butterfly ••• alone again
realmente não está dentro da minha pequena capacidade humana entender como posso ser tão horrível.
minha existência é de todo taciturna; mas ao mesmo tempo, indecisa.
o único motivo que me parece compreensível para afastarem-se de mim constantemente.
há quem já tenha me dito que não haveria uma única criatura capaz de me amar, considerar-me normal, ou até mesmo, aceitável.
que sou decepcionante, ineficaz.
há um dicionário de palavras malditas proferidas a mim, provindas de quem eu esperava amor.
mas o meu amor, dado com toda a confiança, foi facilmente rasgado e jogado em minha cara, como uma amostra do ainda estaria por vir. uh, eu era tão pequena.
a despeito de quem o fez, convivo com eles até hoje.
sorrio como se não houvesse amanhã, mas não recito uma palavra sequer.
participo dos horários em família, mas minha alma definitivamente não está junto à deles.
pelo contrário, minh'alma partiu no momento em que fui deixada nos portões de uma mata qualquer. ao som dos prantos de um irmão agoniado vendo a pessoa mais próxima de si, partir.
ele os convenceu de me deixarem voltar. e é por esse único rapaz que eu ainda estou viva.
borboletas não duram muito tempo sem suas asas.
e eu não aguento mais prolongar isso.
logo irá acabar, é só um passo.
não sentirão minha falta, até porque nunca sentiram antes.
não farão juras de amor, até porque nunca me amaram antes.
não pararão com os maldizeres, até porque nunca o fizeram.
não há mais espaço para espera.
adeus,
terráqueo.
tudo o que tinha de ser dito, já foi.
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