Capítulo VIII ⌛
Cielo
O sol não estava tão quente naquela manhã, haviam muitas nuvens no céu, lutando contra o vento um tanto forte. Eu estava deitada, sentindo o calor agradável nas costas, a bochecha pressionada contra a toalha e a areia por baixo. Já havia tirado um cochilo ou dois, com Josh ao lado me tocando de leve e distraidamente.
Alguma música tocava baixinho de lado, saindo do celular de alguém. Eu ouvia tudo parcialmente, as risadas, as garrafas de cerveja batendo, os meninos brincando com uma bola perto da água. Há quanto tempo eu não me permitia um estado tão relaxado? Havia a empresa, que me devorava todos os dias, antes dela teve a faculdade e antes a preocupação para entrar na faculdade. Ao que parecia meus últimos momentos livres haviam sido no ensino médio. Eu não queria aquilo para mim, não mais. Não queria passar a melhor época da minha vida dentro de uma sala com ar-condicionado e pessoas mal-humoradas. Quero mais momentos como esse. Quero mais sol, mais praia e mais Josh.
Abri os olhos para procurar por ele. Havia levantado e ido se juntar a Sam e Stevie com a bola. Reprimi um sorriso ao vê-lo sem blusa, decidindo que definitivamente ele precisava de mais sol do que eu.
– Tem um pouco de baba no seu queixo.
Virei a cabeça de lado, para ver Alex. Seu rosto estava vermelho por causa do calor, os olhos apertados. Também estava deitada, usando um biquíni listrado, branco e azul.
– Eu também vi você babando no Stephen. – acusei, sorrindo.
– Fazia um tempo que a gente não se via. – agora ela olhava para o namorado. – Mas você e Josh, hun?
– Estamos nos conhecendo.
– No sentido bíblico. – quem falou foi Holly, sentando do meu outro lado. Ela segurava uma cerveja pela metade em uma mão e me ofereceu outra.
– Obrigada. – aceitei, sentando e dando um gole. Pensei em oferecer para Alex, mas lembrei que ela estava dirigindo. A bebida gelada foi um alívio para minha garganta.
– Eu sempre tive curiosidade em saber como o Josh é na cama. – Holly comentou, olhando para ele. Eu lhe dei uma cotovelada. – Ei! Você fez eu derramar minha cerveja! Qual é, é só que ele é tão...
– Tão? – ergui as sobrancelhas.
– Tão Josh. Ele é diferente, mas não do tipo esquisito.
– Ela está bêbada, Cielo. – Alex falou, revirando os olhos.
– Mas aposto que ele é quente.
– Holly! – Alex agora a olhava exasperada.
– Ele é. – concordei, sentindo meu corpo esquentar com as lembranças.
– Eu sabia! Finalmente eu tenho pra quem perguntar, Alex, então não enche.
Alex balançou a cabeça.
– Eu não sei o que você quer que eu diga. – falei, meio indecisa vendo o sorriso de Holly.
– Não precisa falar nada, Cielo, Holly é uma pervertida.
Holly a ignorou enquanto colocava seus óculos escuros e bebia mais um pouco.
– Vocês conhecem o Josh há muito tempo?
– Há alguns anos, sim. – Holly respondeu.
– E você disse que nunca teve a oportunidade de perguntar... Nunca conheceu uma namorada dele?
– Duas ou três. Mas não eram namoradas, só umas garotas. Não durou muito com nenhuma.
Baixei o olhar, sentido meu estômago apertar. Eu havia conhecido Josh há dois dias, eu também era só uma garota.
– Você é diferente. – Alex falou, como se tivesse ouvido meus pensamentos.
– Sou é?
– Dá pra notar. Sabe, Josh é bem devagar com essas coisas, se ele pulou de cabeça com você tão rápido é porque ele tem certeza que gosta de você.
– Isso não é bem típico dos homens. – comentei, duvidosa.
– Eu falei, Josh é diferente, mas não esquisito. – disse Holly. – Vocês tem planos?
– Não queremos parar de nos ver. Imagino que vamos marcar para sair ou algo assim.
– Você parece meio duvidosa.
– Eu estou.
– Não precisa decidir se ele é o peixe do seu sushi amanhã.
– Meu Deus, Holly. – Alex começou a rir.
– É, talvez eu esteja bêbada.
Nós três rimos por um momento.
– Não, não sobre Josh. Eu gosto dele, é oficial.
Josh olhou para mim e sorriu, como se houvesse escutado, mas estava longe demais para isso. O vento jogava seu cabelo na cara e ele estava fodidamente lindo. Eu desejei ir até lá e beijá-lo.
As meninas estavam cheias de sorrisinhos.
– Então? Qual o problema? – Holly perguntou.
Lancei um olhar para Alex e ela entendeu instantaneamente.
– Deixa pra lá, Hol.
– Não, tudo bem. – dei o último gole na cerveja e coloquei a garrafa na areia, perto dos meus pés. – Meu último relacionamento não foi muito... Bom.
– Charlie, o do Whisky Johnnie Walker. – Alex falou, com uma careta.
– O riquinho?
Concordei com um aceno de cabeça.
– A gente começou a sair na faculdade. Ele era extremamente dedicado a mim. Estava sempre que eu precisava e fazia tudo o que eu queria, antes que eu pedisse.
– Vem um “mas” por aí. Meu pai sempre diz que nada que vem antes do “mas” vale. – Holly falou. Ela estava com os braços cruzados sobre os joelhos e me olhava com atenção.
– Tudo foi o Paraíso nas primeiras semanas, até que eu aceitei ser a namorada dele. Foi como se ele houvesse assinado um documento de propriedade sobre mim.
As meninas ficaram tensas, desviando o olhar. Talvez elas também soubessem, ao menos um pouco, o que era isso. Continuei.
– Começou com coisas pequenas, ele censurava o que eu vestia e com quem falava, sempre com um sorriso no rosto, como se fosse apenas uma sugestão.
– “Você vai mesmo estudar com os caras? Não tem medo de ficar mal falada?”. – disse Alex.
– “Me diga para onde está indo e com quem sempre, não quer que eu fique preocupado, quer?”. – completou Holly.
Elas entendiam, é claro que sim. Olhei para a areia, o nó na garganta, o aperto no peito. Minha antiga psicóloga disse que um dia eu conseguiria levar as memórias para um lugar em que não me causasse tanto desconforto, eu ainda não havia chegado nesse ponto.
– Uma noite estávamos voltando de uma festa mais cedo, depois de brigar a noite toda por causa da minha roupa. Era Outubro, ele dizia que eu iria me resfriar, mas eu insisti em ir com aquele vestido. Não era realmente curto nem decotado, só era demais para ele. Pedi que Charlie fosse para o seu dormitório naquela noite, eu queria dormir sozinha, mas ele pegou o táxi junto comigo mesmo assim. Estava meio bêbado.
Agora eu piscava, vendo minha visão embaçar. Era tudo tão claro na minha cabeça, eu quase podia sentir o aperto da mão dele em meu braço, o cheiro de álcool vindo de sua boca. Alex tocou meu joelho.
– Você não precisa continuar, Cielo.
Apertei os olhos, obrigando as lágrimas a descerem. Depois passei as mãos no rosto rapidamente e respirei fundo.
– Descemos em frente ao meu dormitório, pedi que ele fosse embora mais uma vez, mas ele segurou meu braço com força e olhou nos meus olhos. Fiquei sem reação, apenas o encarei de volta, enquanto ele gritava, dizendo que havia me visto trocando olhares com o motorista do táxi. Eu sequer lembrava do homem no banco da frente, mas depois que Charlie foi embora me peguei pensando se eu realmente não havia olhado para ele. Havia falado com o motorista? Talvez sido um pouco simpática? Eu não conseguia lembrar. Aquela foi a primeira vez que ele minou a minha mente, que me fez duvidar de mim mesma. Ele conseguia me fazer acreditar que era culpada de tudo e que nossa relação estava péssima por minha causa. Eu me tornava cada vez mais submissa a ele, cada vez com mais medo de provocá-lo.
Holly passou um braço pelos meus ombros e me abraçou, apoiando a cabeça ao lado da minha.
– Não quero fazer vocês se sentirem mal, pessoal. – falei.
– Impossível, Cielo. Aquele cretino, filho da puta... – Alex balançou a cabeça. – Como você saiu dessa situação?
– Eu pedia desculpas sem entender bem por quê, ele se dizia envergonhado por seu temperamento forte e assim seguimos por meses. Eu não me reconhecia, eu não me entendia. Cenas como aquela se repetiram. Com meus colegas de turma, com barmans, com homens aleatórios na rua e até com um professor. Minha vida era uma tensão eterna, esperando o próximo surto. Até que eu não aguentei mais e terminei tudo.
Flashes daquela tarde passaram pela minha cabeça. Como eu havia escolhido um lugar público, pois me sentia mais protegida, o olhar de descaso de Charlie até ele perceber que eu estava falando sério.
– Aposto que ele não aceitou muito bem. – Holly resmungou.
Soltei uma risada sem humor.
– Charlie continuou agindo como meu namorado, precisei trocar a fechadura da minha porta e o número do meu celular. Ele me perseguia em todos os lugares, na saída das aulas, quando eu saía com meus amigos, estacionava na frente da casa dos meus pais por horas... Eu ameacei colocar uma medida restritiva contra ele e por fim tive um pouco de paz. Ele sumiu por algumas semanas e depois passou a aparecer coincidentemente em alguns lugares, como aqui.
Terminei encarando o mar. Não queria olhar para elas, não queria ver os mesmos sentimentos que encontrei nos rostos de todos: raiva, nojo, pena.
– A gente precisa fazer alguma coisa. – Holly falou após um momento.
Balancei a cabeça.
– Vamos embora hoje a noite. Está tudo bem.
– Eu quero acertar o saco dele, com o taco da sinuca. – ela continuou.
– É sério meninas, está tudo bem. Esse final de semana foi o melhor que eu tive em muito tempo. Nem mesmo ele pode arruinar isso.
– Josh não é assim, Cielo. – Alex pegou minha mão e a apertou.
– Eu tenho certeza que não, não quis dizer isso. É só que ainda não estou pronta para um relacionamento. Mas essa viagem me deu a oportunidade e a pessoa perfeita para recomeçar. – olhei para Josh, que se aproximava junto com Stevie e Sam, os três suados e rindo. – E me deu duas novas amigas. – peguei a mão de Holly também e apertei as duas em meu peito. – Espero continuar vendo vocês.
Alex fez um carinho em meu nariz com sua mão livre e sorrimos. Os meninos se jogaram na areia ao nosso redor.
– Estão falando da gente? – Stevie perguntou, tirando o cabelo loiro dos olhos.
– Claro, Stephen, estávamos analisando os músculos de vocês e classificando. – Holly tirou os óculos e se esticou para dar um beijo de boas-vindas em seu namorado.
– É sério? – Stevie nos olhava.
– Diga para eles a classificação, Cielo. – Alex encorajou.
– Eu?
– Me deixe fora dessa, por favor. – Josh falou, escondendo um sorriso.
– Isso aí, Raven, você não tem chance perto dos meus bebês aqui. – Stevie ficou de joelhos na areia, flexionou os braços e beijou seus bíceps.
Eu saí da minha toalha para ir até Josh.
– Prefiro os seus. – sussurrei.
Ele me envolveu com seus braços e eu o beijei. Josh deitou na areia, de barriga para cima, e eu me acomodei em seu peito.
– Você vai voltar para a empresa amanhã?
– Esse é o plano. Espero que não tenham declarado falência na minha ausência.
Eu senti o peito dele vibrar quando riu.
– Quer sair comigo? Sabe, para relaxar.
– Estamos bem relaxados.
– Na sexta, quero dizer.
– Vou ver se consigo encaixar você na minha agenda.
– Muitos compromissos?
– Sim, bastante.
Josh virou a cabeça para colocar os lábios na minha orelha.
– Seus compromissos conseguem fazer aquilo com a língua?
Minhas pernas se apertaram involuntariamente.
– Talvez eu consiga encaixar você na quarta, sr. Raven.
Ele colocou a cabeça para trás e soltou uma de suas risadas típicas. Dei um tapa em seu peito e me virei para ver se alguém nos olhava, mas todos estavam muito ocupados.
Josh se moveu, ficando sobre mim. Seus dedos passearam pelo meu rosto enquanto seus olhos me estudavam.
– Você é tão linda.
Estiquei a cabeça para beijá-lo. Josh cheirava a maresia e sal, sua boca tinha gosto de Coca-cola. Nos beijamos sem pressa, explorando o outro com calma, revezando os beijos profundos com algum roçar de lábios ocasional. Eu me esqueci que estava na praia, com quatro pessoas ao lado e me concentrei em traçar caminhos pelas costas dele, por sua barriga. Gostava de sentir o corpo dele contra o meu. Gostava de sua perna entre as minhas, gostava de sua barriga na minha e gostava do volume contra minha cintura, ameaçando criar vida. Segurei sua cabeça e puxei seu cabelo, fazendo-o suspirar.
– Acho melhor a gente pegar leve. – ele falou, voltando a colocar as costas na areia.
– Se você diz. – entrelacei nossos dedos e colei a orelha em seu peito, ouvindo seu coração.
– Podemos ir jantar. – falei.
– Mas ainda é cedo...
Soltei uma risada leve.
– Na quarta.
– Oh. Claro.
– Por minha conta.
– Ótimo. Vou pedir o prato mais caro do menu.
– Fique à vontade. – passei a ponta do dedo nos pelos em seu peito. - Você trouxe aquele violão só como enfeite? – perguntei.
Sam me ouviu.
– É, Josh, toque alguma coisa pra gente. – encorajou.
Josh sentou, me levando com ele. Se esticou para alcançar o violão apoiado na caixa de bebidas e o posicionou no colo.
– O que querem que eu toque?
– Alguma coisa sua. – Stevie respondeu, com Alex sentada em frente a ele.
– Você compõe? – perguntei surpresa.
– Um pouco. – ele deu de ombros.
– Deixe eu ouvir algo seu. – pedi, maravilhada.
Josh me lançou um sorriso. Mexeu um pouco nas cordas, limpou a garganta e começou a cantar sobre noites e momentos desperdiçados.
Chegamos em casa logo após o pôr do sol. O som continuava ligado, eu não saberia dizer se era a mesma festa ou uma nova. O pessoal transitava por todo andar térreo, dançando, também havia um grupo jogando sinuca.
Stephen, Alex, Holly e Sam foram para a piscina. Josh tentou me arrastar também, mas eu decidi ir direto para o chuveiro. Subi as escadas sozinha, quase esbarrando em uma garota que não havia notado ainda perto das poltronas. Entrei no meu quarto e puxei a blusa pela cabeça, sentindo o cansaço pós-praia em meu corpo. Antes que terminasse de tirar a blusa, senti alguém me abraçar por trás.
Gritei e tentei me soltar, ainda com a blusa prendendo meus braços. Consegui tirar e vi Charlie, sua cabeça em meu ombro, tentando beijar meu pescoço.
– Mas que porra você faz no meu quarto?! – gritei, tentando afastar as mãos dele de mim, inutilmente.
– Eu estava esperando você, amor.
Continuei empurrando o braço em minha cintura, mas parecia feito de chumbo.
– Me solta, Charlie. Agora.
Ele riu, cheirando meu cabelo.
– Você estava com aquele filho da puta, não estava? Eu sinto o cheiro de tesão em você.
– Você me dá nojo. – grunhi, enfiando minhas unhas em sua pele.
– Filha da puta! – ele resmungou me empurrando. Tropecei, tendo que me apoiar na cama para não cair.
Charlie segurou meu braço e me puxou de novo para si.
– Qual é, Cielo, vamos lá, pelos velhos tempos... Sabia que fiquei excitado só em mexer nas suas coisas?
Eu me contorcia, tentando me soltar. Queria gritar, mas meu coração parecia estar em minha garganta, me impedindo até de respirar, e eu não queria mostrar a ele que estava com medo.
– Me... Solta...
– Eu vigiei você esse tempo todo, Cielo, para que nenhum puto encostasse em você. Então eu chego aqui e te vejo se esfregando com aquele lá. Como você acha que eu me senti? Hein? Você não pensou em mim?
– Por que eu pensaria em você?
– Transou com ele não foi?
– Não é da sua conta! Me solta! – minha voz saiu um pouco mais forte. Meu corpo todo suava.
Com um movimento rápido e bruto, ele me jogou contra a parede. Senti o ar deixar meus pulmões e logo em seguida não consegui ver nada, o corpo dele bloqueava tudo.
– Você fodeu com aquele puto, não fodeu? Eu sei que sim, você sempre abriu as pernas tão rápido, comigo não demorou nada.
Eu ainda tentava respirar, engoli em seco, minha garganta apertada.
– Charlie... – sussurrei.
Ele se apertou ainda mais contra mim, eu sentia sua ereção em minha barriga, enquanto ele segurava meus braços e beijava meu pescoço. Uma parte do meu cérebro percebeu que ele não cheirava a álcool. Estava sóbrio.
Meu corpo estava completamente frio, sentia meus membros pesados e desajeitados. Dentro da minha cabeça estava um caos, tudo gritava para ele se afastar, mas nada saiu dos meus lábios, não mais por não querer que ele percebesse meu medo, mas porque eu não conseguia gritar. Eu continuava lutando debilmente, me sentindo em um sonho ruim. Uma pequena parte de mim tentava se livrar dele, mas era como se todo o resto estivesse entorpecido, como se eu não acreditasse que aquilo estava realmente acontecendo.
– Você é tão gostosa, inferno. – ele falou, a voz soprando em meu rosto me fez piscar e tornar tudo mais real. Tentei chutar entre suas pernas, mas ele as prendeu com o joelho e riu. Sua cabeça desceu e ele começou a fuçar em meu sutiã.
A porta bateu contra a parede com um som ensurdecedor. Sam, Stevie e Josh entraram, os três agarraram Charlie ao mesmo tempo, o tirando de cima de mim. Percebi que era Charlie que me mantinha em pé, pois quando ele se afastou eu acabei caindo.
– Ei, ei, ei, você está bem? – alguém perguntava. Foquei em seu rosto e vi que era a garota que eu havia esbarrado há cinco minutos.
– Eu... Eu não...
– Eu ouvi você gritar e fui chamar seus amigos.
Lembrei dos garotos e os procurei. Eles estavam cercando Charlie, Josh tentava partir para cima, mas Sam o empurrava para trás, gritando alguma coisa. Charlie se moveu, tirou Sam do caminho e acertou um soco em Josh, fazendo sua cabeça ser jogada para trás. Stevie também se moveu, passou os braços pelas axilas de Charlie, o segurando por trás, grunhia enquanto o arrastava para fora do quarto. Josh segurava o rosto e eu vi sangue escorrer de seu nariz. Fiquei de pé e fui até ele.
– Josh!
Ele me olhou, os olhos arregalados.
– Você está bem? – perguntou, segurando minha mão com a sua livre.
– Estou, eu... Seu nariz.
Ele fez uma careta.
– Acho que aquele filho de um puto quebrou. Eu vou...
Coloquei uma mão em seu peito.
– Não. Você não vai fazer nada.
– Eu não vou deixar que ele...
– Vamos até a delegacia.
Josh me encarou, sangue descendo por seu queixo. Então concordou com um aceno.
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro