Cap 3- Senhor Saltzman (REVISADO)
- Agradeço pelas as suas afirmações. Estávamos recebendo denúncias de pessoas que visitaram e moram próximos ao orfanato e que de alguma forma tem contato com alguma criança.- Relatou o motivo de sua presença aqui, apesar que não estou nem um pouco surpresa, apenas com o fato de terem demorado tanto para fazerem isso.
- A senhora Marie, disse que eu iria ser transferida. O senhor sabe para onde Xerife?- Pergunto preocupada.
- É...- Olha para o senhor Saltzman e log em seguida se senta na cadeira ao meu lado.- Sim Ariele, acho que o Alaric poderá te explicar melhor.- Claro- concordo.- Deixarei, vocês sozinhos.- Xerife Donovan caminha em direção à porta- Agora é com você Alaric.- O mesmo fecha a porta, assim deixando um vago silêncio no quarto.
Preciso ser otimista.
- Você teve um dia e tanto. Se lembra de algo?- Discordo balançando a cabeça.
- Eu me lembro de muita pouca coisa, nada demais apenas de alguns garotos na calçada me provocando.
- Certo- O observo respirar fundo, parecia estar procurando palavras- Eu faço isso já faz algum tempo, mas sempre é difícil começar a ter essa conversa.- Continuo prestando atenção sem entender.- Você conhece o colégio Salvatore?- Pergunta.
- Sei que é um colégio muito caro e dizem que para crianças problemáticas.- Ambos rimos- Me desculpe.- Talvez aquilo não era certo a ser dizer.
- Você não está tão errada. As crianças de meu colégio são especiais sim. Cada uma com um dom único. Eu poderei explicar, caso aceite a minha oferta.- Por um momento analiso o que ele acabará de dizer, parecia ser sério.
- Qual seria a oferta?-
- Para uma criança até que você fala muito bem.- Dou de ombros esperando com que prossiga.- Ariele, você em algum momento acreditou ter feito algo que não soube explicar? Você ainda é muito jovem, mas tenho certeza que seus poderes se manifestaram...- Poderes?- o interrompo- espere um pouco Senhor Saltzman. Eu não compreendo nada do que o senhor está falando.
- É, eu sei. A princípio parece ser difícil, mas garanto que não é. Ariele, estamos já faz alguns meses monitorando você.- Isso definitivamente não significaca coisa boa o encaro incrédula- Sabemos o que ocorreu hoje mais cedo.
- O que o senhor soube?- Pergunto trêmula, assim lembrando de cada detalhe do que havia ocorrido. Como milhares de memórias bagunçadas.
- Você incêndiou aqueles garotos. Não foi?- Fico quieta sem saber o que responder.
- Impossível, eu não fiz aquilo.- Protesto.
- Sim, você fez. É normal, você só não tem controle dos seus poderes, mas se aceitar, estudar em meu colégio. Eu garanto a você que tudo ficará bem, podemos descobrir até mesmo sua linhagem. Você não conhece seus pais, tenho certeza que você gostaria de saber quem são.
- Sim...- Foi tudo o que consegui dizer.
- Eu entendo que é difícil de acreditar, mas você mesma sabe que há algo errado.
- Eu posso pensar um pouco senhor Saltzman?- Pergunto.
- Sim é claro. Estarei esperando até liberarem você, tudo bem?- Pergunta e apenas concordo.
Isso era uma completa loucura. Não tem como, não havia cabimento algum, nessa história. Não é como se bruxas com varinhas de núcleo de fênix existissem. Iguais aos dos livros do Harry Potter.
Por mais que eu pensasse dessa maneira, não vejo motivos para o senhor Saltzman mentir sobre algo. A pergunta é "O que ele ganharia com isso?". Eu não acreditava em nada do que ele havia dito, mas também não quero voltar para o orfanato, ainda mais após ter enfrentado a senhorita Marie. Tenho certeza que se eu voltar, acabarei de uma maneira be pior se depender de suas vontades, após minhas acusações e afirmações contra a sua pessoa.
Arranco a agulha que terminava de injetar o soro em minha veia de forma bruta, choramingo um pouco, mas logo saio do quarto.
Para a minha alegria, não havia ninguém próximo ao quarto. O que facilitou a minha fuga. Isso era uma completa loucura eu sei, mas eu não quero voltar.
Caminho rapidamente de cabeça baixa, entre todos os funcionários e pacientes presentes que estavam ocupados, assim, por fim não prestariam atenção em uma garota. Pensei.
Abro a porta principal do saguão e desço as escadas. Continuo andando em direção à rua e paro próxima a faixa de pedestre.
De relance olho para o lado e acabo encontrando o olhar do Xerife Donovan perplexo ao me ver.
- Ariele!- grita e corro para o outro lado da rua.
Sem perceber vejo um carro freiar rapio, arrancando marcas dos pneus no asfalto próximos a mim. Continuo correndo.
Olho para atrás ele estava atrás de mim ainda e passo a correr o mais rápido possível pelas ruas, no qual eu mal conhecia direito.
Era ainda mais locura, eu não conhecia Mystic Falls direito, passei a minha vida dentro do orfanato e isso não me permitia conhecer a cidade em que moro.
Havia uma igreja próxima, assim resolvo entrar apenas para tentar despista-lo. Entro o mais rápido possível e fecho a porta da mesma.
Agacho no chão ficando de joelhos e tento recuperar meu fôlego. Minha respiração estava pesada, minhas pernas estavam doendo e por fim só agora me dei conta o desastre em que eu me encontrava.
- Ariele?- Ouço uma voz familiar.
Olho para cima e aqui se encontravam Dylan e possivelmente o padre que celebra as missas nesta igreja.
- Filha está tudo bem?- O mais velho perguntou.
- Ah...Sim, está tudo bem padre.- Me oferece ajuda para levantar.
- O que faz aqui Ariele?- Dylan pergunta.
- Eu...-olho para o padre- estava passando pela a cidade e resolvi vim até aqui.- Sorrio, mas olhando diretamente para Dylan .
- O que fazia não chão?- questionou.
- Eu tropecei, sem querer...- menti logo na casa de Deus, olha só que maravilha.
- Padre. O senhor precisará ainda da minha ajuda?- Dylan pergunta.
- Não filho, está tudo bem. Acredito que seus pais estejam te esperando.- Dylan não disse nada e sua expressão, denunciava que havia algo errado.
- Sua bênção Padre?- Dylan pede, assim deixando com que fizesse o sinal da cruz em seu corpo.
- Que Deus te abençoe meu filho.- Dylan segura em meu braço.
- Até mais Padre.- Aceno de volta.
Dylan começou a me puxar pela calçada, praticamente correndo. Enquanto eu, que já não estava muito bem tentava acompanhar seu ritmo.
- Dylan?- O chamo sem entender.- Aonde está me levando?- Pergunto.
- Precisamos sair daqui, pelos menos tentar nós esconder.- Responde.
- Mas, porque?- Pergunto e me guia até um beco escuro, próximo à uma cafeteria.
- Fazem algumas horas que fugi de casa- explica e o encaro sem entender- fale baixo. Sei o porquê está fugindo.
- Como sabe que estou fugindo?-- Pergunto.
- O senhor Saltzman me contou sobre você.-Finalmente seguro a sua mão.
- Explique-se!
- O senhor Saltzman esteve ontem na casa dos meus pais. Eu...fiz algo que não consigo encontrar explicações para.
- O que você fez?- Pergunto.
- Estava na escola, há três dias atrás e em um momento de raiva, após um dos meus colegas de sala dizer algo não muito agradável. De alguma maneira, uma maneira inexplicável, todos os vidros da sala estouraram de uma vez.
- Isso é sério?- Penso no quão maluco estava sendo este dia, assim voltando a ideia que possa haver verdade.
- Sim. O senhor Saltzman entrou em contato com os meus pais, ele explicou. Disse que eu aparentemente sou um bruxo, isso é tão surreal. Ele disse que já estavam a minha procura e de mais uma criança localizada próxima a cidade- Essa criança sou eu é óbvio.- Hoje eu vi acontecer algo parecido com Sebastian.
- Você viu aquilo?
- Sim. Foi você que fez aquilo?
Penso antes de responder. O senhor Saltzman falou sobre isso, não pode ter sido eu, mas pensando bem.
- Eu, não sei...- respondo começando a sentir medo- o senhor Saltzman falou comigo hoje mais cedo.
- O que ele te disse?- Pergunta.
- O mesmo que disse a você...-- ficamos um tempo em silêncio.
Havia uma semelhança gritante em nós dois por um lado. Quem não nos conhecesse afirmaria até que tenhamos algum tipo de parentes.
Mas, não é hora de pensar em algo tão novo como esse.
- Não podemos ficar aqui.
- Mas, Dylan e seus pais? O prefeito?- Pergunto.
- Não se preocupe com isso Ariele. Acredito agora, que eles têm escondido algo muito importante.
- Mas...- paramos de andar
- Encontrei vocês.- Sinto sua mão apertar a minha.
- Senhor Saltzman...- Dylan sussurrou
Olho para atrás e vejo o Xerife Donovan de braços cruzados nos encarando.
- Não haviam motivos para fugirem. - Disse Saltzman.
- Senhor Saltzman, precisamos ir- uma garota aparentemente mais nova do que eu, falou- Lizzie e Josie estão esperando.
- Sim Hope, estamos de partida...
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