Parte 1 - 5
O desejo de fantasia para o garoto Amal começou aos seus onze anos, quando o planeta foi engolido pela água e por um mar de morte e desespero. E lhe diziam: "É passageiro. Logo tudo se recuperará." Foi aí que na sua cabeça a fantasia começou a brotar.
Em vez da planta brotada diminuir com o erro que lhe era repetido ao longo de dois anos: "Acalme-se, amigo. Ouviu sobre o tempo antigo? Tudo sempre ocorreu bem." A planta crescia.
"Experiência", seu pai dizia, ao longo do tempo em que a família morria. Aquilo insistia em sua mente, persistia. A tragédia passaria, agora passará como uma experiência, exigindo que sua alma fosse fria, sem ao caminho mais fácil ele sucumbir... acabar, morrer, desistir.
E seu pai se fora por inanição, no estômago do filho o único peixe e o único pão.
Seu último protetor partiu, e aí que sua vida de sobrevivência surgiu.
Quando pensava nas suas perdas o coração doía, com ele enxergando o grande vazio num oceano morto à luz do dia.
Poucas pessoas via naquele primeiro ano de jornada em sua jangada. Era de uma madeira maciça e curvada. Bem conveniente, mas um tanto suja, esverdeada e de tinta mais verde ainda borrada.
Pelo menos estava protegido de ter que nadar para o teto de um prédio que fez de abrigo, no castigo do oceano profundo, assustador e impuro, não precisando mais molhar os cabelos tristes que cobriam quase todo o rosto, o fazendo escuro.
Mas e aquela planta insistente na mente de Amal, você se pergunta, leitor...
Na sorte que o seguiu, encontrou um caderno rosa num quarto úmido e antigamente moderno. O viu nas cotidianas escaladas dos edifícios mais altos que a água. Abaixo de cacos molhados e junto a uma caneta, encontrava-se aberto numa escrita inicial e única, numa sinopse completa. Sabia que estava em sua terra natal, pois entendia com perfeição o malaio da escritora original:
"O Rei acaba de ir para sempre, deixando sua filha, a princesa Amanda, com uma tarefa urgente. Ela sucede buscando ter um poder escondido em mão, para conseguir ao povo do Sol a salvação. Pois, no mais profundo núcleo da estrela mais aparente, as milhares de crostas que prometem a proteção ao povo o vão deixando carente numa velocidade crescente. Amanda conseguirá encontrar tal magia, para honrar seu povo e sua antiga família?"
Amal encontrou aí a volta da insistência de todos que os cercaram. A mentira, fantasiada de uma bela fantasia, era interpretada naquela poesia.
Aos quatorze anos ele pensava: "Amanda conseguirá encontrar o poder e salvar seu povo. Tudo terminará bem, e não somente no Sol, mas na Terra também."
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