Parte 2 - 5
"O Reino de Luar não é mais o mesmo depois da morte do Rei Edgar. As crianças brincando, pra lá e pra cá, em todo o lugar, não existe mais. A alegria nos Humanos do Sol se foi, com o medo se instaurando nas cabeças da maioria jovem e inocente. Mesmo com o discurso de esperança na grande celebração de sucessão da Rainha Amanda, o povo manteve-se sério e descrente. Numa dúvida recorrente os humanos se colocaram depois da morte do homem, pois o Rei morreu sabendo que haveria uma grande destruição, algo exposto na carta de despedida que foi lida à população. 'Por que não fizeste nada então, ó grande Edgar? Deixando todo o peso para a jovem Amanda lidar?' E tal pergunta se instalara pra ficar. Nem a nova rainha sabia o porquê, e tal motivo gerava mais desconfiança, com sua popularidade iniciando-se baixa, incitando aquele alto prestígio do Rei em sua mente, numa vaga lembrança. 'Conseguirei satisfazer nosso povo, meu querido pai? Não sei se serei capaz de alcançar o poder de sangue dos nossos ancestrais'. Ela falava no túmulo vertical, encontrado na profundidade de uma das torres do castelo, que tinha uma gigante estrutura, por sinal."
Amal decidira-se continuar com a história a partir da descrição básica, tendo agora não só sua vida para se preocupar, mas também o caderno, para ele não molhar e as letras desbotar. O sorriso não virá, mas pensará, e o pensamento de piedade sem espaço ficará, com uma esperança falsa que de novo crescerá.
Pôde chamar de lar o apartamento no qual estava o caderno. Era um lugar alto, que, apesar de úmido e com móveis destruídos, se fez terno. A imaginação de Amal vinha ali também. Imaginava a família que vivia no local: pessoas felizes num ambiente harmonioso e fraternal. Logo seus pais apareceram em mente, e uma lágrima no rosto. Mesmo com tudo que por eles era imposto, nosso Amal tinha saudade pura e vazia de transferência de culpa. E voltava os olhos para a história continuada: "A construtora deste tema sofrera do mesmo mal que eu, e talvez tivesse a mesma idade quando morreu."
Tal mal sofrido pela suposta garota o inspirou a novamente reduzi-lo à esperança. A de anos atrás, quando ainda tinha seus pais e era uma criança, quando a água dava às pessoas matança.
E começava a admirar a lua, sua rotina diária da noite. Era tão bela, presente, de uma luz poderosa e ardente. E lembrava de uma garota que queria ver novamente.
"Seus olhos negros eram tão brilhantes quanto esse branco luar..."
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