Especial de natal
Os últimos meses do ano passaram como um sopro, e a vida de Julie definitivamente mudou muito. Agora, a garota estava nos bastidores, pronta para apresentar seu solo de guitarra no encerramento do ano. Julie estava extremamente nervosa, pois fazia anos que não se apresentava diante de uma plateia tão grande. Seu coração estava acelerado, suas mãos suavam como nunca, e sua respiração estava descompassada. De repente, alguém bateu na porta.
Julie franziu o cenho, confusa, até que Benj apareceu. Ambos não estavam nos melhores momentos. Haviam discutido recentemente, e a relação entre eles estava fria e distante. O motivo inicial da briga foi a decisão de Benj de desistir de apresentar os musicais, mas o principal fator era o ciúme. Julie tinha passado muito tempo com o pessoal da banda da escola devido à apresentação de fim de ano, e, embora Benj não se importasse com isso, um novo integrante da banda o incomodava. Tyler, um novato do segundo ano, parecia interessado em Julie, mesmo ignorando as investidas de outras garotas.
Julie, fiel ao namorado, não deu atenção a Tyler, mas, durante um dos últimos ensaios, o garoto tentou beijá-la. Ela contou tudo a Benj, e isso desencadeou uma grande briga. Desde então, eles mal se falavam, e o clima entre eles era pesado. Apesar de ainda se gostarem muito, nenhum dos dois tinha coragem de terminar o relacionamento.
— Oi — disse Benj, olhando para ela.
— Oi — respondeu Julie, tentando parecer calma. — O que você tá fazendo aqui?
— Vim te ver antes de você entrar. Sei que faz tempo que você não se apresenta assim e que deve estar nervosa.
Julie deu um sorrisinho de lado e desviou o olhar. Benj suspirou profundamente, colocando as mãos nos bolsos.
— Qual é, Julie? Não podemos ficar assim pra sempre. Sei que brigamos, mas foi só uma briga idiota. Eu não quero um relacionamento vazio, pela metade. Eu te amo demais pra isso.
Julie arregalou os olhos, surpresa.
— Você... o quê? — perguntou, gaguejando.
— Eu o quê? Que foi que eu falei? — disse Benj, confuso.
— Você disse que me ama!
Ele hesitou por um momento antes de confirmar:
— É... eu te amo, Julie. Demais.
Ela corou e sorriu, se aproximando.
— Eu também te amo, seu nerd esquisito — disse, dando um selinho nele.
Benj sorriu.
— É claro que você acharia um jeito de me humilhar.
— Você ainda tinha dúvidas? — riu ela.
Os dois se aproximaram novamente e iniciaram um beijo lento, mas foram interrompidos por uma batida insistente na porta.
— Julie! — alguém chamou do outro lado.
— Mas que saco! — bufou irritada. — O que foi?
— Tá na sua vez!
Julie olhou para Benj.
— Me encontra aqui depois, tá?
Ele assentiu com um sorriso travesso.
A apresentação de Julie foi um verdadeiro sucesso. Ela conseguiu impressionar a todos, recebendo uma ovação de pé, até mesmo das garotas que costumavam zombar dela. Isso elevou sua confiança, mas sua mente estava em outra coisa. Assim que terminou de falar com algumas pessoas, voltou para o camarim, onde Benj a aguardava, sentado com um sorriso no rosto.
— Cara, você é foda — disse ele, levantando-se e girando-a no ar.
— Eu sei — respondeu Julie, rindo. — Mas gosto de ouvir você dizendo, então pode continuar.
Benj revirou os olhos, rindo.
— Foi muito bom mesmo, Julie. Você arrasou! Minha namorada é uma rockstar.
Ele a girou novamente, fazendo-a rir alto. Quando a colocou de volta no chão, os dois estavam muito próximos. Os olhos de Benj brilhavam enquanto ele a encarava. Julie percebeu que ele a olhava com o mesmo brilho com que ela costumava olhar para ele no início de tudo.
— Eu te amo muito — disse Julie, encarando-o.
Benj sorriu e levou a mão ao rosto dela.
Benj não esperou mais. Quando as palavras escaparam dos lábios de Julie, dizendo que o amava, ele a puxou com firmeza, colando seus corpos de forma inevitável. Seu olhar estava carregado de desejo e sentimentos reprimidos, e antes que ela pudesse reagir, seus lábios tomaram os dela com uma intensidade que fez o mundo parecer desaparecer.
O beijo era tudo o que eles nunca tinham dito em palavras. Era urgente, faminto, como se ambos estivessem tentando recuperar o tempo perdido. Benj inclinou a cabeça, aprofundando o gesto, explorando cada sensação, cada toque. As mãos dele desceram de seu rosto até sua cintura, segurando-a firme, enquanto Julie enlaçava os braços ao redor do pescoço dele, puxando-o ainda mais para perto.
Julie arfou contra os lábios dele, mas não recuou. Pelo contrário, correspondeu com a mesma paixão, suas mãos deslizando pelo cabelo dele e depois para seus ombros, apertando-o como se ele fosse a única coisa que a mantinha ancorada naquele momento.
Benj, sem se afastar, a pressionou suavemente contra a parede do camarim, o espaço estreito amplificando a proximidade entre eles. Suas respirações eram rápidas, misturadas, enquanto os beijos se tornavam mais profundos, mais ousados.
— Eu te amo pra caralho Julie Yagami — ele murmurou contra os lábios dela, a voz rouca e cheia de emoção, antes de voltar a beijá-la, ainda mais intensamente.
Julie sentiu seu coração bater acelerado, cada sensação amplificada. Ela puxou Benj para mais perto, os dedos entrelaçando-se no cabelo dele enquanto o calor entre eles crescia, quase sufocante, mas irresistível.
Quando finalmente se afastaram, os dois estavam ofegantes, as testas coladas, os lábios inchados e os olhos brilhando. Benj a olhou como se ela fosse tudo o que ele precisava, enquanto Julie sorria, ainda sem fôlego.
Ambos ficaram se olhando nos olhos, talvez toda aquela briga tivesse sido esquecida se tivessem tido um momento desses antes.
Benj se aproximou de Julie e cochichou algo em seu ouvido, fazendo-a dar uma risadinha.
— Benj! — exclamou, batendo no ombro dele, ainda rindo. — É Natal, você não devia estar falando essas coisas!
— Não pode me culpar — respondeu ele, lançando um sorriso de canto.
— Óbvio que posso! — rebateu ela, ainda rindo.
O garoto se aproximou novamente e a beijou, imprensando-a contra a parede.
...
Finalmente havia chegado o dia de Natal. Como de costume, a família Yagami passaria a data com os Nielsen, uma tradição que ambas as famílias mantinham há anos. Para Julie e Benj, isso era perfeito.
A campainha tocou, e Benj correu para atender a porta. Ao abri-la, deu de cara com Allyssa.
— Cruzes, garoto, como a Julie consegue ficar com você? Só pode ser dívida de jogo.
— Vai se fuder! — resmungou ele, revirando os olhos e se ajeitando antes de abrir a porta completamente.
Para sua surpresa, quem estava na entrada não era a senhora Yagami, mas Jenna e Julie.
— Cadê a mãe de vocês? — perguntou Benj, confuso.
— Está com a família do novo namorado dela — respondeu Jenna, revirando os olhos. — Nos forçou a vir pra cá.
— Ela só tá assim porque não vai passar o Natal dela transando com aquele maconheiro, já que ele tem que estudar porque reprovou — retrucou Julie com um sorriso travesso.
— Vai se ferrar, sua escrota do caralho! — gritou Jenna, empurrando a irmã antes de entrar na casa.
— Feliz Natal pra você também, Jenna — disse Benj, irônico.
— Idiota! — retrucou Jenna enquanto seguia em direção a Allyssa.
Benj deu espaço para Julie entrar, e os dois subiram juntos para o quarto dele.
Julie ficou observando Benj por alguns instantes antes de ele quebrar o silêncio.
— Bora jogar Uno? — perguntou ele, sorrindo.
— Claro, se você quiser perder.
— Haha, como se você já tivesse ganhado de mim alguma vez!
— Pode ter tido seus momentos de glória, Nielsen, mas agora sou melhor que você em tudo. Esqueceu? — respondeu ela, rindo, enquanto se sentava.
— Vamos ver então, Yagami — disse ele, pegando o baralho.
O jogo começou, eles jogaram cinco partidas e estavam empatados quando, de repente…
— BATI, SEU OTÁRIO! — gritou Julie, jogando um "mais dois". Julie levantou e começou a dançar. Benj cruzou os braços.
— Você roubou! Estava com seis cartas.
— Que péssimo perdedor. Você já deveria estar acostumado.
— Onde enfiou as cartas, Julie?
— Não sei do que está falando — disse ela, sorrindo inocentemente.
Benj se levantou e abriu as mãos da garota.
— Benj, eu não trapaceei — ela disse, olhando-o nos olhos.
— Eu te conheço, Julie — ele disse, arrancando uma risada dela. Ela o empurrou e ele a empurrou na cama.
— Anda, cadê as cartas? — ele perguntou, ficando por cima dela.
— Não sei do que está falando — respondeu ela, olhando nos olhos dele.
Ambos notaram a proximidade. Benj ficou olhando nos olhos de Julie, e a respiração deles estava pesada. De repente, Julie puxou o garoto pela gola da camisa e selou seus lábios nos dele. Um beijo intenso se seguiu, com Benj beijando Julie com extrema vontade. Sua mão desceu, ficando na cintura dela, e ela aprofundou o beijo, suas mãos percorrendo o corpo dele. Benj apertava a cintura dela com vontade.
Julie afastou o beijo por falta de ar, quando de repente os lábios de Benj começaram a percorrer seu pescoço, dando alguns beijos. A mão dele foi até o bolso do short de Julie.
— Eu sabia! — disse Benj, tirando duas cartas.
— Mano, vai se fuder! — disse ela, empurrando-o e arrancando uma risada dele.
— Sua ladronazinha! — Benj zombou.
— Pelo menos eu sou mais inteligente. Tirei mais que você em física.
— Porque eu tive uma péssima noite de sono.
— Não tenho culpa que você fica se masturbando de madrugada.
O rosto de Benj ficou vermelho e ele lhe mandou o dedo do meio.
— Vai se fuder. O Ophenmier tava certo mesmo.
— Benjamin Nielsen! — exclamou Julie, segurando a risada.
— Sim, Julie Yagami? — disse ele, dando um sorrisinho inocente.
Ele se aproximou e a beijou de novo, um beijo ainda mais intenso, com um calor percorrendo o corpo dos dois. Benj estava por cima de Julie, apertando sua cintura, arrancando um sorrisinho dela durante o beijo. De repente, a porta foi aberta.
— Ai, que nojo! — disseram Allyssa e Jenna em uníssono.
Julie empurrou o garoto, que murmurou reclamando. Ela não entendeu o que ele disse e voltou sua atenção para as garotas.
— O que querem, coisa 1 e coisa 2?
— O jantar tá pronto — disse Allyssa.
Julie se levantou da cama, e Benj foi atrás dela.
...
O jantar ocorreu muito bem, foi uma noite genuinamente divertida. Pela manhã, Julie acordou cedo, já que tinha a tradição de abrir os presentes logo cedo. Estavam sentados no chão. Julie havia dado a Allyssa um kit de maquiagem exclusivo que ela queria, para Jenna deu uma pintura que a mais velha havia pedido, e para Benj, deu umas coisas do Homem-Aranha que ele havia pedido.
— Abre o meu primeiro — disse Benj.
Ele deu uma caixa enorme para Julie. Quando a garota abriu, não havia nada dentro. Ela franziu o cenho, confusa.
— Não entendi — disse, ainda confusa.
— Olha o final da caixa, cabeção.
— Benj! — repreendeu a mãe do garoto, arrancando uma risada de Julie.
Julie olhou o final da caixa, e seus olhos brilharam ao ver o que havia dentro.
— Você não fez isso! — disse ela, indignada.
— Óbvio que fiz!
— Ai, meu Deus, eu te amo! — ela o abraçou forte, quase derrubando o garoto no chão.
— O que é isso? — perguntou Jenna, impaciente.
Julie pegou o presente e mostrou.
— São os ingressos para o show da Sabrina Carpenter! — disse, pulando de alegria.
— Eu implorei muito para a mamãe comprar, mas ela não queria, porque disse que ela era muito vulgar e que era muito caro.
Benj olhava para sua namorada com um sorriso no rosto. Vê-la feliz valia mais do que qualquer coisa no mundo, mais do que qualquer dinheiro que ele gastou com aquele ingresso.
— Mas é óbvio que eu ia comprar — disse ele, fazendo a garota sorrir ainda mais.
— Eu te amo — disse ela, dando um selinho nele.
— Até que você mandou bem, idiota — disse Jenna.
— Eu que ajudei ele — disse Allyssa.
— Ele não sabia nem como comprar — arrancou uma risada de todos.
...
Depois da troca de presentes, todos se reuniram para assistir a filmes clássicos de Natal, para descansar depois de tanta comida. Julie foi até a cozinha, e Benj ficou esperando por ela. Quando a garota estava voltando, assustou-se com o garoto.
— Sabe, todos esses anos comemorando o Natal, tem uma coisa que eu sempre quis fazer com você.
— O que? — perguntou ela, confusa.
— Beijar você debaixo do visco — disse ele, olhando-a.
— Achei que você quisesse beijar a Bailey.
— É, ela também. — Julie deu um soco no ombro dele.
— Ai! Eu tava brincando — ele colocou a mão no ombro, seu olhar logo se voltando para a porta.
Julie olhou e notou o visco.
— Feliz Natal, Julie — ele sorriu, olhando-a.
— Feliz Natal, Benj — sorriu ela, beijando-o.
Presentinho de Natal adiantado pra vocês my lovers.
Eu estava super ansiosa pra lançar esse capítulo, ao mesmo tempo que eu tava muito sem ideia.
Eu nem sei se qinda alguém lembra dessa fanfic ora falar a real kkkkkkk
Vocês nunca vão saber o que o Benj disse pra Julie no inicio do capítulo. Dica: foi uma piadinha envolvendo Natal.
Esse capítulo em especial eu dedico a Ju<3 minha Arellano.
Espero que tenham gostado do capítulo e estejam gostando da história.
Qual a parte favorita de vocês?
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