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2: (não) beije seu amigo bêbado

As luzes coloridas da pista de dança iluminavam o corpo agitado do jovem que estava dividido entre sua performance perfeita e a garrafa de cerveja. Ele amava aquilo, a sensação de voar, de rir atoa e não se importar com nada. Naquela noite, pulando entre os corpos suados daquela festa, Jimin não queria ficar sóbrio. Ele queria estar alto, até que não lembrasse mais seu nome, até que esquecesse a sensação vazia que lhe consome o peito na solidão do seu apartamento. Queria não ter que ficar sozinho, queria não se sentir bem menos que um saco de lixo.

Ele preferia se perder em meio às luzes, do que se perder em si mesmo. Preferia agitar-se ao ritmo da música, do que se afogar em seu cobertor e lágrimas. A sensação de ficar bêbado era muito melhor do que se sentir um nada, a vertigem era, sem dúvidas, melhor do que a dor no peito, a ânsia no dia seguinte não deixaria que ele pensasse em tudo o que estava fazendo de errado, e não se lembrar de nada era sempre uma vantagem.

— Ji, chega, vem... — uma voz familiar soou entre o barulho de pessoas gritando e a música alta. Jimin não tinha certeza de nada, mas achou divertido quando braços fortes lhe puxaram pela cintura, mesmo que não estivesse disposto a parar de dançar.

— Não vai me pagar nem uma bebida antes? — ele questionou risonho, e riu ainda mais ao reconhecer o rapaz que lhe arrastava para longe do mar de pessoas dançando. — Ah, é você, Jungkookie! Não precisa de nada antes, então, pra você eu sou fácil, fácil!

Jungkook parou, encarando-o visivelmente chocado.

— Que? Fácil pra que? — ele suspirou alto, passando os dedos no longo cabelo negro de forma nervosa. Jimin fez um biquinho, admirando-o, aquele garoto era tão lindo. — Ah... Não responda. Você tá bêbado, vem.

Jimin não tinha certeza de quando, mas em algum momento Jungkook havia deixado-o sozinho na pista de dança e sumiu de vista. O rapaz de fios rosados não se importou, entornou algumas garrafas de cerveja e dançou tanto até o cabelo começar a colar na testa e a jaqueta se tornar incômoda demais.

— Eu não tô bêbado. — Jimin sorriu largamente, se desvencilhando do toque do rapaz que tentou segurar sua mão. — Eu quero dançar! Não quero que essa noite termine!

— Jimin, você já bebeu demais... — outro suspiro, Jungkook conseguiu segurar sua mão e o rapaz não entendeu o formigamento que surgiu nela. — Vem, deixa eu te levar pra casa.

Jungkook tinha uma voz mansa, algo que lhe fazia pensar em uma cama forrada em veludo, cheiro de terra molhada, café quente sendo coado. Escutá-lo falar consigo era aconchegante, acolhedor. Queria ter o poder de eternizá-lo de alguma forma, guardar sua imagem em um pote de ouro no fundo da sua mente, pendurar sua foto em um cordão no pescoço, algo brega nesse nível.

Jungkook Jeon tornava-o brega em um nível absurdo, e Jimin temia que ele ou qualquer pessoa soubesse disso.

— E você vai comigo? — questionou, aproximando-se perigosamente. O perfume amadeirado dele abraçou-o com força e Jimin suspirou.

— Claro, eu vou te levar para casa. — Jungkook exclamou o óbvio, como se Jimin fosse uma criança aprendendo tudo sobre a vida.

O rapaz sorriu e entrelaçou seus dedos, sentindo a cabeça girar. Ele iria para qualquer lugar do mundo segurando a mão de Jungkook, sendo uma das pessoas que mais confiava, que mais... amava. No entanto, ele não conseguiria verbalizar aquilo, não seria capaz de dizer a Jungkook tudo o que sentia, por isso apenas atuava. Assim como fazia em suas aulas, fingia sorrisos, evitava papos desnecessários e continuava o espetáculo mesmo após as cortinas se fecharem.

Jimin Park era uma farsa.

Não conseguiu agradecer Jungkook por pagar o táxi, por ajudá-lo a entrar em casa com segurança mesmo que nem estivesse tão bêbado. Não foi capaz de perguntar por que ele tinha os olhos tão vermelhos e inchados, não conseguiu encontrar voz dentro de si para explicar todos os motivos que levaram-no a evitá-lo durante aqueles dias.

Encarar seus sentimentos significava encarar toda sua fragilidade também, todas as lágrimas que molhavam o travesseiro, todos os por quê's que inundavam sua mente e afundava-o em um abismo sem fim. Admitir que estava apaixonado, que não conseguia tocar mais ninguém depois que conheceu o corpo perfeito de Jungkook, fazia-o se sentir frágil, nu, com o coração na manga. E ele não gostava dessa sensação de exposição, de saber que os outros poderiam ter ciência do seu poder de quebra-lo. E mesmo que soubesse que aqueles olhos puros de Bambi jamais seriam capazes de lhe fazer mal algum, Jimin ainda tinha medo.

Ele não conseguiu verbalizar nada que sentia naquela noite, mas quando Jungkook estava prestes a ir embora, deixando-o deitado confortavelmente dentro de um pijama, Jimin conseguiu reunir forças para segurar a barra da sua camisa. O rapaz encarou-o por trás da franja delicada que cobria parcialmente seus olhos e suspirou analisando a cena de um Jimin sonolento segurando sua camisa.

— O que foi? — ele perguntou baixinho, visivelmente cansado.

Jimin sentiu os olhos arderem por um motivo incompreensível, mas a ideia de deixar Jungkook ir embora soava péssima. Queria-o perto, a noite toda, todos os dias. O que isso poderia significar?

— Fica.

Jungkook suspirou, ainda olhando-o com aquela expressão cansada pela penumbra do quarto. A luz amarelada do abajur iluminava parcialmente o rapaz na cama, mas não permitia-o ver nitidamente Jeon.

— Por quê? — ele questionou baixinho, como se compartilhassem um segredo importante de Estado.

Jimin refletiu naquela pergunta por alguns segundos e esteve prestes a retirar sua mão da roupa alheia e deixasse que ele partisse, mas uma força maior o impediu. A vontade insana de tocá-lo, de tê-lo perto, de beijá-lo. Seu desejo por Jungkook era mais forte do que imaginava.

— Porque eu quero que fique. — engoliu em seco, apertando a mão que agarrava a camisa dele. — Você não quer ficar, Jungkook?

— Esse é o problema, Jimin. — ele suspirou. — Eu quero muito.

— Então fica.

— Até quando?

— Até amanhã, ou quando você quiser.

Jungkook suspirou novamente, elevando a mão recheada de desenhos até o punho agarrado em sua roupa e afastou-o dali. Jimin sentiu-se murchar como uma flor em solo seco, pensando que ele iria embora sem olhar para trás e deixá-lo ali com todos aqueles sentimentos bregas e exagerados. Mas não. Jungkook ocupou o lugar vazio ao seu lado, evitando encará-lo nos olhos e em um silêncio estranhamente confortável. Apoiou o rosto no próprio braço e infiltrou-se por baixo do edredom com uma intimidade que ambos sabiam ter.

Jimin encarou cada traço do rosto próximo ao seu, desde as sobrancelhas grossas, o cabelo escorrido nos olhos que ainda evitavam os seus, os lábios em formato de arco de cupido, até a pinta abaixo deles. Tudo nele era lindo, extraordinário. Jimin orgulhava-se de ter visto-o crescer, de ter presenciado cada fase sua, desde o amor pelo rock até a descoberta da paixão pela confeitaria. Conseguia ver resquícios do jovem Jungkook ali naquele rosto, eram os mesmos traços, a cicatriz que ganhou na bochecha de quando se conheceram estava lá, sinais de um tempo que não volta mais.

Os olhos, tão negros quanto o céu noturno, finalmente lhe encararam entre a penumbra do quarto. Tão brilhantes, como se existisse uma galáxia inteira dentro daquelas íris. Jimin sentiu seu ar se esvaindo pouco a pouco, enquanto se afundava lentamente naquele mar escuro e profundo.

— Não vai me mandar embora depois? — Jungkook questionou baixinho, como se fosse um garotinho assustado. — Vai continuar me afastando, Jimin?

— Não. — respondeu com propriedade. — Eu não quero que você se afaste mais, Jun.

— Então, o que você quer? — Jungkook tinha olhos ainda mais brilhantes, como se a qualquer momento todas aquelas estrelas fossem escorrer pelo seu rosto e iluminar o quarto inteiro. Jimin sentiu seu peito pesar.

— Eu quero você. — confessou, quase que em um desabafo, um suspiro aliviado.

— Até quando? — aquela pergunta parecia pertencer a ponta da sua língua e Jimin estava começando a se incomodar com ela. — Quando essa noite terminar, quando a festa acabar, você ainda vai me desejar?

— E isso importa? — acabou agindo na defensiva, em um ato automático. — Eu quero você agora.

— Importa, Jimin... — ele fechou os olhos, suspirando pesadamente logo em seguida. — Porque eu desejo você todos os dias.

O rapaz de cabelo rosado ergueu a mão e tocou delicadamente o rosto do outro, sentindo a textura macia com as pontas dos dígitos e deliciando-se por ter a honra de tocar a personificação de arte.

— Eu tenho medo. — sussurrou, com os olhos brilhantes encarando cada traço precioso do rosto daquele garoto. — Não quero te machucar.

Jungkook abriu os olhos, encarando-o com uma expressão indecifrável no rosto.

— Você já está fazendo isso. — suspirou. — Você... Ah, Jimin...

Jungkook se inclinou e o beijou, mas houve algo de diferente naquele beijo. Um selinho, um simples encostar de lábios casto, delicado, mas que parecia carregar muitos significados. Jimin temeu não conseguir pegar todos, todo o carinho, afeto, afeição. O que Jungkook queria lhe dizer? O que aqueles olhos brilhantes significavam? E as reações anormais do seu corpo? O coração acelerado, a respiração pesada, a vontade insana de juntar seus lábios novamente e não soltá-lo nunca mais.

O que isso tudo significava?

Poderia esse ser o amor que Yoongi descreveu em sua música? Alguém que lhe tira o sossego, mas também que lhe traz paz. Alguém que faz seu coração acelerar, mas acalma suas crises também. Yoongi disse que o amor para ele era alguém, mas Jimin pensava diferente. Jungkook era arte e ele amava cada cor, cada traço seu desenhado com maestria. Jimin não entendia nada de termos artísticos, mas era encantado por aquela tela rara em suas mãos.

Então, iria zelar dela com carinho.

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