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2.8 - happy name day

CAPÍTULO OITO; feliz dia do nome

CAPÍTULO REVISADO

POV'S AUTORA

DEPOIS DE DAVINNE ajudar no banho dá Princesa, as duas garotas permaneceram o dia todo nos aposentos dá Velaryon.

Davinne estava preocupada, mas não compartilhou isso com Maella, decidindo guardar isso para si. Ao menos por enquanto.

Foi apenas quando a Princesa Velaryon caiu no sono que Lady Arryn deixou os aposentos reais – não antes de deixar Sir Dolous na porta dá Velaryon, o instruindo a não sair dali até o amanhecer.

Era noite, Davinne não sabia exatamente o horário, mas sabia que era tarde o suficiente.

A Arryn caminhou para o final do corredor e bateu na porta do quarto.

O garoto abriu a porta confuso mas feliz por vê-la.

— Achei que não te veria hoje. — Lucerys comentou, se encostando na porta. O garoto sorriu. — Passei na porta do quarto de Maella umas dez vezes hoje, esperando esbarrar com você.

Davinne sorriu.

A Arryn gostava de Lucerys. Gostava de estar perto do garoto, gostava de como ele tratava ela, como não conseguia esconder o que sentia pela mais velha. Aquilo era um problema? É claro que era, mas Davinne achava aquele problema adorável.

— Posso entrar ou você me deixará plantada na sua porta? — Davinne brincou.

Lucerys riu e abriu espaço para a mais velha entrar em seu quarto.

O Velaryon deu uma olhada no corredor e, quando notou que não havia ninguém que pudesse ter visto a garota entrar, fechou a porta.

O garoto não perdeu tempo, puxando o rosto dá Arryn, a beijando.

Davinne o segurou pela camisa, enquanto as mãos de Lucerys estavam delicadamente nas bochechas dá mais velha.

— Senti sua falta hoje. — O Velaryon murmurou, quebrando o beijo apenas para depositar um beijo rápido na bochecha dá mais velha.

— Eu quis te ver... — Davinne murmurou de volta, se interrompendo com os beijos que Lucerys distribuía em seu rosto. — Mas eu estava preocupada... Com a sua irmã.

O Velaryon parou com as carícias rapidamente e levantou seu rosto até o olhar dá mais velha.

— O que aconteceu com Maella? — Lucerys perguntou, se afastando levemente dá Arryn. — Ela está bem? Ela se machucou? Machucaram ela?

— Não, mas aconteceu algo estranho. — A garota prensou os lábios ao ver o Velaryon levantar as sobrancelhas, querendo que ela continue.

— O que aconteceu, Davinne?

— Luke... Ela estava assustada, ela pediu para não contar a ninguém. — A menor murmurou.

— Davinne, eu não sou ninguém, eu sou o irmão dela. — O Velaryon retrucou. — Se minha irmã está com problemas então eu devo saber e você deve me contar.

— Promete ficar calmo.

De todos os irmãos, Lucerys era o mais calmo entre eles, era verdade. Mas isso mudava rapidamente no exato momento em que um de seus irmãos era ameaçado. Davinne sabia muito bem a história de como Aemond perdeu seu olho por ameaçar a vida de Jacaerys.

Lucerys franziu as sobrancelhas.

— Davinne.

— Promete. — A Arryn viu o mais novo bufar e acenar de leve, concordando.

A mais velha segurou a mão do mais alto e o puxou até a cama do garoto, o fazendo se sentar.

— Bom... Maella havia pedido que eu buscasse algumas essências para tomar um banho... — Davinne começou, Lucerys segurou as mãos dá menor. — Luke, você tem que prometer que não fará nada, eu não quero quebrar a confiança de Maella. Eu amo sua irmã, ela é minha melhor amiga.

— Por favor, continue. — Lucerys pediu, calmo.

— Eu acatei seu pedido e fui, eu juro que não demorei tanto... Quando voltei no quarto, Maella não estava sozinha nele... Aemond estava lá. — A Arryn notou Lucerys se tensionar diante dela. — Maella parecia desconfortável, não é a toa já que ela se encontrava apenas com suas roupas debaixo e o corset.

Lucerys se levantou em um pulo dá cama.

— Aquele caolho desgraçado tocou na minha irmã?! — O Velaryon viu Davinne arregalar os olhos.

— Não! Maella disse que não! — Davinne respondeu rapidamente. — Ele foi apenas para entregar um presente, foi o que ela e ele me disseram.

— Mesmo assim, ele entrou no quarto sabendo que ela estava só com suas roupas de baixo... — Lucerys travou a mandíbula. — Aquele filho dá puta!

— Lucerys! — A Arryn segurou o pulso do mais novo. — Você não fará nada!

— Não pode me pedir para não fazer nada!

— Posso e estou. — Davinne franziu as sobrancelhas. — Foi apenas um presente... Um colar, ora! Ele é o noivo dela, isso é bom, não é? — A Arryn viu Lucerys soltar uma risada sarcástica. — O que você sabe que eu não sei, Luke?

Antes que Lucerys pudesse responder, alguém bateu na porta de seu quarto.

— Lucerys? Você está aí? — Era a voz de Rhaenyra.

Ambos arregalaram os olhos.

— Hum... Só um minuto! — Lucerys a respondeu.

O Velaryon colocou sua mão direita na boca dá menor – vendo o olhar dá Arryn se tornar indignado sobre ele – e sua outra mão foi até a cintura dá mais velha, a puxando para atrás dá porta, de um modo que ninguém pudesse a ver.

Lucerys a soltou e fez sinal de silêncio para a mais velha. O Velaryon foi até a maçaneta dá porta e a girou, a abrindo.

— Mãe! Está tudo bem? — Lucerys perguntou. Rhaenyra franziu levemente as sobrancelhas, pelo fato do garoto não ter aberto totalmente a porta.

— Está... — Rhaenyra sorriu, decidindo deixar a atitude de seu filho pra lá. — Vim lhe avisar o horário dá festa.

O Velaryon franziu as sobrancelhas.

— Uma festa...?

— O décimo sétimo dia do nome de seus irmãos! Não me diga que esqueceu? — Rhaenyra viu Lucerys negar rapidamente.

— Eu apenas pensei que eles não iriam querer uma festa aqui. — O garoto respondeu. — Maella, principalmente.

— Bobagem... É de uma festa que precisamos. — Rhaenyra sorriu levemente. — Maella e Jacaerys vão adorar. A festa será amanhã, assim que o sol se por, não se atrase. Não quero você sumindo pelos cantos.

— Eu não faço isso... — Lucerys viu Rhaenyra tombar a cabeça pro lado. — com tanta frequência. Bom, não se preocupe, eu estarei lá.

— Muito obrigada, meu garotinho. — Rhaenyra apertou de leve a bochecha de seu menino, o fazendo rir.

— Mãe, já sou grandinho demais pra isso. — O Velaryon comentou, recebendo um sorriso dá mais velha.

— Não... Você sempre vai ser o meu doce menino. — Rhaenyra se aproximou, apenas para depositar um beijo no topo dá cabeça de seu garoto. — Agora que está avisado, irei me deitar. Não demore muito para dormir, sim? Já está tarde.

— Tudo bem, mãe. — Luke sorriu.

Rhaenyra se afastou e seguiu pelo corredor, Lucerys apenas fechou a porta quando viu sua mãe desaparecer de sua vista.

— Ela poderia ter me visto.

— Mas não viu. — Lucerys respondeu, enquanto se encostava na porta. — Você a ouviu, não é? Está tarde... Poderia dormir aqui.

Davinne cruzou os braços e o encarou.

— Essa não é uma boa ideia.

— Por que? — Lucerys levantou as sobrancelhas. — Ora, só iríamos dormir, ou você estava pensando em fazer outra coisa?

O tom brincalhão e levemente malicioso do mais novo fez as bochechas de Davinne corarem.

— Eu já vou indo, boa noite Luke! — A Arryn comentou, indo em sua direção para sair, já que o mais novo se encontrava na frente dá porta.

— Espera. — O garoto pediu.

— Luke... Eu não posso dormir aqui, você sabe. — Davinne murmurou.

— Primeiramente, eu estava sugerindo fazer uma festa do pijama! E segundo, não vou insistir se você não deseja isso... — O Velaryon se afastou dá porta, indo até um de seus baús. — Você se lembra do quadro que fiz seu?

— Claro que lembro. — A Arryn respondeu, confusa.

— Acho que deve ter reparado... Nisso aqui. — Davinne se virou para trás, vendo um colar.

O colar era de duplo cordão, feito inteiramente de pequenas pérolas e o pingente era de prata, com uma grande pérola redonda nele, bem no centro.

— Luke... — Davinne sussurrou.

O mais novo sorriu e se aproximou dá garota.

— É seu... Um mercador de Dragonstone me mostrou ele e quando eu o vi... Só pensei em como você ficaria linda com ele. — O Velaryon não pode deixar de corar.

Davinne segurou o colar com delicadeza, passando o polegar pelo pingente.

— Lucerys eu... Eu não sei o que dizer. — A Arryn murmurou, surpresa.

— Apenas diga que o usará amanhã na festa, e eu já ficarei mais do que contente. — Lucerys sorriu.

Davinne mordeu o lábio e em seguida sorriu.

— Não posso fazer uma desfeita de não usá-lo... Ainda mais sabendo que foi o presente de um Príncipe do Reino, não é?

Aquelas palavras fizeram o mais novo abaixar a cabeça, sentindo seu estômago revirar de alegria.

— Boa noite, Luke. — A garota de inclinou, beijando sua bochecha.

— Boa noite, minha Lady. — O Velaryon sorriu, abrindo a porta para a mais velha.

Lucerys observou a garota andar em passos apressados pelo corredor, saindo de sua vista.

Assim que fechou a porta, deu vários pulinhos por seu quarto, suas bochechas esquentaram e o pobre garoto teve que tomar um travesseiro para sufocar sua animação.

Davinne tinha esse efeito sobre ele e... Deuses, ele jamais contaria a ela sobre isso.

A manhã na Fortaleza Vermelha estava, com toda certeza sendo agitada.

Os preparativos para a grande festa do dia do nome dos gêmeos Velaryon estava acontecendo, para a infelicidade de Alicent Hightower, a rainha consorte.

Rhaenyra Targaryen, a mãe dos gêmeos se empenhou em escolher a decoração, a música, a comida, a bebida e até mesmo os convidados.

Seria uma grande festa.

Uma grande festa em que Alicent e nem o Lorde Mão poderiam se intrometer.

Pela primeira vez em anos, Maella Velaryon não estava tão animada para seu aniversário.

Era um lembrete cruel de que seu casamento com Aemond Targaryen se aproximava.

A Velaryon caminhou até o espelho de seus aposentos e se encarou.

O colar de esmeraldas brilhava em seu pescoço. Maella coçou o local, sentindo sua pele arder e pinicar.

Ironicamente, sua pele parecia repudiar o presente de Aemond.

A garota deixou seu olhar – ainda preso no reflexo do espelho – cair sobre o vestido na cama.

Era um lindo vestido azul, possuía um decote quadrado, mangas longas e bufantes com pequenas pérolas costuradas sobre ele, abaixo do busto, na altura do abdômen possuía um bordado prateado de um cavalo marinho, o símbolo dos Velaryon.

Seu avô, Lorde Corlys havia mandado de presente para a garota, antes de sair em mais uma de suas viagens.

Foi o último presente que o mais velho a deu, antes de ser gravemente ferido.

Usar o vestido era uma maneira de seu avô estar na festa junto dela.

Uma batida na porta fez Maella dar um pulo e arregalar os olhos.

Ela não cometeria o mesmo erro outra vez. A Velaryon correu até a porta e aproximou seu ouvido dá madeira.

— Quem é?

— Ahn... Sou eu, Mae... Está ocupada? — A voz de Jacaerys fez a mais nova sorrir e sem pensar duas vezes, abrir a porta.

O Velaryon sorriu ao ver um sorriso pintando os lábios dá menor.

— Entra! — Jacaerys arregalou seus olhos quando a garota segurou sua mão e o puxou para dentro do quarto.

— Mae... — O olhar do garoto desceu pelo corpo dá garota e em seguida subiu para o teto. — O-onde é que estão suas roupas?

— Eu estava procurando algo para a festa. — A Velaryon respondeu. — Escolhi aquele, — A menor apontou para a cama — o que acha dele?

Jace olhou para a cama, vendo o vestido estendido ali.

— Eu não sei.

— Como não sabe?

— Digo... Ele é lindo, mas qualquer coisa fica bonito em você. — Jacaerys respondeu, confuso. — Eu não sei o que achar dele.

— Apenas... — Maella mordeu o lábio, soltando um sorriso. — Apenas diga que é bonito, ora.

— É muito bonito. — Jacaerys voltou seu olhar para a mais nova, mais especificamente para seu pescoço. — O que é isso?

Maella tocou o pingente de esmeralda, se lembrando que ainda o usava.

O maldito colar.

— Foi... Um presente. — A Velaryon murmurou.

— Presente? Quem foi que... — Jace se calou, de repente. Maella notou ele esconder algo atrás de si. — Entendi. Bom, eu acho que vou voltar para o quarto... Sugiro que vista alguma coisa.

— O que está escondendo? — Maella perguntou, ignorando as palavras do mais alto.

— Nada. — Jacaerys respondeu rapidamente.

Maella arqueou a sobrancelha.

— Me dá. — A Velaryon estendeu a mão.

Agora foi a vez de Jacaerys arquear a sobrancelha.

— Você não manda em mim. — O garoto respondeu, confuso.

— Hum... Então está realmente escondendo alguma coisa. — A Velaryon sorriu, enquanto o garoto apenas revirou os olhos.

Antes que ele pudesse se virar para a porta, Maella foi rápida em segurar sua mão desocupada.

O Velaryon arregalou os olhos quando a garota o puxou, rindo.

— Maella, me solta. — Jacaerys pediu, não querendo ser realmente solto por ela. — Já disse que não é nada... Quem disse que é para você?

— E para quem mais seria? — A Velaryon sorriu. — Eu sei que é pra mim, e se não for então agora é.

Jacaerys riu, algo no riso do garoto foi diferente.

— Você é muito abusada, garota. — Jace negou de leve com a cabeça.

Maella mordeu o lábio, se aproximando do rosto do garoto, ficando na ponta dos pés para fazer isso.

— E você gosta disso. — Maella respondeu.

Jacaerys sentiu seu corpo esquentar, perigosamente.

Apenas os dois estavam no quarto, sozinhos. Aquilo era um problema. Jace não sabia exatamente o por que, mas sabia que era um problema.

O Velaryon engoliu seco, ele gostava.

O mais alto tirou o pequeno pacote de trás de si e o encostou sobre a barriga dá garota, a afastando de leve com o movimento. Maella sorriu e pegou o pequeno embrulho.

Jacaerys deu alguns passos para trás, vendo a Velaryon abrir o pequeno saco de couro.

Ele não percebeu, mas deixou seu olhar escorregar pela menor.

Maella usava um corset púrpura, exatamente no tom de seus olhos. Era lindo.

O garoto não se atreveu a deixar seus olhos caírem mais para baixo. Ele já estava se condenando o suficiente.

Maella sorriu ao ver o que tinha dentro daquele embrulho.

Era um colar de prata. O cordão imitando o aspecto de correntes finas tinha diamantes e rubis o enfeitando mas o pingente era o grande destaque. Dois grandes rubis um pendurado no outro com alguns brilhantes em volta.

A Velaryon passou a mão pelo pingente, sorrindo.

— É apenas uma lembrancinha de aniversário... — Jace comentou, ao ver o silêncio dá garota. — Digo... Sei que gosta de usar algo vermelho por causa dá Veenrax, achei que gostaria de usar algo vermelho no seu dia do nome.

O silêncio de Maella o incomodou mais do que deveria.

— Não me diga que não gostou... — Jacaerys suspirou, frustrado. — Ele foi sobe encomenda... Não tem como devolvê-lo... M-mas posso ver outra coisa para te dar, se quiser.

— Jace, — A garota riu, finalmente tirando seu olhar do colar. — Ele é... Ele é lindo. A cor é igualzinho a cor de Veenrax. Eu amei, amei mesmo. — A Velaryon foi até ele, abraçando seu pescoço. — É um colar lindo.

Jacaerys sorriu, aliviado e finalmente a abraçou de volta.

— Fico feliz que gostou, Mae. — Jacaerys respondeu.

O garoto não pode evitar cheirar a pele dá Velaryon.

A pele alva dá mais nova tinha cheiro de flores e... Jace fechou os olhos, passando de leve o nariz pelos cabelos castanhos dá menor, tentando se concentrar no aroma.

Parecia água... Maresia.

Como aquela garota conseguia manter o cheiro de maresia em seus cabelos estando tão longe dá praia?

Maella apertou o mais velho contra ela, gostando de como o corpo dele acolhia o dela.

— Feliz dia do nome. — Maella fez carinho nas costas do mais alto.

— Feliz dia do nome pra você também.

— Eu não tenho nenhum presente pra você. — Maella murmurou, Jacaerys franziu as sobrancelhas e se afastou de leve, apenas para ver o rosto de sua irmã. — Eu nunca sei o que dar de presente pra você... Você meio que já tem muita coisa.

Jace riu.

— Bom... Eu não quero nada.

— Todo mundo sempre quer alguma coisa... — Maella respondeu. A garota tombou a cabeça para o lado, encarando o Velaryon com aqueles olhos violetas. — E eu estou te concedendo um pedido. Deseje qualquer coisa e eu te darei.

Jacaerys ficou em silêncio por um tempo, o garoto a olhou de cima a baixo.

— Desejo que ponha mais roupas.

A Velaryon riu, divertida.

— O seu desejo é me ver coberta? Que desejo sem graça. — A Velaryon brincou, segurando o queixo do mais alto.

— Tá bom, já chega. — Jacaerys respondeu, dando um leve sorriso, parecendo envergonhado. — Eu vou indo, preciso resolver algumas coisas.

Jace se virou, pronto para sair dos aposentos dá Velaryon.

— Espera... — Maella pediu. Jacaerys parou, soltando um suspiro. A garota arrumou a postura e pôs suas mãos atrás das costas. — Eu tenho um pedido também.

— Achei que o colar já havia sido o suficiente. — O mais velho se virou, fingindo ofensa.

— Então você não quer me dar mais nada? — A Velaryon fez um beicinho como uma garotinha mimada.

Jacaerys revirou os olhos.

— O que você quer?

— Um passeio pela rua dá seda. — Maella deu pulinhos, exatamente como uma criança.

Jacaerys piscou seus olhos, franziu as sobrancelhas e em seguida, soltou uma risada.

Uma risada alta.

O garoto se curvou para frente, colocando suas mãos em suas coxas para se apoiar.

O Velaryon ria como se aquela tivesse sido a melhor piada que ele já ouviu na vida.

Maella cruzou os braços.

— Você realmente é muito engraçada, irmã. Deveria se juntar ao Cogumelo, sabia? — Jace passou a mão pelos olhos, tentando se recuperar dá crise de riso.

— Eu não contei nenhuma piada!

Jacaerys arqueou uma sombrancelha.

— Você não vai. Eu não vou deixar você ir num lugar como aquele, está maluca? — O garoto perguntou, incrédulo. — Aquele lugar é... É um lugar sujo! Não é para você. E... Deuses, se descobrissem, sua virtude seria facilmente questionada, Mae, é isso que quer? Francamente, que ideia idiota.

Era exatamente o que ela queria, na verdade.

Que a questionassem. Se questionassem sua virtude, talvez não deixariam ela se casar com Aemond, com ninguém.

Alicent jamais deixaria seu querido filho se casar com Maella, não se ela já não fosse mais pura. A Velaryon sabia muito bem sobre o fanatismo pela religião dá rainha consorte.

Era uma boa saída, talvez não fosse um plano perfeito, mas qualquer coisa era melhor do que ser casada com Aemond Targaryen.

Se perdesse sua virtude naquele lugar, poderia se ver livre de Aemond e de seu olhar frio.

— Eu estou apenas te pedindo uma coisa, você vai mesmo me negar isso? — Maella cruzou os braços.

Antes que Jacaerys pudesse responder, a porta do quarto foi aberta.

Davinne franziu as sobrancelhas porém sorriu para Jacaerys.

— Jace, — A menor foi até ele, o dando um abraço rápido. — feliz dia do nome!

Jacaerys sorriu e a abraçou de volta.

Davinne vivia com a família de Rhaenyra a seis anos, via todos como sua família, assim como a família de Rhaenyra.

Jacaerys era quase como um irmão para a garota.

— Obrigado, Davinne. — O garoto olhou a Velaryon por um momento, antes de voltar seu olhar para a Arryn. — Cuide dá sua amiga, ela está ficando louca.

Davinne franziu as sobrancelhas e olhou para Maella, podendo ver a garota revirar os olhos.

— Eu vou indo, até mais tarde, meninas. — Jacaerys se despediu das duas e saiu do quarto, fechando a porta.

A Arryn encarou sua amiga.

— O que ele quis dizer?

— Nada, é Jacaerys quem está ficando maluco. — Maella retrucou, voltando seu olhar para o espelho.

Seu olhar cair sobre o colar novamente.

A coceira que ele estava a causando estava a deixando irritada.

Davinne arregalou os olhos quando Maella colocou sua mão sobre o cordão de ouro e o puxou, o arrebentando.

— Maella! Mas o que... — A Arryn perdeu a fala.

As esmeraldas caíram no chão, se espalhando pelo quarto.

A Velaryon sentiu seu corpo relaxar.

— O que aconteceu? — Davinne perguntou, observando as esmeraldas no chão.

— Quero que faça um favor para mim. — Maella olhou o colar de rubis em suas mãos, o colar de Jacaerys. — Quero que pegue essas esmeraldas e distribua pelos serviçais... Diga que foi um presente de Aemond Targaryen. — A garota prendeu o colar de prata no pescoço, sorrindo para a jóia. — Esmeralda não combina comigo, verde não combina comigo... — Aemond não combina comigo. Maella pensou. — Agora rubis... — A Velaryon mordeu o lábio, soltando um sorriso para o espelho. — rubis sim combinam comigo.

— Como desejar... — Davinne sorriu, mesmo não entendendo muito o que a Velaryon havia feito.

Maella tocou uma última vez o pingente vermelho. Talvez ela tivesse uma saída para o casamento com Aemond, uma saída mais... Familiar.

Como Rhaenyra havia dito, assim que o sol se pôs, a festa começou.

A música rondava o salão do trono de ferro, bandeiras dá casa Targaryen e Velaryon enfeitaram o local, para o desagrado de Alicent Hightower.

Na mesa dá família real, a rainha consorte parecia encontrar conforto em demonstrar seu desprezo por aquela celebração e pelo o que aquilo significava.

O Lorde Mão não parecia contente com a festa, mas parecia disfarçar melhor.

Aegon Targaryen, o filho dá rainha consorte parecia mais concentrado em beber o vinho em sua taça do que em qualquer outra coisa.

Helaena Targaryen brincava distraidamente na mesa com um brinquedo de pano, parecendo uma boneca. Talvez pudesse ser um dos brinquedos de sua filha, a princesa Jaehaera.

Aemond parecia inquieto na mesa, esperando impacientemente por sua noiva, que não havia aparecido em sua própria festa.

Rhaenyra Targaryen estava contente com toda aquela celebração, principalmente por estar saindo tudo como ela havia planejado. A mais velha se concentrava em seu filho, Joffrey, que parecia contente em compartilhar as palavras novas que estava aprendendo em alto valiriano.

Daemon Targaryen conversava animadamente com suas filhas, Baela e Rhaena. O homem fazia questão de ouvir as novidades de suas meninas.

Lucerys Velaryon e Davinne Arryn conversavam entre si, sobre assuntos bobos e banais. Algumas fofocas não passavam despercebidas, como a de uma nobre que usava um vestido bufante o suficiente para esconder uma barriga saliente por baixo.

Jacaerys parecia ansioso, ele não sabia exatamente o por quê. A comida estava boa, o vinho também e a música era excelente, mas faltava alguém.

Ora, eu não nasci sozinho. O Velaryon bufou com seu próprio pensamento.

Onde é que Maella havia se metido?

O garoto se virou para Davinne.

— Cadê a Maella? — Jace perguntou. — É a festa dela também, onde é que essa garota se meteu que ainda não deu as caras?

Davinne franziu as sobrancelhas.

— Bom... Eu a ajudei a se arrumar, já era para ela estar... — Davinne se calou ao notar a música parar e o salão ficar em total silêncio.

Maella sorriu de leve ao perceber a atenção sobre si.

— Maella Velaryon fazendo sua entrada triunfal. — Lucerys riu baixo, bebericando seu vinho. — Que garota exibida.

Rhaenyra fez um sinal e assim, todos começaram a se levantar em sinal de respeito.

Apenas a família de Alicent Hightower e alguns integrantes dá Casa Velaryon – incluindo Sor Vaemond – se recusaram a levantar de seus acentos.

A garota desceu os poucos degraus, caminhando até a mesa dá família.

Jacaerys se indireitou na cadeira ao notar o colar de rubis brilhando no pescoço de sua irmã.

Maella foi até sua mãe e beijou sua bochecha.

— Está atrasada, mocinha. — Rhaenyra sussurrou.

— Mãe, você sabe que eu adoro uma cena. — Maella sussurrou de volta, recebendo um riso baixo de sua mãe.

Assim que a garota tomou o acento entre Jacaerys e Lucerys, as pessoas voltaram a se sentar e conversar, a música voltou a tocar animadamente.

Maella se serviu de comida e bebida, com Jacaerys a encarando ao seu lado.

— Por um momento pensei que não viria. — Jace murmurou, Maella sorriu, sem o encarar.

— E perder uma festa dedicada a mim? — Maella negou levemente. — Não... Afinal, você não nasceu sozinho.

Jacaerys sorriu.

— Fico feliz que realmente gostou do presente. — O Velaryon comentou.

— Eu o amei. — A Velaryon o encarou. — Virou o meu colar favorito.

O coração de Jacaerys se aqueceu e um sorriso bobo enfeitou seus lábios.

O garoto tentou voltar sua atenção para sua comida.

Maella tomou alguns goles de vinho e comeu sua comida, parando de vez em quando apenas parar se intrometer nas conversas paralelas de sua família.

— Maella, — Joffrey a chamou. — você gostaria de dançar? Ninguém quer dançar comigo!

A Velaryon sorriu.

— Seria uma honra dançar com um Príncipe do Reino. — A resposta dá garota fez seu irmãozinho bater palmas.

Ambos levantaram de seus lugares e – de mãos dadas – caminharam para o centro do salão.

As bochechas de Joffrey coraram ao notar todos os encarando.

— Não fique envergonhado, — Maella sussurrou. — eles estão o encarando apenas porque te acharam muito bonito.

Aquilo fez Joffrey rir.

Maella segurou as mãos do menor e começaram a seguir o ritmo dá música.

A Velaryon fazia questão de rodopiar o mais novo, se divertindo com a risada do garotinho.

Aos poucos, algumas pessoas começaram a sair de suas mesas e se juntarem a Maella e Joffrey, em uma dança animada.

A garota pegou o irmão no colo.

— Você é um ótimo dançarino, meu menino. — Maella sussurrou no ouvido do garotinho.

Joffrey sorriu e abraçou o pescoço dá mais velha.

— Obrigada. — E beijou a bochecha de sua irmã.

Os dois continuaram se aproveitando dá música, com Maella dançando de um jeito engraçado que fazia o pequeno em seus braços rir alto.

Rhaenyra sorriu de longe, vendo a interação de seus filhos.

Aemond encarava Maella, seu olhar era sombrio sobre a garota.

Com rispidez, Aemond se levantou de sua cadeira, caminhando na direção dá Princesa.

Lucerys largou sua taça na mesa e ajeitou sua postura, seguindo Aemond com o olhar.

Davinne franziu as sobrancelhas com a mudança repentina e olhou na direção em que Lucerys olhava.

Aemond tocou o ombro de Maella, fazendo a mesma parar de dançar e o encarar.

O Targaryen sorriu e olhou o menino nos braços de Maella.

— Joffrey, eu gostaria de dançar com a minha noiva. — Aemond olhou para a garota, sorrindo cínico. — Agora.

Joffrey segurou os ombros de Maella, como se sentisse que aquilo era uma ideia ruim.

— Joff, — Maella beijou a bochecha de seu irmão, sorrindo de leve ao sentir o cheirinho doce do mais novo. — você deveria ir para o lado dá mamãe agora, sim?

O pequeno Velaryon a encarou incerto. Maella o ofereceu um sorriso de conforto.

— Tudo bem... — Joffrey levou uma de suas mãos até a bochecha dá mais velha, fazendo um carinho ali. O garotinho se virou para Aemond, o olhando de cima a baixo. — Eu vou estar por perto, se você precisar de mim, irmã.

Aemond levantou de leve as sobrancelhas, surpreso pela fala do garotinho.

Maella colocou Joffrey no chão. O Velaryon saiu – não antes de pisar em um dos pés de Aemond "acidentalmente" – indo para o lado de sua mãe.

Aemond olhou Maella, deixou seu olho cair sobre o colar dá mais nova.

A Velaryon suspirou quando a mão do Targaryen foi até o pingente, ele sorriu ao ver o rubi.

Iksā iā līve sepār hae aōha muña... — Aemond murmurou, soltando um riso sarcástico.

Maella tirou a mão de Aemond do colar.

— Eu não sou uma puta. — A Velaryon respondeu, ácida. — E nem a minha mãe. — A garota sorriu. — Que eu me lembre, não foi a minha mãe que seduziu o Rei para se tornar rainha.

Aemond a puxou pelo punho, fazendo a Velaryon fazer uma careta de dor pelo aperto.

— Não fale dá minha mãe.

— Eu falo como eu quiser. — Maella retrucou. — Você não vai mais me controlar, está me ouvindo?

— Você fala isso agora, quero ver me dizer isso quando estiver carregando um pedaço meu dentro de você. — Aemond sussurrou, enquanto apertava ainda mais o pulso dá menor. — O meu herdeiro.

— Eu não carregarei nenhum herdeiro, muito menos para você. — Maella respondeu entre dentes. — Você não terá herdeiros por minha parte, eu já tenho um herdeiro. — Aemond franziu a sobrancelha. — Depois que eu me for sem nenhum herdeiro, Lucerys assumirá Driftmark, não você. — A garota viu o olho de Aemond a encararem com ódio. — Eu não deixarei que você ponha suas mãos na minha Casa.

— As coisas estão sendo arranjadas rapidamente, sabia? — Aemond pareceu ignorar tudo o que ela disse. — Minha mãe está acertando tudo... Nos casaremos antes de você voltar para Dragonstone. — O homem riu. — Não... Você não voltará, você permanecerá aqui ao meu lado, minha Lótus.

Maella engoliu seco.

— Eu não... O Rei não permitiria. Nosso casamento só acontecerá ano que vem, foi o que ele impôs. — A voz da Velaryon claramente vacilou, fazendo Aemond sorrir.

— Ele está fraco demais para se opor a alguma coisa.

Jacaerys e Lucerys encaravam os dois, ambos atentos.

Quando o Velaryon mais velho viu Aemond agarrar os dois pulsos de Maella, o garoto se levantou, atraindo a atenção de sua família.

— Está tudo bem, querido? — Rhaenyra perguntou, confusa.

O garoto acenou levemente e olhou Baela.

— Com licença, Baela. — Jacaerys murmurou e quando recebeu um aceno silencioso, o garoto saiu.

Em passos apressados, o Velaryon andou entre as pessoas na festa – esbarrando em algumas e logo em seguida pedindo desculpas – até conseguir chegar em Maella e Aemond.

A Velaryon notou o aperto de Aemond afrouxar assim que se virou para Jacaerys.

A mandíbula de Jace estava travada.

— Solte-a. — O Velaryon mandou.

Aemond sorriu e soltou os pulsos de Maella, a garota deu um passo para trás rapidamente.

— Estávamos apenas conversando. — Aemond soou calmo.

Jace sorriu.

— A conversa acabou. — Jacaerys respondeu. — Eu vou dançar com minha irmã agora.

— Ela é toda sua. — Aemond respondeu.

Antes que o Targaryen pudesse sair de perto dos dois, Jacaerys o segurou pelo braço. Aemond o encarou.

— Você tem todo o direito de ser a pessoa desprezível que você é, tio. — Jacaerys sussurrou para o mais velho. — Mas em outro lugar e de preferência, bem longe de minha irmã. — O Velaryon olhou o platinado de cima a baixo, seu rosto carregado de desgosto. — Se ponha em seu lugar.

Aemond soltou uma risada baixo e irritada.

— Até mais tarde, Maella. — E assim Aemond saiu, deixando os dois sozinhos.

Jacaerys pareceu relaxar assim que Aemond voltou para a mesa.

— O que houve? — Maella perguntou, finalmente atraindo a atenção do mais velho.

Jace deu um meio sorriso.

— Você não dançou comigo ainda... — E estendeu sua mão. — É muito feio não dançar com o aniversariante, Mae.

Maella soltou um pequeno sorriso antes de aceitar a mão do garoto.

Com a mão livre, Jacaerys a puxou pela cintura, para mais perto dele. A Velaryon apertou levemente seu braço, querendo o segurar ali com ela.

As pessoas em volta abriram espaço em sinal de respeito ao ver que os Príncipes haviam se juntado para uma dança.

A Velaryon levantou o olhar para Jacaerys no exato momento em que começaram a dançar.

Os passos eram lentos e calmos.

— Você pensou no meu pedido? — Maella sussurrou. Jacaerys a olhou, se perdendo no olhar púrpura dá mais nova.

O Velaryon suspirou. Era difícil dizer "não" para Maella. Ele não conseguia.

Jacaerys sempre sedia ao seus caprichos, sempre foi assim. O que Maella pedia a ele, mais cedo ou mais tarde ela sempre conseguia.

A garota tinha um poder assustador sobre o irmão. Aquilo era fora de controle e arrebatador. Aos olhos de Jacaerys, aquilo era aterrorizante.

— O que Aemond queria com você? — O Velaryon mudou o rumo dá conversa.

Maella suspirou, irritada.

— Nada. — Ela respondeu, vagamente.

Jace se afastou apenas o suficiente para a girar pelo salão, antes de a trazer de volta para ele.

— Por que quer tanto ir a rua dá seda? — O Velaryon perguntou. — Digo... Nem eu tenho tanto interesse naquele lugar.

Maella mordeu o lábio.

— Eu quero experimentar a liberdade, antes de... — E se calou. Aquilo não era uma mentira, de fato.

A garota queria experimentar tudo que conseguisse.

Jacaerys abaixou o olhar.

— Eu apenas queria saber como é. — Maella bufou. — Mas já consigo ver que você não fará o que desejo. Não se preocupe, não tocarei mais no assunto.

— Eu não quero que se machuque. — Jacaerys respondeu. Os dois se afastaram de leve e juntaram as palmas das mãos, – de um modo que quase se tocaram – seguindo os movimentos dá dança. — Você é muito importante para mim, Mae... Eu não consigo me ver colocando você em perigo.

Maella não soube o que responder. Aquilo foi sincero, não foi uma desculpa esfarrapada, foi preocupação.

— Eu não estaria em perigo com você. — Maella respondeu baixo, quase como se estivesse se sentindo culpada pela preocupação do garoto. — Eu nunca estaria em perigo com você... Você me protegeria, não é?

— É claro que sim. — Jace respondeu rapidamente.

O Velaryon desceu suas mãos até a cintura dá garota, a levantando.

Maella deixou suas mãos nos ombros do garoto, não se atrevendo a quebrar o contato visual.

— Acho que você mesmo respondeu a sua pergunta. — Maella respondeu assim que Jacaerys a colocou no chão novamente.

Jacaerys ficou em silêncio.

Os dois se afastaram ao ouvir aplausos dos convidados, pela dança dos aniversariantes.

Lucerys desviou o olhar dá cena de seus irmãos e voltou seus olhos para Davinne.

O garoto chutou de leve a perna dá garota por debaixo dá mesa, fazendo-a o olhar.

O Velaryon sorriu e se levantou dá cadeira.

— Eu vou dançar... Você gostaria de me acompanhar, Lady Arryn? — Lucerys perguntou formalmente.

Davinne segurou o sorriso em seus lábios.

— Seria uma honra, Príncipe Lucerys. — Davinne respondeu, se levantando de seu lugar.

— Mãe, — Lucerys chamou a atenção dá mais velha — eu e a Lady Davinne iremos dançar, tudo bem?

Rhaenyra franziu levemente as sobrancelhas, se perguntando mentalmente por que ele não convidava Rhaena para dançar.

A Targaryen olhou para o lado, vendo Rhaena em uma conversa animada com Daemon.

— Bom... Podem ir. — A mais velha sorriu gentil.

Luke e Davinne se entreolharam e foram para o meio do salão.

Apenas quando se misturaram pela multidão que Davinne pode sentir Lucerys entrelaçar sua mão com a dela.

— Onde é que estamos indo? — A Arryn sussurrou assim que o garoto mudou seu caminho, a levantou para um canto mais afastado do salão.

— Vamos escapar dessa festa. — O Velaryon respondeu como se fosse óbvio. — A festa é para Maella e Jacaerys, então podemos sair para passear pela Fortaleza... Quero te mostrar onde eu nasci.

E assim, os dois saíram do Salão do Trono de Ferro, onde acontecia a grande festa dos irmãos de Lucerys.

Como crianças, os dois correram pelos corredores, soltando risadas nervosas por estarem fugindo dá festa real.

Era divertido se esconderem de todos.

Eles apenas pararam quando sentiram que estavam longe o suficiente do barulho dá festa.

Lucerys se encostou na parede e sorriu para Davinne.

A Arryn se aproximou e o abraçou pelo pescoço.

Como um bobo, o Velaryon a abraçou de volta.

Davinne se afastou, apenas o suficiente para encarar o mais novo. Lucerys viu a garota sorrir e o beijar, um beijo curto mas foi o suficiente para fazer ambos sorrirem.

A garota viu as pupilas de Luke dilatarem enquanto ele a admirava.

— Eu adoro suas sardas. — Lucerys murmurou, tirando uma de suas mãos dá cintura dá Lady, apenas para tocar as bochechas dá garota. — Elas são como constelações... — Ele as mapeou com o dedo. — É lindo. Você é linda.

Davinne corou mas Lucerys não conseguiu ver, graças a pouca iluminação do corredor.

O Velaryon a beijou.

A Arryn brincou com os cabelos escuros do mais novo, enrolando as mechas em seus dedos, enquanto Lucerys dava leves apertadas na cintura dá mais velha.

O Velaryon a puxou mais para ele, querendo colar seus corpos, como se o pouco espaço que os separava fosse torturante.

— Eu amo beijar você. — Lucerys murmurou, sua voz saindo abafada.

— Eu amo beijar você também. — E Davinne colou seus lábios nos dele novamente.

As mãos de Davinne foram até a gola das vestimentas do garoto, o segurando para ficar exatamente onde ele estava.

O Velaryon quebrou o beijo, apenas para depositar pequenos selares na mandíbula dá mais velha. Aqueles simples beijos faziam a respiração de Davinne se acelerar de um jeito que Lucerys gostava.

— Eu acho que amo você... — O Velaryon sussurrou, entre um beijo aqui e ali.

Davinne piscou os olhos, atordoada com as palavras.

Lucerys pareceu notar o que disse, pois parou com as carícias rapidamente e a encarou.

— Davinne... — Seus olhos se arregalaram. — Eu não quis...

O Velaryon foi interrompido por um barulho suspeito no final do corredor.

O garoto a puxou, trocando de lugar com ela, fazendo com que agora Davinne estivesse encostada na parede.

Lucerys usou seu corpo para tampa-la de seja lá quem estivesse no final daquele corredor.

— O que foi isso? — A Arryn sussurrou, atenta ao barulho.

— Eu não sei. — Ele sussurrou de volta.

Os dois permaneceram em silêncio, até ouvirem uma voz.

— Porcaria.

Lucerys revirou os olhos e se afastou.

— Maella. — Luke e Davinne soltaram, suspirando aliviados.

Não demorou muito para que Maella aparecesse – sendo seguida por Sir Dolous –, suas sobrancelhas franziram ao ver os dois ali no meio do corredor.

— Eu... Devia perguntar? — A Velaryon perguntou, apontando para os dois.

— Você quer perguntar? — Lucerys devolveu a pergunta, seu olhar parando no manto branco e em seguida, voltando para sua irmã, como se dissesse para que ela ficasse quieta.

Maella pareceu pensar.

— Não, eu não acho que deveria perguntar. — A garota respondeu.

— O que faz fora dá sua festa? — Davinne perguntou, confusa.

A Velaryon se encostou na parede e passou a mão pelo rosto.

— Jacaerys... — A garota bateu o pé no chão. — Que garoto... Certinho!

Davinne franziu as sobrancelhas.

— Ele é tão... Tão perfeitinho. — Maella continuou. — Deuses, ele não comete nenhum erro?

Lucerys deu de ombros.

— Ele adora se gabar sobre isso. — O Velaryon respondeu.

— Ele é um insuportável.

O Velaryon riu, era a primeira vez que via Maella reclamar de Jacaerys. Ele tinha que admitir, era engraçado.

— Eu vou pro meu quarto. — Maella murmurou. — Antes que Jacaerys Velaryon me contaminue com tanta perfeição.

E a garota saiu andando pelo corredor.

Sor Crackehall reverenciou Lucerys.

— Com sua licença, meu Príncipe... Acho que a Princesa Maella precisa ser escoltada até seus aposentos.

Lucerys concordou levemente.

— Por favor, Dolous e... Obrigado.

O guarda sorriu gentil e saiu, seguindo a Velaryon.

Davinne cruzou os braços.

— Ela... Está brava com o Jace ou... — A Arryn tombou a cabeça para o lado, confusa. — Ela está o elogiando?

Lucerys ficou ao lado dá mais velha.

— É difícil dizer. — O Velaryon respondeu. — Eu parei de tentar entender esses dois a muito, muito tempo.

Enquanto andava em direção ao seu quarto, Maella sentia como se seu plano estivesse sido destruído, antes mesmo de ter tentado o executar.

Jacaerys não sabia o quão irritada ela se encontrava.

Seria tudo tão fácil.

Ela se entregaria para Jace. O pensamento a deixava nervosa, mas aquilo era um costume normal entre os Targaryen, não é? Ela faria a mesma coisa que Jaehaerys e Alyssane fizeram.

Jacaerys era teimoso mas Maella não era ingênua. Ela sabia que ele poderia sentir algo por ela, a Velaryon notava os olhares demorados, o cuidado extra quando o assunto era "garotos", o jeito que ele se comportava perante a ela.

Talvez Maella estivesse entendendo aquilo tudo errado, mas era um risco a correr.

Também tinha a última opção. Contar para seu irmão toda a verdade. A Velaryon sabia que o mais velho explodiria e faria a situação sair do controle, por isso aquela era a última opção.

— Princesa... — Maella foi tirada de seus pensamentos pelo Sir Crackehall. — Já chegamos... Vossa Graça não parece bem, descanse, sim? Foi um dia exaustivo.

A Velaryon soltou um suspiro, seus olhos caindo sobre os azuis do Guarda.

Talvez seu plano não estivesse totalmente perdido.

Dolous hesitou quando Maella se aproximou, o beijando. Um selar de lábios simples.

A mais nova sorriu, antes de levar suas mãos até o rosto do Crackehall.

— Maella... — O homem sussurrou, parecendo incerto, mas tentado por ela. — Não seria apropriado, não aqui.

— Tem razão... Meus aposentos são mais privados. — A garota respondeu.

O mais velho estava confuso com o comportamento de Maella, mas não contestou quando a garota tomou sua mão e abriu a porta de seu quarto, o puxando com ela.

Maella fez um sinal para Dolous fechar a porta e – obedientemente – ele o fez.

A Velaryon sorriu e o puxou para mais um beijo, um beijo de verdade. O guarda se assustou, fazendo com que ele desse alguns passos para trás, se encostando na porta.

Maella riu com o som do baque das costas do homem contra a porta.

— O que houve? — A garota perguntou.

— O que você está fazendo?

A Velaryon lambeu seu lábio, antes de o responder.

— Quero me deitar com você. — Maella foi direta, enquanto depositava pequenos beijos na mandíbula do rapaz.

Dolous arregalou os olhos.

— O-o quê?

— Quero entregar minha donzelice a você. — Maella sussurrou. — Como símbolo de meu amor.

Dolous perdeu sua fala, porém não fez menção de se afastar.

— Eu... Eu fiz votos. — O Crackehall respondeu baixo , enquanto observava Maella afrouxar o vestido. — Votos... Manto branco.

— Ninguém ficaria sabendo, prometo que não contaria a ninguém! — Maella segurou o rosto do mais velho, fazendo carinho em seu queixo. — Seria o nosso segredo, hm?

Dolous fechou os olhos, aproveitando o carinho.

— Isso só seria certo se fossemos casados.

A Velaryon revirou os olhos.

— Não... O proibido sempre foi bem mais divertido. — A garota sussurrou, enquanto ficava na ponta do pé, depositando beijos do queixo até o pescoço do Crackehall.

O mais velho levou suas mãos até a cintura dá mais nova e a apertou levemente, ponderando sobre o assunto.

Os beijos molhados estavam deixando a mente de Dolous nublada.

Maella franziu as sobrancelhas quando o Crackehall a afastou levemente pela cintura.

A respiração do homem estava ofegante.

— Dolous...

— Eu gosto de você. — O guarda a interrompeu. — Eu gosto mesmo de você, e gosto tanto que sei que isso é errado... Eu não posso te desonrar desse jeito. E eu fiz votos, e isso é tudo o que eu tenho. — O Crackehall se aproximou levemente dá mais nova, apenas para depositar um beijo na testa da Velaryon. — Por favor, não sinta raiva de mim.

Maella não respondeu, se sentindo uma criança sendo repreendida por um adulto.

Deuses, o que estava havendo com os homens naquela noite? A Velaryon suspirou.

— Eu vou dormir, me sinto cansada... Bebi muito vinho na festa. — Maella murmurou, sentindo suas bochechas esquentarem de vergonha.

Dolous a ofereceu um sorriso doce.

— Eu entendo... Boa noite, Vossa Graça. — O Crackehall pegou uma das mãos de Maella e depositou um beijo casto no dorso da mão dá garota.

Ele saiu do quarto, deixando Maella sozinha em seu quarto.

Seus olhos marejaram. Se o que Aemond disse fosse verdade, então sua união com o Targaryen estava mais próxima do que imaginava e ela não poderia impedir aquilo.

7106 palavras !!! esse capítulo tá enorme e eu tentei dar uma revisada !!! espero que tenham gostado !!!

não esqueçam de votar e comentar, isso ajuda bfeo a engajar e me deixa muito feliz❤️

maella agindo igual a book rhaenyra, é mt filha dá mãe dela mesmo

MINHAS CRIAS CHEGARAM NO DÉCIMO SÉTIMO DIA DO NOME😭😭😭ELES CRESCEM TÃO RÁPIDO

é isso, até o próximo capítulo <3

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