Cap 57- Presos Em Uma Lembrança
~♡~
{Ariele Deveraux Mikaelson}
- Eu quero explicações do porquê a Freya desmaiou em minha frente e seu corpo sumiu diante dos meus olhos!- Questiono descendo as escadas.
- Tem algo errado.- Dylan diz ao celular.- Klaus não está recebendo chamadas, nem a Rebekah, nem o Kol.
- Esta cedo demais para acontecer alguma coisa, sério. Nós não temos um minuto de paz se quer.- Hope diz emburrada ao chegar sem notícias.
- Efeitos colaterais dessa cidade imunda.- Respondo.
Sento no último degrau preocupada com o que acontecerá, tinha algo errado e nós não sabíamos o que fazer.
Dylan agora montava um mapa sobre a mesa, começar a tentar fazer qualquer feitiço idiota de localização.
- Quer ajuda?- Pergunto me aproximando do mapa.
- Claro, me de sua mão.- Estendo sobre o mapa.
- Hope, não quer tentar?- Pergunto a ela que estava logo atrás de mim.
- Pode ser.- Se aproxima e sorria de forma calma ao sentir sua mão se apertar em volta da minha e da de Dylan.
- Vamos lá...- Respiro fundo e encaro seus olhos, ela estava tensa, havua algo errado.
Ouço um vento forte ao lado de fora da casa, trovões e raios sempre me deixaram assustadas. Mas esses, eram fortes demais em muito próximos.
Isso não era bom e eu já presumida do que se tratava.
- Hope o que está acontecendo?- Pergunto.
- Me desculpem pessoal.- Diz e olho para Dylan tentando entender o que estava acontecendo.
Sinto meu corpo perder as forças e minha consciência se tornar em branco, como se não houvesse nada, nenhuma lembrança, nenhum sentimento, nada.
~♡~
Sinto ser atirada pelo ar, caindo sobre a mesa que alguns minutos atrás estava o mapa que eu e Dylan usávamos.
- Mais que merda é essa?- Resmungo levantando.
- Olha só, não estamos sozinhos.- Ouço a voz do Marcel e olho para o lado assustada.
Mais que merda que aconteceu aqui? O que a Hope fez?
- Aonde estou? Porque está tudo escuro desse jeito? O que você está fazendo aqui? Cadê o meu irmão?- Se aproxima me ajudando a descer da mesa.
- Não estamos sozinhos, Hope nos mandou para cá é como se fosse um subconsciente e estamos presos aqui, todos nós.- Responde.
- Todos nós quem?- Pergunto.
Ouço uma pancada brusca atingir a parede do salão principal, olho para atrás vendo meu irmão levantar cambaleando e com as mãos alisando seu tórax.
- Achei que nada poderia ficar tão ruim.- Diz parecendo como se estivesse bêbado.
- Nada ruim que não possa piorar, não é mesmo?- Marcel pergunta.
Sinto alguém atrás de mim e respiro fundo antes de virar.
- Aqui está a sobrinha mais incrível desse mundo.- Sorrio me sentindo desesperada.
- Tio Kol!- Pulo em seus braços o apertando.
- Como vai pequena bruxa?- Pergunta.
- Bem na medida do possível.
- Eu sinto muito...- Sussurra ainda me abraçando.- Queria ter ficado com vocês.
- Está tudo bem não é?- Pergunto.
- Seus olhos entregam outra resposta.- Me afasto e sua mão desliza suavemente sobre meu rosto.
- Se você está aqui então, a Tia Rebekah também está?- Dylan pergunta.
- Sim moleque, vem aqui agora!- De todos ele era o mais divertido e brincalhão, senso de humor amargo como todos nós, mas tudo é motivo de piada, isso o diferencia muoto dos outros.
- Ouvi a voz encantadora dos meus sobrinhos.- Tia Rebekah descerá as escadas, já fazia tanto tempo que eu não a vejo que esse momento estava sendo único.
Assim como eles, Freya e Klaus também estavam aqui. Mas, antes de perguntar deixei com que aquele momento, mesmo que fosse da pior circunstância já que a Hope não avisou ninguém dessa loucura, eu queria fazer do meu pelo menos último momento confortável.
- Acho que esse momento pode esperar alguns poucos minutos irmão...- Diz Klaus.
- Já fazem muitos anos desde que estivemos juntos com os gêmeos, então acho que eles merecem pelo menos esse tempo conosco.- Continuo abraçada a Kol, enquanto Klaus e Marcel nos faziam de criança.
- Antes de tudo...- Freya aperta minha mão.- Queremos que vocês dois, nossos gêmeos lindos, saibam o quanto os amamos.
- E que vocês não estão sozinhos.- Rebekah continuará enquanto apertava Dylan em seus braços.
- Eu não sei o que dizer...- Respondo olhando para o Klaus.- Hoje o dia foi tão difícil, ainda está sendo. Mas, é que dizer adeus não é tão simples e eu me sinto vazia. Eu vou soltar tudo, porque eu não sei como terminaremos tudo isso e eu sinto que alguém de nós ainda irá morrer e eu takvez seja eu, mas...
- Ariele não pense dessa forma, nós nunca permitiremos que um de vocês morra.- Rebekah me repreende.
- Mas, tudo bem se for um de vocês é claro?- Limpo o meu rosto.
- Nós vivemos uma longa vida, vivemos rudo o que tínhamos que viver. Antes nós, do que vocês.- Kol responde.
- Corta essa tio Kol.- Peço.
- Não pode ser...- Dylan diz me fazendo perder toda a concentração que ir mantinha reorganizando meus pensamentos.
Ao deixar os braços de Kol, que foi talvez o primeiro da família a me entender, a entender cada parte da minha mente insana. Olho para a mesma direção que Dylan olhava.
Sinto meu coração acelerar e um tremor se iniciar. Sério isso?
- Você so pode está querendo me testar...- Digo olhando para o mesmo.- Hope! Eu vou acabar com você quando eu sair daqui!- Sigo em passos firmes até o segundo andar. Ele nos olhava paralisado.
Não bastava isso, ele precisava está aqui. Elijah precisava está aqui.
- Ariele! Não!- Sinto alguém segurar meus braços.- Calma, precisamos todos ter calma.- Rebekah diz enquanto me segura.
- Calma?- Dylan pergunta.- Aliás qual o propósito disso mesmo? Como sairemos daqui? Isso é pior do que o inferno pensando bem.
- O propósito é com que trabalhamos juntos...- Começo a rir de forma irônica.- Hope está tentando retirar toda a magia que nos prende e sepera e passar para ela, inclusive a da Dahlia.- Olho para Marcel assustada.
- Mas, ela não pode. Ela vai morrer!- Dylan diz começando a entrar no ápice do desespero.- Ela não pode, não vai conseguir aguentar o Hollow e a magia da nossa família assim de uma vez, ainda mais a da Dahlia.
- Pelo amor de alguma coisa, precisamos fazer algo.- Peço quase implorando.- Tio Klaus, eu não posso perde-la também.
- Antoinette também está em perigo.- Ouço argumentar e me seguro lara não fazer nada de errado.
- Sério? Por mim ela irá morrer.- Respondo rindo.- A morte dela vai ser o pagamento, pela a morte da minha mãe e da Hayley.- Passo a frente de todos e mais uma vez dou puxada para atrás.
- Ariele calma, de cabeça quente você não vamos conseguir nada.- Kol diz tentando me parar.
- Dylan...- O encaro vendo que o mesmo estava impaciente nesse lugar.- Precisamos trabalhar juntos...- Sorrir revirando os olhos.- Por onde começamos então?- Pergunto olhando para cada um.- Acendemos a lareira e conversamos? A melhor...- Olho para Elijah que se mantinha com o olhar forma sobre mim.- Podemos falar sobre a Hayley, todos nós, podendo contar sobre o quanto ela era especial. Vamos falar sobre o fato pelo o qual a minha mãe, suportou tudo isso. Quer dizer ela teve que lidar com uma filha depressiva e um filho impulsivo durante esses últimos anos. Ela precisou exercer dois papéis em um, olha só que incrível.
- Ariele...- Dylan me chama.- Acho melhor pararmos aqui. Está feito, vamos tentar sair daqui.
- Pararmos? Essa é a única chance que eu tenho de dizer tudo o que eu queria dizer esse tempo todo! A nossa família está aqui, estamos reunidos finalmente. Comemora irmão, não é fantástico?- Pergunto sentindo meus pulmões dificultarem o ar que entrava.
- Ariele, você está chateada, venha comigo.- Rebekah estende a mão. E olho para o lado limpando meu rosto.
- Que seja, já está sendo tortura demais tudo isso...- Dou a volta pela a mesa.- E Hope se estiver ouvindo isso!- Grito para os quatro ventos.- Quando eu sair daqui, você vai me dever o carro que iria ganhar no próximo aniversário!
Passo a frente segurando a mão de Rebekah que me conduz para a escadaria interna da casa.
Logo atrás estavam os outros que nos seguiam, isso tudo por medo de eu sair quebrando a casa toda. Bem que eu deveria fazer isso, aqui é tudo mentira, vai desaparece a qualquer momento.
Entramos no quarto que era de Klaus a muitos anos e sento sobre a cama, percebendo a agitação que acontecia ao lado de fora da janela.
A cada toda estava selada, cada passagem. Não tinha como sair daqui de forma alguma.
- Então quem começa?- Dylan pergunta se jogando ao meu lado sobre a cama.- Como vamos deixar esse lugar e voltar a consciência dos nossos corpos reais?
- Por-favor? Sejam rápido já explicação eu quero ir embora, eu quero voltar.- Resmungo segurando um travesseiro.
Eu sentia que estava próximo de um sermão aqui, com todos eles em nossa frente como se quisessem nos dizer algo.
Olho para Dylan que deu de ombros e continuo focado no que acontecia ao lado de fora.
- Hope ficará presa na escuridão.- Ressalto, caminhando até a porta.
- Não temos muito tempo.- Klaus segura a maçaneta me impedindo e cruzo os braços.
- Então se não temos muito tempo, você deveria me deixar sair daqui agora de preferência.
- Você vai ficar e escutar.
Ficamos alguns segundos trocando olhares firmes, como se estivéssemos desafiando um ao outro.
Eu sabia com quem eu estava lidando e ele também.
- Eu sinto muito...- Sussurra.
- Todos nós sentimos.- A voz do Kol soou atrás de nós.- Eu queria que tivesse acontecido de outra maneira, mas não aconteceu e eu me culpo por isso.- Freya diz e por um breve segundo sinto algo em meu coração, pedindo para que eu parei por um minuto.- Precisamos encontrar algo aqui, algo que de alguma forma em algum momento foi importante para cada um de nós. Está preso dentro dessa casa em algum lugar, mas não sabemos o que pode ser.
- Eu não tenho nada aqui.- Respondo olhando para Dylan.- Nós viemos aqui muitas poucas vezes, não consigo me lembrar de algo que tenhamos deixado ou encontrado que poderia significar algo.
- Pode ser qualquer coisa?- Dylan pergunta.
- Sim, pode ser qualquer coisa. Talvez, até mesmo algo que nos pertenceu, mas vocês talvez viram e gostaram.- Coloco minha mão entre meus peitos, mas acabo sentindo meu medalhão e descarto essa alternativa.
- Então vamos, eu e Ariele começaremos a procurar no escritório.- Dylan segue para a porta, mas Klaus se mantém no lugar impedindo a passagem.
- Nos deixem ir, podemos conversar sobre isso depois. Mas agora, por agora, eu não quero chorar. Eu não quero que me vejam da minha versão mais fraca, eu não estou bem e qualquer palavra pode bastar para eu me sentir péssima com tudo o que aconteceu.- Klaus descansa sua mão em meu rosto E respiro fundo.
- Quando saímos daqui?- Concordo e sigo Dylan.
~♤~
{Dylan Deveraux Mikaelson}
Estávamos no escritório e eu prometi que aqui, eu me manteria controlado com o Elijah por perto.
No escritório buscavamos qualquer coisa que pudesse ser algo a me lembrar de algum momento ou fato, qualquer objeto inútil. Ariele também fazia a mesma coisa revirando as prateleiras, enquanto Elijah e Klaus tiravam tudo das caixas.
Isso era tortura, Hope estava ainda mais louca quando decidiu tentar isso. Vai retirar tudo o que tem nos mantido longe e passar para ela, mas é muito poder é poder demais e isso a tornará vulnerável principalmente a Hollow que poderá controlar seu corpo.
Eu não consigo nem se quer imaginar ela sendo mais uma pessoa levada de mim.
Chega de perdas, eu não consigo mais lidar com nada e sei que não conseguirei por um bom tempo.
- Como era a minha relação com a sua filha?- Elijah pergunta a Klaus.
- Agora você se mantém interessado na minha família?- Pergunta com armadura na voz.
- Engraçado, você deveria fazer essa pergunta a Ariele.- Rebato com ainda mais ódio.
- Nem precisa perguntar nada, não quero falar sobre isso.- Respondeu agachado abrindo uma das gavetas da estante.
- Eu não sei o que fazer aqui, vocês percebem? Me ajudem e todos sairemos, não de esqueçam que precisaremos fazer juntos isso.- Reviro os olhos e respiro fundo.
- No dia em que a minha filha nasceu, você deu isso.- Klaus se aproxima do ursinho que ele segurava, o mesmo ursinho que Hope mantinha sobre a sua cama.
Continuo procurando algo, tinha que ter algo mas se tinha eu não lembrava de nada. Eu não tenho tantas lembranças agradáveis desse lugar, muito poucas. Algumas com a minha irmã ou a Hope, mas não consigo me lembrar de algo de fato.
- Você deu a ela, o nome dela. Foi você.- Vejamos ele destruir o ursinho. E uma chave sair do mesmo.- Aqui está, vamos procurar a de vocês agora.
Uma chave dentro do urso da Hope. Isso me fez pensar em um milhão de coisas das quais eu vi. Mas, provavelmente esteja ligado a nós dois.
- Acho que pensei em algo.- Falo seguindo para o corredor.
Alguns dias atrás, quando resolvi voltar a Nova Orleans, houve uma noite que acabei encontrando uma carta. Uma carta em uma das gavetas na escrivaninha do quarto do Elijah.
Era uma carta dividida em duas partes, feita para mim e para a Areile. Mas, eu não me prestei a ler ela inteira. Eu não queria saber o que ele tinha escrito sobre nós aquela altura, já fazia tanto tempo que não víamos, que eu não me recusei a lembrar dele.
- Mas, só uma pessoa que viu poderia reconstruir essa memória, um dos quartos aqui não existia. A Hope não viu ele, então não se lembra dele...
- Não é isso...
Entro no quarto ao lado aonde estava Freya, Rebekah e Kol. Eles estavam falando sobre algo que até então não me fazia sentido.
- Freya o que você fez?- Klaus pergunta logo atrás de mim com um olhar ameaçador.
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro