VII - Uma Nova Amizade
— Ariel! Carol! Gabriel! – Chamava Denise, baixinho, porque tentava telefonar do seu Celular para os seus Familiares. – Alguém Me atende, por favor!
A Garota desesperava-se.
Não tinha ideia de onde estava e há quanto tempo. Logo após ter sido capturada pela robô, Ela perdeu os sentidos, acordando, depois, naquele lugar escuro.
"Aquela trapaceira!", pensava Denise, "Como ela pôde? Não era boa o suficiente para Nos enfrentar e cegou-Nos só para Me raptar e Me trazer a este ambiente assustador! "
"OH! Por que tive que vir para cá?! Quais as razões?! O que querem Comigo?!". Questionamentos assim atormentavam a Garota a tornar a espera Dela pelas respostas ainda mais angustiante.
— É incrível como o Medo influencia o desespero na Mente das pessoas, não é? – Indagou-lhe uma suave voz feminina, a qual havia saído do canto mais escuro do Ambiente.
Denise teve a sensação de que o coração escapou pela boca, mas conseguiu engoli-lo novamente.
Seu assustado olhar percorreu tudo até focalizar um vulto.
— Quem é você? – Indagou Essa, levantando-se e preparada para se defender.
— Engraçado você perguntar! – Disse a Voz a aproximar-se. – Pelo visto, não sou muito conhecida.
Surgiu, então, uma Jovem mui Bonita, na opinião da Garota, um pouco mais alta que a última e que devia ter, no máximo, uns Trinta Anos; seus Olhos possuíam um único brilho (Eram Violetas com uma azulada Tonalidade) & uma Marca de Coração Negro brilhava em volta do seu Destro olho; seus enegrecidos Cabelos caíam sobre os ombros, combinando perfeitamente com o Vestido de cor parecida, além de calçar Botas de Couro enegrecido bem desbotadas.
— Ah, que grosseria a minha – Exclamou a Mulher, pondo a Mão sobre a Boca levemente ressecada. – Meu nome é Rosa Mendes, mais conhecida como Rose Noire.
— Rozi noá? – Tentou pronunciar o Nome da Moça, a Denise.
— Sim, querida – Confirmou a Outra a sorrir quase misteriosamente. – É francês. Significa: "Rosa Negra"!
— Hum... Meu nome é Denise! – Apresentou-se a Mesma, estendendo a Mão. – Acho que é português, mesmo!
— Prazer em conhecê-La, Denise! – Cumprimentou Rose, sinceramente. – "A Criadora das Águas", "A que dá Origem ao Dia & à Noite!" [Uau!], creio que seremos Colegas de Cela!
— Ah, nossa...! O quê? Estamos numa prisão?!
— Não numa prisão conhecida, mas sim, estamos presas sem termos cometido qualquer crime!
— Onde estamos, então?
— Somos prisioneiras de Kazuya Mishima.
— O QUÊÊÊ?!
Perplexa com aquela informação, Denise tentava raciocinar: Aquilo era demais! Por que Kazuya havia sequestrado Nós duas? Quais os motivos/razões? Detínhamos algum segredo que nem Nós Mesmas conhecíamos?
— Como Você sabe que aquele horroroso foi quem Nos sequestrou? – Inquiriu a Adolescente ao mesmo tempo em que tentava localizar alguma brecha naquela cela.
— Tenho a absoluta certeza! – Confirmou a Interlocutora, enxergando graça na transparência da Garota. – Os Guardas possuem o emblema da Corporação daquela criatura, todavia, desconheço o motivo pelo qual ele Nos trouxe até uma das suas instalações! E não há como fugir daqui. Já tentei!
— Estamos presas sem poder fazer nada?!
— Relaxa! Tenho certeza de que tudo vai melhorar!
"Esta mulher não bate bem da cabeça, não!", pensou Denise, Consigo mesma.
— Como Você consegue ficar tão tranquila?
— Não tenho medo do Futuro – Respondeu a Moça, assentando-se no piso grosseiro. – Pois só acredito em Boas coisas e espero sempre o Melhor da Vida.
— Nossa, pelo visto, Você não tem medo de nada, então? – Perguntou Denise também a se assentar à frente da Companheira de Cela.
— Não! – Respondeu a Outra, categoricamente.
— Nem do escuro?
— Gosto disso – Confirmou a Interrogada. – Não sei o motivo de ter tanta gente que sente medo de algo tão comum.
— Deve ser porque é misterioso, ninguém sabe o que pode acontecer quando se está dentro dele!
— Acredito que não! A Mente Humana é muito fértil e vive inventando coisas que criam fantasias, as quais povoam os pensamentos das pessoas, deixando-as com medo de algo inofensivo, como o escuro!
— Mas é certo ter medo, não é? Pois muitas coisas acontecem à noite, inclusive roubos, assassinatos ou coisa pior!
— Exato! Mas tais coisas não ocorreriam se as pessoas tomassem conta de si mesmas e estivessem preparadas, sem recear o desconhecido! O medo é uma Defesa do organismo para com o perigo que possa prejudicá-lo! E tem mais, medo não é fantasia!
Denise ficou boba com tanta explicação.
Parece que a sua Nova Amiga [Mais uma?!] é uma pessoa muito legal! "Acho que vamos passar por bons momentos juntas!", pensou Consigo.
— Mas, Você não Me disse, ainda, quem é ou onde mora! – Questionou a Garota, decidida em descobrir mais sobre aquela Mulher.
— Bom, como já disse, chamo-Me Rosa Mendes...
— Você é Filha do Adriano?
— O Dono das Corporações Óxyon?
— Isso!
— Pois bem, Adriano Mendes é meu Pai!
— Ah, Eu ameeei essa notícia! – Exclamou a Mocinha, contente. – Como este Mundo é pequeno, não?
— Pois é! – Concordou Rose, mirando a Garota com um certo receio.
— Quer dizer, então, que Você mora no Rio de Janeiro?
— Não exatamente.
— Como assim?
— Há uns Três Anos atrás, decidi que iria morar na França, mas meu Pai não concordava! Dizia que Eu não precisa Me mudar de País para encontrar a felicidade. Só que Eu estava decidida! Arrumei minhas malas e fui à Europa!
"Fiquei em Paris, mesmo. Gostava daquele ar romântico e das roupas, dos parfums, da Gastronomia &, principalmente, dos Pontos Turísticos!"
Denise ouvia tudo com atenção. Ficava maravilhada enquanto a Outra descrevia locais que visitou & sentiu uma vontade de visitar Paris, também!
— Até que Eu soube da Notícia.
— Qual?
— A de que o meu Pai havia desaparecido em plena Floresta Amazônica!
— O Adriano desapareceu?!
— Foi o que Eu descobri – Afirmou Rose, entristecida. – Quando soube, vim imediatamente para saber de mais detalhes e tentar participar das Investigações!
— E conseguiu descobrir alguma coisa?
— Só que o Pai havia feito uma excursão ao Amazonas, no qual se escondia algo que muito interessava a Ele!
— O quê?
— Não sei, mas, devia ser algo importante para o Pai nem Me avisar!
— Mas... Espera aí! – Avisou a Garota, pensativa. – Se Você foi ao Brasil, como veio parar aqui?
— Fui sequestrada por uma robô – Respondeu a Mulher, inconformada. - Ela derrotou-Me e Me trouxe até aqui.
— Ela Te cegou?
— Aham. Como soube?
— Porque foi assim que aquilo Me 'derrotou', também!
— Onde fosse atacada?
— Em Curitiba! E Você?
— Próximo a Manaus, enquanto estava atrás de mais pistas sobre o meu Pai!
— Aquela trapaceira!
— Concordo! Se aquela coisa não tivesse usado aquilo, com certeza, Eu teria derrotado aquela sucata!
— Idem!
Rosa Mendes mirou a Adolescente à sua frente & sorriu com intenso contentamento.
— Quer saber? Acredito que seremos grandes Amigas!
— Disso não tenha dúvida!
Ambas se abraçaram.
Gargalhadasecoaram naquele ambiente, enchendo-o de algo que não era comum por ali:Esperança, Amizade & Alegria!
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