Final
Ele chegou ali na caminhonete por volta das nove do dia seguinte. Viu que tinha muito trabalho e começou com o ônibus. Puxou a carcaça com o trator. Demorou um pouco porque era um ônibus.
As vacas tinham comido a carne de todos, praticamente ele juntou apenas alguns ossos. Pegou o que as vacas não tinham comido e jogou tudo na picadeira. Elas gostavam de comer carne picada. Antes ele picava a coisa com um facão, mas depois que ele tinha comprado uma picadeira a coisa ficou muito melhor.
Devia a vida a eles. Seus olhos ainda estavam vermelhos por causa da morte. A morte era irreversível, mas ele estava bem, bem melhor do que antes de ter feito o pacto e se matado. Tinha aquele trabalho, e era um trabalho bem de boa. Ele vinha ali todos os dias e tudo o que tinha que fazer era limpar a sujeira. O resto elas faziam. Faziam porque eles as sustentavam. Eles sustentavam a todos, por isso ficava agradecido.
Ele concertou a cerca. Levou umas duas horas para fazer isso porque teve que trocar dois mourões, mas no final estava tudo certo.
Ele acabou achando a arma jogada perto dos arbustos. A pegou e a enfiou no bolso.
Olhou no relógio e viu que passava das três da tarde. Ao menos por aquele dia o trabalho estava terminado.
Ele entrou na caminhonete, uma velha chevy 500 preta e foi embora.
As vacas pastavam pacificamente.
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