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Capítulo XLIX - Passado & Sanidade

Caimos em queda livre, com o corpo atravessando as nuvens e despencando pra baixo como se fôssemos pedras pesadas. Meus cabelos estavam voando soltos, todos voltados pra cima, batendo no meu rosto e cobrindo minha visão. O vento penetrava a fina camada de roupas que eu vestia arrepiando todos os pelos do meu corpo. E meus olhos estavam cerrados. Minha mão ainda estava sendo segurada pela de Vlad, com firmeza. Ele não queria me soltar. Não consegui conter um sorriso.
Fora da biblioteca eu não me sentia mais tão triste, eu me sentia livre. Totalmente em liberdade, mesmo que estivesse caindo pra... Pra onde eu estava caindo?!! Meu corpo gelou, todo aquele encanto de paz e mansidão que eu senti a poucos instantes escorreu pelas minhas mãos como água. Abri os olhos esparventada e encontrei Vlad. Ele não parecia tão perturbado quanto eu estava agora, parecia tranquilo, bem, e eu poderia jurar que ele estava desmaiado se não fosse por sua mão estar apertando a minha. Eu queria saber pra onde estávamos caindo, por mais que lá no fundo, havia uma sensação de que eu já sabia para onde.
Senti meu corpo relaxar, eu ia fechar os olhos de novo mas então algo inesperado aconteceu, eu entendo plenamente que estamos caindo de um lugar bem alto mas... O céu?
A lua crescente que mais parecia um sorriso diabólico estava muito próxima, próxima demais de mim e Vlad, como se pudesse nos alcançar. Senti meu corpo ficar tenso com o pensamento, aquilo me dava medo. Em seguida não tive mais tempo pra pensar num medo infantil porque como se fosse prémeditado, a lua ficou cheia de dentes afiados e abocanhou a mim e a Vlad no ar, ao mesmo tempo, a lua simplesmente comeu nossos corpos, literalmente.
Gritei entrando em desespero. Dentro da boca daquele pedaço de lua era tudo escuro, a mão de Vlad escapou da minha e fomos parar num lugar escuro, escutei a voz de Vlad gritar meu nome, mas eu não conseguia enxerga-lo, estava tudo um breu, parecia que a luz tinha sido dissipada, e ainda estávamos caindo, mas eu não sabia se era pelo caminho da garganta daquele monstro e a nossa última parada ia ser no estômago ou se podia ser algo pior.
Em questão de alguns segundos depois eu tive minha resposta, meu corpo se chocou com algo tão duro, que eu pensei que tinha quebrado todos os ossos do meu corpo com o impacto. Parecia que eu tinha batido as costas numa rocha grande e fria, e então meu corpo foi consumido e levemente puxado pra baixo, aquilo era água, parecia água pelo menos.
Eu estava ficando sem ar, quando tentei respirar senti um gosto de água salgada que praticamente me cortou a garganta, tentei gritar, eu já estava ficando desesperada e mais água entrou na minha boca, meu nariz começou a arder e em seguida, senti uma mão puxar o colarinho da minha camiseta pra cima. Quando submergimos eu quase gritei de novo, só que dessa vez de alívio, meu corpo todo estava gelado, um vento forte cortante confrontava meu rosto, quando finalmente consegui tirar o cabelo molhado dos olhos e abri-los, avistei Vlad, todo molhado e com a boca roxa, quase azul. Ele estava tremendo, porém, parecia muito mais firme que eu. Eu me sentia atônita e desesperada.
- Onde nós estamos? - Ele gritou perguntando, tentando falar mais alto que o vento forte e o barulho das ondas agressivas. Não tive tempo de responder quando uma onda de cinco metros de altura caiu sobre nossas cabeças, com tanta velocidade e brutalidade que por um momento pensei que ela quisesse nos esmagar. E foi quase o que aconteceu.

A onda puxou nossas pernas pra baixo com a correnteza e a onda colidiu em nossas cabeças, parecia que tinham pedras caindo sobre mim enquanto meu corpo rodava junto com a onda.
Acabei gritando, água salgada invadiu a minha boca e eu não conseguia mais voltar pra superfície, eu não conseguia ver Vlad, eu não sabia onde ele estava e meus olhos ardiam demais por estarem abertos já que eu estava morrendo de medo. A água me envolvia como se fosse tentáculos de um polvo, tentando cada vez mais me puxar pra baixo, eu não conseguia nadar, eu precisava respirar...!
De repente, alguma coisa cinza passou bem perto do meu corpo, eu não consegui ver direito, mas mesmo assim eu sabia o que era. Um tubarão.

.... Vlad Narrando....

Mergulhei na água, atravessando a espuma branca da última onda, os músculos das minhas pernas estavam tensionados pra caramba e eu não encontrava a Luciana, a onda deve tê-lá arrastado pra baixo, bati os braços e as pernas com rapidez, eu precisava ir mais para o fundo, ela não estava aqui, mas eu conseguia sentir o cheiro do sangue dela, graças a isso eu conseguia ter uma noção de onde ela estava. Nadei mais para o fundo, três metros, meu corpo estava todo gelado, minha caixa toráxica parecia estar sendo diminuída, esmagando meus órgãos por dentro. Nadei mais para o fundo, mais dois metros, e consegui enxergar um emaranhado de cabelo sendo envolvido na correnteza da água. Em seguida, o cheiro do sangue da Luciana ficou mais forte e um líquido vermelho misturado com a água começou a subir.
NÃO!
Bati os braços com mais força, eu sabia quem podia ter machucado a Luciana, mais um dos medos dela, um tubarão.
Eu precisava achá-lo, se não era capaz de piorar a situação. Nadei até a Luciana, o sangue em volta não me deixava enxergar quase nada. Eu precisava encontrar o tubarão. Alcancei Luciana, ela estava inconsciente e saia um monte de sangue de sua barriga, tentei pressionar o machucado para conter o sangramento e arregalei os olhos com o que vi. O lado esquerdo da cintura dela até embaixo do seio, estava rasgado e sem os órgãos, era só a pele, não tinha mais rin e nem o útero. Abracei o corpo dela e bati as pernas, tentando nadar pra cima, o tubarão poderia aparecer a qualquer momento, e eu precisava levar a Luciana pra superfície. Ela precisava respirar, até mesmo eu precisava.
Forcei as pernas até conseguir chegar na superfície. Toci e respirei fundo, eu estava morrendo de frio, e podia sentir o sangue quente escorrer do ferimento da Luciana, as ondas estavam ainda mais violentas que antes, porém eu já tinha visão mais ampla do território e consegui enxergar terra. Eu precisava tirar a Luciana da água.
Coloquei os braços da Luciana sobre os meus ombros e comecei a nadar me aproveitando da correnteza, o vento gelado uivava sobre a minha cabeça, as ondas fortes que colidiam em rochas e até mesmo no próprio mar respingava gotas frias de água em meu rosto, não dava pra distinguir se aquilo eram gotas de chuva ou da própria onda, a todo momento eu estava atento, preocupado com o tubarão, e se ele estava vindo atrás de nós.
Felizmente não estava e eu consegui chegar até a praia, com a Luciana nos braços, e o sangue escorrendo sem parar.
Depois de me afastar cerca de dois metros da água eu deitei Luciana na areia, ela estava apagada, nem mesmo se mechia. Rasguei a minha camiseta e passei o tecido em volta da cintura dela, enrolei o pano até não aguentar mais e conseguir estancar o sangue. A Luciana ainda estava desacordada. Aproximei meu rosto do dela pra ver se ela estava respirando, não estava. Eu mal conseguia conter o tremor das minhas mãos,me inclinei, prendi a respiração do nariz dela e comecei a fazer respiração boca-boca, era o único jeito. Mesmo assim ela não acordava. Mesmo depois que eu tentei cinco vezes ela não teve nenhuma reação. Meu peito começou a queimar por dentro. Meu coração estava disparado, explodindo dentro do peito. Eu precisava fazer ela acordar!
- L-Luciana! - Gritei desesperado, eu estava gaguejando, morrendo de frio, e com uma imensa vontade de chorar, que nem uma criança, ela não pode ficar desacordada! Não pode!
Mal conseguindo conter o tremor das minhas mãos eu segurei a gola da camiseta dela e rasguei o tecido de cima à baixo, sem afetar a parte do ferimento que estava protegido. Eu coloquei minha cabeça sobre seu peito, o coração dela estava com batimentos tão fracos que eu mal conseguia ouvir, mesmo com a audição de lobisomem. Entrelacei os dedos das minhas mãos e comecei a fazer massagem cardíaca nela. Eu não sabia o que fazer. Mas eu precisava fazer ela acordar. Olhei pro sangue que já estava começando a manchar o tecido da camiseta que eu usei para estancar o sangue da Luciana e engoli em seco, uma hemorragia.

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