Capítulo L - Perigo Mundano
" Bang: Eu preciso encontrá-lá antes da próxima lua de sangue... Se não todo o meu plano estará arruinado...!"
.... Bang narrando....
Dobrei a esquina, a todo momento meus olhos percorriam os comércios, eu precisava comprar roupas menos chamativas. Roubar o uniforme de um policial que eu matei pra fugir do castelo do conselho não foi uma das minhas melhores ideias, o importante é que eu já estou aqui fora, no centro da cidade, em cerca de 20km de distância do castelo. Agora eu preciso de roupas. Caminhando pelas ruas haviam várias pessoas, em breve estaria na hora do almoço e as ruas se encheriam ainda mais de cidadãos, eu precisava me misturar. Passei em frente a uma loja de cosméticos franceses, logo a seguir, encontrei o que procurava, uma loja de roupas masculinas. Entrei na loja.
Assim que passei pelas portas de vidro, de imediato uma atendente veio me ajudar.
- Bom dia Senhor, o que deseja? - Perguntou ela com um sorriso angelical, ela era uma jovem loira, provavelmente não tinha mais que 23 anos, e um pouco baixinha comparando à minha altura. Sorri de volta.
- Roupas de civil, mais confortáveis que meu uniforme. - Pedi, e então ela se prontificou me convidando a passear pela loja, para cada corredor que olhava tinham montes e mais montes de roupas dobradas sobre mesinhas ou em cabides, quando finalmente chegamos a sessão de roupas de paisana a atendente se voltou pra mim, com aquele sorriso angelical de novo nos lábios, aquele sorriso me lembrava o sorriso de Luciana quando ela me conheceu, o "irmão bonzinho" do Rive, depois da primeira sessão de tortura ela nunca mais sorriu assim. Alarguei meu sorriso com a lembrança.
- Aqui temos diversas variedades de roupas, a maioria são da sua medida pelo que estou vendo - Disse-me ela e então eu me aproximei dos cabides, mas um pouco mais adiante vi algo que chamou minha atenção, num manequim tinha um conjunto de roupas bem natural, porém, com um ar de superioridade magnífico. A calça era estilo militar e a camiseta preta, sem slogan. Natural e discreto, assim vou conseguir me misturar entre os humanos sem ser encontrado com tanta facilidade.
- Acho que vou querer experimentar aquelas roupas. - Falei indicando o manequim e a atendente foi até o boneco e retirou as roupas dele. Em seguida me entregou.
- Os provadores ficam naquele corredor - Disse ela apontando para um corredor iluminado, cheio de cabines e cortinas vermelhas.
- Obrigado. - Agradeci e fui para o provador.
Ao entrar no provador retirei a camisa do uniforme(meninas imaginem o Bang sem camisa...)e o celular em meu bolso começou a vibrar, pesquei o aparelho dentro do bolso, olhei a tela, "Número Desconhecido". Atendi.
- Loja de roupas masculinas, centro da cidade, atendente loira e baixa. - Expliquei, eu sabia quem era, ele já tinha me contactado quando sai do castelo.
- Ok. - Respondeu Rive e então a chamada foi encerrada. Deixei o telefone cair no chão e esmaguei o aparelho com o sapato, não gostaria de ser rastreado tão cedo, e já que ele não tem mais utilidade pra mim, não faz diferença se quebrar. Depois de ter certeza que o dispositivo quebrou, retirei o resto do uniforme.
Sai abandonando o uniforme policial e o celular quebrado dentro da cabine, e me olhei no espelho. Bem natural, ótimo, era tudo o que eu precisava, a roupa parecia que tinha sido feita sob medida. Assim que sai do corredor de cabines a atendente loira veio em minha direção, acompanhada de um rapaz alto, ruivo e com roupas neutras, Rive.
- Senhor seu irmão estava lhe procurando - A atendente chamou minha atenção se referindo a Rive, acenei com a cabeça para ele, em seguida a atendente falou - As roupas ficaram boas, vai levar? - Perguntou e eu assenti calmamente, Rive não desgrudava os olhos dela, conforme ela falava e sua cabeça mechia, seus cachinhos louros esbarravam ternamente em seus ombros, mas não é ela. O meu empecilho não pode ser loira, eu sei que não é, em todas as outras reencarnações ela tinha cabelos castanhos e olhos penetrantes e inocentes. Essa jovem não é ela.
- Vou ficar com estas. - Respondi me referindo as roupas e então fomos ao caixa, Rive estava com o dinheiro, e pagou. Saímos da loja e a primeira coisa que Rive falou foi sobre a atendente.
- Não é ela né? - Perguntou e eu o olhei com o canto dos olhos. Ele entendeu, não era ela. Mas ela está perto, eu sinto isso, nas minhas veias, cada criação Dele me deixa nostálgico, me faz lembrar do que um dia eu chamei de lar. Preciso encontrá-lá logo, e então a verdadeira guerra dará início ao meu reinado.
... Horas depois...
21:00
.... Lucy narrando....
A chuva caia tranquilamente pelas flores do jardim do hospital, estava uma noite bonita, as flores estavam molhadas e até a grama parecia ser digna de admiração, suspirei, ele vai vir atrás de mim, eu sei que vai. Bang vai vir me atasanar. Fechei a janela, fazia mais de uma hora que eu tinha terminado de jantar e tinha ficado aqui, parada pensando em todas as probabilidades do Bang aparecer e me machucar, ou machucar alguém dentro do hospital, ou até mesmo matar a bebê.
Por que ele não me deixa em paz?!!
- Você precisa descansar. - Sussurrou alguém atrás de mim, e eu me virei para a pessoa. Vlad estava em pé, trajava uma calça moletom preta e uma camiseta cinza com o slogan do batman. Seus olhos azuis estavam me cercando de forma acolhedora.
- Será que ele vai vir aqui? - Perguntei e Vlad coçou a nuca pensativo.
- Não tenho certeza, mas está tudo bem, a Jennifer e o Zelo estão aqui, se ele vier não vai conseguir fazer muita coisa. - Vlad explicou, suas palavras eram reconfortantes mas mesmo assim eu ainda não sentia segurança o suficiente, me sentia vulnerável demais. Lembrar de tudo o que eu passei nas mãos do Bang me dava calafrios. Abracei minha cintura e me voltei pra janela novamente, a chuva caía com tanta serenidade que dava sono, mas eu não queria dormir, se eu dormisse era capaz do Bang me acordar no susto se ele vier. Suspirei novamente olhando lá pra baixo, estávamos no décimo andar, e a vista era linda, mesmo sendo num hospital, Paris encantava qualquer um, pelo menos me encantou...
Senti mãos quentes rodearem a minha cintura e me abraçar, o peitoral de Vlad encostou nas minhas costas e eu pendi a cabeça pra trás, recostando minha cabeça em seu ombro, fechei os olhos apreciando aquele momento de calmaria.
- Vai ficar tudo bem. - Sussurrou Vlad um pouco rouco em meu ouvido, e eu senti minha pele arrepiar. Acho que, talvez, eu esteja segura, pelo menos por enquanto.
Alguém bateu na porta entrando com euforia e nervosismo. Acho que eu falei cedo demais sobre segurança!
Olá leitores, votem e cometem, estou curiosa com relação a opinião de vocês. Bjs do Andy e até o próximo cap!! ;-)
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