XV - Um Resgate Diferente - Parte 1
Acordamos bem cedo, aliás, nem conseguimos dormir de tanta emoção! Tudo estava acontecendo tão rápido. Após tanto tempo, iríamos, finalmente, salva a Denise!
Como não sabíamos se sobreviveríamos à Missão, decidimos limpar a Casa. Ora, já que estávamos acordados às 4:10 [Madrugada], por que esperar?
Terminada a Faxina, preparamos o Café, acompanhado de Bolinhos especiais, feitos por Luana. Quando se aproximava das Seis Horas, recebemos o Motorista da Xiaoyu.
Algum tempo depois...
— Ué – Interjeccionei. – O Jato que Você conseguiu já está na "Base Secreta" da Xiaoyu?
— Bom, creio que lá ninguém notaria! – Respondeu Ela, pensativa.
— Lá, por acaso, teria uma Pista de Decolagem? – Indagou Gabriel, expressando aquela cara de "pirasse?".
Luana respondeu com um Olhar Seca-planta. Esta não trocou mais palavra alguma, sequer monossílabo, com o Garoto, durante o trajeto.
Após estacionar o Carro, o Motorista guiou-Nos à uma Porta diferente, a qual Nos levava a outro rumo. Notei, no Corredor em que adentrávamos, Pinturas diversas a ilustrarem grotescas & medonhas Imagens. Intriguei-Me sobre a utilidade daquilo.
— A Srta. Xiaoyu aguarda-Vos após esta Porta! – Avisou-nos o Homem, reverenciando-Nos a se distanciar, lentamente. – Desejo-Vos Boa Sorte!
— Obrigada/o! – Agradecemos em Uníssono, com a Caroline abrir a Porta em seguida.
Deparamo-Nos com um subterrâneo Hangar, todo equipado com diversos Aparelhos. No meio, havia um Jato de Espetacular de aparência semelhante à uma prateada Andorinha que devia refulgir na Noite como uma estrela.
— Onde Você arrumou isto? – Indagou Gabriel, boquiaberto.
— Gostou? – Retrucou Luana, ainda sem esquecer o que houve anteriormente.
— Muito! – Responde Este, descendo a Escada e aproximando-se da Aeronave. – Isto é demais, fantástico, incrível...
— 'Tá, 'tá, Gabriel! – Interrompi, cansado daquela Puxação de Saco. – Sabemos que é maravilhoso, estupendo e blá, blá, blá... Mas, ninguém está babando na Camiseta igual a Ti.
— Ah, Ariel – Reclamou Ele, apoiando a Destra sobre a Roda. – Nem vem!
Caroline admirava todo o Local.
— Esta Instalação é realmente Demais! – Reparou a mirar tudo.
— Que bom que gostaste! – Aplaudiu Xiaoyu, assustando a Adolescente mais Velha. – Upa! Calma! Não tenhas um Ataque do Coração, logo agora!
A Chinesa ria. Ajudava Caroline a se recuperar do susto e Esta última encarava-A raivosa, um dos Aspectos mais assustadores da Mesma!
— Só quero Te agradecer pelo Hangar, Xiaoyu! Foi muita Gentileza Tua ter-Me emprestado tuuudo iiisso para o Meu Jato! – Agradecia Luana enquanto abraçava a Proprietária.
— Não foi nada!
Vendo que aquilo não iria parar tão cedo, Caroline pigarreou.
— O que foi? – Interrogou a Morena.
— Não devíamos estar prontos?
— Ah, é verdade! – Percebeu Xiaoyu, coçando a Nuca. – É que não acordei direito, ainda, ha-ha!
— Sei...
Embaraçada, a Moça pediu Ajuda à Luana
— Vamos adentrar na Aeronave, sim? – Convidou-Nos ao acionar um Botão, o qual estava numa Espécie de Cartão, guardado em seu Bolso.
Gabriel ficou mais doido ainda quando vislumbrou aquele 'paraíso'. Precisavam ver como Ele se comportava!
— Não é muita coisa – Dizia Luana, querendo parecer melhor do que já era. – Mas Eu...
— Nossa, Cara, olha este lugar!!! – Interrompeu Gabriel, bisbilhotando os Aparelhos & Instrumentos do interior do Jato.
— Ele é sempre assim? – Indagou Luana a estranhá-Lo.
— Isso não é nada! – Falei, desaprovando tal falta de comedimento do Irmão. – Mas, não se preocupe. Ele é um bom Menino!
Caroline soltou umas risadinhas de discordância.
— 'Tá legal... Quais as Ordens, Capitã? – Questionou Luana à Xiaoyu.
— Acredito que não preciso dizer mais nada, né? Sabeis da existência de Vidas em Jogo & que qualquer erro pode ser fatal! – Explicou a Moça, seriamente – Portanto, tratai de vos comportar & realizardes a Missão com Seriedade!
— Tudo Bem! – Concordou Caroline, balançando o curto Cabelo em gesto Positivo. – Mais séria do que Eu já sou, impossível!
— Certo! Esperai-Me aqui! Chamarei meus Agentes Especiais! Não quero que resulte em erros o Plano!
Dizendo estas Palavras, Xiaoyu desceu & dirigiu-se a um Computador, afastado do Grupo. Todos permaneceram em Silêncio até retornar com meia dúzia de Homens de enegrecido Uniforme, Capacetes de formato desconhecido & portavam Armas, distribuídas por todo o Corpo.
— Eles estão, literalmente, armados até os dentes! – Comentei, sem conseguir Me conter.
— Pois é, né? Tudo é necessário, desde Bombas de Efeito Moral até Minimetralhadoras! – Explicou Xiaoyu, seriamente.
— E pra Mim? – Indagou Gabriel. – Não vai dar nada?
— Isto daqui é para Ti; aquilo é para Ti; pra Ti tem isto & para Ti, vejamos, isto!
Cada um de Nós recebeu algo diferente:
· Caroline ganhou o que pareciam ser Bolinhas de Gude, mas eram Bombas de clarão cegante;
· Gabriel recebeu um Par de Luvas, aparentemente normais, porém, exerciam multifunções;
· Luana, A Qual já tinha uma Lâmina, recebeu um transparente Bracelete, o qual possuía certa Influência Magnética;
· Já Eu, fiquei com um Bastãozinho, de simples aparência, todavia, poderia fazer toda a diferença numa Situação de Perigo!
— Legal! – Espantou-se Gabriel, alisando as Luvas que recebeu.
Depois, cada um foi trocar as suas Roupas por Trajes de Camuflagem.
— Estais Todas & Todos prontos? – Inquiriu Xiaoyu.
— Sim, Senhora! – Respondemos em Uníssono
— Então, sentai-Vos em Vossos Lugares, pois decolaremos agora!
Esta & Luana ficaram nos Controles da Aeronave.
Os Motores foram ligados e, depois de percorrermos um Túnel, ganhamos o Céu da Manhã, com um Trecho da Mata Atlântica sob Nós & um o Sol de Verão, Radiante, acima das Nuvens.
— Já teve a Sensação de que algo Bom está prestes a acontecer? – Indagou Rose a refletir.
— Já! – Respondeu Denise, virando-se na fria cama. – Por quê?
— Pois sinto que, logo, logo, sairemos daqui! – Sorriu a Mulher a aumentar as Esperanças da Garota.
— Já estamos chegando? – Questionava Gabriel, irritando-Nos.
— Pela Décima Vez, NÃÃOOO!!! – Gritou Luana, apesar de tentar manter-se Calma.
— Na verdade, Eu só perguntei nove vezes – Comentou Ele numa insensata correção.
— Eu vou matar esse moleque! – Sussurrou a Piloto, segurando-se na Cadeira em que estava sentada.
— Gabriel, vê se Te comporta! – Disse ao desviar minha Atenção da Bela Paisagem do Oceano Atlântico. – Senão, Eu não vou Te defender, pois até 'aqueles caras' estão com vontade de Te bater.
— Ai, Ariel – Resmungou o Menino, emburrado, afundando-se na Poltrona.
— 'Tá doendo alguma coisa?
— Não – Respondeu, aborrecido. – É que 'tá demorando demais!
— Calma, Gabriel! – Pediu Caroline, cansada de toda aquela reclamação, porque sua Cabeça doía com aquilo. – Até parece que não viajamos até o Japão!
Ele bufou e prometeu que não Nos incomodaria mais. Aliviados, tiramos uma soneca, menos Luana & Xiaoyu, ambas de Olhos Atentos no Painel de Controle.
— Hum, tenho Certeza de que eles virão! – Refletia um Homem encoberto pelas sombras, esboçando um sorriso. – Sei que são tolos o suficiente para invadirem a minha Propriedade.
— Atenção – Chamou-Nos Luana. – Estamos Nos aproximando do Objetivo!
— Mal posso esperar – Murmurou Gabriel enquanto esfregava as Mãos.
Enquanto isso, Xiaoyu explicava-Nos as últimas Instruções. Nada escapava de Nossos Ouvidos. Estávamos atentos & não queríamos decepcioná-La. Ela não queria que mais ninguém morresse por sua Causa, então tornou-se mais Atenta & Rigorosa durante a Palestra.
— Entendestes? – Tornou Ela a perguntar-Nos.
— Sim!!!
— Ótimo!
— Atenção, Pessoal! – Voltou a chamar-Nos Luana, pilotando com muita Habilidade. – Aterrissaremos em poucos Minutos e...
Sentimos uma explosão no lado externo da Aeronave. Segurávamo-Nos enquanto Luana esforçava-se para manter o Jato na Rota; Olhei pela Janela & reparei em Projéteis vindo em Nossa direção.
— Mas o quê...?
Outra Manobra.
Devido ao Nosso relaxo, Gabriel bateu as Costas, Caroline caiu da Poltrona, porém, apoiou-se num Banco lateral; Agarrei-Me à minha Cadeira, mas não consegui evitar de bater o Queixo na mesma.
A Equipe restante mantinha-se Concentrada & com os Cintos bem presos.
Tudo estava muito confuso até que...
— Pessoal, saltem agora! – Gritou Luana.
— Luana, não podemos Te abandonar! – Suplicou Caroline a sentir medo.
— VÃO!!!
Xiaoyu ordenou-Nos a apertar um Botão nas Poltronas e, automaticamente, com os Cintos, Paraquedas prenderam-se em Nossas Costas; cada Agente fez Dupla Conosco, exceto por Dois que abriram a Porta, ajudaram-Nos & Saltaram por último.
O Vento durante a queda era sufocante e o Chão transformou-se num borrão giratório de Cores Marrom, Verde-musgo & Cobre. O momento não durou nem Dez Segundos antes de acionarmos os Paraquedas e ouvirmos uma grande explosão próxima.
— LUANA!!! – Berrou Xiaoyu à minha Destra ao reparar numa imensa & flamejante Bola de Fumaça formar-se no Céu e ir em direção à terra, a cerca de Dois Quilômetros de Distância.
Não.
Aquilo não podia ser possível...
Luana Sacrificou-se por Nós? Será que não havia um meio d'Ela ter se safado?
Minha Cabeça Girava & meu Companheiro de Salto ajudou-Me a guiar um pouso seguro por detrás duns Monólitos cor de Areia. Quando senti pisar em Terra Firme, arranquei de imediato os cintos e caí de borco a sentir náuseas, mas inspirei profundamente, buscando acalmar-Me. O Agente que Me acompanhava nada dizia e esperava o restante se reunir Conosco.
A salgada Brisa Morna do Deserto brincava com Nossos Cabelos e Trajes enquanto Caroline precisava ser amparada, pois estava muito Emotiva; Gabriel socava e chutava o chão arenoso; Xiaoyu tentava manter a Calma e ajudava-Me a incentivar à Prima minha a continuar Firme. Os Agentes formavam um Círculo ao Nosso Derredor, atentos, até que o Capitão disse:
— Xiaoyu-Sama², não podemos abandonar a Missão – Um tanto suave a portar uma Arma de Grosso Calibre em suas Mãos.
A Moça Respirou profundamente, cerrou as Pestanas & refletiu durante alguns segundos.
— Tens Razão! – Concordou Ela, segurando o Choro. – Precisamos prosseguir ou tudo isso terá sido em vão.
— Está certa – Concordou Gabriel ao dar uns tapinhas em Si Mesmo.
— Vamos! – Ordenou a Mulher, pondo-se em Marcha.
Seguimo-La. Contornamos os Monólitos pela Direita e deparamo-Nos com extensões de Areia, Rochas, Gramíneas & Arbustos. Nada havia no Horizonte que indicasse Civilização – exceto por umas ruínas distantes – e por uma tremulação que reconhecemos como sendo a Sede da G Corporation. Caímos bem a Sudoeste da Construção e precisávamos invadi-la pelo Leste.
Ainda em choque pelo o que aconteceu, Xiaoyu buscava distrair-Nos com breves explicações do que houve naquelas terras: Guerras, Experiências Científicas antiéticas & Péssimo manejo do Solo em Agricultura.
Como a irresponsabilidade do Ser Humano pode causar graves Consequências!
— Quanto tempo falta para chegarmos ao lado Leste? – Indagou a Chinesa, aproximando-se do Líder dos seus Agentes.
— Cerca de Quinze Minutos (Dois Quilômetros), se continuarmos neste Ritmo – Respondeu Ele, atento à qualquer movimentação.
Engraçado que o clima estava seco, mas não abafado, bem diferente do que Eu esperava ser um "Clima de Deserto". Enxergava Cumulonimbus bem distantes, em direção ao Norte, e esperava que ficassem por lá, pois pareciam trazer consigo uma Poderosa Tempestade.
Finalmente, chegamos ao Local desejado: O Torreão-Leste – disfarçado de Monólito – e, mais à frente, uma Muralha entorno da Edificação cuja Camuflagem era falha quando vista de mais perto.
Não encontramos qualquer Aparato de Defesa ou Guarda e Xiaoyu puxou algo que lembrava um Celular muito fino, do qual se projetaram as Imagens coletadas pelos Espiões.
— É bem aqui, mesmo – Confirmou. – Agora, precisamos Nos preocupar com as Defesas não captadas até agora.
— Não se preocupe com isso, Xiaoyu-Sama – Adiantou-se o Comandante. – Possuímos o que é Preciso! Você, ative os "Olhos Serpentinos".
O Subalterno requisitado acionou suas Lentes de Contato, transformando as Pupilas em Fendas Verticais. Após breve Análise, Ele disse:
— Sensei³, a Muralha possui Aparelhos que Nos fulminam com Descargas Elétricas.
— Hum, interessante – Comentou o Capitão a apanhar uma Pedra do tamanho duma Bola de Tênis e, sem sair, completamente, de trás do Torreão, arremessou-a contra a Construção.
— Incrível! – Exclamou Xiaoyu.
A rochazinha transformou-se em pó quando um "relâmpago" surgiu da Muralha.
— Muito bem, para esta Ocasião, usaremos isto – Disse o Comandante, retirando um metálico Objeto Estrelado do Colete. – Gabriel-Kun4, atira isto contra aquele muro, por gentileza.
— Por quê?
— Faça apenas o que mando.
Sem mais questionamentos, o Garoto arremessou a tal "estrela" com incrível Força, resultante das Luvas. O "raio" não surgiu & o Objeto chocou-se contra a Muralha.
— O que houve? – Indagou Caroline, espiando.
— Sensei, os Mecanismos de Defesa deste Lado foram desativados – Comunicou o Olhos Serpentinos.
— Alguma tropa ou agentes internos?
— Nenhum.
— Ótimo! Agora, todos corram até o "muro"! – Ordenou-Nos. – Vocês Dois fiquem aqui, dando Cobertura. Vamos!
Corremos, o mais rápido possível, cerca de Trinta & Cinco Metros. Eu sentia Medo mesclado com Ansiedade. Quando Nos aproximamos ao ponto em que a "estrela" havia atingido, paramos.
— Encontrou alguma abertura? – Inquiriu o Capitão.
— Adentraremos na Sede se seguirmos por alguns passos à Direita – Afirmou o Olhos Serpentinos.
Fomos em Silêncio.
Estava até adorando tudo aquilo!
Meu Coração batia, descontrolado, e a Adrenalina percorria por todo o meu Corpo, deixando-Me alerta para qualquer coisa.
— Adentrem!
O Comandante abriu uma Porta seguindo as Instruções do Agente com Lentes de Fendas. Ao atravessarmos por ela, fechou-se, rapidamente.
O Ambiente era fracamente iluminado e deparamo-Nos com Cinco Corredores estreitos – dava para duas Pessoas andarem -. Entreolhamo-Nos.
Decidimos Nos dividir em cinco Duplas: Caroline & Xiaoyu; B1 & Eu; Gabriel & B2; B3 & Sua Sombra (Um tipo de Duplicata Projetada) e o Capitão mais sua Sombra.
— Comunicai-Nos caso haja algum problema – Avisou Xiaoyu, frente ao Corredor do Meio.
— Voltaremos a Nos ver em breve! – Prometi, perto do 2.º Corredor da Esquerda. – E seja o que Deus quiser!
— Vamos!
²Sama – Honorífico Japonês empregado em caso de Cargos de Hierarquia Superior ou quando se tem profundo Respeito, idolatria ou Admiração por alguém;
³Sensei – Também um Honorífico, mas utilizado somente para se referir aos Indivíduos que têm maior Conhecimento em alguma área, como Mestres ou Doutores, por exemplo;
4Kun– Usa-se entre Amigos, Colegas, Irmãos ou Rapazes, entretanto, também éaplicado na Relação "Superior falando com um Inferior".
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