Capítulo LXXIII - Passado Maldito
" Vlad: E ele ri do meu sofrimento, enquanto eu me engasgo no meu próprio sangue..."
.... Vlad Narrando....
Tentei respirar, mas ao invés de puxar ar, eu continuei a vomitar sangue e não só pela boca, mas também começou a escorrer o líquido vermelho pelo meu nariz. A ardência estava cortando a minha garganta.
Tentei falar pra Rive parar, mas me engasguei, e logo em seguida senti a lâmina de uma das facas dele atravessando meu peito. Ele olhava nos meus olhos, entretido, parecia estar descontando sua raiva, mas por que tanta raiva acumulada? O que aconteceu antes pra ele ter ficado ainda mais agressivo que o normal? Se bem que não faz diferença, eu tenho que dar um jeito de me regenerar e escapar daqui.
Eu preciso saber se a Luciana e a Jennifer estão bem.
- Não quer mais conversar? - Indagou Rive e virou a lâmina da faca dentro da minha carne, e eu senti dor suficiente pra gritar, e na tentativa mais sangue escorreu pela minha boca, como uma cachoeira indo direto pro chão. Eu não falei nada depois disso, mesmo se eu quisesse não falaria, Rive não vai parar, independente do que eu disser.
Senti a lâmina da faca ser puxada pra fora do meu peito, ele havia tirado a faca, e estava soltando as correntes nos meus pulsos, logo em seguida dos tornozelos, eu pensei em pega-lo pelo pescoço, mas eu não consegui cumprir com a minha expectativa e cai de joelhos. Estava fraco, e sentia meu sangue indo embora cada vez mais pelos machucados abertos.
Senti Rive colocar as mãos na coleira no meu pescoço, os espinhos não tinha perfurado totalmente a pele, mas quando Rive foi pra trás de mim, eu já sabia o que podia acontecer depois. Por alguns instantes o silêncio se instalou no quarto, só dava pra ouvir a respiração ofegante de Rive, e os meus engasgos levemente sufocados. Estava tudo calmo demais, até eu escutar Rive se abaixar, se aproximando do meu ouvido.
- Você ainda pensa que um dia vai conseguir vingar a morte da sua mãe? - Indagou Rive num tom provocativo, meu sangue ferveu dentro das minhas veias, uma força que eu pensei que não tinha mais surgiu dentro de mim, e quando eu me virei pra atacar Rive, ele puxou a coleira, fazendo com que os espinhos de ferro perfurassem a minha garganta profundamente. Eu levei as mãos imediatamente a coleira, tentando puxar os espinhos pra fora da pele, consegui tirar os espinhos por uma fração de segundos, mas logo depois Rive puxou a coleira novamente, fazendo com que os espinhos de ferro entrassem na minha garganta outra vez e enquanto eu me engasgava, escutei a risada histérica de Rive, uma risada cheia de prazer. - Você, tão indefeso como está agora, jamais vai conseguir vingar a morte daquela vadia imunda. - Declarou Rive e puxou a coleira pra cima, me sufocando mais e fazendo com que os espinhos atingissem as veias no meu pescoço, estava ardendo, e conforme a minha respiração ia se limitando cada vez mais, eu conseguia sentir o sangue escorrendo pelo meu pescoço, descendo até a clavícula. Quem ele pensa que é pra falar da minha mãe?!! Meus olhos se encheram de lágrimas, e eu segurei o choro.
- Eu vou matar todos vocês... - Bradei entre engasgos, e a minha voz ecoou pelas paredes do quarto, eu já estava vendo tudo ficar embaçado.
- Não... Você não vai... - Sussurrou Rive extasiado e puxou a coleira a apertando no meu pescoço impiedosamente - E sabe por que? Porque você é um fracassado! E a única coisa que você vai fazer é assistir sem poder fazer nada, enquanto todos que você ama vão morrer agonizando na sua frente. - Disse Rive e então eu senti uma das lâminas de suas facas atravessando as minhas costas, entrando cruelmente e raspando num osso da costela. - Você vai apenas chorar feito uma criança, que nem quando Bang matou a sua mãe, na sua frente, e você não pode fazer nada.
.... Jennifer Narrando....
Gritei alto e meus joelhos latejaram de dor, eu não conseguia me mecher, a transformação havia parado no meio. Os ossos estavam se quebrando, mas a transformação não vinha, só estabilizava no círculo vicioso de ossos se quebrando.
- Você sabe o que acontece quando se enfia uma faca no meio da coluna de um lobisomem, no meio de uma transformação? - Me perguntou Lee Joon, andando do meu lado e eu tentei agarrar sua perna com as garras, mas apenas cortei o tecido da barra da calça dele.
- Seu verme desgraçado! - Bradei e senti a dor pungente atravessando meus nervos, meus ossos começaram de novo a se quebrar, os braços e tornozelos se contorcendo por dentro da pele, mas eu mal conseguia me mecher, apenas conseguia sentir a lâmina da faca bem no meio da espinha.
- A transformação nunca se completa. - Respondeu Lee Joon e eu consegui sentir seu sorriso de entretenimento queimando nas minhas costas, eu mal conseguia olhar pra ele.
Minha testa estava molhada de suor, meus braços não voltavam ao normal, estavam quebrados e inchando, enquanto eu mal conseguia me mecher. Como se já não bastasse eu senti as costelas, um por um dos ossos, se quebrando e se remexendo dolorosamente por dentro da minha pele. Gritei de dor. Eu não conseguia aguentar, com os punhos cerrados e os olhos fechados de dor, eu escutava Lee Joon rindo. Feliz pelo seu feito.
- Acho que... - Ele começou a dizer e então fez uma pausa, enquanto se abaixava ao meu lado, para ficar na mesma altura que eu, já que eu estava de joelhos no chão, praticamente imóvel - Agora eu poderia te dar uma coisa, que a um bom tempo eu quero te dar. - Disse ele e então se aproximou, e eu apertei mais as mãos em punhos, os nós dos meus dedos estavam ficando brancos de tanta força. Ele se aproximou mais, e eu entendi o que ele queria fazer, iria se aproveitar de mim por que não tenho como me defender direito já que estou com dor. Cretino.
Ele colocou uma mão no meu rosto, acariciando minha pele, enquanto sua outra mão descia pro meu pescoço, descendo lentamente até a gola da camiseta.
- Acho que posso rasgar isso, você não vai precisar nas próximas horas. - Disse ele, se referindo a camiseta e meu coração disparou, eu ia dar um soco nele, estava prestes a fazer isso, mesmo que isso terminasse de quebrar os ossos da minha mão, mas quando ele iria fazer o que pretendia, alguém abriu a porta, impedindo que Lee Joon continuasse.
Eu senti alivio invadir as minhas veias, correndo no lugar do meu sangue depois disso, e por um instante pensei que fosse desmaiar.
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