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Quero 20 comentários em cada parágrafo MUAHAHAHAHHA

E vão ler OLB no meu perfil. (Não escrevi apenas repostei, é a mesma história da Nanda)

Sofia Butler

Quando saí do banho, com a toalha grandona me enrolando igual um burrito quentinho, a senhorita funcionária já tava lá no quarto. Não sei o nome dela, mas ela sempre vem deixar meu pratinho de comida e pegar minhas roupas pra lavar. 

Ela nunca faz pergunta difícil e nem olha pra mim com aquela cara de "o que essa menina tá fazendo aqui?". Eu gosto dela.

E ela é linda! Tem cabelo dourado escuro e olhos verdes bem brilhantes. A pele dela parece uma paçoquinha... Muito bonita mesmo!

Ela deixou minha roupinha em cima da cama e olhou pra mim rapidinho. Eu sorri, balançando a cabeça em agradecimento. Ela respondeu do mesmo jeitinho e até deu um sorrisinho antes de sair. Antes de fechar a porta, pareceu querer dizer alguma coisa, mas só fez que sim com a cabeça e foi embora.

Fiquei sozinha. Me vesti e me sentei na cama, pegando uma escova que achei no banheiro. Passei nos fios devagar, tentando organizar os pensamentos, porque ultimamente minha cabeça parecia uma sopa de letrinhas.

Eu tinha ficado com Logan e Victor antes. Eles eram... legais. Faziam perguntas sobre minha mãe, queriam saber das coisas. Isso era estranho. Logan me chamava de "pequena" e mexia no meu cabelo, e Victor ficava me olhando como se estivesse tentando montar um quebra-cabeça invisível.

E tinha o grandão brabo.

Ele sempre parecia que alguém tinha pisado no pé dele.

Tava SEMPRE irritado.

Será que ele tinha comido alguma coisa estragada e agora ficava assim o tempo todo? Ou ele só não gostava de gente? Se for isso, ele tá com um problemão, porque a casa dele tá cheia de gente.

Mas o que me deixava mais confusa era um nome: Dylan.

O brutamontes falava desse Dylan como se ele fosse um monstro de filme. Tipo, alguém que rouba pirulito de criança ou joga suco no tapete branco. Mas eu nunca ouvi esse nome antes. Minha mãe nunca falou dele.

Minha mãe.

Uma coisinha ruim apertou meu peito. Fechei os olhos e tentei lembrar da última vez que vi ela.

Eu tava desenhando.

Depois desci as escadas. E aí vi minha mãe.

Ela tava caída no chão.

Corri até ela, chamei, sacudi os ombros.

Mas ela não respondeu.

Depois disso...

Eu acordei aqui.

Meu coração começou a bater mais rápido, então abracei meus joelhos pra ver se passava. Será que ela tá bem? Alguém ajudou ela? Ou...

Não, não pensa nisso agora.

Deitei na cama e puxei o cobertor até o queixo. O cheirinho do banho ainda tava na minha pele, cheiro de lavanda. Me concentrei nisso. Só nisso.

Eu não sabia onde minha mãe tava.

Não sabia quem era Dylan.

Não sabia por que o grandão brabo falava tanto dele.

Mas eu queria saber.

Carambolas... Eu não vou conseguir dormir agora.

Me sentei na cama e balancei os pés.

Será que o Victor e o Logan ainda estavam aqui?

Ou melhor... será que eu conseguiria explorar essa casa sem ninguém me pegar?

Sofia espiã ativar!

Coloquei meus pés no chão devagarinho, tentando não fazer barulho. A porta do quarto parecia gigante agora. Abri bem devagar e espiei pelo corredor. Ninguém.

Acho que essa é minha chance.

Saí pé por pé, como um gato ninja.

O apartamento era enorme, cheio de portas e móveis chiques. Até o tapete parecia caro! Fui andando devagar, sentindo a adrenalina subir. Será que eu ia encontrar algo supersecreto? Tipo um esconderijo de vilão?

Virei um corredor e... opa! Passos.

Congelei.

Segurei a respiração.

Se me pegarem, tô ferrada.

Será que dá pra fingir que sou um móvel?

Fiquei ali, parada, esperando pra ver quem era.

E então ele apareceu.

O grandão brabo.

Suado. Ofegante. Camiseta grudada no corpo. Parecia que tinha acabado de brigar com alguém ou sei lá, correr uma maratona. Será que ele tava fugindo de um monstro? Talvez de um monstro interno?

Ele me viu.

E eu vi ele.

Silêncio.

Eu deveria dizer alguma coisa?

Talvez "olá"?

Ou talvez "por que você parece que lutou com um urso e perdeu?"?

Mas antes que eu pudesse pensar em algo, ele soltou um suspiro longo e revirou os olhos, passando a mão no cabelo molhado de suor.

— O que diabos você tá fazendo fora do quarto? — perguntou, a voz grossa e irritada.

Engoli em seco.

Talvez ser um móvel fosse mesmo a melhor opção.

Eu queria perguntar da minha mãe, o porquê de eu estar aqui.

Mas eu também queria chorar...

Minhas mãos tremiam um pouquinho, e eu sentia minha boca abrir e fechar sem som nenhum sair. Minha garganta tava travada, e o olhar dele em cima de mim não ajudava nem um pouco.

Vinnie franziu ainda mais a testa e soltou outro suspiro impaciente.

— Você quer falar alguma coisa ou vai ficar me encarando igual um peixe fora d'água?

Eu queria!

Mas meu corpo não queria colaborar.

Ele passou a mão no rosto, claramente irritado.

— Ótimo. Vai pro quarto. Agora.

Abaixei a cabeça e apertei os dedos uns nos outros. Meus pés não saíam do lugar.

Eu... eu não queria ir. Mas também não queria ficar ali.

Vinnie bufou.

— Tá esperando o quê? Um convite formal?

Fechei os olhos com força e fiz um pequeno aceno de cabeça antes de virar nos calcanhares e voltar correndo pro quarto, sem olhar pra trás.

Meu coração tava tão rápido que parecia que ia pular pra fora do meu peito.

Que ideia idiota sair do quarto!

Definitivamente, espionagem não era meu forte.

Fecho a porta e me jogo na cama.

Meu peito tá apertado de novo...

Eu quero voltar pra minha casa.

Não era o melhor lugar do mundo mas eu não me sentia estranha lá.

Eu nem percebi quando comecei a chorar de novo.

Eu não aguento mais ser assim, sabe?

O que tá acontecendo comigo? Será que eu tô errada de sentir falta da minha mãe, mesmo sabendo que ela nunca me quis de verdade?

Aperto o travesseiro contra o rosto.

Queria que tudo voltasse ao normal.

Queria sumir.

Queria entender por que eu tô aqui.

Queria saber quem eu sou de verdade.

2 dias depois.

Acordei com um barulho alto vindo da porta da casa. 

Meu coração deu um pulo, quase caí da cama de susto. 

Será que era um monstro? Um ladrão?

Ou pior... o brutamontes bravo porque eu respirei errado? 

Eu mal vi ele depois do dia que Logan e Victor estiveram aqui.

Me encolhi debaixo do cobertor, só os olhos espiando para fora, igual quando eu fingia que minha coberta era um escudo mágico contra pesadelos.

O barulho veio de novo. 

BUM.

Será que a porta ia cair? Ai, tomara que não. Eu gosto da porta.

Me sentei na cama, abraçando os joelhos. Pensar muito cedo dava dor de cabeça. 

O que que tava acontecendo?

Antes que eu pudesse decidir se voltava a dormir e fingia que nada disso era problema meu, ouvi passos e, depois, a porta sendo aberta. Logo, vozes conhecidas encheram o apartamento.

Me mexi devagar, saindo da cama e ajeitando o moletom que usava antes de andar até a porta. Abri-a devagar, espiando o corredor como uma tartaruga curiosa. Victor e Logan estavam na sala, discutindo alguma coisa.

Victor me viu primeiro e abriu um sorriso tão grande que parecia que tinha acabado de ver um cachorrinho fofo.

— Bom dia, pequena! Dormiu bem?

Dei um aceno de cabeça, ainda meio hesitante. Logan cruzou os braços, me analisando como se estivesse estudando uma criatura misteriosa.

— Se arruma. A gente vai sair um pouco.

Franzi a testa. 

Victor percebeu minha confusão e riu baixo.

— Relaxa, nada demais. Só achamos que você precisa respirar um pouco de ar fresco. Você sabe... ver o sol, lembrar que existe um mundo lá fora.

Tombo a cabeça pro lado, pensando se é uma boa ideia.

E se o grandão bravo viesse e batesse em todo mundo?

Acho que eles lerem meus pensamentos.

— Foda-se o Vinnie. — Logan deu de ombros. — O cara tá ocupado sendo um brucutu marrento em algum lugar, e nós vamos aproveitar que ele não tá aqui. Vamos te levar pra respirar um ar puro! -- ele cruzou os braços com um sorriso.

— Tá bom. — Murmurei baixinho.

Logan abriu um sorriso enorme.

— AÍ SIM! Vamos, levanta, e se arruma!

Eu assenti e, mesmo um pouco nervosa, fechei a porta novamente para me preparar. Apenas escovei meu cabelo e lavei o rosto, até porquê eu nem tenho outra roupa mesmo.

Logan e Victor esperaram do lado de fora do quarto, e eu podia ouvi-los discutindo sobre qual seria o melhor lugar para me levar.

Eu saio do quarto bem devagar. 

Logan e Victor param de conversar assim que me olham.

Victor ergue uma sobrancelha ao me olhar de cima a baixo.

-- Não vai trocar de roupa? Está com a mesma de ontem.

Fico envergonhada e abaixo a cabeça.

-- Eu só tenho essa... -- murmurei baixinho.

Eu tava com muita tipo muitão de vergonha.

Tio Victor e Logan se entreolharam e então Logan bufou alto.

— E a minha vontade de esmurrar Vinnie só aumenta -- Logan murmura esfregando os olhos de raiva.

Victor olhando para cima, como se procurasse algo e suspirou.

 — Entendi. O grande e todo poderoso Vinnie realmente superou minhas expectativas. — Ele colocou as mãos na cintura. — Esse desgraçado vai ouvir umas poucas e boas depois.

Aí meu deus do céu... 

Eu falei alguma coisa errada?

—  Ele tem o emocional de um tijolo, você esperava o quê? — Victor continuou e olhou pra mim com um sorriso gentil. — Isso resolve fácil. Vamos te levar pra comprar roupas.

— Com o dinheiro do Vinnie. — Logan acrescentou com um sorrisinho satisfeito.

— Com certeza com o dinheiro do Vinnie. — Victor concordou, já pegando a chave do carro no bolso dele.

Eu pisquei algumas vezes.

-- Mas... não vai irritar ele? -- murmuro olhando para meus pés.

Logan sorriu.

— Ele já vive bravo. Um pouco mais de raiva não vai matar ele.

— Infelizmente. — Victor murmurou, revirando os olhos.

Eu não entendo muito bem a amizade deles...

Eles são amigos, não são?

Não entendi muito bem a raiva deles, mas não questionei. Logan reclamando de Vinnie parecia um evento natural da vida.

Deixei isso de lado quando Logan pegou minha mão e me guiou para fora do apartamento de Vinnie.

Quando entramos num carro super chique, eu fiquei de boca aberta quando vi o prédio.

Era enorme e muito tipo muitão lindo por fora! 

Eu fiquei olhando a cidade pela janela, tentando reconhecer alguma coisa, mas tudo parecia tão diferente... Tão arrumado, limpo, brilhante. Nada como as ruas de casa.

Não faço a mínima ideia de onde eu to, nem que caminho pegar pra voltar pra minha casinha.

Casa.

Será que a minha mãe já voltou pra casa?

Sera que ela ta me procurando?

Já faz quase uma semana...

Abaixei a cabeça, me sentindo estranha. Perdida.

Victor olhou para mim pelo espelho retrovisor e franziu a testa, dando cutucão em Logan com o cotovelo, que rapidamente se virou para mim com um sorriso grande demais para ser confiável.

— Ei, pequena! Sabia que o Victor já foi expulso de um shopping uma vez?

Me virei para os dois, piscando. Victor imediatamente jogou um olhar de morte para Logan, segurando o volante com mais força.

— Não. — Victor negou com firmeza.

— Sim. — Logan rebateu.

— Logan, cala a boca.

— Ele tentou brigar com um cara na praça de alimentação porque o cara pegou o último milkshake de chocolate. — Logan ignorou Victor e completou a história com um sorriso orgulhoso.

— Era o último milkshake de chocolate e ele já tinha pegado dois!

— E você empurrou o cara da cadeira!

— Ele estava debochando de mim!

Dei um mini sorriso e me arrumei no banco.  

Logan se virou no banco do carro, me analisando como se tivesse tido uma ideia genial e começou a mexer num negócio do carro.

E uma música absurda de alta começou a tocar. 

Logan começou a cantar junto, exagerado, se balançando no banco.

Victor revirou os olhos.

— Logan, pelo amor de Deus, grita mais baixo. -- Logan mostrou a língua para ele.

Logan começou a dançar como se estivesse num show de rock.

-- Makin' my way downtown, walkin' fast, Faces pass and I'm homebound -- Logan se remexia esquisito.

Fiquei meio confusa, mas comecei a rir, porque ele parecia um polvo tentando dançar funk.

Victor suspirou, mas eu vi um sorrisinho escondido no canto da boca dele, desviando o olhar de mim e voltando a focar na estrada até finalmente chegarmos no shopping.

Logan continou cantando e tentando convencer Victor a cantar com ele pelo resto do caminho.

— Agora, partiu gastar o dinheiro do Vinnie!

Eu sorri, tapando meu rosto.

Eles me guiaram para dentro de um shopping gigantesco. O teto era tão alto que eu me senti minúscula lá dentro.

Havia várias lojas, gente por todos os lados, crianças rindo, adultos conversando. Tudo parecia um mundo completamente diferente do meu.

Tentei não ficar com meus olhos tão amostras... Só pra evitar olhares, sabe?

Entramos em uma loja de roupas, e Logan e Victor começaram a pegar várias peças para mim com a empolgação de quem estava se preparando para um desfile de moda.

Enquanto Victor segurava uma blusa azul e Logan balançava uma vermelha, os dois se encaravam como se estivessem em um duelo de faroeste.

— Azul é mais neutro. Combina com tudo. — Victor argumentou com seriedade.

— Vermelho tem mais personalidade! A garota tem que brilhar! — Logan rebateu, segurando a blusa como se fosse uma bandeira de guerra.

Eu apenas fiquei quietinha, observando a cena sem saber o que fazer. 

Parecia que escolher uma roupa era um evento importante, e eu não queria atrapalhar a cerimônia. 

Enquanto eles duelavam com camisetas, olhei ao redor, meio tonta com tantas cores e tecidos diferentes.

Nunca tive muitas roupas antes... Então, será que qualquer uma servia? Tipo, se eu fechasse os olhos e apontasse para uma aleatória, funcionava? Ou tinha uma regra secreta que eu não sabia?

— Você gosta dessas aqui? — Victor me mostrou algumas opções.

Dei de ombros.

— Escolhe o que quiser, pequena. Hoje é tudo por conta do nosso querido amigo Vinnie. — Logan sorriu, pegando mais roupas sem nem ver o preço. — Vou garantir que gastemos bem o dinheiro dele.

Depois de algumas provas e mais discussão entre os dois, saímos da loja com várias sacolas.

Tio Logan e tio Victor compraram umas três camisetas para mim e duas calças!

Mas se eu deixasse eles teriam comprado mais...

Eles são doidinhos.

Quando já estávamos andando pelo shopping, meus olhos pararam em uma loja.

Uma loja de brinquedos.

Fiquei olhando fixamente, os olhos presos nas prateleiras cheias de bichinhos de pelúcia, bonecas e jogos coloridos. Era tudo... bonito. Nostálgico.

Senti um calorzinho bom no peito.

Mas então percebi que Logan e Victor estavam me encarando.

Corei e desviei o olhar, me sentindo meio envergonhada. Mas era tarde demais.

— Ei, Victor, acho que encontramos nosso próximo destino. — Logan disse com um sorrisinho.

Victor suspirou, mas sorriu também.

— Você quer entrar, Sofia?

Olhei para os dois, depois para a loja de novo.

E assenti devagar, tentando esconder um sorrisinho que insistia em aparecer.

— Você gosta dessas aqui? — Victor me mostrou algumas opções.

Dei de ombros.

— Escolhe o que quiser, pequena. Hoje é tudo por conta do nosso querido amigo Vinnie. — Victor sorriu meio estranho. — Vou garantir que gastemos bem o dinheiro dele.

Assim que entramos, Logan me pegou no colo de repente, me fazendo soltar um gritinho surpreso, e me ergueu no alto como se eu fosse um troféu brilhante. 

Antes que eu pudesse perguntar o que estava acontecendo, ele apontou animado para um urso de pelúcia gigante no topo da prateleira.

— Olha só esse grandão! — Ele disse, com os olhos brilhando como se tivesse acabado de encontrar um tesouro.

Pisquei surpresa, minhas perninhas balançando no ar. Mas não reclamei. Logan era quentinho, e estar no alto era divertido.

Me senti tipo um passarinho que finalmente saiu do ninho, só que com asas meio tortas.

Será que era assim que os filhotes de pássaro se sentiam na primeira vez que voavam? Se fosse, eu entendia perfeitamente o drama deles.

Eu olhei para o urso e sorri, sentindo meus olhos brilharem.

Victor cruzou os braços, soltando um suspiro pesado, como se já tivesse aceitado o destino de ter que lidar com as palhaçadas de Logan pelo resto da vida.

— Hm... Logan? Você vai soltar ela?

— Não. — Logan respondeu sorrindo, sem hesitar.

Eu olhei para minhas mãos.

To com vergonha...  

Victor revirou os olhos.

Eu apenas encostei minha cabecinha no ombro de Logan e deixei que eles me levassem pela loja, analisando os brinquedos enquanto Victor me observava com um olhar pensativo.

Será que eu to descabelada?

— Olha esse, Soso! — Logan apontou para um caminhão de bombeiros enorme. — Ele faz barulho e tem escada que sobe e desce! Imagina a gente brincando com isso no apartamento do Vinnie?

Victor soltou um suspiro.

— Primeiro: não. Segundo: definitivamente não. Terceiro: eu mato vocês dois se fizerem bagunça.

Eu sorri de canto, enquanto só observava a discussão em silêncio, segurando firme a minha sacolinha pequena com algumas... Peças íntimas que Logan insistiu que eu precisava ter.

Até que meus olhos encontraram algo em uma das prateleiras: uma boneca de pelúcia, com um vestido azul e trancinhas loiras.

Ela me lembrava alguém.

Lilica.

Minha melhor amiga.

A boneca que eu deixei em casa.

Eu to com saudade dela...

Ela era a única que entendia a Sofia...

Uma coisinha apertou dentro do meu peito, e a loja de repente não parecia tão divertida assim.

Fiquei olhando para a boneca de pelúcia em silêncio, segurando um pedacinho da blusa de Logan sem perceber.

Eu queria minha Lilica de volta...

Victor também olhou, mas sem perguntar nada de imediato. Ele parecia estar observando, como sempre.

— Você gostou dessa? — Logan apontou para a boneca.

Eu pisquei algumas vezes, sentindo um nozinho na garganta, mas acabei balançando a cabeça devagar, como se não quisesse admitir.

— Tá tudo bem, Soso? — Victor perguntou, mais suave agora.

Eu apertei os lábios.

— Eu... Eu tinha uma boneca assim...

Logan e Victor trocaram um olhar.

— Ah... — Logan fez um som pensativo. — Você esqueceu ela?

Assenti devagar.

— Lá na casa da sua mãe? — Victor perguntou, a voz cuidadosa.

Assenti de novo, mas agora sem olhar para eles.

Eu não sabia como explicar que Lilica não era só uma boneca. 

Era minha única amiga. 

Minha companhia. 

O único pedacinho de carinho que eu tinha naquela casa.

Mas agora ela estava longe.

Logan ajeitou os braços e me apertou um pouco mais contra ele.

— Sabe o que a gente pode fazer? — Ele falou, animado. — A gente pode arranjar uma nova amiga pra você!

Eu levantei os olhos para ele, piscando devagar.

— Uma nova boneca — ele sorriu. — Do jeito que você quiser. O que acha?

Eu olhei para a boneca de pelúcia na prateleira.

Ela era bonita.

Mas Lilica era Lilica.

E nenhuma outra boneca seria igual a ela.

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