Cap 58- A Pura Verdade
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{Dylan Deveraux Mikaelson}
Estávamos em um momento de exposição e vulnerabilidade aos nossos sentimentos, todos menos o Elijah. Ele, bom eu não faço ideia do que deve se passar em sua mente. Nada do que ele faz ao meu ver tem algo sentido, ele é totalmente incoerente atualmente.
Klaus e Freya discutiam agora, já que descobrimos que por acaso fomos excluídos de seus planos e avisados de última hora. Olha que incrível.
Freya se sacrifica por todos nós e durante esse anos, principalmente pela a Hope. Que nunca desobedeceu Freya e nem Hayley.
Hope é mais nova do que eu, mas ainda sim sua infância se encerrou. Encerrou no momento em que Hayley foi morta, simplesmente. Esse caos todo se deu, por ela está afastada do Klaus, pensamos se por acaso ela estiver afastada literalmente de todos nós, ela vai acabar com tudo o que conhecemos.
Eu não queria pensar dessa forma, mas precisava. Então, está na hora dela tomar as próprias decisões.
Eu tinha tido uma breve ideia de onde poderia está a minha chave e a de Ariele, após Freya desaparecer daqui, nos deixando.
Não chegamos nem ao menos perto de Elijah depois disso, Ariele me pedirá para que eu não a force a nada.
Eu a vi derramar as lágrimas que ainda restavam, já não era mais um choro desesperador. Talvez, ela não tivesse mais forças o suficiente para reagir da forma normal. Apenas se deixava levar, silenciosamente.
Estávamos no quarto que um dia o pertencerá. Abri a gaveta com calma da escrivaninha e me sento sobre a cadeira.
- Vou colocar todas aqui em cima e você tenta encontrar uma que esteja sem celo e sem envelope, aoenas dobrada.- Peço começando a retirar as cartas.
Haviam inúmeras cartas, algumas delas pareciam ter vindo de outros países, outras entretanto, eram apenas rascunhos de pensamento que ele tentará passar para o papel, mas nunca terminadas.
- Dylan...- Ouço um barulho metálico atingir a madeira e paro no mesmo instante, vendo duas chaves caírem sobre.- Aqui estão.
Pego as duas na mão e sorrio, bom trabalho feito aqui o nosso. Agora faltam os demais colaborarem e encontrarem o restante para caímos fora desse lugar.
- Essa carta...- Ariele sussurra.- Eu me lembro dela quando a vi, Mas não quis terminar de ler.
- Quer ler agora?- Pergunta sentando no braço da cadeira e ouço o papel de sua mão.
- Para o meu campeão...- Engulo em seco ao ler aquilo, será que eu queria mesmo ver aquilo?- Não sei quando irá ver está carta, para ser sincero eu não sei se você irá encontrá-la, mas espero do fundo do meu coração que possa compreender. A essa altura eu já não estou mais no país, você é bem mais calmo e racional e acredito que ficará bem sem mim. Você não me entenderá agora, mas garanto que se tomei a decisão de partir foi para proteger você e a sua irmã. Enquanto eu estiver por perto, vocês jamais viveram em paz. Nossa família já tem muitos problemas e vocês dois, não precisam deles...- Paro de falar ao chegar nas linhas que haviam sido rabiscadas, como se algo fosse escrito, mas ele quisesse apagar.
Não precisávamos disso, não agora. Isso estava sendo quase um teste psicolgico, para tratarmos até onde as nossas emoções irião.
Ariele se mantinha com os braços cruzadas, olhando para o nada, como se estivesse pensando em algo sobre isso. Ela estava seria, com uma cara de quem não queria ter encontrado essa carta.
Seguro as chaves em minhas mãos e as aperto.
- Quer que eu continue?- Pergunto e a vejo negar.- Tudo bem.- Dobro o papel e coloco sobre a mesa.
- Essa carta está em casa também, não é?- Concordo sem dizer nada.- Prefiro passar por isso sozinha.
- Não, você não precisa passar por isso sozinho. Pare de se torturar como se fosse culpada por algo.- A vejo dar de ombros e suspiro encostando na cadeira.
Isso é tão difícil. Eu me sinto cansado agora, como se não existisse motivos para eu está acordado. Mas, meu coração não deixava, pelo ao contrário ele me trazia ainda mais preocupação para interromper o luto.
A minha preocupação era a Ariele, eu não sei como vou lidar com ela apartir de agora. Em sua mente, ela está sozinha. Eu sei que a mesma se sente dessa forma ou ainda vai se sentir. E eu tenho muito medo, mais muito medo, não consigo ao menos me expressar e dizer o quanto dói saber que a minha mãe não está mais aqui, caso ao contrário se não houvesse mais ninguém talvez eu também não estivesse mais aqui. Porém, ela ainda está e eu não quero precisar lidar novamente com a perda, não ela, ela não pode me deixar. Caso ao contrário, eu irei junto.
- Eu não sou seu irmão! Eu não escolhi isso!- Ouço a voz de Elijah, ele estava alterado.
- A escolheu sim quando você fez a promessa de nossa família antes de apagar a memória. A promessa não só apenas sobre nós, mas sobre o seus filhos!- Era Rebekah, eles estavam brigando mais uma vez.
Saímos correndo para fora do quarto e seguimos para o corredor sobre a área principal da casa.
Encostamos próximo ao parapeito e ficamos calados ouvindo o que diziam.
- Vocês já consideraram que talvez nem me queiram de volta?- Ariele olha para mim e concordamos que era verdade, nós não o queríamos de volta a esse altura, eu acho.- Parece que eu fiz vocês todos se sentirem extremamente felizes.
- Nós todos fazemos isso!- Kol rebateu sua afirmação que claramente significava uma maneira irônica de dizer que todos nós em algum momento magoamos uns aos outros.
- Mas nós somos uma família e fizemos um voto, para todo sempre.- Rebekah dira em forma de tentar talvez apaziguar aquela discussão.
- Eu não fiz outro voto!- Ariele se assustada ao vê-lo gritar tão alto como se todos aqui fossem surdos.- E a mulher a quem eu jurei a minha vida está lá fora e está morrendo.
- Ele ainda pensa naquele vadia?- Ariele pergunta.
- Achei que já tinha aceitado a realidade.- Respondo.
- Então se vocês acreditam mesmo que eu, que eu sou dessa família. Então, por-favor me ajudem.- Ainda tínhamos esse problema.
Isso estava com cara de que iria dar um trabalho muito grande. Digamos que ele se lembre de algumas coisas, mas que esteja lutando contra si para não se lembrar de nada.
Talvez, por outro lado, um pensamento do qual não gostaria de compartilhar com Ariele é que, se o Elijah. O Elijah que conhecemos anos atrás, aquele que era de fato o nosso pai voltar, ele se envergonhe com tudo o que aconteceu e até mesmo seja pior saber as coisas que fez e deixou de fazer, do que saber que abandonará sua família e seus filhos.
- Certo, então vamos começar. Quando Vicent e Marcel estavam recuperando as suas memórias o que foi que você viu?- Klaus pergunta com a voz fria.
- Um corredor branco, longo com uma porta vermelha no final.- Ouvíamos atentamente.
- É lá que guarda as coisas que não quer lembrar.- Disse Kol como se já soubesse.
- O que aconteceu?- Perguntou Klaus.
- Eu tentei abrir a porta. Mas, a maçaneta estava quente, eu nunca senti um calor como aquele, nem mesmo quando eu saí sem meu anel durante o dia. Era diferente.
- Então você sabe, a carga dos seus ossos derretidas. Sentir suas entranhas virarem larva, porque essa dor foi a última coisa que a Hayley sentiu!- Sinto meu coração disparar, Ariele não dizia se quer uma palavra, apenas prestava atenção, como se o que Klaus dissera fosse tudo o que ela gostaria de dizer.- Nenhuma morte é indolor para ela. Só fogo, fogo puro.- Sinto uma pontada de dor ao relembrar daquele momento, do quanto todos nós apreciamos frágeis ao sermos colocados de frente a morte dos nossos entes queridos.- Seus filhos, a Ariele implorou ajoelhada em sua frente. Ela chorou, ela gritou, ela pediu para que não deixasse a mãe deles morrer. Para que Hayley não fosse morta. Você olhou nos olhos dela, da pessoa que deveria significar tudo nessa vida para você e não fez nada, você consentiu com aquilo.- Agora ele ficará quieto, impressionante. Ele precisa só ouvir a verdade, a verdade que me machuca agora, a verdade que me faz querer vomitar, aquela que aparentemente me marcará e nunca mais irá sumir.- É isso que tem atrás daquela porta. A pura verdade. Sobre o que você fez a mulher que você amava. Sobre o que você fez com os seus filhos. Sobre o que você fez com a sua sobrinha. Sobre o que você fez com os seus irmãos.- Surpreso sinto se jogar contra o meu corpo, escondendo seu rosto em meu peito. Respiro fundo tentando me manter calma e a seguro, seguro como se ela fosse cair, a seguro como se mais ninguém pudesse a proteger não sendo eu.
- A mulher que eu amo é Antoinette!
- Não é possível comparar ela a Hayley. O que você sentia por ela. Você a amava.- Rebekah dirá o que todos nós sabíamos e víamos antes dele sumir no mundo.
- Amava mesmo? Será que amava?- De fato, para não ter piedade nem da minha irmã, é duvidoso que havia amor.- Tem certeza do que eu sentia não era apenas consequência dessa cruzada ridícula para salvar vocês? Uma desculpa só para manter esse patético laço de "para todo sempre"?
- Patético aqui eu só vejo você.- Todos agora percebem que estávamos aqui.- Não sei o que é família para você e aquela nojenta da Antoinette agora, mas para mim sempre foi sinônimo de amor. Porém, vejo que é algo que falta em você. Como disse Klaus, "a pura verdade", é isso que o aguarda. Eu iria reconsiderar o fato de fazê-lo lembrar algo, mas pensando bem eu não quero, já não faz diferença. Do que irá adiantar? Esse seu egoísmo custou muitas coisas, custou saúde mental e a morte. Você ainda diz que o voto. O voto que você ensinou para mim e para a minha irmã é patético? Francamente.
- A tempestade está ficando mais forte.- Ariele diz ao barulho dos trovões soaram mais fortes.- O tempo está curto.
- E estamos remoendo ele em dez séculos de ansiedade se patacão. E absolutamente nada disso tem haver com o nosso voto.- Klaus estava impaciente assim como nós.
- Tem tudo haver com o nosso voto.- Rebekah discorda.- Porque acha que nunca separou Hayley e Elijah? Sabia que iria ficar perto pela a Hope e ele apaixonada por ela nunca iria embora. Dylan e Ariele a mesma coisa, ele ficaria por perto. Jamais os deixaria.
- Acontece que ele foi!- Klaus relembrou o óbvio.- Elijah sempre esteve lá por mim. Aparecendo quando a minha raiva me dominava, me levando por um bom caminho. Por milhares de anos ele me fez precisar dele.- Talvez eu o entendia mais do que ninguém. Klaus também sentirá a falta de responsabilidade efetiva. Eles tinham uma conexão, assim como nós tivemos também.- O meu irmão, era o meu maior aliado. Ele foi o único que pode me dar a chance de merecer amor. E foi o meu melhor amigo. E você matou ele. Eu te odeio por causa disso.
Sinto Ariele se acontecer em meus braços, a vejo se afastar com as mãos sobre o peito. Mas, não tive tempo de perguntar o que havia de errado, após passar a sentir um aperto dolorido como se viesse do meu coração.
Me agacho sentindo aquela dor Insulportavel, havia algo de errado. Eram os espíritos, os espíritos que nos domaram esse tempo todo ou tentaram, se manifestando em nós.
- A Hope está arrancando de nós o poder.- Kol dirá enquanto eu sentia uma névoa cinza sair de mim e de Ariele.
Abaixo de nós no pátio, algo ainda mais extraordinário acontecia. Eu jamais havia presenciado algo do tipo, frechos de luz azul saiam dos quatro agora.
Era tanto poder, mais tanto poder aqui reunido que eu terei a certeza de que era algo em que a Hope jamais conseguiria controlar.
Levanto com calma e ajudo Ariele também.
- A chave do Elijah eu consegui!- Marcel aparecerá e descemos juntos para darmos um fim nesse lugar.
- Como achou?- Rebekah perguntou.
- Bom, a chave do Kol estava em um dos livros. Cena três. "Vamos satisfeitos para a liberdade e não uma punição."- Agacho ao lado de Kol.- Hope sabe que você não pode ficar, ela está te libertando.- Dirá a Kol que agora olhava oara a chave sem entender.- Rebekah ela escondeu a sua no cordão que você deu a ela. Escondido em algum lugar secreto e seguro.
- Como eu escondia quando era um bebê.- Concordou.
- Klaus, achou o dele nas milhares de cartas e diários que ele escrevia sobre a Hope.
- Anda logo com isso.- Pediu de forma fria.
- Elijah já significou milhares de coisas ao longo dos anos. Depois que arrancou meu coração, tudo o que você representava era morte. Depois do que aconteceu com a Hayley e com a Kylie. Hope te ver da mesma maneira. A sua chave estava no caixão. Na masmorra.
- Já era de se esperar. Eu faria o mesmo.- Ariele mostrará a chave que havíamos pegado.- Por algum motivo, ela soube da carta que Elijah escreverá para nós antes de resolver esquecer todas as suas lembranças, inclusive as nossas. Dylan leu a parte dele, mas eu não me prestei a querer saber o que ele falava sobre mim.
- Porém eu tenho a suposição de que ela tenha lido essa carta e tenha pensado da mesma forma que eu.- Todos me olhavam a esse momento.- Elijah foi muito importante tanto para mim quanto para Dylan. Ariele era muoto apegada emocionalmente a ele, ela era bem dependente de tudo, entendo que éramos crianças. Mas, ela mais do que eu, queria respostas sobre o porquê de ter nos deixado para atrás, por muito eu me culpei, por muito tempo ela se culpou. As respostas disso estavam naquela carta.
- Bem pensado.- Rebekah dirá.
- Vamos?- Klaus pergunta.- Acaba logo com o labirinto de metáforas da minha filha.
Seguimos todos para as fechaduras que aguardavam com as nossas iniciais gravadas.
Klaus colocará sua chave e as nossas destrabcando o cadeado de cada um.
A porta se abrirá e Ariele passará correndo na frente de todos nós, encaro a mesma acabando que rindo de seu desespero para sair daqui e a sigo.,
Ao entrarmos todos paro de andar analisando aonde estávamos. Ariele me olha sem entender. Enquanto observo o imenso corredor branco que nos encontrávamos.
- Ai que droga.- Kol diz revoltado.
- É sério isso?- Pergunto saturado disso tudo.
- Estamos no labirinto mental do Elijah. De todos os infernos que eu tive que passar.- Kol revira os olhos e bato em seu ombro.
- Achei que já estivesse acostumado, além do mais você teve mil anos com ele.- Digo.
- Tirando os anos que o Klaus me trancou em um caixão ou eu virei cinzas sim.
Seguimos todos o caminho a frente, já que não havia mais como voltar.
- A porta. Que isso vingança da Hope?- Elijah pergunta.- Me aprisionar até eu recuperar a minha memória, fazendo eu aceitar tudo o que fiz?
- Ela é uma Mikaelson.- Levanto a mão e Ariele bate com a sua na minha.- Talvez eu tivesse feito pior.
- Até que eu gostaria de ver como isso vai terminar.- Diz Kol bagunçando os cabelos de minha irmã.
- Vocês dois...- Olhamos para atrás.- Parem.- Rebekah pede
- Eu tenho outro lugar para ir...- Continuamos olhando ele prosseguir para uma porta que estava ao nosso lado. Desaparecendo dentro da mesma.
- Bom, eu já vou.- Marcel faz o mesmo.
Elijah agora batia contra a porta vermelha e velha, enquanto Klaus já se direcionava para uma das portas.
Eu e Ariele fazíamos o mesmo segurando a maçante das portas mais próximas, uma do lado do outro.
- Nick. Não podemos deixá-lo aqui.- Rebekah diz e assim paro no mesmo instante.
- Ele pode se achar sozinho.- Klaus responde.
- Fizemos um voto.
- Eu fiz um voto com o meu irmão. Esse é apenas o homem que acabou com a vida da minha filha e dos meus sobrinhos.
- Eu já pensei o mesmo sobre você. Lembra da nossa mãe?- Isso não era hora, eu queria voltar.- Antes da turbulência por que eu lembro. Eu lembro quando ela botava flores nas minhas tranças e quando cantava para nós de manhã. E então você a matou.
- Por que está lembrando disso agora?
- Porque somos capazes de coisas terríveis, mas também somos capazes de perdoar.
Maldita hora para sentir a consciência pesar por alguém que não deveria acontecer isso. Não mesmo. Ele não merecia nada sobre um de nós agora, mas e se o deixarmos aqui não seria pior? Sera que eu quero que isso aconteça?
- É apenas uma porta, abri isso Elijah!- Paramos um de frente para o outro.- Vá em frente Rebekah, nós vamos logo atrás. E vocês dois também.- Diz olhando para mim.
- Certo...- Ariele concorda sem questionar.
- Te encontro depois.- Ela já havia fechado a porta e sumirá na escuridão, enquanto eu fechará a minha ficando aqui.
- Você é tão teimoso garoto.- Dirá para mim.
- Aprendi com você.- Sorrio.
No final das contas, perdoar não é sobre esquecer o que a pessoa fez. Mas, sim saber que você tem uma chance de seguir em frente. Ariele, talvez não o perdoe, ela não pensou duas vezes antes de deixar tudo aqui, mas eu a entendo. Porém, eu preciso que esse perdão aconteça, para que eu fique bem por ela. Se nós dois estivermos ruim, cairemos fácil, e ela precisa de mim, ela precisa de mim bem para cuidar dela.
Eu preciso fazer isso, nem que seja para esfregar o fato de que eu fiz mais do que ele durante esse tempo todo...
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