1.3 - needle and thread
CAPÍTULO TRÊS; agulha e linha
CAPÍTULO REVISADO
POV'S AUTORA
MAELLA CAMINHAVA DE VOLTA para os aposentos de sua mãe.
A garota estava começando a entender as coisas em sua volta, em quem deveria e quem não deveria confiar.
A Velaryon sabia que não deveria confiar em Alicent, não depois de tudo o que viu sua mãe passar na mão daquela mulher.
Sabia que não deveria confiar em qualquer pessoa próxima dá Hightower também, e isso incluía o guarda juramentado dá mais velha, Sir Criston Cole e o irmão de Sor Harwin, Larys Strong.
A garota sabia que poderia confiar em sua família, em Rhaenyra, em Laenor, em seus irmãos e em Sor Harwin Strong.
Definitivamente sabia também que não se devia confiar nos filhos de Alicent.
Mas se não deveria confiar neles, então porque sua mãe tentou propor um casamento entre seu irmão e uma filha de Alicent Hightower?
Aquilo não fazia sentido.
Deuses, Maella se sentia cercada em um ninho denso de cobras.
Imersa em seus pensamentos, a Velaryon não notou que já estava próxima do quarto onde sua mãe repousava.
Maella piscou os olhos, parando na porta ao ouvir vozes conversando dentro do cômodo.
— ... Ele me mostrou um saco de safiras do tamanho de nozes, que ele pegou de um pirata que assassinou. — A Velaryon franziu as sobrancelhas, ao ouvir a voz enrolada de seu pai, Laenor. A garota o ouviu rir. — Depois de todo esse tempo, era disso que eu precisava! Um pouco de aventura, uma boa e honesta batalha para avivar meu sangue novamente. — A menina empurrou uma fresta dá porta, podendo agora ver seus pais. — Ele disse que há um general de Tyros, um gigante, ele me disse, que tinge a barba de roxo e usa vestido de mulher. — O mais velho soltou uma gargalhada. Maella viu sua mãe o encarar. — Talvez uns meses... Voltar para o mar...
— Ficou louco? — Maella viu sua mãe com lágrimas em seus olhos. — Você sabe o que aconteceu, enquanto bebia toda a cerveja dá baixada das pulgas e sabem os Deuses mais o que? Rumores obscuros estão nos perseguindo, estão mordendo nossos calcanhares. — Rhaenyra suspirou. — Dúvidas, sobre a verdadeira linhagem dos nossos filhos. — O rosto de Laenor mudou com as falas dá Targaryen. — Insinuações vis e repugnantes.
A Velaryon viu Laenor sorrir levemente, enquanto balançava sua caneca na mão.
— Insinuações, é?
Maella abaixou o olhar.
— Eles são nossos filhos! — Rhaenyra respondeu rapidamente. — Meus e seus! — A Targaryen se ajeitou na poltrona. — E o verdadeiro pai deles não irá abandoná-los para a guerra e se embebedar pelo mar estreito, sacudindo a espada e piscando para os marinheiros.
— Eu sou um cavalheiro,— Laenor argumentou. — e um guerreiro. E eu, compri o meu papel aqui com lealdade por onze anos. Acho que eu mereço...
— Você não merece nada! — Rhaenyra o interrompeu. — Por onze anos, você satisfez suas vontades na corte, comprou os melhores cavalos, bebeu os melhores vinhos, trepou com os rapazes mais fortes, esse foi o nosso acordo. Eu nunca julguei você! — A Velaryon viu sua mãe cuspir as palavras, parecendo raivosa... Desesperada. — Mas, você não vai deserdar do seu posto durante uma tempestade.
— O sábio marujo foge dá tempestade enquanto ela se forma. — Laenor a respondeu, parecendo nervoso também.
Rhaenyra o encarou, em silêncio.
Maella viu Laenor tomar um grande gole de sua caneca.
— Muito bem então eu ordeno. — Rhaenyra continuou. — Como sua Princesa e Herdeira do Trono, eu ordeno que você permaneça em Kingslanding e continue ao meu lado.
Maella deu alguns passos para trás, sentindo seu coração pesar em seu peito.
A Velaryon voltou a caminhar.
Laenor não se sentia o pai dela, e nem de seus irmãos. Muito pelo contrário, ele parecia ansiar para fugir dali e viver sua vida no mar.
Além dos boatos de bastardia, aparentemente os boatos sobre seu pai preferir estar acompanhandos de cavalheiros do que de sua esposa eram verdadeiros também.
Maella sentia que tudo a sua volta se tornava lentamente uma grande mentira.
A lua brilhava no céu quando a garota saiu de seus aposentos, se esgueirando para a porta ao lado de seu quarto.
Não conseguia dormir, seu quarto parecia silencioso demais, vazio demais – por mais que não fosse – e parecia estar mais frio do que o habitual.
Maella bateu na porta e esperou alguns minutos.
Uma figura pequena a abriu, seus cachinhos bagunçados revelavam que o garoto havia acabado de acordar.
— Ella? — Lucerys coçou seus olhos. — Boa noite.
— Boa noite. — Maella murmurou.
— Está tudo bem? — Lucerys olhou para os lados, vendo como o corretor estava vazio. — Aconteceu algo?
— Eu... — Maella suspirou. — O meu quarto está muito vazio, eu não quero dormir nele.
O Velaryon estranhou o comportamento dá mais velha, mas não quis questioná-la.
— Sorte sua que a minha cama é grande, venha. — Luke murmurou, segurando a mão dá maior, a puxando para dentro de seu quarto.
O garoto fechou a porta atrás dela e – ainda de mãos dadas – os dois caminharam até a cama do mais novo.
A cama era de uma madeira escura, os lençóis brancos eram aconchegantes e a grande coberta era pesada e azul escura.
Maella subiu na cama, sendo acompanhada de seu irmão.
A Velaryon observou o mais novo puxar a coberta, os cobrindo.
Lucerys se aconchegou na cama, afundando seus cachinhos pelo travesseiro de penas.
Maella se deitou, o observando pegar seu brinquedo de pano favorito.
Um dragão amarelo. Maella sempre caçoava do brinquedo, dizendo como o animal parecia que havia sido queimado e depois dado de presente para Lucerys.
O brinquedo havia sido de Rhaenyra em sua infância e mais tarde, foi passado para o garoto.
Mas agora, vendo seu irmão se deitar ao seu lado, com seus cachinhos espalhados pelo travesseiro, seu pijama branco com detalhes em azul e o dragão de pano em seus braços, Maella o achou adorável.
Maella colocou sua mão sobre a do mais novo, fazendo o mesmo a encarar.
— Luke, eu amo você. — A Velaryon murmurou.
Lucerys sorriu.
— E eu amo você, Ella. — O menino a respondeu. — Até quando me acorda no meio dá madrugada.
— Mesmo?
— Mesmo. — O mais novo concordou.
Maella viu o garotinho se aproximar mais e – com sua mão livre – a abraçar, passando seu braço pela cintura coberta dá mais velha.
— Você está bem? — Lucerys perguntou, baixo. — Jace disse que vocês brigaram.
— Eu... Eu tô bem. — A mais velha respondeu. — É coisa de gente grande.
Lucerys riu.
— Você também é uma criança, Maella.
A Velaryon sorriu levemente.
Ela era uma criança, mas não se sentia mais tão criança como antes.
Maella viu o menino fechar seus olhos.
— Fale com Jacaerys, ele está triste porque você está ignorando ele. — Lucenys murmurou.
— Eu não estou o ignorando, até falei com ele essa tarde.
O Velaryon abriu um dos olhos.
— O quê? É verdade! — Maella respondeu. — Meu dia foi apenas... Corrido, precisei resolver algumas coisas.
— Certo... Então fale com ele amanhã, e fale com ele direito dessa vez. — Lucerys bocejou. — Agora, por favor... Vamos apenas fechar os olhos... — A voz do mais novo foi ficando mais baixa a cada palavra. — E descansar um pouquinho... Boa noite, Ella.
E o Velaryon se entregou ao sono.
Maella beijou a bochecha do garoto.
— Boa noite, Luke.
Em meio as cobras que cercavam a Fortaleza Vermelha, Maella teve certeza naquele momento que poderia encontrar consolo em sua família.
E assim, adormeceu, se sentindo segura ao lado de seu irmãozinho.
As coisas haviam saído do controle.
Ao amanhecer, a Princesa foi informada por fofocas no corredor de que Sor Harwin estava partindo dá Fortaleza Vermelha, para assumir seu posto de Herdeiro de Harrenhal.
Assim que soube, Maella correu para o berçário, onde foi informada que sua mãe estava.
— Mãe, você soube? — A mais nova abriu as portas do cômodo. — Sor Harwin está indo embora, nós temos que fazer alguma coisa e...
— Mae... — Rhaenyra a interrompeu.
Maella parou na porta, vendo o Strong sorrir para ela.
— Venho quando puder. — Sor Harwin se levantou do chão, onde Lucerys brincava com seus brinquedos de madeira. Os dois garotos ainda estavam com seus pijamas e Maella ainda se encontrava de camisola. — Mas talvez leve algum tempo.
Jacaerys foi para o lado de sua mãe, enquanto Maella ainda permanecia parada na porta, como uma estátua.
— Jace... — Rhaenyra fez carinho nas madeixas castanhas de seu filho, tentando o consolar.
— Eu voltarei. — Sor Harwin falou, vendo Jacaerys concordar rapidamente, enquanto abaixava a cabeça. O Strong sorriu levemente, levando sua mão até o queixo do mais novo, levantando seu rosto. — Eu prometo.
O homem se virou para Rhaenyra, que segurava o pequeno Joffrey em seus braços.
A Velaryon pode ver como a expressão de Rhaenyra estava abatida.
A mulher evitava o olhar nos olhos, tentando não mostrar sua tristeza através deles.
Sor Harwin se inclinou, depositando um beijo doce no topo dá cabeça do bebê.
— Serei um estranho, — O homem comentou baixo, fazendo carinho no bebê. — quando nos vermos de novo.
Sor Harwin observou Rhaenyra negar levemente com a cabeça, seus olhos estavam marejados quando ela o olhou de soslaio.
Maella viu Jacaerys notar aquilo e, em seguida a encarar.
— Princesa. — Sor Harwin se despediu.
O homem se afastou, pegou suas coisas e parou em frente a Velaryon.
— Princesa... — O Strong se abaixou na altura dá garotinha. — Cuide de sua mãe enquanto eu estiver longe, tudo bem, Mae?
— O Senhor não pode ir... — Maella negou com a cabeça. — Não agora, você deve ficar... V-você tem que ficar!
O mais velho colocou sua mão sobre a bochecha dá mais nova.
— Vai ficar tudo bem, é apenas temporário. — O homem tentou a tranquilizar.
A Velaryon sentiu seus olhos marejarem e envolveu o pescoço do Strong, em um abraço desajeitado.
Harwin sorriu minimamente, a abraçando de volta.
— Eu sei que quis ser um pai, até mesmo quando não podia. — Maella sussurrou, sentindo o homem a apertar mais forte no abraço. — Eu vou sentir tanto a sua falta.
— E eu sentirei a sua, Maella. — Harwin fez carinho nas costas dá menor. — Você é uma garota extraordinária, nunca se esqueça disso. É a garotinha mais bondosa que eu já conheci, — O mais velho se afastou um pouco, apenas para poder olhar nos olhos violetas dá Velaryon. — apenas... Mantenha isso em você, tudo bem?
A morena acenou com a cabeça, seus olhos violetas brilhando pelas lágrimas que ameaçavam cair de seus olhos.
— Prometa me escrever.
— Eu prometo.
Harwin se levantou, fez um último carinho nos cabelos longos dá garotinha e saiu do quarto, evitando olhar para trás.
Ele sabia que se olhasse, talvez desistisse de ir embora.
Lucerys, que estava mais longe, apenas observou Harwin Strong partir.
Jacaerys correu até a porta, para ver o homem uma última vez. Maella viu Rhaenyra se aproximar dos gêmeos.
A Targaryen fez carinho nos cabelos de seus filhos.
— Nós trocaremos cartas através de corvos, não será divertido? — Rhaenyra sorriu, tentando consolar os dois.
— Harwin Strong é o nosso pai? — Jacaerys perguntou, ainda observando o corredor por onde Sor Harwin havia sumido. O sorriso de Rhaenyra se desfez, a mulher encarou sua filha – que tinha os olhos arregalados pela pergunta. — Nós somos bastardos? — O Velaryon cuspiu as palavras. A Targaryen olhou rapidamente para dentro do quarto, para ter certeza de que Lucerys não havia escutado.
— Vocês são Targaryen's. — Rhaenyra respondeu, fazendo carinho na bochecha de Jacaerys. — É tudo que importa. — A mulher intercalou seu olhar entre os gêmeos.
Rhaenyra sorriu, um pouco nervosa e se inclinou, beijando a testa de seus filhos, acenando para os dois voltarem para dentro do quarto.
Maella odiava bordar. Seus bordados não eram delicados e não ficavam tão firmes como deveriam, uma linha sempre acabava se soltando e tudo ia pelos ares.
Mas dessa vez, ela estava realmente se esforçando. A garotinha estava sentada no divã de seu quarto, com linha das cores: azul, vermelho, verde e preto. Exatamente nessa ordem.
A Velaryon planejava bordar um lenço com as cores dá Casa Strong junto com as iniciais do Herdeiro de Harrenhal e mandaria que alguém entregasse a Sor Harwin.
Não poderia ser tão difícil.
Ela deveria apenas fazer três linhas nas cores tradicionais dá Casa e usaria a linha preta para fazer as iniciais 'H.S' na ponta do lenço.
A garotinha colocou a linha preta pelo pequeno buraco dá agulha e ajeitou o bastidor em seu colo.
Com incerteza, começou seu trabalho.
A agulha atravessou o pano, levando junto de si a linha preta.
A Velaryon mordeu o lábio, enquanto fazia o bordado que deveria ser fácil.
Seus pensamentos voaram novamente para o que viu e ouviu.
Sua mãe e seu pai não tinham um casamento feliz, aquilo era óbvio. Embora eles se esforçassem para se demonstrarem um casal na frente de todos, aquilo não era verdade.
Agora que sabia de tudo, as coisas estavam mais claras para Maella.
O modo como sua mãe não parecia tão preocupada quando seu pai saia para mais uma de suas festas, ou o modo que seu pai parecia mais interessado em passar seu tempo com seu escudeiro do que com sua própria esposa.
Aquele casamento era um fingimento.
Claro que, Laenor sempre prestou atenção em seus filhos, ajudava Maella com o auto valiriano sempre que tinha tempo e com os estudos sobre a Casa Velaryon, já que um dia ela seria a Senhora dás Marés, passava um tempo com Jacaerys – até o levando para pescar uma vez em Driftmark – e sempre que podia, tomava o desjejum com os três, fazendo questão de levar os bolos favoritos de cada um.
A agulha passava pelo pano com mais agressividade, enquanto Maella se afundava ainda mais em seus pensamentos.
Depois que ouviu o que Laenor disse a Rhaenyra, a garotinha não podia deixar de pensar que tudo que havia vivido com o homem era uma grande mentira.
Talvez Laenor não se considerasse o pai de Maella e nem de seus irmãos, apenas porque eles não carregavam seu sangue.
Aquilo não era justo. Maella, Jacaerys e Lucerys foram ensinados a chamar Laenor de pai, assim como Joffrey seria ensinado. As crianças foram feitas para o amar e o admirar como um pai, então porque ele não se sentia o pai deles?
Maella se sentia filha dele.
A garota ofegou levemente, negando para si mesma. Ela nunca se casaria. Ela nunca passaria pelo que sua mãe e Laenor passavam. Maella jamais suportaria ter que fingir amar alguém que não amava.
Os olhos dá garota marejaram e sua mão falhou por um momento, espetando seu dedo.
A Velaryon soltou um resmungo de dor e piscou seus olhos, permitindo que as lágrimas escapassem.
Uma gota de sangue pingou, caindo de seu dedo até o pano, bem no centro.
— Porcaria. — A garota praguejou, enquanto seu rosto se franziu. — Mas que porra... Sete infernos...
Ela piscou seus olhos violetas, enquanto observava a bagunça que havia causado.
Estava tão concentrada em seu raciocínio que perdeu totalmente o rumo de seu bordado.
A garota observou a linha preta pelo lenço.
Havia começado a fazer a letra 'H' mas se aprofundou tanto em seus pensamentos, que a agulha e linha pareciam ter ganhado vida própria.
A linha preta estava sendo traçada pelo pano todo e junto dela, a linha verde também.
Os olhos violetas foram até sua mão, vendo que agora, usava a linha verde no bordado – ou o que deveria ter sido um bordado.
Ela não se lembrava quando começou a usar aquela cor.
Os pontos dá linha – ao contrário do preto – estava mais soltos e desleixados.
— Ótimo. — Maella resmungou, enquanto levava seu dedo espetado até a boca. — Nem mesmo para bordar você serve. — Disse para si mesma. — Além de bastarda, não sabe fazer um simples bordado... — ela soltou a agulha em cima do divã e passou a mão por suas bochechas, as secando.
Maella tirou o bastidor de seu colo e se levantou do divã ao ver sua mãe abrir a porta de seus aposentos.
— Meu amor, estamos indo. — Rhaenyra disse sem demora.
— O que quer dizer? — Maella franziu as sobrancelhas.
— Não permaneceremos mais na Fortaleza Vermelha, devemos ir para Dragonstone. — Rhaenyra viu sua filha abaixar o olhar. — Mae nós... — A mulher se interrompeu, apenas para fechar a porta. — Nós não podemos mais ficar aqui, Alicent negou a minha proposta sobre um noivado entre Jacaerys e Helaena...
Maella ergueu seu olhar rapidamente.
— Ela negou? — Maella segurou sua vontade de pular pelo quarto. — Então Jace não se casará com a Princesa Helaena?
— Não, infelizmente ela rejeitou a proposta.
Maella sentiu um alívio passar por seu corpo e, pela primeira vez, gostou de uma atitude de Alicent Hightower.
— Não podemos mais ficar aqui, não com os sussurros repugnantes sobre nós, eles sussurram meu nome quando passo pelos corredores. Em Dragonstone, ninguém fará isso. — Rhaenyra argumentou.
— Tudo bem, então iremos.
A Targaryen franziu as sobrancelhas, um pouco confusa pelo jeito como sua filha aceitou tão rápido.
Maella pareceu notar aquilo.
— Mãe, eu te amo. — A garota disse. — E eu amo a nossa família, se isso nos protegerá e se está de acordo com isso, eu não vejo o por quê não.
A mais velha sorriu para sua filha, vendo a garotinha se aproximar.
— Quando podemos ir? — Maella perguntou.
— Agora que Sor Harwin Strong se foi... Não vejo motivos para ficarmos aqui por mais tempo. — Rhaenyra respondeu. — Iremos até o final dá tarde, mandarei algumas serviçais para te ajudarem com a mudança, tudo bem?
— Sim, quanto mais rápido melhor. — Maella respondeu, sorrindo. — Sempre quis conhecer Dragonstone.
Rhaenyra sorriu e beijou o topo dá cabeça de sua filha.
— Obrigada por entender, querida. — Foi o que a mais velha disse antes de sair do quarto.
Como o previsto, em apenas algumas horas os baús dá Velaryon foram cheios de seus vestidos, sapatos, jóias e livros e levados até o barco onde a garota e sua família embarcariam.
Os dragões das crianças Velaryon eram ainda muito pequenos para serem montados por eles, então Rhaenyra resolveu que todos iriam de barco.
E assim, Maella, sua família e alguns empregados fiéis a família se foram de Kingslanding.
A viagem foi tranquila para a família e pareceu ser até mesmo rápida.
Não demorou muito para desembarcarem em Dragonstone.
Maella soltou um suspiro ao ver o castelo, ele era bonito e grande. O lugar tinha um ar de mistério e assustava um pouco a garotinha, mas ali Maella sabia que as coisas seriam diferentes.
Sentiu que poderia chamar aquele lugar de casa.
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