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2.12 - dohaeras

CAPÍTULO DOZE; dohaeras

⚠️ ATENÇÃO; esse capítulo contém conteúdo sexual explícito, leia por sua própria conta! ⚠️

CAPÍTULO REVISADO

POV'S AUTORA

LUCERYS VELARYON ADENTROU no castelo, seu rosto vermelho de suor e irritação.

Duas semanas.

Duas semanas em que Jacaerys e Maella Velaryon travavam uma guerra silenciosa.

Os dois não comiam juntos na mesa, parecendo revezar inconscientemente sobre quem comeria com a família.

Quando Jacaerys estava na mesa, Maella não estava e, quando a garota se encontrava com a família para compartilhar uma refeição, o Velaryon não se encontrava presente.

Estava começando a ser irritante, ainda mais quando aquela briga respingava em Luke.

Jacaerys estava constantemente arrastando Lucerys para a praia – a do lado o posto da praia em que sempre se encontravam, já que Maella parecia ter se apossado da praia do leste. – para treinar.

O problema? Não parecia treino, Jacaerys parecia estar usando Lucerys como um saco de pancadas.

A duas semanas se encontrava dolorido e cansado, pelos treinos excessivos.

Ele não tinha tempo para nada. Não possuía tempo para pintar, não possuía tempo para Arrax, não possuía tempo para si mesmo e pior, não possuía tempo para Davinne.

A garota estava a duas semanas fugindo dele, e ele nem ao menos sabia o motivo.

E nem tinha tempo para descobrir.

Lucerys abriu a porta dos aposentos de sua mãe, não se surpreendendo ao ver ela e Daemon comendo bolos juntos.

Rhaenyra se levantou rapidamente dá cadeira ao ver o estado de seu garoto.

O Velaryon usava suas roupas de treinamento, seus cabelos estavam bagunçados e com areia – suas roupas se encontravam igualmente com areia. –, seu rosto estava vermelho e ele estava pingando de suor.

— Luke? — Rhaenyra foi até seu filho, preocupada. — Meu querido, o que houve com você?

Jacaerys. — O menor respondeu rapidamente. — Ele me derrubou na areia. Cinco vezes. Cinco vezes em uma hora!

Daemon riu, enquanto continuava a comer seu bolo de limão.

Lucerys o encarou, visivelmente irritado.

— Acha engraçado? — A voz do garoto saiu esganiçada. — Estou todo dolorido.

Rhaenyra acariciou o ombro de seu menino, seu olhar preocupado.

— Eu quero pintar. — Lucerys murmurou, sua voz saindo mais manhosa que o normal. — Eu quero respirar sem Jacaerys apontar sua espada para mim.

— Por que não vai tomar um banho, sim? — A Targaryen sorriu, tentando confortar seu filho. — E vá pintar. Ou vá voar com o Arrax.

— Como? — Lucerys bufou. — Ele me caça pelo castelo assim que nota que eu fugi de sua presença.

Rhaenyra suspirou.

— Falarei com ele. — A mais velha respondeu. — Vou mandá-lo lhe deixar em paz, se é o que você quer.

— É exatamente o que eu quero. — O Velaryon sorriu, parecendo animado. — É exatamente disso que preciso. — O garoto envolveu sua mãe em um abraço apertado, a sujando levemente de areia no processo. Rhaenyra não se importou no entanto, apenas sorriu enquanto acariciava os cabelos de Luke. — Mãe, obrigado!

— Agora vá, antes que ele apareça. — Rhaenyra apertou levemente a bochecha de seu filho, o vendo concordar rapidamente.

Ele se despediu brevemente de Daemon, antes de sair apressado para fora dos aposentos de sua mãe.

Rhaenyra encarou seu marido, vendo a expressão divertida em sua face.

— Você viu isso?

— Sim, e foi muito engraçado.

Rhaenyra retornou para sua cadeira, de frente para seu marido.

— Meus filhos não estão bem. — Rhaenyra murmurou, enquanto mordia levemente o lábio. — Jacaerys não sai dá biblioteca e se sai, vai para o quarto ou arrasta Lucerys para treinar... Maella não sai das costas de Veenrax e se não está nas costas de sua Dragão, — A mulher riu baixo. — então está na água. Estou começando a achar que ela está tentando se afogar.

Daemon sorriu levemente, levando sua mão até a mão de Rhaenyra – que descansava na mesa.

— Maella sabe nadar muito bem, ela não vai se afogar — Rhaenyra o encarou. — e Jace... Bom, é melhor ele estar com um livro na mão do que uma espada, tenho pena de Lucerys quando Jacaerys arrasta o pobre garoto para praticar duelo.

— Ah, Lucerys... — Rhaenyra negou levemente. — Ele parece distante também. — A Targaryen soltou um longo suspiro. — O que está acontecendo com os meus meninos, Daemon?

O mais velho brincou com os dedos de sua esposa e fez um leve carinho na região.

— Eu não sei sobre Luke... Mas acho que nós dois sabemos o que se passa com Maella e Jace, meu amor. — O Príncipe Rebelde entrelaçou sua mão com a da mulher. — Case os dois, eles se darão bem juntos. — O Targaryen soltou um sorriso malicioso. — Me arrisco dizer que já se deram bem... — Rhaenyra arqueou uma sobrancelha. — Posso falar com Baela, sinto que ela não se importaria com a quebra do noivado. — A mulher suspirou. — Já se passaram duas semanas... Jace e Maella devem esquecer a discussão.

— Maella não deseja se casar. — Rhaenyra intercedeu por sua filha, que não se encontrava presente. — E ela e Jacaerys me prometeram que aquilo não acontecerá novamente. Confio nos meus filhos.

— Princesas sempre se casam, pode demorar mas isso sempre acontece. — Daemon respondeu. — Não seria melhor ela se casar com alguém que gosta? — Rhaenyra se encostou na cadeira, brincando com seus anéis. — Rhaenyra, ela é a herdeira de Driftmark... Ela não pode se dar ao luxo se não ter um casamento, de não ter um herdeiro.

— Ela não deseja ter filhos, foi por isso que a dei um chá dá lua. — A mulher respondeu. — Maella fica apavorada com a ideia desde pequena.

— Aposto que esse medo só se intensificou com o noivado com Aemond. — Daemon soltou um suspiro. — Quem pode culpá-la de não querer ter um filho com aquele...

O Targaryen se interrompeu quando uma figura se mostrou presente na porta do quarto do casal.

Jacaerys usava roupas de treinamento, a espada presenteada por Daemon descansava na bainha, seu cabelos estavam levemente desgrenhados e sua respiração estava ofegante.

— Mãe, sabe onde Luke está? — O Velaryon perguntou, enquanto passava sua mãe por seus cabelos. — O intervalo acabou, estávamos treinando quando...

— Seu irmão está no quarto. — Rhaenyra respondeu. Jacaerys acenou levemente, pronto para sair. — Mas, — Ele parou. — você não vai mais perturbá-lo. Deixe-o em paz.

— O quê?

— Você não pode descontar suas frustrações em Luke! — A Targaryen se levantou novamente. — Ele está exausto, meu filho. E eu aposto que você também.

Jacaerys bufou e encarou seu tio.

— Ah, não olhe para mim. — Daemon negou, enquanto pegava seu bolo novamente. — Eu estou comendo bolo, eu não vou treinar com você.

O Velaryon revirou os olhos.

— E o treino de hoje acabou. — Rhaenyra viu os olhos castanhos de seu filho se arregalarem em indignação. — Está formando uma chuva do lado de fora! Eu não quero que pegue uma gripe.

— Bom, sua filha está lá fora. — Jacaerys respondeu, cruzando seus braços. — Ela pode ganhar um resfriado e eu não?

— Cuidado, está ultrapassando os limites da ridicularidade. — Daemon cantarolou, divertido.

As bochechas do garoto se avermelharam.

— Ela vai vir para dentro assim que ver a tempestade se formando.

Jacaerys riu e negou.

— Ela está na água. — O Velaryon suspirou, odiando o fato de conhece-la bem demais. — Ela não vai sair de lá tão cedo.

— Ótimo, então você vai tirá-la de lá. — Rhaenyra cruzou os braços.

Novamente, os olhos de seu filho se arregalaram.

— Eu?! Por que eu? Por que não o Daemon?

— Ei! Eu estou comendo bolo! — Daemon se defendeu.

— Eu quero que você vá. — Rhaenyra firmou sua voz. — Eu não quero Daemon falando com ela, eu quero você então você o fará.

— Mas mãe...

Jacaerys se interrompeu quando a mais velha arqueou uma sobrancelha.

Sem dizer mais nenhuma palavra, o garoto saiu, pisando duro.

Rhaenyra bufou, passando suas mãos pelo rosto.

— Que temperamento. — Daemon brincou. — Ele está a evitando.

— Está. — Rhaenyra suspirou baixo, enquanto levava uma de suas mãos até sua barriga.

— E se ele está a evitando, é porque não confia em si mesmo para se manter perto dela. — Daemon comentou, de boca cheia. — Estou lhe avisando, Nyra. Se não os casar logo, então daqui a pouco terá uma criança de cabelos castanhos e olhos violetas correndo por esses corredores.

Rhaenyra arregalou seus olhos.

— Não diga bobagens.

— É a mais pura verdade, meu amor. — Daemon se levantou da cadeira, apenas para se apoiar na mesa. — Maella e Jacaerys podem carregar o sobrenome Velaryon, mas ambos compartilham o sangue do dragão... Eles são inquietos e caóticos.

Rhaenyra bufou e desviou o olhar, odiando como Daemon parecia estar certo.

O casal se virou para a porta ao ouvir passos metálicos. Um guarda parou respeitosamente na frente da porta.

— Majestades... — Sor Lorent os comprimentou com uma reverência. — Um corvo chegou até aqui... Com notícias de Kingslanding.

— Entre, Sor Lorent. — Rhaenyra pediu.

O homem adentrou o cômodo, com um papel amarelado em mãos.

Daemon franziu as sobrancelhas e caminhou até o guarda, pegando o pequeno papel em suas mãos.

— Obrigada, Sor Lorent. — Rhaenyra agradeceu.

Com uma última reverência, o guarda saiu.

Daemon desenrolou o papel e passou seus olhos violetas pelas palavras.

Rhaenyra franziu as sobrancelhas ao ouvir o mais velho soltar alguns xingamentos e se virar para a Targaryen, estendendo o papel para ela.

A mulher o pegou, lendo as palavras rapidamente.

— Deuses... — Ela murmurou. — As pessoas já sabem?

No papel, o Verme Branco informava que a história sobre o pequeno passeio de Jacaerys e Maella já circulava entre as Meretrizes dá Rua da Seda.

— Vou até Kingslanding. — Daemon comentou. — Se eu molhar a mão de algumas pessoas, posso facilmente abafar esse boato. Não passará de uma... Uma mentira inventada.

— Como vai abafar isso? — Rhaenyra negou levemente e mordeu o lábio. — Já está na boca das pessoas.

— Vou resolver... — Daemon foi até ela, a dando um rápido beijo na bochecha. O homem tocou a barriga de sua mulher. — Apenas descanse, não quero que fique preocupada.

Rhaenyra sorriu levemente e concordou.

Daemon sorriu de volta, antes de se virar para sair.

Maella boiava com facilidade nas águas, estando na parte funda do mar, fazendo com que as ondas não a incomoda-sem.

A garota não sabia exatamente a quanto tempo estava nadando pelas águas da praia de Dragonstone, mas sabia que havia se passado algumas horas pela posição do Sol.

Seus olhos violetas se abriram, podendo ver algumas nuvens cinzas começando a se formar. Com toda certeza, logo cairia uma chuva em Dragonstone.

A Velaryon se permitiu fechar os olhos novamente, tentando relaxar.

Fazia duas semanas desde que tudo mudou para a garota.

Seu noivado felizmente havia sido cancelado e, com isso, mais nenhuma carta com um selo verde chegou até Dragonstone.

Maella estava feliz com isso, claro que estava, mas naquele momento, onde estava quieta e sozinha... Pensou se havia feito o certo.

Ela havia usado Jacaerys. Maella sabia disso e agora a culpa a corroia toda vez que parava. Era por isso que a garota havia passado suas últimas semanas se ocupando.

Se não estava na água, então estava com Veenrax, e se não estava na mar e nem com sua dragão, então aprontando alguma outra coisa pelo castelo.

E ainda tinha Baela. A Targaryen parecia se esforçar para se aproximar de sua prima mas, devido a culpa que a Velaryon sentia, ela sempre dava um jeito de evitar a cacheada como se fosse uma praga.

A Velaryon suspirou, sentindo um aperto sufocante e familiar em seu peito.

Maella prendeu a respiração e afundou nas águas, apreciando como o mar a dava um abraço gelado e acolhedor.

A garota puxou o espartilho, numa tentativa de o afrouxar. Uma tentativa obviamente em vão. Ela não sabia o por que de ter feito aquilo, Maella nunca foi fã de espartilhos e nunca os apertou tanto, apenas notou o grande aperto em seu corpo quando Davinne saiu do quarto e a de olhos violetas se forçou a respirar.

Talvez estivesse se torturando pelo que fez. Talvez pensasse que merecia algum tipo de punição.

Maella não queria falar disso com Rhaenyra, estava evitando sua mãe o máximo que podia e não sabia o por que também.

Talvez estivesse se isolando porque achava que merecia ficar sozinha. Não foi isso que sempre quis?

Por que a falta de Jacaerys estava doendo tanto?

Ela gostaria de falar sobre isso com alguém.

Maella se forçou a emergir quando seus pulmões começaram a doer, implorando por ar.

A chuva finalmente caiu dos céus, a encharcando mais – se é que era impossível.

A garota respirou fundo e fechou os olhos, tentando imaginar seu pai ao seu lado. Ela se perguntou o que ele diria. Maella não pode evitar de imaginar Harwin e Laenor. Seus pais, os dois homens que cuidaram e a amaram como puderam.

Ela não falava sobre eles e evitava pensar sobre os dois homens, mas sentia falta de ambos. Maella se perguntou o que eles diriam para ela fazer naquele momento.

Infelizmente, ela nunca poderia saber.

Maella!

O coração da Velaryon errou uma batida, pela voz conhecida.

Na areia, Jacaerys se encontrava impaciente enquanto chamava sua irmã.

A chuva lentamente começava a engrossar, ensopando o Velaryon. Aquilo parecia triplicar sua irritação.

— Maella, a mãe mandou você sair do mar!

— Deixe-me em paz! — A Velaryon gritou de volta.

Ele não dirigia uma palavra a ela a duas semanas e agora estava tentando lhe dar ordens?

— Que garota teimosa. — Jacaerys murmurou, rangendo os dentes. — Saia daí já! — Ele exclamou. — É uma ordem!

Maella riu, enquanto nadava para mais longe.

— Eu obedeceria se me importasse com suas palavras! — Ela berrou do mar.

Os olhos de Jacaerys subiram, ao ouvir um relâmpago cortar o céu.

— Sai da água! — O Velaryon pediu, enquanto se aproximava mais da beira do mar, sentindo as ondas começando a molhar suas botas. — Maella! Deixe de ser teimosa!

— Volte para dentro!

Jacaerys sentiu seu sangue ferver. A irritação borbulhando por todo o seu corpo.

— Quer saber? Fique aí então, eu não me importo! — O garoto berrou.

— Ótimo!

Ótimo!

— Vai embora!

— Eu vou! — Jacaerys gritou. — Tomara que se afogue! — O rosto do garoto se contorceu em uma carranca. — Tomara que um raio caia na sua cabeça!

E se virou, marchando para dentro de casa.

— Teimosa, impertinente, cabeça dura! — Jacaerys praguejou.

Maella passava pelos corredores de Dragonstone em silêncio, apenas acenando gentilmente para alguns guardas que pareciam ansiosos para comprimentá-la.

Infelizmente, seu irmão estava certo, a chuva piorava cada vez mais lá fora, a obrigando a sair do mar.

Ela só desejava ir para o seu quarto, tomar um bom banho quente e dormir o resto dá tarde.

Ou ao menos era isso que a Velaryon pensava que queria.

Seus pés a levaram até os aposentos de Jacaerys, inconscientemente. Os dois guardas a encararam, confusos.

— Vossa Graça precisa de alguma coisa? — Um dos homens perguntou.

— ...Meu irmão está? — Maella perguntou, cruzando os braços. Estava esfriando.

Os mais velhos se entreolharam.

— Fomos... Fomos instruídos a não deixar ninguém entrar, Vossa Graça. — A Velaryon franziu as sobrancelhas para o homem. — O Príncipe Jacaerys se encontra em seus estudos e não deseja ser incomodado por ninguém.

— Por ninguém, ou por mim? — Maella perguntou, não recebendo nenhuma resposta dos dois. A Velaryon sorriu, amargurada. — Certo... Tenho novas instruções para vocês: saiam do meu caminho, agora.

Novamente, os dois guardas se encararam.

— Princesa...

— Vão fazer outra coisa, qualquer coisa. — Maella bateu o pé no chão. — É uma ordem. Caso o contrário, levarei os dois para conhecer a Veenrax, — Um dos guardas arregalou os olhos. — ela está mesmo precisando de um petisco novo.

Os dois deram um passo para o lado, a dando espaço para a porta.

Maella os ofereceu um sorriso inocente.

— Viram? Não é tão difícil. — A Velaryon juntou suas mãos. — Estão dispensados pelo resto dá tarde.

— Mas, Princesa...

— Muito obrigada, Vossa Graça. — O homem interrompeu o outro guarda.

Os dois a reverenciaram, antes de sair pelo corredor.

Maella levou sua mão até a maçaneta e empurrou a porta, a abrindo.

O quarto de Jacaerys era mais arrumado que o de Maella. Possuía uma estante de livros no canto do quarto, com uma poltrona de estufado preto.

A lareira estava acesa, o quarto todo estava aquecido, para a felicidade da garota.

A cama era de madeira maciça, os lençóis eram brancos e por cima, uma grande coberta vermelha se encontrava. O dossel era preto com um tecido levemente transparente.

No outro canto do quarto, Maella poderia encontrar algumas espadas e escudos. Armas que Jacaerys insistia em tentar aprender como usá-las propriamente.

A garota se curvou para o lado direito do quarto – a área acoplada onde estava a mesa de estudos de Jacaerys. – podendo ver seu irmão de costas para ela, sentado em uma cadeira e concentrado em seus papéis e livros.

A garota fechou a porta, podendo ouvir um suspiro de Jacaerys – que ainda não havia aparecido no campo de visão de Maella.

— Mãe, eu já falei... Eu estou bem, eu só... — E deixou sua voz morrer quando finalmente a viu. O garoto caminhou, saindo de sua ala de estudos de seu quarto.

Maella se encostou na porta em silêncio.

O olhar de Jacaerys caiu para o chão, mais especificamente para os pés de Maella.

— Você está molhando todo o chão do meu quarto. — Jacaerys subiu seu olhar até os olhos violetas de Maella. — Saia.

— Não.

Maella murmurou.

— Não até que fale comigo. — Maella viu Jacaerys suspirar.

— Não temos nada para conversar. — O Velaryon respondeu. — Eu desejo que saia.

— Eu vou ficar. — Maella retrucou, fazendo Jacaerys bufar. — E vamos conversar.

— E você quer falar sobre o que? — Jacaerys perguntou, ríspido. — Eu consigo ver claramente qual era o seu plano agora... Você já conseguiu o que queria, Maella. Você não irá mais se casar com Aemond. Eu não tenho mais nada que você queira.

A Velaryon suspirou, sentindo seus olhos marejarem pelo tom estúpido do mais velho.

Jacaerys abaixou o olhar mas ajeitou a postura, tentando se manter firme.

— Feche a porta quando sair. — E se virou, pronto para voltar para seus livros.

— Você ainda vai se casar com Baela? — Maella perguntou, vendo o garoto parar.

O Velaryon riu, sarcástico.

— E você ainda vai manter seu relacionamento com o Dolous? — Ele devolveu a pergunta.

— Vai se casar com ela ou não? — Maella insistiu, nervosa.

Jacaerys pressionou os lábios, formulando uma resposta.

— É o meu dever.

— Claro... Até porque é só com isso que você se importa. — A garota se aproximou. — Você me julga pelos meus meios para não me casar com Aemond, mas você só concorda em se casar com a Baela porque ela te dará os cabelos platinados ridículos que você acha que tanto precisa! — Maella explodiu em direção a Jace, observando suas costas tensionarem. — Negue o quanto quiser, se case, tenha filhos, se torne Rei e tenha uma vida... Eu quero ver você me apagar de dentro de você. — Ela praticamente cuspiu as palavras. — Eu te desafio.

Jacaerys franziu as sobrancelhas e se virou novamente para a mais nova.

— Por que você se finge que se importa?! — O Velaryon perguntou. Maella prendeu a respiração ao ver o garoto se aproximar levemente. — Você escolheu isso.... Deuses, eu te odeio! — A garota piscou seus olhos violetas, surpresa. — Eu estava satisfeito com a ideia de me casar com Baela! Poderia aprender a amar ela, poderia ser até mesmo feliz com ela, mas é claro que você tinha que estragar tudo. — Maella tentou puxar o ar para seus pulmões, nervosa com as palavras que saiam dá boca de seu irmão. — Você estragou tudo, e agora não consigo te tirar dá minha cabeça... Poderia viver com você em meu coração, porque sei que você jamais sairia dele, — Jacaerys se aproximou mais, fazendo Maella se afastar, até se encostar novamente na porta. — mas eu te odeio por se infiltrar em meus pensamentos... — O rosto de ambos estavam perigosamente próximos um do outro. — Mas acima de tudo, me odeio por saber que o que eu sinto por você não chega nem perto do ódio.

— As coisas vão mudar. — Maella respondeu – ou melhor, balbuciou –, seus olhos violetas o encararam, confusa e raivosa. — Eu vou embora para Driftmark em poucos dias, você não me verá mais!

— Não é longe o suficiente! — A Velaryon suspirou quando as mãos de Jacaerys foram até as maçãs de seu rosto, a puxando para que suas testas se tocassem. — Você acha que consegue achar algum lugar em Westeros que eu não consiga te alcançar com o meu dragão? — Parecia realmente uma pergunta genuína. — Acha que consegue se afastar o suficiente para que não sejamos tentados a esse sentimento? — Jacaerys se inclinou, sentindo o perfume dá mais nova. A garota fechou os olhos, apreciando o modo como a respiração do mais velho batia em seu rosto. — Você acha que eu consigo? — O Velaryon permitiu que a ponta de seu nariz se arrastasse pela bochecha de Maella. — Você acha que eu não vou arranjar alguma desculpa para ir até Driftmark, ou te trazer de volta para Dragonstone?

Maella abriu seus olhos, deixando-os cair até a boca entreaberta e convidativa de Jacaerys.

Com o consentimento silencioso, o garoto a puxou para ele, a beijando.

O beijo não foi gentil, foi intenso e repleto de saudade e necessidade. Jacaerys explorava a boca de Maella, apreciando o modo como os lábios dá garota estavam gelados e salgados.

A Velaryon o acompanhava, o puxando pela camisa em sua direção, numa tentativa de se juntar a ele.

Ela precisava dele e ele precisava dela.

Eles não se falavam direito desde que Rhaenyra e Daemon os pegaram no quarto de Maella na Fortaleza Vermelha.

Não se falavam desde que Maella havia dito em sua cara que ele não havia passado de uma diversão momentânea.

Jace queria dizer que estava bravo com Maella, queria dizer que nunca mais falaria com a garota, queria dizer que conseguiria levar seu noivado com Baela adiante.

Mas ele não conseguiria.

Permanecer bravo com Maella era impossível.

Nunca mais falar com a garota? Ele nem ao menos tentaria.

Seguir um compromisso com Baela seria mentir para ele mesmo e para sua prima. Aquele não era um destino bom para a Targaryen, ele sabia que não era justo.

Maella quebrou o beijo ao notar que o espartilho apertado – e molhado – e o beijo intenso não eram uma boa combinação.

— O que há de errado? — Jacaerys perguntou baixo, enquanto deixava suas iris castanhas finalmente checarem Maella.

A garota usava um vestido azul claro – que, por estar úmido, grudava na pele macia dá Velaryon, – com bordados em formato de ramos de plantas, que iam do busto até o começo dá saia do vestido dá Princesa, a barra do vestido estava pingando, lentamente molhando o quarto do Herdeiro de Rhaenyra. Maella tinha os cabelos soltos e molhados, os lábios levemente roxos – que aos poucos estavam se tornando avermelhados, pelo beijo urgente – e entreabertos e seus sapatos pretos eram segurados pela sua mão direita.

As mãos do Velaryon pousaram em sua cintura, notando um tecido mais grosso por baixo do vestido. Maella o encarou confusa ao ver Jacaerys franzir as sobrancelhas.

— Seu espartilho está apertado demais, sua cintura não é desse jeito. — O Velaryon levantou seu olhar até os olhos violetas dá garota.

— Como você sabe?

— Eu conheço o seu corpo, Mae. — O garoto murmurou.

Maella sentiu suas bochechas esquentarem e concordou levemente.

— Eu o apertei muito hoje, não sei por que. — Maella respondeu baixo, ofegante. — O fato dele estar molhado piora tudo.

— Deixe-me tirá-lo para você. — Jace pediu.

Maella hesitou por um momento mas em seguida, concordou.

Jacaerys foi até às costas dá mais nova, puxando as cordas do vestido, o afrouxando o suficiente para que pudesse o tirar, o amontoando na cintura dá Velaryon.

As mãos de Jace foram até o espartilho, – notando que realmente estava mais apertado que o habitual – desamarrando e puxando os fios, conseguindo afrouxar o aperto.

Maella puxou o ar rapidamente.

Jace continuou, até conseguir tirar totalmente o corset, o jogando no chão.

O Velaryon segurou sua cintura com uma mão e com a outra, massageou as costas dá garota, observando a marca do espartilho em sua pele.

Marcas vermelhas, pelo aperto excessivo.

O mais velho afastou os cabelos de Maella para o lado e deixou beijos molhados sobre a nuca da garota, enquanto levava um de seus braços até a cintura dá mais nova, a segurando contra ele.

Maella suspirava a cada toque, seu vestido estava começando a molhar as roupas do Velaryon, o que deixava tudo muito... Muito mais interessante.

O garoto a virou pela cintura, a observando.

O vestido estava amontoado nos quadris de Maella, seus cabelos molhados caiam pelos seus ombros, seu busto subia e descia rapidamente e seus olhos estavam parados em Jacaerys, esperando seu próximo passo.

Jacaerys a achou linda daquele jeito.

O mais velho a puxou para outro beijo, deixando suas mãos passearem livremente pelo corpo de Maella. A garota gemeu baixo quando a mão de Jace subiram até os seios de Maella.

Ao ivestretan tolvys bona ao dragged nyke naejot aōha bed bona bantis... — O Velaryon sussurrou, enquanto se inclinava apenas para mordiscar o lóbulo dá orelha dá garota. — maybe ziry iksos ñuha pālegon naejot gūrogon ao naejot ñuhon.

A Velaryon revirou os olhos pela resposta, sentindo seu corpo formigar.

Você disse para todos que me arrastou para sua cama aquela noite... talvez seja minha vez de te levar para a minha.

— Seu alto valiriano... — A Velaryon se interrompeu ao sentir Jacaerys a conduzir até a cama. — ele está melhorando muito.

— Andei praticando mais. — O Velaryon deixou beijos molhados no pescoço de Maella. — Você gostou?

Maella mordeu o lábio, acenando. Jacaerys subiu os beijos até o lóbulo dá orelha dá Velaryon, dando leve mordiscadas enquanto sentia o perfume em sua pele.

Jacaerys parou de beijar seu corpo, enquanto encostava sua testa na curva do pescoço dá menor.

A respiração pesada de ambos eram os únicos sons presentes no quarto.

Īlon share sīr naenie ra hēnkirī... — Maella sentiu uma bufada de ar em seu pescoço. — Īlon share īlva belly, toys... Skoro syt daor īlva bed tolī?Nós dividimos tantas coisas juntos... Dividimos o ventre, brinquedos... Por que não a cama também?

— Você está certa, de fato. — Jacaerys sorriu contra o pescoço da mais nova. — Você não sabe o quão irritante foi essas últimas semanas, — Maella suspirou com as palavras do mais velho, a respiração ofegante batendo contra o pescoço dá Velaryon. — foi tortura. Não posso deixar você ir para Driftmark ou então vou enlouquecer aqui.

— Você vai fica só falando, ou vai realmente me levar pra sua cama? — Maella perguntou. Foi a vez dá de olhos violetas de se afastar levemente.

Os dois se encararam, seus olhos presos um no outro.

Jacaerys levou sua mão até o pescoço de Maella, acariciando a região. A Velaryon suspirou quando a mão do garoto subiu. O polegar de Jace raspou sobre os lábios de Maella, os admirando.

Maella Velaryon era uma mulher estonteante. E Jacaerys agradecia os Deuses por ser escolhido para adorá-la por inteiro.

O garoto a puxou para um beijo voraz, enquanto levava suas mãos até a cintura de Maella, a apertando.

Assim que Maella sentiu o colchão em suas panturrilhas, Jacaerys a empurrou para se deitar em sua cama.

Seus olhos examinaram a garota, vendo Maella apoiar uma de suas mãos no colchão e com a outra, o chamou com o dedo indicador.

Jacaerys mordeu o lábio e subiu na cama, ficando por cima dá garota.

O Velaryon beijou seus lábios com mais calma, não deixando que Maella aprofunda-se o beijo. Sua boca trilhou beijos pelo queixo, mandíbula e maçãs do rosto dá mais nova.

Os dados de Jacaerys rasparam levemente na bochecha de Maella, exatamente onde o amarelado do hematoma ainda se encontrava.

Uma marca do soco que havia tomado de Aemond. Fazia duas semanas, mas ainda estava lá, mesmo que não tão evidente.

— Você deveria ver o outro cara. — Mae brincou, um pouco desconfortável pelo jeito que Jacaerys encarava o hematoma.

— Vou deixar outras marcas em você, até que esqueça essa. — O Velaryon respondeu, sua voz foi como um calmante, fazendo Maella derreter nos lençóis de Jacaerys. — Se é o que você deseja. — A garota acenou rapidamente, ansiosa.

Os lábios do garoto voltaram a trabalhar, descendo para o pescoço de Maella.

Os beijos molhados faziam com que Maella não conseguisse manter seus olhos abertos por muito tempo.

Os selares continuaram descendo, indo até a clavícula e depois, até o meio de seus seios.

— Jace... — Maella gemeu quando Jacaerys deixou alguns chupões pelo local, na intenção de fazer uma marca.

O Velaryon não a deu ouvidos, descendo ainda mais. Jacaerys raspou sua boca sobre a barriga de Maella e em seguida, salpicou beijos por ela.

Infelizmente, o vestido – que Maella ainda usava – molhado da garota estava sendo um empecilho.

O garoto tentou puxar o vestido para fora do corpo de Maella. A Velaryon riu com suas tentativas fracassadas.

— Odeio esses vestidos que usa para nadar. — Jacaerys murmurou, enquanto franzia as sobrancelhas. Ele parecia se esforçar para pensar em como o tirar. — Eles grudam em você, são irritantes.

Maella riu mais uma vez, enquanto se ajeitava na cama.

Os olhos de Maella se arregalaram quando ouviu o som de pano sendo rasgado.

A Velaryon levantou a cabeça rapidamente, podendo ver Jacaerys segurar a risada.

— Jace!

— Vou lhe comprar outro! — O mais velho respondeu. — Um vestido mais largo, de preferência... Comprarei quantos você quiser.

Jacaerys se inclinou novamente, apenas para a beijar.

Suas mãos foram até o pequeno rasgo que havia conseguido fazer no vestido. Outro puxão foi feito ali, mais forte.

O rasgo facilitou a retirada do vestido.

— Você é tão linda... — Jacaerys suspirou, dando uma boa olhada pelo corpo dá Velaryon. — É a mulher mais linda do mundo, a única que terei. A única que eu quero.

Um suspiro escapou dos lábios de Maella, seu estômago sendo tomado por chamas assim que Jacaerys voltou a pairar sobre ela.

Dohaeras. — Maella sussurrou. Sirva.

O Velaryon sentiu seu corpo se arrepiar, seus olhos castanhos a encaravam com certa lascividade e amor.

Ele a serviria.

Hae iā zaldrīzes, ñuha jorrāelagon. — Jacaerys sussurrou de volta. Como um dragão, meu amor. Ñuha prūmia iksis aōhon, ñuha ānogar iksis aōhon... Ñuha soul iksis aōhon naejot gaomagon lēda hae ao kostilus. — A Velaryon estremeceu com as palavras. Meu coração é seu, meu sangue é seu... Minha alma é sua para você fazer o que quiser.

Era tudo verdade. Cada palavra, cada toque, cada olhar. Tudo aquilo era puro fogo, era puro caos, era puro desejo e amor. Tudo junto e ao mesmo tempo.

Aquilo deixava ambos tontos.

Não havia como voltar atrás, Maella sabia. Ela não seria capaz de se afastar de Jacaerys, e ele também não conseguiria.

Foram feitos para aquilo, como os boatos que os circulavam.

Nyke zālagon syt ao. — A garota passou seus dedos pelo queixo do mais velho, subindo até sua bochecha esquerda. Eu queimo por você.

Jacaerys fechou os olhos, apreciando o toque, sorrindo.

Kesi zālagon syt each tolie. — O Velaryon respondeu, como uma promessa. Nós queimaremos um pelo outro.

As mãos de Maella foram até a blusa de Jacaerys, decidindo que ele estava vestido demais para aquilo.

O Velaryon a ajudou puxar sua túnica de seu corpo, a peça de roupa caiu no chão.

Maella se inclinou levemente, em um pedido silencioso para que ele a beijasse. Jacaerys pareceu entender, pois tomou sua boca com a dele.

Os dedos hábeis de Maella foram até o cinto do mais velho, tentando o tirar.

Jacaerys riu entre o beijo, pelas intenções da garota.

O Velaryon se afastou da boca de Maella, depositando beijos longos na mandíbula dá mesma.

— Ainda não. — O garoto ouviu a mais nova resmungar, descontente. — Apressadinha.

Ele não parecia estar com pressa.

Os beijos desciam preguiçosamente... Da mandíbula foi para a clavícula, dá clavícula foi para o vale dos seios, do vale dos seios foi para a barriga de Maella.

Todos os beijos e carícias faziam a garota fechar seus olhos com força. Os toques pareciam queimar seu corpo em um sentimento avassalador.

A Velaryon tremeu quando Jacaerys puxou as pernas dá mais nova, segurando suas coxas com firmeza.

— O que está fazendo? — Maella murmurou, tentando se levantar.

Uma das mãos se soltou de suas pernas, apenas para ser colocada sobre sua barriga.

— Se deite. — Jacaerys pediu. Ele pode ver a confusão de Maella em seu rosto. — Eu... Ahn, tenho uma ideia nova. — As bochechas do garoto esquentaram e seus ombros encolheram. — Observei algumas coisas naquela casa dos prazeres.

A Velaryon mordeu o lábio.

— Então você prestou atenção?

— Se deite. — Jacaerys repetiu.

A garota riu baixinho e se deitou, sentindo seu estômago se revirar de ansiedade.

Jacaerys era inexperiente naquele assunto, nunca havia feito nada parecido antes de Maella.

Não por falta de oportunidades, mas por falta de interesse, talvez?

Claro que, o garoto não era cego, ele notava as mulheres, principalmente sua beleza, mas sempre achou justo que deveria se guardar para o seu casamento.

Parecia justo que ambos não soubessem o que fazer.

Infelizmente – ou não – Maella atrapalhou seus planos.

Sua primeira experiência foi com ela, e foi bom.

Mas... Eraaquilo?

Ele não sabia mais que o necessário, e não gostou disso.

Maella havia estragado seus planos de não saber nada, então agora ele deveria saber de tudo.

Jacaerys nunca admitiria que havia pegado alguns pergaminhos empoeirados dá biblioteca de Dragonstone, e furtivamente levando para seu quarto.

Ele podia ser inexistente, mas era um ótimo aprendiz.

O Velaryon beijou o interior das coxas de Maella, dando pequenas mordidinhas no local, podendo ouvir suspiros trêmulos dá garota.

Ele levou as pernas da Velaryon até seus ombros, os apoiando ali.

— Bata no meu ombro se não gostar.

Ela franziu as sobrancelhas.

— Por que eu faria...

Jace não deixou que ela terminasse de falar, já que sem mais cerimônias, o garoto mergulhou para o meio das pernas de Maella, fazendo-a engasgar com o ar.

— Jacaerys! — Maella exclamou alto, pela sensação nova.

Ela tentou se levantar, mas a mão dele repousou em seu estômago, a fazendo parar. Maella respirou fundo, se forçando a parar, ela sabia que ele jamais faria nada para a machucar.

O garoto voltou a segurar as pernas da mais nova com firmeza.

Maella sentia a língua de Jacaerys girar hesitantemente em seu centro, como se estivesse testando até onde ele poderia ir.

Involuntariamente, as pernas de Maella tentaram se fechar em volta dá cabeça de Jacaerys, quando sentiu sua língua adentrar em sua intimidade.

A Velaryon arqueou para fora da cama por um momento e suas mãos tatearam a cama, tentando se agarrar a alguma coisa.

A respiração de Maella acelerou e ela movimentou seu quadril, tentando acompanhar os movimentos do garoto.

— Jace... — Ela gemeu baixo, enquanto forçava seu olhar a ir até o meio de suas pernas.

Lá estava o mais velho, acomodado entre as pernas da garota como se aquele lugar fosse reservado para ele, suas mãos seguravam com firmeza as coxas da Velaryon, a prendendo no lugar e seus olhos... Ah, seus olhos estavam presos aos dela, examinando cada suspiro e cada tremor.

Tomando tudo aquilo como um troféu.

As sobrancelhas da mais nova se franziram quando pode sentir a ponta do nariz do Velaryon cutucar seu ponto sensível.

A mão esquerda de Maella se emaranhou nos cabelos de Jacaerys, puxando os fios, podendo ouvir ele sibilar em resposta.

— Jace! Não... Não pare agora! — A garota exclamou, talvez um pouco alto demais.

Mas honestamente, nenhum dos dois estava se importando com aquilo no momento.

Jacaerys não negou seu pedido, ao invés disso, acelerou seus movimentos.

Chupões, lambidas e leves mordiscadas. Ele seguiu exatamente essa sequência.

A garota rolou os olhos, sentindo seu corpo tremer, enquanto o prazer a alcançou como uma onda.

Jacaerys a afogou no prazer, e ela estava grata por isso.

Maella abriu a boca e revirou seus olhos, sentindo seus pensamentos começarem a serem nublados.

As pernas da Velaryon se apertaram em volta dá cabeça de Jace, em um aviso silencioso de que ela estava perto daquela sensação entorpecente.

Ele entendeu os sinais, sua mão soltou uma das coxas de Maella, apenas para buscar pela mão dela.

Ambas as mãos se entrelaçaram, enquanto Jacaerys abria mais sua boca.

Aquele foi o estopim para Maella, que soltou um longo gemido, enquanto sentia seu corpo dar pequenos espasmos.

Jacaerys prolongou as sensações.

Assim que limpou a garota com a língua, o mais velho se arrastou para cima dela novamente.

Ele a encontrou com os olhos semi serrados, as bochechas coradas e a respiração descompassada.

— Parece que você gostou. — O Velaryon sussurrou, enquanto lambia os lábios. — Você não bateu no meu ombro.

Maella riu, arrancando um sorriso doce do garoto.

— É... Eu achei interessante. — A Velaryon murmurou.

Jacaerys a beijou, deixando-a sentir o seu próprio gosto.

Foi um beijo preguiçoso e lento.

A mão direita de Jace desceu raspando pelo corpo alvo de Maella, indo diretamente para o meio de suas pernas.

O simples toque fez a garota fechar os olhos.

— Jace... — Maella ofegou.

— Senti sua falta... — O garoto salpicou beijos pela mandíbula da Velaryon, enquanto mergulhava um de seus dedos nela. Maella engasgou com o movimento repentino. — Nunca mais devemos brigar, meu amor.

A de cabelos castanhos acenou rapidamente, não conseguindo formular uma frase coerente.

As mãos de Maella foram até a nuca do garoto, o puxando para um beijo urgente.

Os dois suspiraram na boca um do outro.

O dedo de Jacaerys começou a se mexer, um ritmo calmo e sem pressa. Ele não queria forçar mais do que Maella poderia aguentar. Ele pararia no momento em que ela pedisse.

Uma das pernas da mais nova se prendeu até o quadril do Velaryon, o dando mais espaço.

Ele quase riu com o modo que ela estava tão responsiva aos seus toques.

— Deuses, eu te amo. — Jacaerys suspirou, enquanto aconchegava seu rosto na curva do pescoço de Maella.

A Velaryon depositou um curto beijo na têmpora do garoto.

As mãos de Maella desceram até bainha da calça do mais velho, procurando novamente a fivela do cinto.

Jacaerys riu contra o pescoço da garota, enquanto mordiscou o local, arrancando um gemido da Velaryon.

— O que está aprontando? — Ele perguntou, enquanto adicionava um segundo dedo dentro dela.

— Tire essa calça. — Maella pediu, enquanto tentava despi-lo sem sucesso. O garoto apenas riu em resposta. — Por favor.

— Por que? — Ele acelerou seus movimentos, fazendo a garota levantar os quadris.

A Velaryon não respondeu, não quando a sensação anterior parecia retornar.

Jacaerys beijou sua bochecha e experimentalmente, curvou seus dedos dedos dentro dela.

O garoto admirou como as sobrancelhas de Maella se franziram, como sua respiração ficou irregular e seus olhos se fecharam.

O de olhos castanhos lentamente tirou seus dedos, podendo ouvir a garota resmungar.

Jace se jogou ao lado de Maella, contente e cansado.

Ele virou sua cabeça para o lado, vendo a Velaryon ofegante, confusa e com pequenas gotas de suor se formando em sua testa.

— Onde aprendeu isso? —  A voz da mais nova carregava uma pitada de... Ciúmes?

Jacaerys riu daquilo.

— Ficaria surpresa. — Ele riu mais ao ver Maella se sentar na cama. O garoto a puxou para ela cair em seus braços. — Dragonstone tem livros com vários assuntos, você se surpreenderia.

— Aprendeu isso em um livro? — a Velaryon se ajeitou em seu aperto, se sentando na cintura de Jace.

Jacaerys brincou com as mãos da mais nova, as entrelaçando com as suas.

— Você gostou?

Maella sorriu, se inclinando para ele, prendendo suas mãos ao lado da cabeça de Jacaerys.

Kessa... Yn jaelan tolī hen ao. — Maella quase riu dá expressão surpresa do mais velho. Sim... Mas eu quero mais de você. Ao sytilībagon naejot nyke.Você pertence a mim.

O garoto sorriu e esfregou a ponta de seu nariz na bochecha de sua garota.

— Tire minhas calças. — Jacaerys lambeu os lábios. — Lo ao pendagon kostā handle nyke.Se você acha que pode me aguentar.

Maella mordiscou o lábio.

Davinne andava apressada pelos corredores, com Dolous em seu encalço.

Os dois estavam molhados e preocupados.

Ambos procuravam por Maella.

— Você não deveria estar com ela, Lady Davinne? — O Crackehall perguntou, enquanto se forçava a quase correr para alcançar a Arryn.

— E eu estava! Mas você sabe como ela é. — a de cabelos pretos negou levemente. — Deixei Maella na praia! E quando fui buscá-la, ela não estava!

— Você acha... — Os olhos azuis do mais velho se arregalaram e ele parou de andar, fazendo Davinne parar também. — Acha que ela se afogou? Pelos Sete! V-vou voltar para a praia agora mesmo!

— Não seja estúpido! — A Arryn o segurou pelo braço, o parando. — Maella nada desde os onze, ela não se afogaria.

— As ondas estão agitadas, ela não é acostumada com isso. — O homem soou preocupado.

E, mesmo que Davinne não quisesse, isso despertou preocupação na garota.

— Ela não ficaria na água por muito mais tempo, não com uma tempestade assim. — A Arryn franziu as sobrancelhas. — E se tivesse acontecido algo ruim com Maella... Então a Veenrax já estaria sobrevoando as águas em busca dela.

O pensamento compartilhado fez ambos se acalmarem.

— Certo, você está certa... É claro que está. — Dolous sorriu, aliviado. — Ela deve estar bem.

— Claro que sim.

— Alguma chance de Maella estar com um de seus irmãos? — O Crackehall perguntou, enquanto voltava a caminhar ao lado de Lady Arryn.

— Joffrey está com Rhaenyra, Viserys e Aegon estão em seu cochilo e... — Davinne riu, negando. — Eu duvido que ela esteja com Jace. Eles não se falam a duas semanas, não voltarão agora, eu suponho. — A garota franziu as sobrancelhas. — Embora eu esteja torcendo para que voltem, a briga dos gêmeos Velaryon está desequilibrando toda Dragonstone.

Dolous estreitou os olhos.

— Você sabe o motivo? — O mais velho perguntou, curioso.

— Ahn... — Davinne enrolou. Claro que ela não diria o motivo verdadeiro, os serviçais de Dragonstone já sabiam o incidente do jantar, mas todos estavam sendo levados a acreditar que aquele era apenas um boato hediondo criado por Aemond Targaryen. — Oh, eu já sei onde ela está! — E saiu correndo, fazendo Dolous correr atrás dela. — Ela deve estar com Luke! Digo, Príncipe Lucerys!

Os dois voltaram a correr pelos corredores de Dragonstone.

Subiram algumas escadas no processo, ansiosos para chegar até o quarto do Príncipe do Reino.

Assim que alcançaram uma porta de madeira escura com adornos prateados, eles pararam, ofegantes.

Davinne foi a primeira a bater ansiosamente na porta.

Dolous fez uma careta quando a Arryn bateu dez vezes – ou mais – na porta.

E ela continuaria batendo, se Lucerys não tivesse aberto a porta.

O garoto estava deplorável, para não dizer outra coisa.

Cabelos bagunçados, rosto inchado e olhos baixos.

Com toda certeza os dois haviam tirado Lucerys de um possível cochilo.

O Velaryon coçou seus olhos, tentando assimilar o que estava acontecendo.

Sua expressão confusa se suavizou quando seus olhos encontraram com Davinne.

— Davinne! — A voz do mais novo saiu alegre e um pouco grogue de sono. A Arryn suspirou e apontou com sua cabeça para o lado. — E... Sir Dolous?

— Príncipe. — O mais velho comprimentou.

— A Maella está? — A Lady Arryn perguntou.

Luke franziu as sobrancelhas.

Ele não via a Ella desde o café dá manhã, talvez? Honestamente, Lucerys não se lembrava e não dava a mínima, sendo sincero.

Deve ter divagado por tempo demais, já que Davinne bufou e o empurrou para o lado, abrindo espaço para entrar no quarto.

— Maella! — A Arryn chamou, enquanto adentrava mais no quarto.

Lucerys voltou seu olhar para Dolous, vendo o Crackehall com os olhos arregalados pela atitude da mais nova.

— Maella!

— Ela não está aqui. — Lucerys bufou, incomodado com os gritos. — Eu não a vejo a horas.

— Mas se ela não está aqui, onde é que ela se meteu?

— Você não é a dama de companhia dela? — O Velaryon viu a garota se virar para ele, o fuzilando com o olhar.

— Eu a deixei para organizar seus baús! — A Arryn retrucou. — Iremos para Driftmark em poucos dias.

Iremos? — Lucerys arqueou uma sobrancelha. — Você vai junto com ela para Driftmark?!

Davinne engoliu seco e soltou um suspiro.

— Maella não está mesmo aqui, irei voltar a procurá-la.

— Não, eu desejo falar com você. — O Velaryon pediu, fazendo a mais velha parar. Ele se virou para Dolous. — Pode ir, Sir Crackehall. Eu desejo uma palavra com Lady Davinne.

O mais velho dos dois pareceu incerto quanto a isso.

Davinne acenou para o loiro.

— Com suas licenças. — O Crackehall se curvou levemente, antes de sair.

A Arryn observou o Príncipe fechar a porta de seu quarto.

— Qual o problema? — Lucerys perguntou assim que se voltou para a mais velha. — Eu fiz algo errado? — Davinne franziu as sobrancelhas. — Eu... Eu beijei você errado?

As bochechas de ambos se avermelharam

— Não.

— Então eu-eu desrespeitei você de alguma maneira?!

— Ora, é claro que não!

— Então o que aconteceu?! — Lucerys se aproximou. — O que quer que eu tenha feito... Eu sinto muito, eu peço desculpas! — A Arryn desviou o olhar, não querendo que ele notasse como seus olhos lacrimejavam rapidamente. — Eu só quero... — O Velaryon engoliu seco. — Eu só quero saber o que fiz de errado para você não querer mais falar comigo.

Davinne negou.

— Você não fez nada de errado. — A garota respondeu. — Você apenas... Você disse que me amava.

Silêncio.

O quarto se inundou em um pesado silêncio.

— Eu... — Lucerys ficou mais vermelho, se é que isso era possível. — Eu disse.

— Você disse. — Davinne o encarou. — E no dia seguinte, fomos lembrados que você está noivo. De uma garota adorável! — Os olhos de Lucerys começavam a ficar vermelhos e marejados. — E foi ali que notei que não podemos continuar com algo que... Nunca deveria ter acontecido.

As palavras pareciam ter machucado o Velaryon, pois um bico quase imperceptível se formou em seu lábio.

— Então... Estamos acabados? — Lucerys perguntou, seu tom saiu tão baixo que a Arryn quase não o ouviu.

— Nunca ouve nada para acabar, Luke. — A garota respondeu.

A Arryn caminhou lentamente até a porta e só quando levou a mão até a maçaneta, Lucerys voltou a falar.

— Nada daquilo foi real? — O Velaryon perguntou, sem a encarar. — Você não sentiu nada?

Davinne abriu a porta, mas não teve coragem de sair, não antes de o responder verdadeiramente.

— Eu sinto. — Ela respondeu, enquanto encostava sua testa na porta, parecendo tomar coragem para dizer. — E eu amo você, mas... — A de cabelos pretos soluçou e só nesse momento, Lucerys soube que ela estava chorando, assim como ele. — Isso está machucando, Luke. E muito.

E ela saiu apressada dos aposentos.

A chuva ainda se estendia pelo lado de fora, os Velaryon podiam ver isso através da janela que residia em frente a cama.

A coberta vermelha era macia sobre a pele de Maella, e o corpo de Jacaerys a ajudava a se aquecer.

O Velaryon brincou com os dedos da garota, enquanto respirava o perfume adocicado com uma pitada de maresia que exalava dos cabelos da mais nova.

O silêncio era confortável. Tudo que se podia ouvir era a chuva do lado de fora e o crepitar da fogueira.

— O que vão dizer de nós? — Maella murmurou baixinho, enquanto se aconchegava no peitoral do mais velho.

— Eu não sei... E agora não me importo com isso. — Jace respondeu, enquanto observava sua mão se entrelaçar com a dá garota.

— Vão dizer muitas coisas sobre nós, se descobrirem. — Maella murmurou, Jacaerys riu.

— Já dizem muitas coisas. — Jace respondeu, Maella franziu as sobrancelhas ao ouvir a voz divertida do mais velho.

— O que é tão engraçado?

— O jeito que está tão preocupada, é engraçado. — Jacaerys viu a Velaryon levantar o rosto para o encarar, indignada.

A garota se sentou na cama e puxou os lençóis até seu busto. Jacaerys franziu as sobrancelhas.

— Não estou fazendo piadas. — A Velaryon viu o olhar de Jacaerys sobre ela, sorrindo. — Você deveria estar preocupado.

Jace suspirou.

— Eles já diziam coisas sobre nós, antes de de fato acontecer. — O Velaryon respondeu, dando de ombros. — Bom... Pelo menos agora nós demos algo verdadeiro para que eles possam falar. — Jacaerys se inclinou, beijando o queixo dá mais nova. — Agora podem dizer... Os gêmeos Velaryon são profanos, impuros e — Jacaerys riu. — que eles copulam juntos.

Maella deu um tapa em seu ombro, fazendo com que ele risse ainda mais.

— Jace... — O tom baixo fez Jacaerys parar. — O que faremos? — A Velaryon perguntou.

— Você vai ficar em Dragonstone. — O mais velho respondeu, se sentando na cama. — Comigo, como sempre deveria.

— Isso não é uma solução a longo prazo.

— Mas poderia ser. — Jacaerys brincou com o cabelo da mais nova.

— Você está noivo.

— Então casa comigo. — Suas mãos foram até às bochechas da garota.

— Jace. — A Velaryon murmurou, arqueando uma sobrancelha.

— Eu sei que não deseja casar... — Jacaerys a puxou para ela se sentar em seu colo. — E eu concordo com o que lhe agradar, mas não me peça para me casar com Baela, não seria justo com ela e nem comigo. — O garoto suspirou. — Eu não amo mais ninguém além de você, Mae. — O Velaryon podia ver o modo como Maella desviava o olhar toda vez que ele mencionava que a amava.

Ele sabia que ela não diria de volta, não agora. Mas ele também sabia que ela o amava.

Jacaerys simplesmente sabia.

— Se eu me casar, Driftmark não será minha. — Maella respondeu, observando o mais velho franzir as sobrancelhas. — Driftmark será sua propriedade, assim como eu serei. Eu não seria mais a Senhora das Marés, eu seria uma... Uma incubadora para gerar herdeiros para você. — A mais nova tentou sair dos braços de Jacaerys, porém ele a impediu gentilmente. — Eu não vou ser reduzida a isso.

Jacaerys pareceu preocupado, pois suas mãos afastaram o cabelo do rosto da garota, apenas para fazer carinho em seu rosto.

— Foi isso que o Aemond fez você acreditar? — Ele perguntou, gentil.

O Velaryon viu quando os olhos de Maella vacilaram e seus ombros de encolheram.

Jacaerys odiava saber que descobriu o conteúdo das cartas tarde demais. Ele sabia que houve muitas, e agora entendia o que deveria ter naquelas cartas.

Várias ameaças, que infelizmente ainda assustavam a garota.

O garoto gentilmente envolveu seus braços em volta dela, a abraçando.

— Meu amor, um casamento não precisa ser assim. — Jacaerys fez círculos imaginários nas costas de Maella, tentando a tranquilizar. — Não seria assim, não o nosso. — Ele sentiu a Velaryon o abraçar de volta. — Driftmark seria sua, porque é seu direito.

— E quanto a herdeiros? — Jacaerys ouviu Maella murmurar. — É o que você precisaria para que sua reinvindicação fosse forte, no futuro.

— Bom... — O mais velho ponderou por um momento. — Lucerys ou Joffrey poderiam ser os meus herdeiros, eu não me importaria com isso.

— Não seja bobo, você sempre quis ter filhos um dia.

— Eu prefiro ter você. — Jacaerys respondeu, enquanto depositou um beijo nos cabelos de Maella. — Você é tudo o que eu desejo. Talvez tudo o que dizem sobre nós seja verdade. Você sempre foi feita para mim e eu sempre fui seu. — Ele sorriu contra os cabelos dela. — É uma obra dos Deuses.

A Velaryon não o respondeu, mas pareceu relaxar sobre o toque do garoto.

Maella fechou seus olhos e respirou o perfume da nuca do mais velho.

Uma combinação perfeita entre o doce cheiro amadeirado, livros e... Grãos de café. Era reconfortante.

Tudo ali era reconfortante. O abraço quente, o toque leve de Jacaerys em suas costas, um carinho doce.

A chuva barulhenta do lado de fora se tornava um ruído calmante no interior quarto.

Parecia até mesmo mágico. Como se tudo pudesse ser falado ali.

— Foi por causa dele. — A Velaryon sussurrou, abrindo seus olhos, mais calma.

— O quê, meu amor? — Jacaerys perguntou, a afastando levemente apenas para a encarar.

Maella mordiscou o lábio e puxou o cobertor até o busto novamente. A natureza tímida apareceu novamente, o que era estranho para Jace.

Ele fez carinho em suas bochechas.

— Você me perguntou uma vez por que eu cortei o meu cabelo... — A Velaryon murmurou. — Ele me disse que até o meu cabelo seria dele, para fazer o que ele quisesse. — Maella desviou o olhar. — Eu-eu Imaginei que ele... — Sua voz morreu gradualmente, até se silenciar. — Bem, e então eu o cortei. E o deixei curto desde então.

Jacaerys suspirou.

Ela não precisa dizer o nome para que ele soubesse de quem se tratava. O Velaryon odiava o jeito como Aemond aterrorizava a mais nova, mas ele também sabia que esse medo deveria ser trabalhado. Ele não sumiria da noite pro dia, mesmo que Jacaerys rezasse silenciosamente para que fizesse.

— Deixe o seu cabelo crescer. — A Velaryon o encarou com aqueles grandes olhos violetas que ele tanto admirava. — Porque ele nunca mais vai encostar em um fio de cabelo seu, eu não permitirei.

— Jace...

— Deixe-o crescer. — Jacaerys se inclinou para ela, beijando sua testa.

Maella sorriu, enquanto sua mão esquerda ia até os cabelos castanhos do Velaryon, os acariciando.

— Então deixe seus cabelos crescer. — A garota respondeu, vendo o mais velho levantar as sobrancelhas. — Porque você é o herdeiro de nossa mãe, e ninguém pode contestar isso. — Maella acariciou sua bochecha e juntou suas testas. — É o que você é, e é lindo. Você é o homem mais lindo, com ou sem cabelos prateados.

As bochechas do Velaryon se aqueceram e ele concordou levemente.

— É uma promessa, então. — Jacaerys concordou, enquanto beijava a ponta de seu nariz.

Ele a beijou na testa, nas bochechas, no queixo e finalmente desceu para o pescoço.

Maella riu baixinho, enquanto jogava sua cabeça para trás, liberando mais espaço.

— Tenho algumas ideias de como podemos selar essa promessa. — A Velaryon murmurou, em um suspiro.

Jacaerys sorriu, enquanto mordiscou o pescoço da mais nova, observando como as pequenas marquinhas estavam se tornando avermelhadas.

— Eu sei que vou gostar do que quer que você sugerir. — O Velaryon a jogou para a cama, ficando por cima da mais nova. — Eu tenho boas ideias...

— Aposto que tem.

Ambos riram baixinho, antes de se beijar.

E eles poderiam ficar ali naquele beijo por mais tempo, se alguém não tivesse batido na porta.

Os dois quebraram o beijo rapidamente, seus olhos se arregalaram um para o outro.

— Acha que é a mamãe? — Maella perguntou baixinho. — Merda, ela vai me matar.

— Pode ser o Daemon.

— Tenho quase certeza que ele não bateria na porta. — A Velaryon sussurrou. — Lucerys?

— Com certeza não, eu... — Jacaerys negou levemente, envergonhado. — Veja bem, nossa briga me deixou um tanto frustrado... — Ele tentou se defender. — Eu posso ter... Descontado minhas frustrações nele.

Maella franziu as sobrancelhas.

— Você fez o quê?!

— Eu sei, a mãe já brigou comigo sobre isso. — Jacaerys sussurrou de volta.

Mais batidas de portas, dessa vez parecia mais urgente.

— Só um minuto! — Jacaerys exclamou, assustando Maella abaixo dele. — É melhor eu atender. — Ele sussurrou.

— Atender? — Maella negou apressadamente. — Eu estou aqui, vão me ver.

O Velaryon se levantou dá cama, buscando sua calça rapidamente pelo chão.

Outra batida na porta.

— Espere um pouco, droga! — Jacaerys gritou enquanto arrumava as calças.

O garoto foi até Maella, a beijando antes de sussurrar para que ela se cubra até a cabeça com as cobertas. E assim, a Velaryon fez, enquanto observava o mais velho ir até a porta.

Jace a abriu, apenas uma pequena fresta para que só ele fosse visto, e não o pequeno volume nos lençóis de sua cama.

O Príncipe arqueou uma sobrancelha ao ver Dolous Crackehall encharcado, em frente a sua porta.

— Vossa Graça. — O mais velho comprimentou, com um aceno.

— O que você quer? — O garoto perguntou, sem rodeios.

— A Princesa Maella está sumida a tempo demais, eu e Lady Davinne estamos preocupados com o bem estar de Vossa Graça. — O Crackehall explicou. — Eu circulei toda a Dragonstone e não a encontrei.

— E então...?

Dolous parecia a ponto de perder sua preciosa paciência.

— Eu acabei de lhe dizer que Maella está desaparecida. — O Crackehall retrucou, como se fosse óbvio. — Acabei de te falar que andei por todas as praias de Dragonstone, e não a achei!

— Bom... — Jacaerys deu o seu máximo para parecer se importar. — Tenho toda a certeza de que ela está muito bem.

— Como pode saber?

O Velaryon riu.

— Não se preocupe, ela não está sumida, apenas ocupada. — Jace sorriu.

Jacaerys não se orgulhava do que tinha acabado de fazer. Ele não se considerava um homem de natureza ciumenta, gostava de dizer que era muito tranquilo quanto a isso.

Mas era incrível como tudo rapidamente mudava quando Dolous era colocado no meio.

Ele sabia que o Crackehall já havia compartilhado beijos com a Velaryon, e odiava isso.

O ódio era um ótimo combustível para se tornar presunçoso.

— O que quer dizer com isso? — Dolous perguntou, confuso.

Exatamente o que quis dizer. — Jacaerys respondeu. — Maella está ocupada, comigo.

Um misto de emoções passou pelos olhos azuis turbulentos de Dolous, mas ele não se atreveu a dizer algo.

— Entendi. — O Crackehall murmurou simplesmente.

— Então, sugiro que vá agora. — Jacaerys sorriu de lado. — Mas eu agradeço a preocupação. E tenho certeza que Maella também ficará contente com isso.

Dolous o entregou um pequeno aceno e o Príncipe fechou a porta.

Jace viu Maella puxar as cobertas, as puxando até que sua cabeça fosse vista.

— Quem era?

Jacaerys deu de ombros.

— Uma serviçal perguntou se eu gostaria que meu banho fosse preparado agora. — O garoto sorriu, enquanto voltava para a cama. O Velaryon subiu em cima do Deleite do herdeiro novamente, a observando sorrir. — Mas eu disse que estava ocupado no momento.

A garota mordiscou o lábio.

— Então continue ocupado.


9526 palavras!!!

eu revisei o capítulo masss se houver algum erro ortográfico, peço desculpas

comentem e votem !!! isso ajuda a fanfic a engajar e ser entregue ao público alvo💋

até o próximo capítulo <3

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