não sabia que ela lhe pertencia. Meu clã: Licantrope pede desculpa ao seu clã: demônio Abbadon. - Falou Vlad destemido baixando a arma e a guardando e Zelo encarou Bang com medo. Eu não sabia o que estava prestes a acontecer mas, já imaginava que doeria.
- Não acontecerá de novo senhor. - Se manifestou Zelo e Bang deu um passo até ele, o jovem se encolheu e Bang traiçoeiramente lhe deu uma coronhada o fazendo cair no chão desacordado.
- Tomara mesmo que não acontessa algo assim de novo ou então vou entender que é um aviso de guerra entre nossos clãs. - Alertou Bang a Vlad e se voltou para mim, meu coração disparou novamento, minhas púpilas estavam dilatadas de espanto, agora era oficial, ele iria cravar uma estaca no meu peito concerteza. - Vamos! - Disse e me pegando pelo pulso começou a me arrastar pra fora do local. Seus olhos estavam negros de furor e ele me amedrontava com o grau de raiva que estava. Eu ia morrer.
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