012
˖࣪ ❛ CAPÍTULO DOZE
— 12 —
LOUISA LEVANTOU PARA ir para a aula, ultimamente ela estava dormindo melhor, ela estava dormindo tranquilamente; tudo graças a Jasper, saber que ela o tinha a fazia se sentir calma.
Ela vestia jeans e um simples suéter azul marinho. Desceu para tomar café e deu de cara com Marianne, era a primeira vez em dias que tomava café em casa. Ela murmurou bom dia e serviu-se de um prato de cereal com leite, sua tia nunca fazia nada para ele no café da manhã.
— Coma rápido. — Marianne disse a ela. — Tenho que sair cedo para o trabalho.
— Jasper virá me buscar. — disse Louisa, não se atrevendo a olhar para cima.
Marianne ficou em silêncio por alguns segundos.
— Jasper? O menino que estava aqui outro dia?
Louise assentiu.
— É seu namorado?
A morena se mexeu desconfortavelmente no assento, ainda não havia conversado sobre isso com Jasper, não sabia se poderia oficialmente chamá-lo de namorado.
— Nós somos apenas amigos. — disse Louisa depois de pensar sobre isso.
— Ele não parecia apenas seu amigo para mim. — disse sua tia, dando-lhe um olhar sujo, Louisa apenas deu de ombros.
— Bem, é.
E antes que Marianne pudesse dizer mais alguma coisa, ela se levantou e foi escovar os dentes, Jasper chegaria logo e ela queria estar pronta para sair o mais rápido possível; ela não queria que Marianne encontrasse o loiro.
★
Jasper apareceu em um jipe branco vestindo uma jaqueta preta simples e jeans. Louisa sorriu para ele e o menino a cumprimentou com um beijo na bochecha antes de abrir a porta para ela.
— Como você dormiu? — o loiro perguntou enquanto ligava o jipe.
— Muito bom para falar a verdade, faz muito tempo que não faço isso.
Jasper sorria enquanto dirigia, Louisa já havia se acostumado com a velocidade excessiva com que o loiro dirigia, estava até começando a gostar. Jasper manteve a mão em sua perna enquanto ele dirigia e Louisa começou a acariciar seu braço, estava cheio de mordidas, mas ela não ousara perguntar o que
eram. Se Jasper quisesse que ela soubesse, ele teria dito a ela.
Eles chegaram ao colégio e Jasper abriu a porta do carro, envolvendo os ombros enquanto caminhavam, olhando para cima de todos os alunos.
— Todo mundo está olhando para nós. — disse Louisa enquanto olhava ao seu redor e sim, todos os alunos estavam olhando para eles.
Jasper sorriu ao lado dela e deu um beijo no topo de sua cabeça, a garota não pôde deixar de corar.
Eles não demoraram muito para se separarem, naquele dia não tinham aula juntos mas o loiro prometeu buscá-la para almoçar, além disso a levaria para casa.
Jessica sentou-se ao lado de Louisa, que se xingou mentalmente por não ter se sentado com outra pessoa antes que a garota chegasse; ela havia esquecido completamente que elas compartilhavam essa classe, entre muitas outras.
— Então... Jasper Hale. — Jessica começou e Louisa simplesmente assentiu.
Ela rezou para que o professor a repreendesse, mas o homem parecia não saber que a aula havia começado. Ele tinha acabado de ficar sentado olhando pela janela, Louisa não o culpava, se ela tivesse que lidar com adolescentes por tantos anos, provavelmente acabaria igual o seu professor, ignorando-os.
— A verdade é que eu nunca esperei que vocês ficassem juntos, eu achava que Alice era namorada dele.
Louisa não se deu ao trabalho de responder, não precisava se explicar, muito menos para Jéssica.
★
O resto do dia foi gasto tentando evitar Jessica, que continuava fazendo perguntas, embora Louisa não respondesse. Ela não conseguia tirar sua voz estridente da cabeça.
Jasper riu ao lado dela, ouvindo Louisa reclamar tanto de Jessica que conseguiu imitar o tom exato de sua voz.
— E diga-me, Louisa, Jasper beija bem? — a morena imitou fazendo Jasper rir.
— E eu beijo bem, Louisa? — perguntou o loiro
incorporando uma sobrancelha.
Luísa deu de ombros.
— Bem... Você sempre pode melhorar.
Jasper riu e balançou a cabeça; Louisa tinha certeza de que o loiro não havia acreditado em uma única palavra de sua mentira.
★
Assim que chegaram na casa de Louisa, Jasper se despediu dela com um breve beijo na boca. Louisa queria convidá-lo para almoçar, mas sua tia estava em casa e, como ela bem sabia, não gostava nada de Jasper.
Ela comeu com Marianne, que não disse uma palavra durante a refeição, e depois dormiu até o anoitecer. Quando ela acordou, ela ainda se sentia cansada, seu cabelo estava emaranhado e ela mal conseguia abrir os olhos.
Ela foi ao banheiro tomar um banho, isso a ajudaria a acordar. Ela deixou a água esquentar seu corpo e penteou delicadamente os cabelos. Assim que terminou, foi para o quarto vestir o pijama, fechou a porta e, assim que se virou, engasgou.
Jasper.
— Você invade os quartos de outras pessoas assim?! — Louisa repreendeu, tentando se cobrir com a toalha, que mal dava para cobrir as partes importantes.
— Só o seu. — o loiro respondeu com um sorriso torto.
Ele se aproximou de Louisa, que recuou até colidir com a parede. Ela não pôde deixar de sentir seu rosto queimando com rubor.
— Eu fiquei pensando sobre o que você disse... — Jasper começou. — Dobre ser capaz de melhorar. — ele acariciou o rosto de Louisa, que sentiu um arrepio percorrer seu corpo. — Eu vim para melhorar.
Antes que Louisa pudesse dizer qualquer coisa, Jasper a beijou, mas aquele beijo, ao contrário dos anteriores, foi selvagem. Diferentes sensações percorreram o corpo de Louisa e ela não pôde deixar de ofegar um pouco quando os lábios de Jasper roçaram seu pescoço.
Jasper deu um meio sorriso e beijou seus lábios ferozmente, Louisa estava se esforçando para não deixar cair a toalha, mas era muito mais trabalhoso resistir a abraçar Jasper e passar as mãos por suas costas ou peito bem torneados.
Ela acabou abraçando Jasper pelo pescoço, ficando ainda mais perto dele. Jasper a segurou pela cintura, evitando que a toalha caísse. Ela sentiu como se seu corpo fosse explodir a qualquer momento, suas pernas estavam começando a ceder e ela só tinha essa necessidade de estar muito mais perto de Jasper, mesmo que fosse fisicamente impossível, sentir seus corpos se tocando.
De repente, Jasper foi jogado para o outro lado da sala; O roupão de Louisa escorregou um pouco, mas ela mal notou, aproximando-se preocupada de Jasper.
— O que houve? — ela perguntou acariciando seu rosto, Jasper não estava olhando nos olhos dela.
— Me desculpe... Eu não ia conseguir me controlar.
O loiro se levantou e Louisa o beijou suavemente na bochecha.
— Ok, Jasper Hale, vou me vestir e preciso que você se vire e também feche os olhos.
Jasper riu e sentou-se na cama, ainda olhando para ela.
— Estou falando sério.
Jasper se virou sorrindo enquanto Louisa procurava seu pijama no armário. Era um rosa com um lindo coelho branco na camisa. Assim que Jasper a viu, sorriu com ternura; Louisa deitou ao lado dele e soltou um suspiro.
— Retiro o que disse antes. — a morena disse fazendo Jasper rir.
— Eu já sabia que você ia acabar se arrependendo.
Louisa deu um tapinha no ombro dele e se acomodou em seu peito; Jasper acariciou seu cabelo com uma mão e envolveu seu corpo com a outra.
— Louisa... — o loiro a chamou e ela se virou para olhar para ele.
Os olhos dourados de Jasper brilharam no escuro, mas ele permaneceu sério.
— Eu queria falar com você sobre mim, sobre meu passado.
A garota ficou meio sentada, ficando cara a cara com Jasper.
— Quando fui transformado, não tinha a mesma vida dos meus irmãos adotivos. — ele mostrou a ela as marcas de mordida em seus braços, Louisa o acariciou levemente. — São cicatrizes de batalha, eu trabalhei com vampiros recém-transformados, nós os chamamos de recém-criados. Nunca perdi uma batalha. — ele admitiu com orgulho, sorrindo.
— Fui o comandante mais jovem do exército confederado, durante a guerra civil; até que encontrei uma imortal: Maria. Eu estava a caminho de Galveston, depois de evacuar uma coluna de mulheres e crianças, quando as vi; Eu imediatamente ofereci ajuda a elas. Maria me transformou na época, ela estava criando um exército, o que era bastante comum no sul. Maria venceu todas as batalhas. Ela era muito inteligente e me teve. Eu era o braço direito dela. A minha capacidade de controlar as emoções foi muito útil para ela, dediquei-me a treinar os novos. Foi um trabalho muito duro, eu tive que matá-los quando tinha um ano de idade.
O queixo de Louisa caiu e Jasper tentou sorrir de forma tranquilizadora, mas ela podia ver a dor que ele sentia enquanto falava.
— Meu trabalho era me livrar deles, eu podia sentir tudo o que eles sentiam. — ela fez uma pausa, não olhava mais para Louisa, olhava para frente. — Eu pensei que o que havia entre mim e Maria era amor, mas eu era apenas uma marionete, ela me levava para onde queria e como queria. Eu não sabia que havia vida após a morte até que Alice apareceu em 1948 e nos juntamos à família Cullen.
Louisa acariciou seu rosto e Jasper deu um doce beijo em sua testa.
— Mesmo assim, algo me faltava, minha existência nunca foi completa até te conhecer. Você é aquela luz que me faltava, Louisa Evans.
A garota sorriu e beijou seus lábios, apenas um toque enquanto Jasper passava as mãos em seu pescoço.
— Eu te amo. — disse Louisa em um sussurro, quase inaudível.
— Eu te amo ainda mais, Louisa.
Jasper a abraçou e Louisa se acomodou em seu peito, o loiro acariciou seus cabelos até que a garota adormeceu profundamente; ele podia ver um leve sorriso puxando seus lábios e, ao vê-lo, sorriu também.
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