Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

⊰ o príncipe e a princesa ⊱

Tudo parece que foi um sonho.
Não tente desaparecer.
Isso é real? Isso é real?
Você, você.
Você é tão linda que tenho medo.

— Butterfly, BTS.

🦋

Jeon Jungkook nunca entendeu exatamente o que era o amor. Desde pequeno, sempre foi curioso e fazia perguntas sobre absolutamente tudo. Até que um dia, depois de completar seus cinco anos, pensou na palavrinha misteriosa de quatro letras.

"O que é o amor?".

Cada pessoa que ele questionava, tinha a sua própria perspectiva desse sentimento tão presente no nosso cotidiano, deixando o garotinho confuso.

Sua mãe dizia ser um afeto muito forte entre duas pessoas; a coisa mais especial para os seres humanos. A irmã mais velha classificou como uma perda de tempo e, seu pai, nem se deu o trabalho de responder.

E então, o que seria? Por que damos tanta importância para isso? Jungkook estava determinado a descobrir. Só não esperava encontrar a resposta em Elle — sua coleguinha de classe.

Dizem que a primeira paixonite sempre surge nos anos iniciais escolares e, para o Jeon, não foi diferente. Com seus sete anos de idade, continuava o mesmo menino tímido e interessado nos esmeros do mundo. Preocupava-se mais em estudar e se aventurar por aí do que em ter amigos. Porém, aquele dia mudou seus planos...

Era começo de um verão quente e fase final de um longo período de provas. O garotinho de óculos redondos esperava a irmã mais velha na saída da escola, lendo um livro que pegou na biblioteca sobre joaninhas.

Naquele horário, a maioria dos pais já haviam buscado seus filhos, mas Jungkook estranhou ao ver uma menina de cabelos curtos e cacheados sentada sozinha no banco ao lado do seu. Ouviu um choro baixinho e viu-a fungando o nariz. Preocupado, ele parou de ler.

O que deveria fazer? Sua curiosidade venceu. Fechou o livro, guardou na mochila, e lá foi o moreno se aproximar da garotinha que mantinha a cabeça abaixada. Cutucou seu braço e ela virou para olhá-lo; o rosto molhado pelas lágrimas solitárias que desciam pelos olhinhos castanhos escuros.

— Por que você está chorando? — perguntou sentando-se pertinho, meio envergonhado. — Seus pais te esqueceram aqui?

Ela negou.

— Eu tirei uma nota ruim na prova de matemática... Minha mãe vai me colocar de castigo, tenho medo — fez um biquinho triste.

Jungkook pendeu a cabeça para o lado, não entendendo o problema. Matemática era a matéria mais fácil, achava que todos iam bem como ele. Havia tirado nove na prova sem ao menos estudar.

Ponderou por alguns segundos se devia ajudar a coleguinha, enquanto balançava as perninhas suspensas do chão.

— Se quiser, posso te ensinar... Sou ótimo com números! Qual é o seu nome? O meu é Jungkook — mostrou um joinha com a mão. E eu sou um aventureiro — cochichou como um segredo e a menina riu.

O Jeon ficou feliz de ter conseguido arrancar-lhe uma risada num momento difícil. As pessoas costumavam achá-lo esquisito.

— Meu nome é Elle — respondeu, limpando as bochechas. — Você é fofo. Quer ser meu amigo, Jungkook?

Nunca foi bom em conversar, muito menos em fazer amigos. O pequeno era a típica criança excluída da escola, que buscava refúgio em seus próprios pensamentos e histórias mágicas. Preferia a imaginação do que o mundo real, pois, na sua mente, ele podia ser tudo: de um pirata a historiador, e ninguém o julgaria.

Estranhamente, não se sentiu desconfortável perto dela. Falou normal, sem timidez e não gaguejou. Talvez, fosse hora de compartilhar suas ideias criativas com alguém que o entendesse. Pensando nisso, o moreno simplesmente concordou e sorriu alegre.

Ele sabia que a partir dali teria sua primeira amiga.

As semanas passaram rápido e o laço de amizade criado entre eles se fortalecia cada vez mais. Os dois divertiam-se com os universos paralelos que inventavam nas brincadeiras. Com o apoio do Jeon, a menina pôde tirar uma nota melhor em matemática, e retribuiu a gentileza dando um beijinho na bochecha do garoto.

Jungkook paralisava toda vez que a mesma fazia ações como esta, principalmente, abraços.

Elle era a garota mais bonita que o menor já havia visto. Quando lanchavam separados, a observava conversando no pátio com as amigas e sua risada contagiante o alegrava.

Começou a ficar ansioso e sentir seu coração acelerar próximo a ela. Ele estava presenciando pela primeiríssima vez tais emoções e não entendia o porquê. Bastava vê-la e pronto: vinha aquela famosa sensação das borboletas no estômago.

"É fome, mãe?", questionava inocente e alheio dos claros sintomas de uma pessoa apaixonada. A mulher só sabia rir do filho e não dava uma resposta objetiva.

O pequeno carregou seus sentimentos confusos nas costas até a tarde ensolarada do dia 22 de Junho de 1985, onde tomou uma decisão muito importante.

Elle e Jungkook voltavam juntos do colégio conversando sobre as típicas besteiras de jovens da época. No caminho, uma cerejeira linda, repleta de flores rosadas espalhadas por toda a extensão de seus galhos, chamou a atenção da garotinha. A mesma correu em direção à árvore, encantada pela beleza. Ele a seguiu, e ali ficaram as duas crianças rindo e tentando alcançar as flores nos galhos altos até cansarem.

Sentados lado a lado aos pés da cerejeira, o moreno olhou para a amiga e considerou fazer uma pergunta que já estava entalada em sua garganta nas últimas semanas.

Jungkook havia encontrado um livro na biblioteca que mudou seu ponto de vista. Era um romance — o típico conto de fadas ilustrado de "menininhas". Livros como esse não o interessavam, porém leu brevemente algumas partes e se surpreendeu: a sensação estranha em sua barriga era, na verdade, o que as pessoas sentem quando gostam de outras.

Apesar de negar, o que leu fazia sentido. "Gosto de você", foi exatamente o que a princesa da história disse ao príncipe e, logo depois, eles casaram e viveram felizes eternamente.

Mas seria tão fácil como nos livros? Essa era sua dúvida. Mesmo com vergonha de revelar, criou coragem e tentou.

— Elle — chamou-a e ela parou de admirar as nuvens. — Meu coração sempre bate bem rapidinho perto de você. Já sentiu comigo?

A menina comprimiu a boca, pega despreparada.

— Por que quer saber, Kook?

O Jeon estava ao ponto de colapsar. Suas mãos suavam de nervosismo e o frio localizado em sua barriga, não ajudava nem um tiquinho.

— Po-Porque, eu li que isso significa... — ajeitou os óculos, inquieto. Parou de explicar de repente, e soltou de uma vez: — Você gosta de mim?

Ela arregalou os olhos, chocada.

Elle tinha uma conexão com Jungkook. Desde o começo, notou como o menininho inteligente de cabelos bagunçados, óculos redondos e uma imaginação completamente fértil, era especial. Não dava ouvidos às outras crianças que o chamavam de "anormal". Para ela, estes detalhes não apenas o diferenciavam dos outros, como também o destacavam.

Falando em detalhes, os dentinhos de coelho que o garoto mostrava toda vez que gargalhava, eram a coisa que mais gostava nele.

Seus sentidos já indicavam que havia uma possibilidade de considerá-lo mais que um mero amigo, porém Jungkook nunca deu sinais claro de que corresponderia, deixando-a num impasse. Entretanto, naquela hora, a situação deu uma reviravolta repentina, e ela teria que responder.

O Jeon arranhava as mãozinhas com as unhas pela demora da amiga. Tinha vontade de voltar no tempo e fingir que as pontadas de paixão em seu peito eram insignificantes.

Confiante como era na maioria das vezes, a garota relaxou os ombros tensos e liberou a frase.

— Sim, eu gosto — sorriu, sincera. — E você, Kook?

As borboletas faziam uma festa no estômago do garotinho. Estava processando o que ela disse com o queixo caído. "As histórias são reais", foi o pensamento que surgiu em sua cabeça.

— Ah, eu... — mexeu no óculos de novo. Um hábito que adquiriu quando a timidez atacava. — E-Eu também.

A menina abaixou o rosto escondendo um sorrisinho. Jungkook estava suando frio por tamanha pressão que colocou em si mesmo. Nenhum dos dois se pronunciou mais.

Pensando no próximo passo, lembrou das partes finais do livro, onde o príncipe pediu a mocinha indefesa em casamento e tiveram uma vida perfeita. Então, de acordo com sua teoria e fontes confiáveis do mundo da fantasia, ele deveria ser igual o príncipe.

Mas, e o anel? Tateou os bolsos à procura de qualquer coisa que pudesse utilizar no lugar, e o que encontrou foi um pacotinho de chiclete de morango, Buzzy — o preferido dela. Ele mordeu o lábio, refletindo.

Era aquilo ou nada.

— Você é bonita, tipo uma princesa... — o menor afirmou baixinho e viu as bochechas da amiga corarem. — Nas histórias, as princesas têm um príncipe, não é?

Os batimentos cardíacos da menina aceleravam à medida que via o Jeon ajoelhar-se desajeitado em sua frente. Ele colheu do chão uma flor rosada caída da cerejeira e estendeu-a junto do chiclete para Elle.

— Quer casar comigo, Elle?

O silêncio predominou por segundos, até ela permitir um riso escapar. O moreno franziu as sobrancelhas, não entendendo.

— Nós somos muito novos para casar, bobo! — riu e puxou o braço do menino para que sentasse ao seu lado. — Esqueceu que temos que passar pela fase do namoro?

Jungkook fez um bico, perdido no assunto — a Cinderela não namorou. Ele realmente não compreendia os temas românticos.

— Então, seja minha namorada! — pediu, oferecendo a flor e o chiclete pela segunda vez. — Gosto um tantão assim de você! — apontou para a árvore indicando sua altura que, comparada à eles ali sentadinhos, era gigantesca.

— Aceito, Kook — cheirou a flor e pegou o doce, sorrindo alegremente para ele. — Obrigada! Eu amo morangos.

O dia estava contribuindo para aquele momento tão emocionante — o sol quente do meio-dia clareava as flores que balançavam levemente com a brisa. O piar dos passarinhos acalmava sua ansiedade de minutos anteriores.

Um brilho refletindo nos olhos castanhos da garota, encantou-o. O pequeno Jeon sentia a euforia de tê-la como sua namorada.

— Jungkook, você já beijou alguém? — ele chacoalhou a cabeça em negação. — Podemos... tentar agora?

— Vo-Você quer me dar um beijo?! — abriu a boca perplexo e ela assentiu.

Seu pai e sua mãe estavam sempre beijando pelos cantos e isso o constrangia. Não considerou que um dia iria fazer essas coisas de adultos. Parecia errado.

Elle sentou mais próxima, ficando de frente para o mesmo.

— É só uma bitoquinha, Kook! Nos filmes e livros, o namorado beija a namorada após ela aceitar o pedido.

Ela tinha razão. Em certas ocasiões, sua irmã assistia filmes de romance televisão velha da sala e ele espiava. Este padrão clichê se repetia em praticamente todos; declaração e depois uma beijoquinha.

O garotinho suspirou fundo e também se aproximou, deixando seu rosto bem pertinho. Endiretou a postura e formou um biquinho com a boca, esperando-a.

Elle riu da pose do outro. Fechou os olhos e inclinou-se devagarinho. As emoções das duas crianças estavam à flor da pele. Seus lábios tocaram-se delicadamente, e Jungkook piscou os olhinhos atônito, sentindo a maciez do contato de suas bocas.

Já afastados, desviaram o olhar com vergonha — as faces vermelhas como tomates. O Jeon ajeitou o óculos e levou um dedo ao lábio, roçando o local e inflando as bochechas gordinhas timidamente.

"Eu beijei uma garota!", seu cérebro gritava de felicidade.

Não durou mais que curtos cinco segundos, mas aquele instante nunca iria ser esquecido. Afinal, estavam compartilhando o primeiro beijo de suas vidas — esse dia mágico marcaria a infância dos dois.

— Kook — saiu de seus devaneios e se atentou à pequena levantada. — Vem, devemos ir embora antes do almoço!

O garoto arrumou a mochila nas costas e ergueu-se, ainda impactado pelo acontecimento de poucos minutos atrás. Elle esticou a mão em sua direção, insinuando que a segurasse, e ele o fez.

Naquela tarde quente, os inocentes e amáveis jovens retornaram para suas respectivas casas, rindo  divertidamente. O calor de suas mãos juntas continuou firme até pararem frente ao portão da menina. O moreno depositou um beijo rápido em sua bochecha e viu-a sorrir de canto a canto pelo ato.

Era cientificamente impossível medir o nível de endorfina atuando no corpo de Jeon Jungkook. Estava mais estusiamado do que quando ganhou uma pista de carrinhos em seu aniversário. No entanto, continuava sem entender o porquê de seu corpo reagir tão ansioso à ela.

Ah, como era ingênuo o pequeno Jeon de sete anos...

Já havia encontrado a resposta para o seu questionamento sobre o amor. Faltava apenas perceber que estava o tempo todo bem embaixo do seu nariz.

🦋

oi, amorecos! twoshot bem boiola e fofinha pra vocês, porque eu tava com saudades de escrever coisa pra ficar carente#

tô atrasada 4 diasKKKKK, mas esse é meu presentinho pra minha soulmate de aniversário, nebulaxia! você é uma estrelinha na minha vida, te amo, viu pitica 💗

perdão qualquer errinho. amanhã eu tento postar a segunda parte, se não, deixo pro final de semana! amo vcs tudo, beijo beijo <3

[] 18.04.21

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro