46 - Fala logo Doutor
Continuação....
Bru: Fala logo doutor.
Médico: Tivemos algumas complicações no parto e assim que tentamos tirar a criança percebemos que o cordão estava enrolado no pescoço o que nos deu muito trabalho, e infelizmente ela não conseguia respirar, tendo uma parada cardíaca respiratória. - Eu sento no banco que tinha ali e olho para o doutor sem acreditar no que estou ouvindo, isso não pode tá acontecendo. Ele me olha. - A criança está na UTI, conseguimos reanimá-lá, ela tá respirando com ajuda de aparelhos, mas não se preocupe, devido a ter nascido prematura, ela já ia ficar na incubadora e nos aparelhos respiratório, agora precisaremos fazer vários exames para saber se ela conseguirá resistir sem os aparelhos daqui a algum tempo. Fora isso sua filha tá cheia de saúde e saudável.
Bru: Não isso não pode tá acontecendo, não pode - Desabei em lágrimas. E a minha Lud, como tá doutor?
Médico: O caso dela é o melhor possível. Ela durante o parto se esforçou muito, mas assim que percebeu que sua filha não estava bem, ela começou a ficar desesperada e tivemos que seda-la. Então nesse momento ela está dormindo, mas daqui a algumas horas ela acorda e a senhora poderá vê-la.
Bru: Eu posso entrar com o Davi? - falo olhando para o meu filho, que tinha o sono pesado pois não acordou em momento algum desde que chegamos nesse hospital.
Médico: Crianças não podem entrar. - Ele escreve algo em sua prancheta. - Tem alguém da família aqui em Orlando que possa ficar com ele para você entrar?
Bru: Não doutor, viemos a passeio, nós somos do Brasil. Ele não pode mesmo entrar?
Médico: Não pode por conta da idade, não era nem para ele tá aqui, mas como não tem com quem ele fique, eu deixei, então é bom você avisar a família de vocês, pois irá precisar, até pq as Duas pacientes, não tem previsão de alta. - Eu dei um sorriso fraco e assim que ele sai eu pego o meu celular ligando para Luane.
Eu não sei muito bem o que fazer pois a pessoa que eu mais conto é com a Julyana e ela está de resguardo e não poderia vir, já a minha cunhada concerteza viria para nos ajudar. E graças a Deus ela vai vim no primeiro vôo que encontrar.
.............
Bru: Doutor, será que o senhor pode me ajudar? Eu preciso ver a minha noiva e tipo, se eu for esperar alguém da família chegar isso vai demorar mais ou menos uns 2 dias, eu não vou conseguir passar esses dias aqui, sem ver ou falar com ela.
Médico: Infelizmente não posso fazer nada senhora Gonçalves, não tem com quem deixar o seu filho, ele realmente não pode entrar, até a senhora Oliveira ser transferida para o quarto.
Bru: Será que o senhor não podia ver com a enfermeira que está responsável pela Ludmilla, ficar com o meu filho, enquanto vou vê-la? - Pedi já desesperada.
Médico: Não pode, pois aí a Paciente fica sem assistência, eu sinto muito.
Eu comecei a chorar desesperadamente
Bru: Eu quero ver elas, eu preciso ver as duas, por favor. Já basta as notícias ruim que eu recebir, eu queria pelo menos ver ela.
Médico: Senhora, por mais que você seja a mãe, a bebê não pode receber visitas, pois está na UTI. Enquanto a sua noiva, você pode ir ver, mas seu filho não.
Eu voltei a chorar, não sabia se eu ia conseguir ficar sem ver elas, até a Luane chegar daqui a quase 2 dias.
LUDMILLA
Acordei e vi que estava em uma sala branca, até que passei a mão na minha barriga e sentir que não tinha nada ali, foi aí que lembrei de tudo, a Sofia tinha nascido, mas me desesperei ao lembrar que ela não tava bem e que os médicos não me deixaram ver ela e saíram imediatamente da sala de parto. Eu comecei a ficar agitada e comecei a chamar pela Bru, mais ninguém me ouvia, até que aparece uma enfermeira e tenta me acalmar.
Enfer.: Fica calma senhora... você precisa ficar calma.
Lud: Cadê minha filha, eu quero minha filha, onde tá minha noiva? - Eu perguntava desesperada.
Enfer.: Calma, a sua filha tá na UTI, mas vai ficar tudo bem... e sua noiva tá aí fora, com o seu filho.
Lud: Eu quero ver ela agora!
Enfer.: Ela até pode entrar, mas seu filho não, ele só pode entrar quando você tiver no quarto, mas você vai ter que ficar aqui, pois tá em observação.
Lud: Moça, não faz isso comigo, já basta eu não ver a minha filha, vocês não querem me deixar ver minha noiva e meu filho.
Enfer.: É normas do hospital, mas vou te ajudar.
O médico entra no quarto
Médico: Como você tá Ludmilla Oliveira?
Lud: Que pergunta idiota é essa? - Falei irritada. Minha filha quase morre ao nascer, não posso ver ela, minha mulher e nem meu filho e você vem me perguntar se estou bem? - Falo alterada.
Médico: Calma, você não pode se alterar.... Sua filha tá bem Agora, conseguimos salvar ela, mas ainda sim teve complicações e precisou ficar na UTI, por conta de problema respiratório e por ser prematura. Mesmo você sendo mãe, por segurança e cuidado a saúde da sua filha, nem você pode visitar ela. Enquanto a sua noiva, ela pode visitar você, mas por você não ter ido ao quarto ainda, o seu filho não pode entrar, como não tem ninguém para ficar com ele, a sua noiva não pode entrar. Mas pelo o que eu fiquei sabendo, ela já entrou em contato com a família e tá vindo alguém para Orlando.
Eu por fim aceitei, porém comecei a chorar, ele pediu para eu ficar calma e fez alguns exames em mim, para ver se estou 100% bem. Logo em seguida ele saiu. Me deixando com a enfermeira.
Enfer.: Não se preocupe, eu vou dá um jeito de você ver sua noiva - Ela sorrir simpática.
Lud: E meu filho, vou poder ver?
Enfer.: Isso não é possível! - Eu bufei.
Ela saiu me deixando sozinha.
BRUNNA
Eu vi que não tinha mais jeito de ver a minha mulher, Eu desistir. De repente vejo uma movimentação no quarto da Lud e o médico sai correndo, eu Corrir também, mas sou barrada na porta.
Bru: Que inferno - Comecei a chorar, pensando que aconteceu algo com a Lud.
Pouco tempo depois A enfermeira sai do quarto e vem em minha direção.
Enfer.: Oi, eu vou te ajudar rapidinho.... Vai lá, eu fico aqui com seu filho. Mas por favor, só uns 15 minutos, eu não devia nem tá fazendo isso. Mas depois do sufoco que vocês passaram, você merece ver a sua noiva e ela te ver. Eu fico aqui com ele, pois ele realmente não pode, só quando ela tiver no quarto.
Bru: Como assim o médico falou que ele não podia entrar nem no quarto, por causa da idade.
Enfer.: Ele deve ter confundido, achou que você queria entrar com ele na sala da UTI.
Eu dei um sorriso enorme para ela, agradecir e Corrir até a sala que a Lud tava. Chegando lá abrir a porta e ela tava em uma maca deitada, olhando para o teto, até que ela olhou em direção a porta, me viu e deu um sorriso enorme, eu fui até ela.
Lud: Amor! - Ela começou a chorar.
Bru: Meu Amor me perdoa, isso foi tudo culpa minha, eu não queria isso.
Lud: Calma, não foi sua culpa amor.
Bru: Lud, A nossa filha quase morreu no parto, eu sabia que ia acontecer algo, por isso eu não queria vim. Ela quase morreu por minha culpa, por ter permitido essa viagem, com você quase chegando ao fim da gestação. - Eu já chorava desesperadamente.
Lud: Não fala assim... Se for assim, eu também sou culpada, por ter aceitado. Não foi por culpa da viagem que isso aconteceu amor, isso tem grandes chances de acontecer, passei por muitos estresse durante quase 5 meses de gestação.
Bru: Para Lud, você sabe que não, sua gravidez tava tudo certo, tudo bem com você e a Sofia, estávamos acompanhando bem a nossa filha e do nada tudo isso acontece fora do tempo. Porque isso tudo só acontece com a gente Lud? - Eu chorava muito.
Lud: Amor calma, eu não sei, eu queria entender também, mas a nossa filha vai ficar bem, sempre passamos por sufoco, mais no fim a gente vence e nossa filha vai sair dessa também, confiar em Deus. - Ela começou a chorar também e me chamou para um abraço.
Bru: Eu te Amo tanto meu amor, mas se acontecer algo grave com a nossa filha, eu não vou me perdoar nunca, vou me sentir culpada o resto da vida.
Lud: Para com isso Brunna, não vai acontecer nada com a nossa princesa. Ei você deixou o Davi com quem?
Bru: A sua enfermeira pediu para ficar com ele, para eu vim, ela me deu 15 minutos.
Lud: Você tá louca Brunna Gonçalves? Deixar nosso filho com uma estranha? - Me olhou séria.
Bru: Amor, ela nos ajudou, não vai fazer nada com ele, calma... Eu não confio deixar ele com estranho, mas ela foi gentil com a gente e outra eu vi que aqui tem câmeras, por isso confiei. Ela também te falou que ia ajudar, a ajuda era essa.
Lud: Eu Queria ver nossos bebês- Ela me olha chorosa.
Bru: Eu também queria ver nossa bebê, mas infelizmente não pode.
Lud: Quem da nossa família tá vindo?
Bru: A Luane... Chamei ela por vários motivos. Um deles por ser a sua obstetra e pediatra, ela acompanhou toda sua gestação, ela tem que conversar com o médico, sobre o acompanhamento que teve com você e também tinha que ter mais alguém da família aqui.
Lud: Amor o que será que a nossa filha tem? Por que aconteceu isso tudo do nada? O que a gente fez, para merecer todo esse sofrimento? Quando nós vamos ser finalmente feliz Brunna? - Ela voltou a chorar e ver ela assim parte meu coração.
Bru: Amor eu realmente não sei e não entendo. Mas vamos ter fé, nossa menina vai ficar bem e não vai ser nada grave. A Luane vai tentar nos ajudar a descobrir.
Ficamos mais um pouco conversando, até que a enfermeira apareceu na porta e disse que o tempo acabou.
Bru; Tenho que ir meu amor, eu te amo muito e vai ficar tudo bem tá- Dei um selinho nela.
Lud: Eu também te amo amor! E tudo vai se resolver, vai lá cuidar do nosso filho e quando a Luh chegar venha correndo me ver.
Bru: Tá bom, tchau amor! - Dei mais um selinho nela.
Lud: Tchau amor!
Eu sair da sala e voltei até o Davi.
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