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MUITO COMENTÁRIO, ENTENDERAM??

Postando hj que é aniversário da Lunna 😜

Sofia Butler

O moço de terno correu pra cozinha.

Eu não sei quanto tempo eu to nessa casa.

Eu tava muito confusa quando eu acordei naquela quarto estranho. Aí quando aquele moço que eu conheci na pracinha apareceu, eu achei que ele tinha me salvado e ia me ajudar a ver minha mãe...

Mas ele é o verdadeiro homem mau!

Ele grita comigo todos os dias e eu tenho medo de falar com ele. 

Ele quase sempre que vem falar comigo é quando a Soso ta aqui.

Aí eu não consigo falar, sabe?

E eu travei de pânico quando vi três homens entrarem no quarto.

Mas eles não são do mal!

Eles falaram comigo e quase me fizeram rir, mas quando eu olhava pro moço da pracinha eu voltava a ficar com medo.

Eles chamam o brutamontes irritado de Vincent e de Vinnie. Eu não entendi ainda muito bem qual o nome dele...

O brutamontes e o homem de cabelo preto e olho azul tão conversando agora mas eu não prestei atenção.

Eu to olhando pra um armário cheio de bebidas  que tem no canto da sala...

Eu acho que essa é a casa do brutamontes e ela é muito tipo muito grande.

O sofá dele deve ter um milhão de metros.

Ele deve ter muitos irmãos e primos pra todos caberem nesse sofá, que é onde eu to, inclusive.

Eu to esperando o moço de terno voltar. Acho que ele vai fazer suco de morango pra mim...

Minhas bochechas ainda estavam molhadas, mas eu não sabia bem por quê. 

Eu chorei? Por quê? Não conseguia lembrar. 

Tinha alguma coisa errada, mas minha cabeça estava meio enevoada, como se eu tivesse dormido por muito tempo e ainda estivesse acordando.

Balancei um pouco o corpo, me embalando para frente e para trás. Isso ajudava. Sempre ajudava.

O moço de cabelo preto e olhos azuis sentou no sofá e olhou pra mim. 

Eu abaixei a cabeça com vergonha e medo.

Eu não gostava quando as pessoas olhavam demais. Fazia meu peito apertar. Fazia minha barriga doer.

— Tudo bem, Sofia? — ele perguntou, sua voz mais suave do que a do outro homem. Ele parecia... gentil. Não como... como quem mesmo? -- Victor já volta com o seu suco e algo para você comer -- ele sorri sem mostrar os dentes.

Eu queria responder, mas minha boca não queria funcionar. 

Minha língua tava dormente, as palavras presas dentro da minha garganta. Então, apenas balancei a cabeça devagar.

O homem de olhos azuis trocou um olhar com o homem brutamontes. Eu não sabia o nome dele, mas ele era assustador. Eu não queria olhar muito pra ele. Meu peito ficava apertado quando eu olhava. Eu sentia medo. Mas medo do quê?

Ele me machucou? Não. Ele gritou. Eu não gostava de gritos. Fazia minha cabeça zunir. Fazia o chão parecer falso. Como se eu pudesse cair a qualquer momento.

Sabe? Faz zuuuuuuuuuuuuuummmmmmm piiiiiiiiiiiiii...

Me encolhi um pouco mais, enterrando o rosto nos joelhos. Eu queria um cobertor. Um grande, macio e pesado. Isso sempre fazia as coisas ficarem melhores. Sempre ajudava quando eu me sentia... assim. Assim como? Eu não sabia. Só sabia que era um sentimento grande demais para mim. Um que fazia minha barriga doer.

— Você gosta de panquecas? — Victor apareceu na porta da cozinha, um leve sorriso nos lábios. Eu pisquei para ele, sentindo meu coração bater um pouquinho mais rápido.

Eu não lembro se gosto, na verdade. E se eu falar que gosto mas ele fizer de um jeito que quando eu comer eu não gostar?

Ou eu falar que eu não gosto e ele ficar bravo ou fazer outra comida que é ruim?

Acho que eu demorei demais pensando e Victor voltou para a cozinha murmurando alguma coisa.

Pouco tempo depois, ele voltou carregando um prato com panquecas e um copo de suco de morango.

Meus olhos brilharam quando eu vi o suco vermelho e eu queria pegar e tomar tudo!

Mas eu olhei e vi os três me olhando e comecei a ficar com vergonha.

Eu fiz algo errado? Eu quero chorar agora. 

Olhei para o prato por um longo momento.

Eu estava com fome. Mas pegar a comida parecia assustador. 

E se não fosse pra mim? E se fosse um truque?

Victor percebeu minha hesitação e se sentou ao meu lado no sofá, mantendo uma distância segura.

— Pode comer, não tem problema. — Ele sorriu de leve. — Aposto que está uma delícia.

O outro homem - que eu acho que ouvi chamarem ele de Logan - também se aproximou, mas não muito. Ele parecia... cuidadoso. Gentil. Eu gostava disso. Ele não era assustador. Nem Victor.

Com vergonha, estendi a mão e peguei um pedaço da panqueca. Coloquei na boca devagar, sentindo o sabor doce se espalhar. Era bom. Muito bom.

Eu continuei comendo minha panqueca devagar, mordendo pedacinhos pequenos enquanto segurava o garfo com cuidado. 

O suco de morango era doce e gelado, fazendo meu peito ficar um pouquinho mais quentinho... ou friozinho.

Eu não queria que eles me olhassem, mas sempre que levantava a cabeça, via Victor e moço do cabelo preto sorrindo. Eles pareciam felizes me vendo comer. Isso era estranho.

Não sabia o que falar, então fiquei quieta, mastigando devagar e segurando o copo com as duas mãos. Me sentia pequenininha ali.

— Ela é um amor, cara. Como diabos você teve coragem de tratar ela daquela forma? — o moço de cabelo preto virou o rosto para o brutamontes, cruzando os braços e cerrando os olhos.

-- Cala boca, Logan, caralho -- o brutamontes respondeu com os braços cruzados e cara de mau.

Meu estômago se apertou com o tom bravo deles, e apertei os dedos ao redor do copo de suco. Não queria que brigassem... não queria vozes altas. Meu peito ficou estranho e minha garganta apertou de novo.

Victor pareceu perceber, porque ele se inclinou um pouco mais perto de mim, desviando minha atenção.

— Tá gostoso? — ele perguntou, apontando para o prato.

Eu pisquei algumas vezes e assenti de leve, tentando me concentrar na comida e não nos outros.

— Que bom, fiz com bastante carinho — ele sorriu mais, e eu abaixei os olhos, sentindo meu rosto esquentar um pouquinho.

Eu to com vergonha...

Eu queria falar com ele. Mas e se o brutamontes brigar comigo igual ele ta brigando com o Logan?

— Eu ainda não acredito nisso — Logan bufou, cruzando os braços e olhando feio para o grandão. — Você sabe que traumatizou a garota, né? O que você esperava? Que ela só saísse falando tudo?

— Eu esperava que ela falasse alguma merda útil — rosnou de volta, irritado. — E para de agir como se ela fosse uma santa. Essa garota pode ser muito mais esperta do que parece.

Abaixei mais a cabeça, minhas mãos tremendo levemente ao redor do garfo. Não gostava quando falavam assim de mim, como se eu não estivesse ali. Não sabia o que dizer, então continuei em silêncio, encolhendo os ombros.

Victor soltou um suspiro e passou a mão nos cabelos.

— Vocês dois podem parar de brigar um segundo? Vocês estão assustando a garota.

Logan bufou e desviou o olhar, mas o brutamontes continuou sério, me olhando de canto de olho. 

Eu não sabia o que fazer, então continuei focada na comida, mastigando devagar. 

Meu coração ainda estava apertado, mas pelo menos Victor tentava me distrair. Isso era bom, eu acho.

— Você gosta de morango? — Victor perguntou de repente, num tom mais leve e baixo.

Minha garganta ficou seca, e eu demorei um pouco para responder. Foi um sussurro quase inaudível:

— Gosto. -- respondo mas fico com vergonha pela forma que a minha voz saiu.

Victor sorriu como se eu tivesse dito algo muito importante.

— Eu também. Morango é bom, né? Principalmente suco de morango bem docinho assim.

Assenti de leve, sentindo um pouquinho menos de medo. Era mais fácil falar com Victor do que ouvir Logan e Vinnie brigando. Mesmo assim, eu não conseguia olhar para ele. Apenas apertava o garfo na mão e mexia na panqueca sem saber o que dizer.

— Você gosta de morango? — a voz dele veio baixa, quase cuidadosa.

Meus dedos apertaram o garfo sem perceber. Eu queria responder, mas minha garganta parecia travada. Ainda assim, depois de um tempo, fiz um pequeno movimento com a cabeça, afirmando.

Victor sorriu de leve.

— Achei que sim — comentou. — Você comeu quase tudo bem rápido.

Meu rosto esquentou na hora. Baixei a cabeça, encarando o prato já quase vazio. Eu nem tinha percebido que tinha comido tudo aquilo. Será que ele achava que eu era gulosa? Ou que eu comia de um jeito esquisito?

— Não precisa ficar envergonhada. É bom ver que você tá comendo direito. — Ele inclinou um pouco a cabeça, tentando enxergar meu rosto. — Faz tempo que não come algo assim?

Pisquei algumas vezes, tentando pensar na resposta certa. Não que eu soubesse qual era. Eu nunca liguei muito pra comida. Só comia quando precisava. Às vezes esquecia. Outras vezes... não podia.

Fiz um pequeno movimento de ombros, sem saber o que dizer.

Victor soltou um suspiro leve, mas sem parecer bravo. Ele se recostou no sofá, deixando o copo de suco na mesinha de centro. — Você não fala muito, né?

Eu não queria ser rude. Só não sabia como falar.

Me encolhi um pouco, mexendo na barra da blusa com os dedos. Eu to usando a mesma roupa há quatro dias...

Uma moça que sempre levava comida pra mim, me ajudava a tomar banho e colocava minha roupa para lavar e secar todos os dias pra eu usar.

Ela é bem legal. Ela fica quietinha e não tenta falar comigo a força..

Logan, que até então estava quieto, suspirou alto, apoiando os cotovelos nos joelhos antes de se virar para o brutamontes.

— Você realmente não tentou conversar com ela de verdade, né? — perguntou, com a voz carregada de irritação.

Ele revirou os olhos, cruzando os braços. — Ela não quer falar. Eu tentei, ela só chora. O que eu devia fazer? Contar historinhas pra ela dormir?

Logan bufou e se levantou, caminhando até mim. 

Quando ele se agachou na minha frente, eu tentei levantar a cabeça pra olhar pra ele também. 

A luz da sala bateu direto nos meus olhos, me fazendo piscar algumas vezes antes de perceber a expressão surpresa de Logan e Victor.

O medo subiu pelo meu peito e instintivamente me encolhi, desviando o olhar. Eles tinham visto. Meu peito apertou.

— Seu olho... — Logan murmurou, ainda me observando.

A voz dele parecia distante. Meu coração começou a bater rápido e meu corpo ficou gelado. Eu não queria que eles olhassem. Eu não queria que reparassem. Se reparassem, iam perguntar. Se perguntassem, eu não ia saber o que responder.

Meu queixo tremeu e eu abracei minhas pernas com vergonha.

Eu sabia que era só uma característica, algo que eu não podia controlar, mas ainda assim... não gostava. Nunca gostei. Os olhares demorados, a curiosidade silenciosa das pessoas ao notarem a diferença de cor, como se fosse algo estranho.

Ou quando minha mãe me agarrava e me chamava pelo nome de uma mulher estranha, enquanto chorava e falava que tinha vontade de arrancar meus olhos.

Victor deu um beliscão no braço de Logan e arregalou os olhos para ele.

— Você tem olhos lindos. — A voz de Victor quebrou o silêncio de repente, serena, como se não quisesse me assustar mais do que eu já estava.

Meus músculos estavam tensos.

— São diferentes, né? Um azul e o outro verde. — Logan comentou, quase um sussurro, como se estivesse refletindo em voz alta.

Mordi o lábio, ainda escondida atrás dos cabelos, sem coragem de responder.

— É incrível, Sofia — Victor completou, como se não fosse nada de mais. — Isso só faz de você ainda mais única.

Minha respiração tremeu um pouco.

Eles não pareciam estranhar ou zombar. Não parecia que me olhavam com aquele incômodo disfarçado, igual muita gente fazia.

Victor se inclinou um pouco para o lado, tentando encontrar meu olhar.

— Você sabe o que isso significa, pequena?

Neguei com a cabeça, ainda sem levantar os olhos.

— Significa que você é especial. — A voz dele era tão calma que por um momento me senti um pouco menos sufocada.

Me mexi desconfortável, sentindo minhas bochechas queimarem.

— Eu conheci uma outra pessoa assim uma vez — Logan acrescentou, apoiando um dos braços sobre o joelho. — Mas o seu olhar é bem mais bonito.

Aquilo me pegou desprevenida.

Eu to com tanta vergonha que eu quero chorar.

Mas não é uma vergonha tão ruim. Eu só não sei o que dizer. 

Eu tenho que agradecer?

Minha garganta fechou.

Eu não sabia como reagir.

Não sabia o que sentir.

O calor subiu pelo meu rosto, minha visão ficou embaçada e, antes que eu pudesse me controlar, uma lágrima escorreu pelo meu rosto.

Por que eu estava chorando?

Minhas mãos tremiam levemente em cima do tecido da minha roupa. 

Eu não entendia. Ninguém nunca tinha dito aquilo antes. Ninguém nunca olhou para mim daquele jeito, sem estranheza, sem perguntas desconfortáveis, sem aquele olhar de curiosidade que fazia minha pele arrepiar de vergonha.

Mas eu to com vergonha mesmo assim. Acho que é por isso que eu to chorando...

Eu soltei um soluço baixo, quase inaudível, mas Logan e Victor perceberam na hora.

— Aí caralho, o que foi? — Logan se endireitou, os olhos arregalados de leve e a voz nervosa, como se tivesse dito algo errado.

— Sofia? — Victor chamou meu nome com cautela, a mão hesitante se movendo como se quisesse me tocar, mas sem saber se deveria. — Por que tá chorando?

Eu balancei a cabeça.

Não sabia.

Não tinha resposta.

Era como se eu estivesse sentindo tantas coisas ao mesmo tempo que meu cérebro simplesmente desistiu de processar qualquer uma delas.

-- O que aconteceu? -- O brutamontes perguntou, com uma voz entediada enquanto se inclinava pra tentar olhar melhor a situação.

A respiração de Victor ficou um pouco irregular ao me ver daquele jeito, e então, do nada, ele se moveu.

Antes que eu pudesse entender, senti um calor forte ao meu redor.

Meus pés saíram do chão e meu corpinho saiu do sofá.

Um pequeno arfar escapou da minha boca quando fui puxada para perto de um peito firme e quente. Victor me segurava nos braços, como se eu não pesasse nada.

— Ok, tudo bem... acho que isso funciona. — Victor murmurou, ajustando a posição para que eu ficasse mais confortável.

Minha cabeça encostou em seu ombro, e sem perceber, meus dedos se fecharam no tecido da camisa dele. Meu corpo estava tenso, mas ao mesmo tempo, era como se o calor dele ajudasse a aliviar a pressão no meu peito.

E então, como se meu corpo tivesse decidido por conta própria...

Eu chorei.

Não alto, nem desesperadamente. Foi um choro contido, pequeno, como se eu estivesse tentando segurar, mas não conseguisse mais.

— Puta merda... — ouvi Logan murmurar, ainda em choque.

— O que vocês fizeram? — A voz irritada do brutamontes soou do outro lado da sala.

— Nada! — Victor rebateu, indignado, mas sem se mexer. — Ela só... deixou.

Logan soltou um suspiro longo, e logo depois senti sua mão grande e quente fazer um carinho leve no meu cabelo, num gesto quase automático.

— Tá tudo bem, pequena. — Ele disse, a voz baixa, paciente.

Mas não estava tudo bem.

E eu não sabia por quê.

Eu não conseguia parar de chorar e isso me fazia ficar com vergonha e querer chorar cada vez mais.








O próximo saí no meu aniversário

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