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┊Chapter One ➵ I hate you!











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ATO UM

Capítulo Um: EU ODEIO VOCÊ!

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DINAH LANCE HAVIA SE FORMADO NO ANO ANTERIOR em psicologia, desde então, ela ia toda a sexta-feira no final da manhã para Gotham para trabalhar no Centro Comunitário Wayne para crianças e jovens em situação vulnerável. A mulher dava consultas e acompanhamento psicológico de graça para todos aqueles que não poderiam pagar pelo serviço.

A iniciativa havia surgido há muito tempo atrás, após ela ter conhecido Tessa Wayne e ambas terem se envolvido numa conversa junto de Jason Todd sobre crianças que tinham de sobreviver nos piores bairros de Gotham. Dinah e Jason tinham experiência no assunto, no passado, ambos faziam parte daquela porcentagem de crianças, mas felizmente tiveram sorte, e queriam que todas aquelas crianças tivessem ao menos um pouquinho da sorte que tiveram. Daquela conversa, surgiu a primeira ideia para o Centro, algum tempo depois a ideia começou a realmente ser elaborada por aquele trio e com o incentivo de Bruce Wayne e o apoio financeiro das empresas Wayne e do império Queen, juntamente com doações generosas das famílias ricas de Gotham, um ano depois, eles inauguraram o Centro Comunitário Wayne, que desde então estava sob o controle de Tessa.

O Centro contava com atendimento médico e também aulas de artes, esportes e cursos, tudo para tirar as crianças da rua e para elas não se envolverem com o crime que percorria as ruas da cidade.

Dinah sempre ajudou sua melhor amiga, Tessa, a fazer o centro funcionar. Por causa daquilo ela havia decidido cursar psicologia enquanto Tessa cursava administração, juntas elas mantinham o Centro funcionando e ajudavam cada vez mais crianças, adolescentes e até adultos.

A maioria da família Wayne ajudava no Centro, todos eles eram estupidamente perfeitos e incríveis em algo.

Dick Grayson dava aulas de ginástica sempre que tinha tempo livre, os jovens simplesmente o idolatravam e ele estaria mentindo se dissesse que não adorava aquilo e todos sabiam disso.

Tessa dava aulas de balé quando conseguia uma pausa na administração do lugar, seu namorado, Jason Todd, dava aulas de mecânica, o que os adolescentes achavam incrível e juntos construíram diversas coisas e faziam projetos, que às vezes, eram implantados até no próprio local.

Tim Drake era o único filho que participava ativamente na empresa da família, mas mesmo assim acabava algumas tardes dos finais de semana ensinando computação, então havia Cassandra Cain, que ajudava a trabalhar a inclusão de crianças com deficiência, pois pelo o que Lizzie sabia, a garota não sabia falar ou escrever quando havia chegado na família Wayne.

Então toda sexta-feira, Lizzie saia correndo da escola e junto com Dinah, iam para Gotham, onde a garota daria aulas de piano para as crianças e no tempo livre, praticava balé com Tessa.

— Como foi a aula hoje, Lizzie?

A garota sorriu animada para a boadrasta (apelido carinhoso que havia colocado na mulher, porque ela era legal demais para ser chamada de madrasta).

— Gabaritei a prova de química e a de literatura.

— Estou orgulhosa! Acho que você já sabe o que significa.

Lizzie sorriu feliz.

— Sorvete pra comemorar.

— Isso aí, garota.

Dinah Lance dirigia calmamente pelas ruas movimentadas, os vidros do carro abaixados e o rádio tocando a playlist especial para viagens de carro que as duas haviam criado juntas, estava no volume máximo.

Bad Habits, do Ed Sheeran, era a música que estava tocando atualmente.

Lizzie encostou a cabeça no banco, fechando os olhos enquanto aproveitava o vento que vinha da janela e que provavelmente deixariam seus cabelos uma verdadeira bagunça, mas que no momento apenas a faziam se sentir num clipe musical. Para completar, sua boadrasta cantava alegremente a música.

Estava sendo uma sexta-feira típica.

Logo pararam para abastecer o carro e Lizzie aproveitou o momento para ir até a lojinha de conveniências, comprando duas raspadinhas, assim como algumas barrinhas de proteína que ela sempre gostava de ter guardado.

Voltou rapidamente, entregando a raspadinha azul para Dinah e ficando estrategicamente com a rosa.

A viagem seguiu tranquila, cantando mais músicas da playlist juntas e falando mal de metade do conselho do império Queen, fofocando sobre outras pessoas ricas que simplesmente não suportavam.

Dinah estacionou o carro na frente do centro, a garota rapidamente viu um casal na moto da frente e ambos estavam obviamente se pegando, mesmo sendo um lugar público e eles simplesmente não pareciam se importar com aquele pequeno detalhe.

Lizzie rapidamente identificou os cabelos escuros de Tessa Wayne e a mecha de cabelo branco que pertencia a Jason.

Ela ouviu Dinah sorrir maliciosamente e meter a mão na buzina do carro, buzinando com tudo e fazendo Tessa dar um pequeno pulo de susto e se afastar bruscamente de Jason, que apenas enviou um olhar mal humorado para a amiga assim como balançou seu dedo do meio para a mulher.

A garota desceu do carro e sorriu para o casal, acenando inocentemente para os dois.

— Oi Jason, Tessa!

O casal acenou simpaticamente para ela, Lizzie rapidamente tirou sua mochila da parte de trás do carro enquanto Dinah provocava os amigos sobre a pegação descarada ali.

Lizzie podia dizer que estava sendo um dia perfeito, havia ido bem nas provas que estava preocupada, então a viagem de carro até Gotham havia sido realmente divertida e ela ainda havia comprado raspadinhas, seu cantor favorito havia lançado música nova e francamente, havia até um pouquinho de sol em Gotham!

Ou seja, o dia estava incrível.

Ao menos até ela ouvir um "tsc" totalmente inconfundível que fez seu corpo ficar imediatamente tenso enquanto se virava lentamente e tinha a infeliz visão que havia acabado de estragar seu dia.

Damian Wayne estava encostado na entrada do centro, parecendo extremamente mal humorado.

O garoto vestia uma jaqueta preta por cima de uma camiseta branca, havia um colar ali que a garota nunca havia reparado. Seus cabelos negros estavam levemente bagunçados e os olhos verdes estavam fixos em sua direção, mostrando o desagrado que sentia ao lhe ver, o que era totalmente recíproco. A calça jeans preta e o all star completamente o look dele, repentinamente Lizzie percebeu que o estilo dele era parecido com o de Jason.

Ele gritava "garoto bilionário problemático".

— O que infernos você está fazendo aqui?

A pergunta mal humorada havia saído antes que a garota conseguisse se controlar, mas não era como se alguém ali estivesse esperando uma recepção calorosa da garota para o idiota ali.

Damian bufou, mas foi Tessa que respondeu.

— Nosso professor de artes está doente e Damian gentilmente se ofereceu para o substituir.

Jason tossiu, tentando disfarçar uma risada.

Tradução: Tessa chantageou o filhote de demônio ali usando a xícara da bisavó do Bruce que o pirralho quebrou enquanto perseguia Tim pela mansão. Se ele não viesse substituir o professor, Tessa ia contar para o Alfred e o Bruce sobre a xícara.

A expressão no rosto de Damian azedou ainda mais.

— Eu já falei que foi culpa daquele estúpido do Drake — resmungou emburrado — francamente...

Dinah sorriu simpática para o garoto.

— Ouvi dizer que você é um artista talentoso.

O olhar desconfiado de Damian não havia surpreendido ninguém, mas após um olhar sério da irmã mais velha, o garoto forçou um sorriso.

— Obrigado.

Jason riu baixinho e andou até o garoto, bagunçando os cabelos do mesmo, que imediatamente resmungou.

— Se você não irritar sua irmã, te levo naquela amostra de arte em Star City, beleza?

— Tanto faz.

Lizzie agarrou a alça da mochila com força, olhando furiosamente para o garoto que havia estragado seu dia feliz.

Jason passou por ela bagunçando seus cabelos também, em seguida ele foi até Tessa e deu um último beijo na namorada antes de acenar para Dinah. Ele colocou o capacete e subiu na moto, acelerando para longe.

Tessa sorriu.

— Vamos entrar? Temos diversas coisas para fazer.

Damian suspirou antes de seguir a irmã, era impressionante como o adolescente sempre obedecia Tessa e Jason, mesmo que nunca fosse admitir. Lizzie o conhecia o suficiente para saber que aquele tratamento não se estendia até os outros integrantes da família, talvez apenas Alfred e algumas vezes Bruce.

O garoto a ignorou enquanto andava pelos corredores do centro que estavam cheios de jovem, ela sorria para todos os adolescentes e crianças que conhecia das aulas de música.

Assim que Tessa parou na frente do seu escritório junto com Dinah, lançou um olhar sério para os dois jovens.

— Eu espero que como adolescentes inteligentes, vocês deixem as brigas do lado de fora do centro e fingem ser amigos dentro desses corredores, entenderam?

Dinah Lance cruzou os braços, os cabelos loiros estavam soltos e caiam por suas costas e ombros.

— Se não, vocês dois vão ter outra sessão de terapia em dupla comigo.

A contragosto os dois concordaram.

— Ótimo! Lizzie, leve Damian até a turma de artes e o apresente como substituto.

Ela controlou a vontade de lançar um olhar mortal para o garoto e respirou fundo, colocando um sorriso forçado no rosto enquanto seguia para a sala de artes.

Damian a seguiu, silencioso e com as mãos dentro dos bolsos da jaqueta, obviamente não querendo estar realmente ali tanto quanto a garota não queria o aguentar ali naquela tarde.

Lizzie parou em frente a sala de artes e o encarou.

— Seja legal, entendeu? Essas crianças já tem problemas demais para lidarem e aqui é o lugar que eles vem para se esquecerem disso, ou seja, não seja mal humorado ou um babaca, por mais que eu sei que isso deve ser difícil para você.

Ele arqueou a sobrancelha.

— Eu não sou babaca.

— Sim, você é a droga de um rico mimadinho que acha que é melhor que todo mundo, eu te conheço desde os onze anos, lembra?

Damian bufou, revirando os olhos verdes.

— Falou a miss perfeitinha.

Para o bem da sua sanidade mental, ela decidiu ignorar e simplesmente abrir a porta da sala, entrando tranquilamente no lugar.

A sala já estava com cerca de vinte e cinco alunos, que iam de crianças de dez anos até jovens beirando os quinze anos, surpreendentemente, todos se davam bem. Jason havia lhe dito que era algum tipo de código que os jovens que moravam naquelas partes ruins da cidade tinham, sobre cuidar uns dos outros e principalmente dos mais novos.

Aquela era a turma dos que estavam iniciando no mundo da arte, seja por interesse pessoal ou de forma terapêutica recomendada por Dinah.

Lizzie parou na frente da turma, Damian estava parado na porta, observando o ambiente como se esperasse que uma bomba explodisse em algum momento ou algo péssimo acontecesse.

Ridículo.

— Boa tarde! — a voz melódica de Lizzie soou pela sala, arrancando sorrisos dos alunos — O sr. Davies está doente e infelizmente não pôde vir hoje.

As expressões felizes lentamente começaram a sumir, uma garotinha ruiva levantou a mão.

— Sim, Sara?

— Então não vamos ter aula hoje, Lizzie?

Damian escolheu aquele momento para enfim entrar, parando desconfortável ao lado da garota, mas felizmente não havia mais aquela expressão mal humorada em seu rosto.

— Vocês vão ter sim, mas com um substituto — ela respondeu carinhosamente — Damian gentilmente concordou em lhes dar a aula hoje.

— Oi.

Lizzie sorriu, observando os alunos olharem o garoto ao seu lado com desconfiança.

Diversas mãos levantaram ao mesmo tempo e ela tentou não rir, por fim, escolheu um garoto que deveria ter catorze anos, que estava sentado numa das classes mais ao fundo.

— Sim, Josh?

— Ele é seu namorado?

Ela tentou controlar a careta em seu rosto, decidida a não olhar para Damian.

— Eu preferia morrer. Ok, agora que já conhecem o Damian, eu vou ir para a aula de música, tenho alunos me esperando, se comportem.

Damian arregalou os olhos verdes, parecendo nervoso.

— Tessa disse que você ia me ajudar!

Lizzie sorriu sarcasticamente.

— E eu te ajudei, abri a porta e te apresentei, dã — retrucou, zombando — Vou estar na sala ao lado se precisar de ajuda, mas como você adora dizer que é bom em tudo, tenho certeza que não vai precisar.

Ela disse a última parte num sussurro apenas para ele ouvir, em seguida deu duas batidinhas na bochecha dele, ignorando o olhar de ódio do garoto.

Lizzie acenou para a turma e saiu.

Damian suspirou encarando a turma que lhe encaram atentamente, onde ele havia se metido?

Ele desejou não ter ouvido a gargalhada da garota quando ela fechou a porta. Damian simplesmente queria colocar fogo em todos os malditos saltos que ela adorava, depois daquilo.

O garoto forçou um sorriso, como Jason havia dito ao ir lhe buscar na escola, "você bate em criminosos a noite e resolve crimes ao lado do Batman, o que é uma turma de jovens comparado a isso?".

— Então... — ele começou, hesitante —... O que vocês fizeram na última aula?

Todos os alunos trocaram um olhar antes de, novamente, diversas mãos se erguerem no ar. Ele apontou aleatoriamente para um dos alunos que estava sentado mais na frente, que era uma garota loira.

— Nós começamos a usar aquarela.

Além de animais, artes era uma das maiores paixões do garoto, mas ele normalmente não tinha o costume de compartilhar isso com alguém, seus desenhos e quadros sempre ficavam muito bem trancados na sala de artes que Bruce havia feito para ele na mansão.

Estar ali seria mais difícil do que ele havia imaginado, percebeu tardiamente.

Ele lembrou-se vagamente de uma das sessões de terapia obrigatória que havia tido com Dinah, quando ela mandou ele pintar o que sentia. Parecia bom para aquele momento.

— A atividade de hoje vai ser livre, todos vocês têm que pintar o que sentem... Sem julgamentos.

Os alunos pareceram gostar, pois logo se espalharam para começar a pegar os materiais.

Damian se sentou em cima da mesa do professor e os observou.

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LIZZIE SABIA QUE O GAROTO NÃO iria conseguir lidar com aquela turma, mas ela ficou surpresa com o quanto demorou para começar a ouvir os gritos.

Seus alunos a olharam preocupados devido ao barulho, mas ela continuou como se nada importasse, enquanto explicava pacientemente sobre como aquela parte da música tinha que ser mais calma e delicada ao tocar no piano. Os olhares dos alunos se revezavam entre ela e a parede que dividia as duas salas.

— Hã... Lizzie...?

Ela sorriu docemente para o garotinho.

— Sim, Max?

O garotinho lentamente levantou a mão e apontou para a parede.

— Acho que tem alguma coisa errada com a turma de artes.

— Hoje eles estão com um professor substituto, Damian — ela explicou, tentando conter a diversão — Não há nada com o que se preocuparem.

Uma menina arqueou a sobrancelha, lhe encarando incrédula.

— Damian, tipo o irmão da Tessa?

Os gritos aumentaram, mas Lizzie apenas concordou.

— Esse mesmo.

— Você não deveria ir ajudar ele?

Lizzie deu de ombros, focando nas teclas do piano em sua frente.

— Daqui a pouco eu vou, primeiro Damian tem que se virar um pouquinho.

O garoto que estava sentado no fundo, levantou a mão.

— Não é você que diz que sempre devemos ajudar todo mundo e blah blah blah?

Ela quis retrucar expressando que Damian nem ao menos era um ser humano e sim um projeto demoníaco, mas isso iria estragar a visão de "garota madura" que aquela turma tinha dela.

Bom...

— Sim, mas...

— Então você deveria ir o ajudar, agora, antes que a turma destrua a sala.

Com um leve desgosto, ela levantou do banquinho e seguiu para fora da sala, notando que havia algumas pessoas curiosas na porta das salas, tentando descobrir o que eram os gritos na sala de artes.

A garota abriu a porta, arregalando os olhos ao perceber que tinta voava e de um lado para o outro da sala.

Seus olhos varreram toda a sala procurando por Damian e logo encontrou o garoto sentado em cima da mesa com uma careta no rosto, havia um pouco de tinta vermelha em sua jaqueta, mas fora isso, ele era o mais limpo naquela sala. Ele não parecia se esforçar para conter aquela confusão.

Damian...?

Nenhum dos alunos pareceu notar que Lizzie estava na porta devido ao barulho, o garoto lhe notou, arqueando a sobrancelha.

— O que foi?

O que foi? Eu que deveria perguntar isso! Todo mundo está ouvindo os gritos.

Damian não pareceu se importar, mas aquilo não era novidade para ela, pois o garoto nunca parecia se importar com nada além de si mesmo, na maioria das vezes. Era uma das coisas que ela mais odiava sobre ele.

Ele analisou a sala por alguns segundos antes de responder, desviando rapidamente de tinta azul que voou em sua direção.

— Estamos tendo uma aula sobre como nos expressar através da pintura.

Lizzie respirou fundo, tentando manter a calma.

— Vocês estão expressando sentimentos de guerra? Francamente, faça isso parar imediatamente.

Tsc.

Em retrospectiva, a garota deveria ter previsto o que viria a seguir, mas só notou os planos diabólicos de Damian Wayne quando já era tarde demais e a tinta cor de rosa atingiu sua cara com tudo.

Um gritinho escapou dos seus lábios e ela passou as mãos pelo rosto, tirando a tinta antes de conseguir abrir completamente os olhos e ver o sorrisinho do mal que havia no rosto do projeto de demônio. A garota sentiu o ódio queimar em suas veias, algo comum quando a situação envolvia aquele idiota.

Eu vou matar você.

Damian não pareceu impressionado com a ameaça.

— Por que? Eu particularmente acho que rosa é a sua cor, não concorda?

Ela olhou ao redor, mas não havia nenhum único potinho de tinta perto de si, então a garota foi obrigada a improvisar.

Se fosse sincera, a improvisação sempre foi uma arte que ela dominava com perfeição, o que às vezes era levemente preocupante. No momento atual, por não haver tintas por perto, ela tirou rapidamente um dos seus saltos preciosos e sem pensar duas vezes, jogou com tudo em Damian, usando todos os anos de aulas de apontaria que teve com seu pai.

Damian lhe encarou incrédulo enquanto se jogava da mesa, o salto passando a poucos centímetros de onde antes estava a sua cabeça.

— Você é louca, sua patricinha mimada do inferno?

Lizzie sentiu o rosto queimar pela raiva, não percebendo que repentinamente todos os alunos estavam prestando atenção nos dois. Nenhum daqueles jovens nunca havia visto a garota perder a calma, era realmente uma surpresa para eles.

— Do que você me chamou, Wayne?

O garoto lhe lançou um olhar furioso.

— Louca, patricinha e mimada — ele repetiu lentamente, a provocando — A verdade que normalmente ninguém tem coragem de dizer na sua cara.

Ela sentiu seu olho esquerdo tremer e tirou o outro salto, ignorando o contato do piso gelado contra a fina meia calça que usava.

— O único mimado aqui é você seu merdinha!

— Falou a garota que gasta todo o dinheiro do papai com sapatos!

O Wayne conseguiu pegar o salto antes de acertar seu rosto, sentindo sua mão machucar um pouco pela força com que ela atirou aquilo em sua direção.

— EU TE ODEIO.

Damian bufou.

— Ótimo, é recíproco.

Lizzie tremeu furiosa, maldito seja Damian Wayne que nunca lhe permitia ter um dia de paz!

Provavelmente os dois iriam continuar com aquilo por mais tempo, mas a porta da sala se abriu bruscamente novamente, fazendo os dois congelarem ao perceberem quem era.

London Wayne-Todd olhou lentamente ao redor, a expressão calma sendo lentamente substituída por uma furiosa.

— Vocês dois tem um minuto para explicar o que aconteceu aqui.

Lizzie deu um passo para trás, rapidamente apontando na direção de Damian, que já tinha o dedo apontado em sua direção.

— É culpa dele!

— É culpa dela!

Os dois haviam dito ao mesmo tempo e em seguida, trocaram olhares mortais. London passou as mãos pelo rosto, há alguns anos ele e a irmã haviam sido adotados por Tessa e Jason após ele tentar roubar um pneu do carro de Jason (era uma grande e irônica história que fazia toda a família Wayne gargalhar sobre karma) e desde então, ele fora obrigado a aguentar as briguinhas irritantes entre Lizzie e Damian.

Ele suspirou.

— Quer saber? Não me importa de quem é a culpa — decidiu irritado — Primeiro, todos os alunos por favor, podem ir ao vestiário se limparem e se trocarem, se não tiverem roupas, apenas ir até Blair, vocês sabem onde é a sala dela.

Lentamente os alunos concordaram e saíram da sala, enviando olhares curiosos para a dupla que ainda parecia imersa no próprio ódio.

Quando a sala enfim esvaziou, London voltou a encarar os dois.

— Se vocês forem agir como crianças, eu vou tratar vocês como crianças.

London agarrou a orelha de cada um e os arrastou pelos corredores enquanto os dois gritavam furiosos e indignados.

— AI, AI, PARA LONDON — Lizzie gritou.

— Eu sou o herdeiro da família Wayne, você não tem o direito de...

Ele revirou os olhos.

A porta da sala de Tessa abriu antes que ele precisasse bater, a mulher arregalou os olhos, olhando surpresa para a cena.

— O que isso significa?

Antes que os dois adolescentes respondessem, London disse:

— Eles estavam brigando e praticamente destruindo a sala de artes. Sério, parece que aconteceu uma guerra lá dentro, mãe!

Ele soltou os dois, que imediatamente levaram as mãos até as orelhas, que se encontravam doloridas naquele momento. Lizzie choramingando enquanto Damian tinha um olhar de ódio absoluto no rosto, Tessa suspirou cansada.

— Ok, vocês dois para a minha sala, agora.

Nenhum dos dois adolescentes ousaram retrucar e apenas entraram silenciosamente na sala, então a mulher se virou para London com os olhos estreitos.

— E o senhor... Não deveria estar na faculdade?

London deu de ombros.

— Meu professor ficou doente e o seminário que eu ia participar foi cancelado porque aparentemente o auditório que seria utilizado foi atingido ontem durante o ataque do Killer Croc de madrugada.

Tessa relaxou.

— Ok. Vai me esperar ou ir para casa? Jason está lá.

— Te esperar, vim de carro... Agora eu vou arranjar algo para fazer enquanto você dá lição de moral nos pirralhos, amo você!

Ele deu um beijo estalado em sua bochecha antes de sumir pelos corredores. Tessa se virou e entrou na sala, imediatamente fazendo uma careta ao perceber que os dois adolescentes haviam voltado a discutir.

Chega!

Lizzie se encolheu na cadeira e Damian desviou o olhar, brincando com o relógio caro em seu pulso.

Seria uma longa tarde...

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