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Girl's Night Out

Uma noite só de garotas acaba tomando um rumo diferente quando um idol do kpop, mundialmente famoso, entra no mesmo restaurante de frango frito onde Melissa e suas amigas jantavam. 

Desafio "Quinze dias de fanfic" do site www.fanficobsession.com .br. Dia 1 - Tema: Fã X Ídolo (Que acabamos incluindo no nosso projeto! Irra!)

#quarentenaffobs

Enjoy!

***

O beijo dele era quente. Seus lábios tão macios... também, com todo o protetor labial que eu o vi usar durante todo esse tempo, não tinha como ser diferente. Uma mão atrás  do meu pescoço e a outra me segurando pela cintura. E eu presa na sensação de que tudo era um sonho... e bom demais.

Ah, você não tá entendendo nada? Ok! Vou explicar desde o começo.

Desde que entrei na vibe coreana eu tinha muita vontade de comer frango frito no estilo que eu via nos dramas. Muita mesmo. Então juntamos o útil ao agradável quando fui a São Paulo para o show do BTS. Minha amiga Vê e eu chegamos na cidade dois dia antes, para encontrar nossa dupla de amigas, que costumamos chamar de T²: Thais e Thaiana. O plano para esse dia, pois nos recusamos a ir pra fila no estádio com tanta antecedencia, era jantar no restaurante de frango frito de onde o BTS havia pedido da última vez que estiveram na cidade e depois ir ao karaokê. Duas das coisas que eu mais amo na vida. E assim o fizemos. Uma noite só de garotas.

Logo ao chegar no resturante, nos deparamos com um pôster imenso, o print de uma tela, que provava sim que o frango que o BTS havia pedido era dali. Estavamos empolgadíssimas! Pedimos cerveja e desandamos a conversar.

Metade da porção de frango, que era bem grande, já tinha ido embora quando os rumos daquela noite começaram a mudar. Quatro rapazes foram entrando no lugar. Todas as cabeças viraram, não tinha jeito. A presença deles parecia fazer o ar mudar ali. Então, quando o quarto rapaz finalmente entrou, tudo ficou em silêncio:

- Everytime¹... - Disse, abaixando a cabeça e dando um sorriso amarelo, logo antes de comprimentar a dona do lugar, falando em coreano.

Eu esfreguei os olhos. Não era real aquilo não. Como um clichê de filme, pedi pra Vê me beliscar. Ela não o fez, pois também estava atônita:

- É ele mesmo? - Thais perguntou. - Certeza?

- Não é possível! - Quase gritou Thaiana.

Mas era... Jeon Jungkook havia acabado de entrar no mesmo lugar em que estávamos. Estava respirando o mesmo ar. Comeria o mesmo tipo de comida. Não reconhecemos os outros rapazes. Não eram o BTS e também não pareciam ser seguranças ou pessoal da BigHit. Alguns minutos se passaram até que a atmosfera do lugar parecesse voltar ao normal. Menos pra mim, pois calhou de JK sentar-se bem na minha direção. Então, mesmo eu olhando fixamente para Thaiana, que estava sentada a minha frente, eu via meu primeiro bias logo ali. Help, Jesus.

Então voltamos a conversar em algum momento, pois decidimos que não iriamos amolar JK na hora da refeição. Eu estava feliz demais só de poder compartilhar aquele momento com ele, mesmo que ele não desse a mínima para o fato de eu estar ali. O que pareceu mudar nos momentos seguintes. Reparei que, toda vez que eu ria tranquila, ele ria também. Não era do que a gente falava. Certeza que ele não entendia o português. O álcool também acabou me deixando mais ousadinha e, numa das vezes que percebi que ele olhava na minha direção, tentei sustentar o olhar. Que viagem aquilo foi. Parecia que ele havia lido o fundo da minha alma. Senti meu rosto esquentar e abaixei minha cabeça envergonhada. Que clichezão de dorama eu sou!

Mas, não para por ai. Um tempo depois um dos caras que estavam com JK se levanta e para do nosso lado. Arregalamos os olhos umas para as outras. Será que vão pedir sigilo? Ou pra ver nossos celulares, já que estávamos tirando selfies? Então o rapaz diz, em português:

- Oi! Tudo bem se nos sentarmos com vocês?

Cara, acho que o coração de todas pulou uma batida. A resposta até demorou sair, mas saiu. E claro que foi sim. O que estava acontecendo? Porque eles resolveram sentar com a gente? Que loucura era essa? O pessoal do restaurante ajudou a juntar uma outra mesa. Pessoas no restaurante murmuravam. Eu tremia um pouco, as meninas tremiam. E os rapazes se curvaram e nos cumprimentaram. Em coreano. Estávamos hipnotizadas. JK continuou sentado de frente para mim, mas há um rapaz de distância. E nada mudou. Ele ria quando eu ria. A conversa se seguiu parecendo uma torre de babel, com inglês, coreano e português às vezes. Estava ficando tarde e a gente queria ir para o karaoke. Mas como dizer tchau para JK e aquele grupo? O jeito era não dar. Arrisque:

- We are going to a karaoke place nearby. Wanna join?²

Todos entenderam de primeira e curtiram a ideia. Vê me cutucou:

- Tem certeza que você quer ir para um karaoke com o JK? Afinal, é o JK!

E eu respondi:

- Tem lugar melhor pra levar um cantor do que um karaoke?

E fomos. O lugar ficava a alguns quarteirões de distância apenas, então decidimos andar até lá. Cada um dos rapazes ficou ao lado de uma garota e tentavam conversar como dava. A única que estava tranquila de verdade era Thaiana, pois o rapaz que estava com ela era o que falava português. Eu estava guardando minha carteira e só me toquei de quem havia ficado do meu lado algum tempo depois. Jungkook. Que tipo de brincadeira do destino era essa? Eu não sou o tipo de mulher que consegue essas coisas assim. Sabe aquela música do The Smiths, Please Please Please Let me Get What I Want? Então... Mas ali ele estava. Alto e lindo. Como era cheiroso! Estava vestido todo de preto. O JK que tantas vezes eu havia chamado de meu. Ele andava tão perto de mim. Tentávamos conversar em inglês. Uma dificuldade. Mas a gente riu junto, isso foi o que mais importou ali. E ele pertinho, as nossas mãos quase roçando uma na outra. Era possível que Jungkook estivesse me dando abertura? Olha, em Something in The Rain o personagem do Jung Hae In se apaixona por uma mulher uns dez anos mais velha. Se eu sou um clichê de dorama, porque não poderia viver um "noona romance"? Mesmo assim, tentando me convencer, eu estava descrente. Aproveitando o momento, mas descrente. Percebi que o telefone dele tocou umas três vezes desde que saímos do restaurante. Ele via quem era e desligava. Voltava a atenção pra mim.

Chegamos no karaoke. Pegamos uma das salas grandes. Avisamos aos garotos que fariamos um estrago jamais visto na lingua coreana, pois tinhamos ido ali para cantar BTS. A primeira música que tentamos foi Fire. E cara, como aqueles homens riram da gente! JK até levantou e dançou um pedacinho do refrão. Eu quase morri. Eles cantaram várias coisas, que não eram BTS. Jungkook nos presenteou com sua voz algumas vezes. E eu amando aquilo cada vez mais. Então, T² resolveram cantar The Truth Untold. Eu pulei do meu lugar e disse, bem alto e em inglês, porque isso eu sabia que ele entenderia e eu queria mesmo que ele ouvisse:

- Jungkook's lines are mine!³

Ele sorriu um sorriso enorme, com aquele dentinho de coelho, daquele jeito que só ele sabe fazer. E eu me senti enrubescer de novo. Ouvi a Vê dizer:

- Coragem.

E lá fomos nós. No fim a Vê foi obrigada a cantar, pois precisávamos de quatro pessoas. Cara, que dificil. A gente tentou ser o mais precisa possível dessa vez. E quando chegou nas high notes, eu cantei. Ah, como cantei. Com gosto, com vontade, pra mostrar pra ele como era importante aquilo pra mim. E quando finalmente abri os olhos, eles se depararam com os de JK. Grandes, brilhantes. E dessa vez eu não perdi o contato, conforme os versos finais da música iam chegando. Quando finalmente acabou, cheia de coragem, fui me sentar ao lado de JK. Ele olhou pra mim em silencio por alguns segundos e então segurou minha mão:

- That was very good.⁴ - Disse. 

E eu apenas sorri.

Ele soltou minha mão logo em seguida. E ficou quieto. Contemplativo. Achei que devia estar de saco cheio daquilo lá. E o seu telefone tocava. E ele desligava. Mano, será que JK tem uma namorada e está evitando ela? Senhor, se for isso, arranca esse band-aid logo que eu paro de sonhar. Acabei me convencendo então de que estava tendo um sonho popstar, que aquilo era apenas um elogio e nada mais. Não. Jungkook não estava afim de mim. Não sonha. Não viaja.

Acabei ficando meio pilhada com isso. Então me levantei e fui ao banheiro. Olhei no espelho, respirei, deixei os pensamentos de que eu não era suficiente para ele, de que eu era feia, gorda para o padrão brasileiro, imagina pro coreano, que a minha pele não era tão bem cuidada e de que eu era muito velha, passarem pela minha cabeça. Deixei mesmo. Eles tinham que sair dali depois de algum modo. Respirei de novo, lavei as mãos mais uma vez e sai do banheiro.

Dei de cara com Jungkook encostado na parede do corredor. Perguntei:

- Is everything okay? You seem a bit worried.⁵

Ele pareceu entender. Respondeu devagar:

- I am okay. I just need to do something.⁶

- Do you need my help? Do you need me to speak portuguese for you?⁷ - Eu disse, também bem devagar.

Mais uma vez ele riu. Falou em seguida:

- I need your help. But no speak.⁸

E de uma vez, ele veio em minha direção, me fazendo dar dois passos atrás instintivamente e nessa hora era eu quem estava encostada na parede. Seu braço esquerdo envolveu minha cintura. Sua mão direita segurou minha nuca e eu fechei os olhos. Estava acontecendo. Estava realmente acontecendo. De olhos fechados, ainda pude ouvir o som da risada de Thaiana, saindo da sala com o rapaz que falava portugues, provavelmente para fazer a mesma coisa que estava pra acontecer comigo ali. Ela disse alguma coisa que eu não entendi, mas eu também não ia pará-la pra perguntar.

O beijo de Jungkook era quente. Seus lábios tão macios... também, com todo o protetor labial que eu o vi usar durante todo esse tempo, não tinha como ser diferente. Me empurrava contra a parede, como se tivéssemos demorado uma eternidade para nos encontrar. Mordeu meu lábio inferior e parou um segundo. Olhou novamente nos meus olhos. Galáxias nos dele. O abracei pela cintura com tanta força, que parecia até que eu ia quebrá-lo, tamanha era minha vontade de mantê-lo ali o máximo possível. Em meio a outro beijo, o telefone voltou a tocar. Demorou a pegar a atender. Suspirou desapontado, mas dessa vez atendeu. Seu braço esquerdo ainda me segurando:

- Namjoon hyung...

Foi tudo que eu consegui entender. Pelo tom da conversa senti que rolou uma discussãozinha, com pitadas de teimosia. Dessa conversa saiu um JK vencido:

- I... gotta go.⁹ Namjoon hyung... hotel. - Tentou se explicar.

- That's okay. - Afirmei, claro que um tanto contrariada. O sonho havia acabado rápido demais.

- See you... concertu...

- Yes. 

Mas eu sabia que seria praticamente impossivel nos vermos novamente. Trocamos números de telefone. Tenho ele no kakao talk até hoje. Mas ele nunca me escreveu e eu também não tive coragem de escrever pra ele. Eu não sabia se estaria atrapalhando ou não... Ele entrou na sala do karaokê, eu entrei logo em seguida. Ele falou com os caras, se despediram e ficamos nós na sala. Thaiana voltou logo também. Cantamos mais um pouco. Dois dias depois fomos ao show que foi maravilhoso. Eu fiquei a umas três fileiras de distância do palco. Era alto. Ele não me viu. Óbvio.

E foi isso.

Mas se eu conto ninguém acredita. Eu mesma não acreditaria se me contassem. Mas... 

É.

***

Traduções! XD

¹ - "Toda Vez!"

² - "Estamos indo para um karaokê aqui perto. Querem ir?"

³ - "Os versos do Jungkook são meus!"

⁴-"Isso foi muito bom!"

⁵- "Está tudo bem? Você parece preocupado." 

⁶- "Estou bem. Só preciso fazer uma coisa."

⁷-"Você precisa da minha ajuda? Precisa que eu fale português pra você?"

⁸- "Eu preciso da sua ajuda, mas não falar."

⁹-"Preciso ir."


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