Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Capítulo 67- Dois corações inteiros

ANNE

O inverno tinha finalmente alcançado a Avonlea. Assim, os dias ensolarados deram espaço para dias cinzentos, e a temperatura antes abafada e quente,  se tornou em alguns períodos extremamente congelante.

No apartamento de Gilbert Blythe, entretanto,  nada que pudesse ser desagradável do lado de fora parecia atingir o ambiente acolhedor e com ares mais alegres do lado de dentro, pois Gilbert criara em cada espaço amplo daquela propriedade, um verdadeiro lar para Anne, o qual ela podia sentir e vivenciar todos os dias ao despertar de seus doces sonhos agora.

Ela estava melhorando diariamente. Os pesadelos tinham desaparecidos completamente de sua mente, conforme ela ia tomando consciência do seu passado e adquirindo a lucidez necessária para se tornar quem fora antes que todo o caos a transformasse em uma caricatura da garota sonhadora, que queria criar apenas arte com seus pincéis mágicos.

Anne ainda não conseguia falar, mas sabia se expressar através de gestos ou mesmo algumas palavras escritas com a letra ainda não tão firme, porém era uma forma de comunicação que estava funcionando em momentos específicos. 

 Contudo,  naquele seu silêncio indesejado, Gilbert a entendia.  Era como se seus olhos e os deles se envolvessem em uma comunicação muda que ninguém mais poderia entender. Eles se falavam através de um amor que não conhecia obstáculos, transtornos mentais, ou barreiras emocionais. Era um amor que nascera da dor, caminhara sobre espinhos, e estava finalmente alcançado o oásis interior que ambos tanto necessitavam.

Ele ainda tinha o hábito de lhe descrever como o tempo estava lá fora, como seu dia de trabalho tinha sido, e quais eram os planos para o fim de semana, e assim eles iam vivendo um dia de cada vez, recuperando pouco a pouco todos os sonhos que haviam deixado de lado.

A casa que Gilbert comprara estava sendo reformada.  Ele mandara fazer um quarto para o bebê e decorá-lo da forma como Anne havia dito que desejava a um tempo atrás, quando ainda faziam planos para o casamento e antes que Roy Gardner surgisse das cinzas e quase destruísse o que tinham construído juntos.

Era certo que naquela época, eles ainda não sabiam o sexo do bebê, por isso tons neutros tinham sido escolhidos para o início da decoração. No entanto,  Gilbert havia lhe contado que seria uma menina, e o papel de parede que ele comprara era cheio de flores e minúsculas borboletas que recriavam aquele mundo no qual Anne secretamente desejara viver, quando ainda fugia de sua realidade nebulosa e triste.

Sentada no sofá da sala, envolta em uma manta de lã que a aquecia da cabeça aos pés, Anne tentava ler. Irina trouxe para ela um dos seus livros favoritos,  e apesar de ainda ter dificuldade para se concentrar, ela já conseguia assimilar certos pontos da história mesmo que tivesse que relê-los várias vezes para compreendê-los completamente. Era um bom exercício,  fazia companhia a ela quando Gilbert estava trabalhando,  e Irina não podia vir para o apartamento depois que Anna,  a enfermeira terminava seu expediente no período da tarde.

Anne ainda não tentara voltar a pintar,  pois seus reflexos ainda não estavam bons o bastante,  e o tremor nas mãos impedia que ela realizasse o traço perfeito que um quadro exigia. Jamais faria um trabalho medíocre. Se ainda não conseguia pintar como antes, esperaria até que estivesse pronta para isso.

Gilbert apareceu na sala quinze minutos depois,  que Anne lia pela terceira vez a página trinta do livro que estava em suas mãos. Ela quase tinha entendido o diálogo entre os personagens centrais, mas quando seus olhos alcançaram os de seu noivo, qualquer outra coisa perdeu a importância.

Ele lhe sorriu, e se sentou no sofá ao lado dela, a puxou para seu colo, tomando o cuidado para que ela continuasse coberta e protegida do frio, e  examinou seu rosto com atenção, em cada detalhe, acariciando-a com o olhar em alguns momentos, fazendo-a sorrir também. 

-O seu sorriso é o único universo no qual eu quero viver.- ele disse, roçando o polegar na lateral do rosto de Anne.- Eu senti saudades disso,  assim como sinto saudades do som da sua voz, e me pergunto quando vou ouvi-la de novo?- Anne fechou os olhos, desejando tanto poder dar a Gilbert o que ele queria.  Mas não fora por falta de esforço e nem de vontade.  Ela tentara ficar horas na frente do espelho ensaiando palavras e sons, mas seus lábios não se  mexiam, e sua garganta parecia fechada e completamente inútil. 

Assim, ela mesma se perguntava se voltaria a falar um dia. Tinha medo do que o trauma que Roy lhe infringiu dessa vez fosse irreversível, pelo menos no que dizia a essa parte específica. Tal pensamento fez sua ansiedade subir de nível. Assim   ela segurou nas mãos de Gilbert e tentou emitir algum som, mas de novo fracassou, e por isso lágrimas grossas de frustração desceram por seu rosto,  enquanto a expressão de Gilbert antes alegre, se entristeceu no mesmo instante.

-Não, princesa. Não quero que fique triste. Você vai conseguir. Se lembra como foi da última vez?  Não se preocupe. Sua fala vai voltar assim que estiver totalmente curada aí  dentro. - ele enxugou as lágrimas dela com o dedo indicador, e em seguida, espalmou a mão na dela como que para lhe transmitir confiança.

Tinha tanto a agradecer a Gilbert Blythe. Que grande companheiro ele era, e que homem fora de série. Ele a salvara de todas as formas possíveis, e não medira esforços para isso. Quando ele lhe dissera a algum tempo que nunca largaria a sua mão, e nunca a deixaria cair de novo, Anne nunca imaginara o quão longe ele estava disposto a ir para mantê-la em segurança, e lhe dar um mundo no qual tudo fazia sentido, mesmo dentro de sua cabeça tão torta.

Ela descobrira uma nova dimensão para aquele amor que milagrosamente lhe fora dado de presente, e conhecera um outro homem ainda mais apaixonante nas últimas semanas de sua doença.  Gilbert nunca lhe dissera que estava cansado  demais para embalá-la em seus braços quando um pesadelo a pegava de jeito, mesmo que seu dia no trabalho tivesse sido estressante. Ele aprendera a cozinhar todas as coisas que ela gostava, e a fazia comer até a última migalha, lhe mostrando a importância de uma boa nutrição para ela e o bebê. Ele também nunca permitia que ela ficasse desarrumada, dizendo o quanto a achava linda enquanto escovava seus longos cabelos,  ou a ajudava a vestir uma daquelas camisolas que ela adorava. 

Gilbert lhe dera tanto, e continuava ali em sua incansável luta para vê-la curada. Nunca o amaria o bastante, assim como nunca saberia demonstrar o tamanho da gratidão que tinha em seu peito por ele ter lhe dado uma nova chance de recuperar sua identidade. 

Anne estendeu a mão e tocou o rosto dele devagarinho, sentindo os pelinhos da barba que estavam começando a nascer.  Gilbert nunca deixava que crescessem, mas Anne às vezes tentava imaginá-lo com a barba por fazer, e se perguntava se conseguiria pintá-lo um dia assim.  Ela acariciou as bochechas dele por alguns instantes,  até que o rapaz segurou a mão dela e beijou a palma, declarando seu amor com os olhos. Gilbert era tão maravilhoso.  Anne sabia que não o merecia, mas nunca abriria mão dele,  porque sua completa felicidade estava ali, naqueles olhos castanhos que sempre foram seu maior conforto e seu abrigo.

-Sabe o que mais amo em você?- Gilbert perguntou, e Anne sorriu de novo como um consentimento para que ele o dissesse. - São essas pintinhas em seu rosto, na pontinha do seu nariz, no seu pescoço, e apesar de você muitas vezes ter  reclamado delas, eu espero que nossa borboletinha as herde de você. 

Logo, Anne sentiu as mãos dele por baixo do cobertor, alcançado sua barriga de cinco meses, e o toque sobre  sua pele nua era realmente delicioso, e ela quase podia ver sua bebezinha se espreguiçando, e depois sorrindo ao ouvir a voz do pai que logo a teria nos braços.  Ela andava bem ativa nos últimos dias, se mexendo o tempo todo. Quantas vezes, Anne vira a emoção no rosto de Gilbert toda vez que isso acontecia, o que lhe dava certeza absoluta de que sua garotinha teria o pai mais amoroso e perfeito do mundo.

-Que tal se fôssemos para o quarto? Está frio aqui, e acho que podemos aproveitar as duas horas que faltam para o jantar para ficarmos juntos. Senti muito sua falta hoje,  e estava contando as horas para atender meu último paciente e vir para casa. - Em resposta, Anne se agarrou ao pescoço dele, encostando sua testa na de Gilbert, enquanto o rapaz a pegava no colo e a levava para o quarto de ambos.  

Ele a deitou na cama, colocando a cabeça dela com cuidado apoiada no travesseiro. Depois , ele tirou sua camisa branca de trabalho, dando à Anne uma bela visão de seu dorso nu, e se deitou na cama com ela, puxando-a para seu peito, onde ela espalmou a mão, e suspirou  feliz ao sentir o beijo dele em sua testa. 

GILBERT

Ele se sentia leve.  Depois de semanas andando em cima de uma corda bamba, onde tentava se equilibrar e não cair, Gilber conseguia respirar com mais facilidade.

Sua princesa estava voltando para ele, e era essa a causa de sua alegria. Ela ainda não podia falar, mas Gilbert acreditava que era questão de tempo e paciência,  mas mesmo que dessa vez fosse difícil para ela recuperar a voz, e essa incapacidade durasse mais do que era esperado,  o rapaz não se importava, porque estavam vivendo o amor que ele sempre desejara, embora o percurso até a felicidade plena que mereciam ainda tivesse alguns obstáculos,  eles os superariam juntos.

Anne já conseguia entender o que ele dizia, e reagia com um sorriso sempre que concordava ou lhe agradava o que ele lhe contava. Em alguns momentos mais complicados, especialmente quando ela se cansava de seu mutismo involuntário, Gilbert percebia um certo desespero na forma como ela queria se comunicar,  o que o afligia também,  porque tudo o que tinha a ver com a saúde mental de Anne o afetava profundamente. 

Nos primeiros dias ali com ela fora difícil. Ele tivera que se agarrar a todas as suas esperanças e lidar com suas próprias limitações emocionais. Gilbert sempre achara que sendo psiquiatra certas situações jamais o atingiriam, mas aprendera com Anne que não era um super homem, e muito menos era imune às emoções que fragilizavam seus pacientes. Ele era feito de carne e osso,  tinha um coração que poderia ser machucado e que fora quebrado de várias formas e muitas vezes nos últimos meses.

O que sofrera com a morte de Ruby nem se comparava com o que sentira em toda aquela situação com Anne, e ainda assim era grato, pois se sentia alguém melhor agora, e que tinha mais empatia por seu semelhante e sua dor. 

Ele olhou para a garota deitada em seu braços, enquanto ele repousava sua mão direita na cintura dela  e pensou que nunca  tinha visto um anjo tão lindo quanto aquele.  Anne estava em paz, após semanas de um crescente pânico que a fazia mergulhar em pesadelos sucessivos, causando- lhe náuseas e falta de ânimo.  Ele se preocupara com ela e o bebê, passara até algumas noites velando o sono dela, e atento a qualquer crise que pudesse piorar seus estado.

Ele colocara grades na janela do terraço, pois não sabia o que poderia se passar na cabeça da ruivinha de um momento para outro, e também escondera todos os objetos cortantes que pontiagudos que encontrara pela casa. As gavetas da cozinha onde os talheres como garfo e faca eram guardados, Gilbert trancara tudo com cadeado que só ele, Irina ou Anna tinham acesso. 

Vivera pisando em ovos, totalmente dependente das mudanças emocionais de Anne, e de certa forma se prendera por trás da prisão de seus próprios sentimentos inconstantes. Agora estava de novo voltando ao seu normal pouco a pouco.

O rapaz fez um carinho no alto da cabeça da ruivinha que sequer se mexeu em seu sono. Depois sua mão repousou sobre o ventre dela, e o fez sorrir ao sentir sua garotinha se mexendo. Ela era tão agitada que Gilbert a imaginava bem sapeca correndo pela casa. Não sabia se Anne tivera essa personalidade inquieta quando criança, mas ele não fora exatamente um garoto comportado. Ficara várias vezes de castigo em companhia de Billy e Moody que sempre estavam juntos em suas traquinagens.  Jerry era o único que tinha uma natureza afável, e não se metia em  confusão. 

Gilbert afastou os pensamentos, olhou para o relógio do seu celular,  e percebeu que já era hora do jantar.  Ele passara duas horas com Anne naquele quarto,  e mesmo naquele silêncio todo e ter tido muito espaço para pensar, enquanto a ruivinha dormia seu sono reparador, foram as melhores horas do seu dia.

Ele saiu da cama e foi para a cozinha,  e enquanto pensava no que fazer para o jantar, a campainha tocou.  Gilbert franziu a testa, pensando em quem poderia ser, pois não se lembrava de ter marcado nada com ninguém.  Na verdade, quase não recebia visitas nas últimas semanas. Ele decidira que seria assim, e ninguém contestara sua decisão. Apenas Irina reclamara que ele estava se isolando,  e isolando Anne de todo mundo, o que não era bom para nenhum dos dois.

Porém,  ele ignorara a reclamação dela, pois não queria pessoas saindo e entrando de seu apartamento em um momento tão delicado  quando Anne e ele precisavam de toda paz do mundo para se recompor.  Era verdade que tinha enfrentado todas as fases da doença dela sozinho, amparando-a com seu coração e amor. Mas não se arrependia, pois os bons resultados estavam chegando, lentos, mas consistentes diariamente. 

Gilbert caminhou lentamente até a porta, e quando a abriu, se espantou ao ver Jerry, Moody e Billy esperando por ele do outro lado.

-Então,  você está vivo. Pelo amor de Deus, Blythe. Nós estamos te ligando a uma hora. Custava atender ao telefone e nos dar um sinal de vida?- Billy disse em um tom nervoso.

-Eu estava no quarto com a Anne, e deixei o celular no silencioso. Ela precisava descansar e eu também. - ele explicou, ainda sem entender o motivo da visita dos três rapazes.

-A gente pode entrar?-  Jerry perguntou. 

-Claro. - Gilbert respondeu, ainda se sentindo desconfiado daquela situação. 

-Como a Anne está? A Diana quer muito visitá-la.- Jerry disse, se sentando no sofá que Gilbert lhe apontou.

-Melhor. Aos poucos, ela está voltando a ser o que era. Já está bastante lúcida, porém ainda não recuperou a voz.- ele respondeu, de certa forma, triste pela condição de Anne.

-Quem sabe ela não fica boa até daqui dois meses? Eu e Diana vamos nos casar e poderíamos ter um casamento duplo. Por favor, não desanime, Gil. - Jerry pediu. 

Gilbert parecia exausto, apesar daquele olhar desesperado dos primeiros dias em que Anne voltara para casa tivesse desaparecido. Aquela jornada estava sendo dura para ele, e Jerry nunca o vira tão dedicado a algo como estava no processo de recuperação da ruivinha.

Ele deixara tudo de lado para cuidar dela, e Jerry apenas esperava que eles vencessem aquela etapa tão complicada completamente. Anne e Gilbert mereciam ser felizes e era visível o quanto se amavam mesmo no meio de todas aquelas atribulações. Seu primo era um homem admirável e com um coração imenso,  e Jerry torcia para que Anne ficasse boa logo, pois sem ela Gilbert ficava totalmente perdido.

-Eu não vou desanimar, Jerry. Lutei até agora por ela, e vou continuar lutando até que ela tenha voltado totalmente para mim.  Agora podem me dizer o motivo dessa visita? Não viriam os três de uma única vez, se não fosse algo importante. - Billy olhou para Jerry e Moody, limpou a garganta e disse:

-O meu filho nasceu. 

-Parabéns.- Gilbert disse com sinceridade, mas não com alegria.  Aquela criança lhe lembrava Josie Pye e todo o caos que ela ajudara trazer para sua vida.

-Isso não é tudo. Josie quer falar com você. - Billy disse com certo cuidado, esperando pela explosão que veio logo em seguida:

-De jeito nenhum! Eu quero esquecer que um dia conheci essa mulher!- Gilbert disse, tão agitado que deixou Jerry preocupado.

-Calma, Gil. Não precisa ficar assim.- Jerry falou, colocando a mão no ombro dele. 

-Como pode me pedir tal coisa depois do que ela fez para mim, e especialmente para a Anne? Nada justifica,  e não vou perdoá-la nunca.- Gilbert disse, sibilando as palavras de tal jeito, que seu maxilar  chegava a doer por conta da tensão. 

-É só uma vez,  Gilbert.  Por favor, faça isso por mim. - Billy pediu, e olhando para o amigo de longa data, Gilbert perguntou:

-Por que ainda se importa? Ela mentiu e enganou a nós dois. Por que em nome de Deus, ainda quer ajudá-la?

-Porque eu ainda a amo, e isso eu sei que pode compreender.  É um amor condenado, que não tem chance nenhuma de dar certo, mas não mando no meu coração,  e não sei o que fazer para parar de me sentir assim.- Billy respondeu desolado, o que fez Gilbert ponderar que não se escolhia a quem amar, e o coração era realmente traiçoeiro e também caprichoso, e não obedecia a ninguém. Sentia pena de Billy por estar emocionalmente preso a alguém que nunca soubera valorizar o seu afeto. 

No seu caso, o destino fora generoso e o fizera se apaixonar por alguém que era sua outra metade, e ele soubera reconhecer isso ao primeiro olhar. Billy estava apaixonado por uma mulher que não merecia sequer seu olhar de compaixão,  e ainda assim, ele iria até a lua se ela pedisse.  Gilbert também iria até a lua se Anne lhe pedisse, e lhe traria todas as estrelas que ela desejasse, pois Anne merecia bem mais do que a lua. Na verdade, sua princesa merecia o universo inteiro.

-Vou pensar, Billy. É tudo o que posso prometer. - Gilbert respondeu, com pena do amigo.

-Obrigado. - o rapaz disse, parecendo momentaneamente aliviado.

Quando os três foram embora, deixando Gilbert sozinho com seus pensamentos, o rapaz se sentiu irritado consigo mesmo por ter dado a Billy esperanças de que ia ceder. Não queria ver Josie ou sequer ouvir-lhe a voz. Isso lhe causava pesadelo, e o levava de volta ao dia em que Annie fora sequestrada por Roy Gardner.  Um plano arquitetado por dois crápulas e criminosos. 

Uma mão suave em seu ombro o fez se virar, e se deparou com olhos azuis fantásticos que o encaravam carinhosos. Ele a puxou para seus braços e perguntou:

-Está com fome?- Anne meneou a cabeça concordando. 

-Então, sente-se aqui.- Gilbert pediu, puxando-a pela mão até a mesa, onde ele a serviu com a sopa que ela mais gostava.  Agora ela já se alimentava sozinha, e conseguia segurar o talher com certa firmeza. Gilbert a vinha incentivando a fazer a maioria das coisas sozinha, pois recuperar sua autonomia era um dos primeiros passos para sua cura total.

-Billy veio aqui mais cedo, e disse que Josie quer falar comigo.- Gilbert falou de repente, como se colocando aquilo para fora, tornasse a situação menos estressante.  Ele olhou para Anne, viu certa preocupação em sua expressão, e para tranquilizá-la, ele afirmou. - Não se preocupe. Não pretendo vê-la. Nunca vou perdoá-la pelo que fez a você. 

Contudo,  para sua surpresa,  Anne segurou em seu pulso como se quisesse lhe dizer algo muito importante, e Gilbert tentou entender o que aquele gesto significava:

-O que foi? Está com medo?- Anne balançou a cabeça negando,  e tornou a apertar o pulso dele.- Isso tem a ver com Josie? - ela confirmou com a cabeça. - Acha que eu deveria ir vê-la? - Anne confirmou com um meneio leve de cabeça,  e depois espalmou a mão dela na dele, como o rapaz sempre fazia, dessa vez sendo ela a dar-lhe conforto.

Ele se inclinou sobre a mesa,  a beijou na testa e respondeu:

-Está bem, querida.  Vou fazer isso por você. 

E deste modo continuaram sua última refeição do dia, olho no olho, sorriso nos lábios e cheios de cumplicidade.

ANNE E GILBERT 

O dia seguinte parecia ainda mais frio que o dia anterior,  e fez Gilbert estremecer,  enquanto caminhava pelos corredores impessoais da penitenciária onde Josie estava presa, conduzido pelo carcereiro que o guiava até o pátio onde as visitas aconteciam diariamente. 

Sentada em uma mesa solitária estava Josie, que surpreendentemente não estava sozinha.  Ela embalava seu filho recém nascido, falando com ele baixinho e aquela cena de certa forma irritou Gilbert. Será que Josie pensava que a visão dela com o bebê nos braços comoveria Gilbert a ponto de ele mudar sua opinião sobre ela? Se essa era sua intenção,  Josie tinha se enganado, pois o efeito fora totalmente o contrário. 

Ele parou perto da mesa, e a loira levantou a cabeça, olhando-o nos olhos, enquanto ele aproveitava para examiná-la com atenção. 

Josie parecia estar mais magra, e seu rosto sem maquiagem dava a impressão de que ela era mais velha do que seus vinte e poucos anos. Aquilo era uma grande mudança para quem vivia impecavelmente vestida no passado, destoando completamente de quem ela fora um dia,  usando aquele macacão laranja folgado.

-Boa tarde,  Josie. Queria falar comigo? - Gilbert perguntou,  se sentindo desconfortável e desejando ir embora no momento em que a ex-enfermeira o encarou.

-Boa tarde,  Gilbert.  Não quer se sentar? Pensei que não viria. - Josie respondeu, parecendo tão desconfortável quanto ele.

-Não,  obrigado.  Pretendo ficar o mínimo possível. Eu realmente não viria, mas agradeça a Anne por isso.- Gilbert falou com certo sarcasmo.

-Anne? Como ela está?- Josie perguntou e não parecia ter feito aquilo com deboche. No passado, ela costumava se referir a sua noiva com nomes bem pouco simpáticos.

-Bem, mas não graças a você. Quero que me diga agora o que quer de mim para que eu possa sair desse lugar,  e nunca mais olhar para sua cara. - Gilbert disse de forma direta, fazendo Josie estremecer.  Ele não se importou, pois não queria saber nada que tivesse a ver com aquela mulher mentirosa e traiçoeira.

-Eu queria te pedir perdão, Gilbert. Sei o que fiz foi horrível e agi por conta de um coração magoado. Você nunca me prometeu nada, mas eu sonhava em ser sua esposa um dia. Então,  Anne apareceu e meus planos foram por água abaixo. Eu não pensei que pudesse fazer tudo o que fiz apenas para ter você. Quando vim parar aqui, eu percebi que nada disso valia a pena. Eu poderia ter tido meu filho em outro lugar, e continuar meu trabalho na clínica.  Minha vida antes daqui era boa, e eu não soube aproveitá-la.- Josie desabafou.

-Tudo o que disse para mim parece apenas da boca para fora, e não acredito em sua sinceridade.  Você sabia o que estava fazendo quando se uniu a um monstro, quando me sequestrou e permitiu que seu comparsa levasse Anne. Não espere um perdão de mim, ou mesmo compaixão. - Gilbert respondeu, vendo o choque que suas palavras causaram no rosto de Josie. Será que ela esperava mesmo que fosse tão fácil?

-Você costumava ser mais piedoso, Gilbert. - Josie comentou  olhando-o de forma magoada. 

-Isso foi antes de você machucar uma das pessoas que mais me importa no mundo. Anne nunca mereceu seu ódio,  uma vez que não te fez nada. Se você o tivesse direcionado a mim, eu poderia compreender,  mas fazer isso com alguém que tem a alma e coração mais puro do mundo não se justifica. É  claro que você não entenderia isso, uma vez que  foi toda corrompida por seu ódio gratuito. - ele fez uma pausa e depois continuou:- Quer o meu perdão? Não posso dá-lo, porque não o sinto em meu coração. Talvez um dia, eu realmente possa compreender porque uma mulher como você fez o que fez, mas agora tudo o que sinto é um grande desprezo. Apenas sinto muito pelo seu filho ter nascido de alguém tão mesquinho  e invejoso. Pelo menos, ele tem uma parte de Billy  que é um dos caras que mais respeito e admiro, e que infelizmente ainda te ama apesar de tudo. Tenha uma vida longa, Josie, e espero que sua consciência te faça perceber tudo o que perdeu com sua atitude. 

Dito isso, ele deu as costas para ela, e caminhou até a saída, se sentindo do mesmo jeito que se sentira quando chegara ali. Não desejava o mal para Josie,  porque não era de sua natureza ser assim. Mas esperava nunca mais tornar a vê-la enquanto vivesse, e sua promessa para Billy tinha sido cumprida.

No apartamento,  Anne se sentia um pouco inquieta. Sabia que Gilbert tinha ido ver Josie e aquilo o deixava agitada. Em sua cabeça, muitas coisas se misturavam   e seu peito estava angustiado demais. Ela saiu da sala e foi para a cozinha, onde tomou um copo de água, tentando clarear as ideias em seu cérebro.  Em seguida foi para o quarto,  e assim que pisou lá dentro, o espelho a atraiu.  Anne se encarou na superfície brilhante por alguns segundos, e de repente,  sua alma pareceu despertar.  

As últimas lembranças de seu passado que ainda se mantinham escondidas em suas camadas mais profundas se juntaram, e ela pôde transitar entre cada uma delas, resgatando sentimentos bons, e deixando para trás os ruins, restaurando seu coração e alma juntos. Se sentindo inteira com o rosto banhado de lágrimas,  ela sorriu para seu próprio reflexo,  e soube exatamente onde queria ir.

Gilbert chegou em casa naquela tarde, se sentindo extremamente cansado e louco para olhar para Anne e sua barriga linda e recuperar a calma que visitar Josie tinha lhe roubado. Não fora nada bom colocar os olhos nela de novo, e ia demorar  pouco para se livrar do sentimento de nojo que sentia ao pensar que um dia dividira a mesma cama com aquele ser repugnante.

Ao abrir a porta da sala,  não a encontrou sentada no sofá como acontecia todos os dias quando chegava do trabalho.

-Anne?- ele chamou,  colocando suas maletas em cima do sofá,  e como não obteve nenhuma resposta, ele foi até a cozinha onde também não encontrou nenhum vestígio de que ela estivesse por ali.

-Já  chegou, Dr. Blythe?  Achei que viria para casa em seu horário habitual.- Anna disse com um sorriso simpático no rosto.

-Terminei o trabalho mais cedo. Você viu a Anne?- ele perguntou,  sentindo de repente seu peito se apertar. 

-A última vez que olhei, ela estava no quarto. - Anna respondeu com a testa franzida,  seguindo Gilbert que correu para o quarto do casal, mas não encontrou nada, deixando-o ainda mais apreensivo.

-Acha que ela pode ter saído?- a enfermeira perguntou assustada com o sumiço de Anne.

-Ela ainda não está em condições de sair sozinha, e se o fez, está perdida lá fora.- Gilbert disse agoniado com a possibilidade de Anne se machucar seriamente.  Ele tinha tido tanto cuidado, para no fim acontecer o que ele temia. Anne estar em perigo,  e não ter ninguém por perto para ajudá-la.- Vou dar uma volta por aí e ver se consigo encontrá-la.- Gilbert respondeu,  saindo novamente para o corredor do andar onde estavam.

Ele pegou o elevador e em poucos minutos estava no térreo,  onde o rapaz parou para perguntar ao zelador se ele tinha visto Anne passar por ali, e o rapaz respondeu que infelizmente não tinha nenhuma informação útil para ajudá-lo.  Gilbert o agradeceu,  foi até o estacionamento privativo, pegou o carro, e enquanto rodava pelo quarteirão, ele passou em frente ao estúdio de Anne, que incomumente estava com as luzes acesas..

Uma pequena esperança de que Anne estivesse ali o fez estacionar o veículo, e correr para dentro  percebendo que a porta estava aberta. Ele entrou no estúdio e logo a encontrou,  sentada no chão e pintando um quadro com total concentração,  enquanto seus ombros pareciam completamente relaxados.

-Anne.- ele a chamou com o coração batendo forte, e fazendo-o se perguntar por que ela  estava ali sozinha, e como tinha chegado ali andando,  quando às vezes, em seu atual estado, ela mal se lembrava do caminho até a cozinha?

Ela levantou a cabeça,  o encarou sorrindo e disse:

-Estava esperando que se juntasse a nós.- ela colocou a mão na barriga, para que ele entendesse o que o nós significava.

Entretanto, Gilbert estava totalmente surpreso ao perceber que Anne estava falando. Quando aquilo tinha acontecido sem que ele percebesse?

-Vem aqui. - Ela lhe pediu, estendendo a mão que Gilbert segurou assim que se aproximou mais dela. Ele se sentou no chão ao lado dela, e disse ainda abobado:

-Você está falando. 

- Você me disse que quando eu estivesse curada internamente, voltaria a falar. E foi o que aconteceu. Me sinto inteira agora. Não existe mais uma alma partida ou um coração quebrado.  Tudo o que existe aqui dentro é o meu imenso amor por você,  e grandes esperanças de  que nosso futuro seja longo e feliz juntos.- Gilbert entrelaçou seus dedos nos dela, e respondeu emocionado quase não acreditando que outro milagre tivesse acontecido.

-E será.  Nunca mais vou te deixar cair.

-Você nunca deixou. - ela respondeu sorrindo.

-O que está pintando?- ele perguntou, se virando para observar o quadro já semi pronto. Como ela conseguira aquilo em tão poucas horas, ele não imaginava, pois normalmente ela levava mais de dois dias para finalizar um trabalho. Mas depois de tudo que a vira passar e superar, ele não duvidava de nada que aquela garota extraordinária fosse capaz de fazer.

-Essa é nossa casa, aquela que comprou.  Essa sou eu, este é você e essa garotinha aqui é  Hannah.

-Hannah? - ele perguntou surpreso.

-Sim, nossa filha. Eu já escolhi o nome, você se importa?

-Não,  o nome é lindo. Na verdade é perfeito. - Gilbert murmurou, passando a ponta dos dedos pelo rosto de Anne. Em seguida, ele se inclinou e a beijou, sentindo a maciez dos lábios femininos e o calor agradável deles unindo forças com os seus. Era bom senti-la toda sua de novo,  depois de passar meses racionando seu toque, com medo de que servisse como gatilho para despertar lembranças desagradáveis. 

Ela afundou suas mãos nos cabelos dele, deixando que o beijo prosseguisse enquanto seu coração batia cada vez mais alto e rápido.  Anne amava aquele rapaz com todas as suas forças,  e queria demonstrá-lo naquele instante, por isso disse no ouvido de seu noivo:

-Me leve para o quarto dos fundos, eu quero olhar para você.- Gilbert esperou  apenas um segundo, enquanto se perguntava se ainda não era cedo, mas ao olhar nos olhos de Anne, ele percebeu que tinham perdido tempo demais, por isso, se levantou com ela do chão,  e foram de mãos dadas para o quarto de descanso de Anne, que fora especialmente construído,  visando o bem- estar da ruivinha entre um trabalho e outro. Eles entraram, e Gilbert fechou a porta, caminhando até sua noiva que lhe sorria o tempo todo. 

Ambos se olharam por um tempo, deixando que a intensidade do momento passasse por suas peles. Já tinham ficado assim antes muitas vezes,   mas agora  era diferente.  Era como um reencontro de alma e coração,  como se estivessem reaprendendo a conhecer novamente cada pedacinho um do outro, a começar pelos olhares que se fundiam sem necessidade de palavras.

Foi Anne que deu o primeiro passo, desabotoando a camisa do rapaz, e tirando-a imediatamente, deixando que deslizasse até o chão. Ela correu a ponta dos dedos pela pele bronzeada do peito dele, deixando que suas unhas o marcassem de leve por todo o caminho, fazendo Gilbert ofegar por um instante. Em seguida, ela abriu o cinto e o zíper da calça de trabalho que Gilbert ainda estava usando, fazendo-o tirar os sapatos enquanto a calça que já estava no chão era chutada para longe pelo rapaz,  deixando-o  apenas em sua boxer cinza,  que não ficou muito tempo sobre o corpo dele, pois as mãos macias de Anne a deslizaram para baixo até que Gilbert foi deixado exatamente como viera ao mundo.

No minuto seguinte, foi a vez de Gilbert despir Anne, mantendo o contato visual entre eles, enquanto ele ia pouco a pouco tirando cada peça do corpo dela, notando maravilhado os olhos adquirirem um brilho sem igual como se fossem duas joias reluzentes. As únicas peças que ainda serviam de obstáculo para que tivessem contato pele a pele eram a saia dela e a lingerie por baixo.  Assim, descendo as mãos pelos quadris estreitos de Anne,  o rapaz puxou as duas peças para baixo, deixando-a gloriosamente nua, enquanto o pouco de luz que vinha do lado de fora fazia a pele dela brilhar em vários pontos, como se Anne tivesse milhares de diamantes dançando sobre seu corpo.

-Você é lindo.- ela disse para Gilbert, tocando a lateral do rosto dele como se o tivesse vendo pela primeira vez. Suas mãos pequenas correndo pelo peito dele até o abdômen, fazendo Gilbert queimar sob aquele toque suave.

-Você é que é maravilhosa.- ele respondeu, deslizando as mãos pelas costas dela bem devagar  chegando até o bumbum,  onde ele apertou para trazê-la para mais perto.

Anne suspirou ao sentir a masculinidade de Gilbert contra seu sexo, e colou seus lábios nos dele, pois a necessidade que tinha de sentir o gosto dele novamente a estava deixando maluca.  Suas línguas duelaram por alguns segundos em busca de espaço,  e depois se entregaram a um beijo apaixonado e cheio de desejo. 

Sem desgrudar os lábios dos dela, ele a fez se deitar na cama, tocando com tanto cuidado como se ela fosse de porcelana. Gilbert  sempre fora  delicado com ela, e suas carícias sempre lhe deram a dimensão exata do seu amor por ela, e naquele dia não foi diferente . 

Ele a tocou como se estivesse descobrindo um novo tesouro, que deveria ser explorado muito lentamente e com paciência, fazendo Anne flutuar entre seu desejo carnal e sua necessidade espiritual de ter cada parte daquele homem a libertando de suas inibições de vez.  

Era a primeira vez que fazia amor com Gilbert,  sem fantasmas a torturar sua mente. As lembranças de Roy Gardner tinham sido reduzidas as cinzas, e conforme ela recebia em sua pele a prova viva de um amor que curava sua alma inteira, Anne se deixava levar pela paixão forte de Gilbert e seu poder de transportá-la para um esfera de sensações e emoções intensas.

Os dedos dele deslizaram por suas coxas vagarosamente,  enquanto seus lábios a faziam esquecer de qualquer outra coisa e ter consciência apenas dele, e o que estava fazendo com seu corpo e com o seu coração. Ela arqueou os quadris para cima em busca de mais sensações como aquela, e quando Gilbert a fez abrir as pernas, e mergulhou sua cabeça entre elas,  mostrando-lhe outra forma de prazer que ainda não tinha experimentado, Anne gemeu alto, enquanto seu corpo explodia e sua mente entrava em colapso. Nunca imaginara que algo assim fosse tão prazeroso e a fizesse desejar por mais.

Anne fitou Gilbert, e os olhos normalmente amendoados dele estavam tão escuros, que a mensagem que recebeu deles era de pura luxúria. Ela não podia imaginar o que ele estava pensando, mas sabia exatamente o que ele estava sentindo, porque naquele instante, seus sentidos se comunicavam, suas peles se sentiam e seus corpos se amavam em um balé de fogo, paixão e desejo que parecia inextinguível.

Para Gilbert que via Anne desabrochando em seus braços como sempre sonhara que um dia aconteceria, era quase alcançar o êxtase apenas observando-a responder  às suas carícias de forma tão apaixonada.  Por isso,  ele ousou, fazendo-a delirar enquanto suas mãos e lábios exploravam aquela parte do corpo dela tão feminina e tão sensível. Quando ele atingiu o ponto exato do desejo dela, Anne se desmanchou em seus lábios,  e ele sentiu que não aguentaria mais esperar, pois senti-la se mover embaixo dele de forma incontrolável,  o deixava mais excitado do que se ela estivesse tocando-o  com suas mãos.

Assim, ele a preencheu com a potência do seu amor e desejo, se movendo junto com ela em uma cadência perfeitamente sincronizada. Anne se agarrou a ele, deixando que seu corpo e os movimentos de Gilbert mostrassem a ela o quão longe poderia chegar naquela linguagem do amor que faziam tão apaixonadamente.

E como fogos de artifício, eles explodiram juntos ao mesmo tempo, subindo até a montanha mais alta, e voltando para Terra novamente para descansarem abraçados sobre os lençóis.

Quando conseguiram se sentar na cama, Gilbert puxou Anne para seu peito, e tocou o ventre dela com carinho, sentindo a bebezinha mexer, fazendo-o olhar para Anne emocionado e dizer:

-Nossa borboletinha está feliz assim como nós. 

-Sim, Hannah está feliz porque sabe que vai nascer em um lar abençoado pelo nosso amor.- Anne respondeu, inclinando seus lábios com a intenção de beijar Gilbert no rosto, mas ele capturou seus lábios em mais um beijo ardente.

A noite chegou devagarinho para aquele casal que parecia não ter pressa para voltar para o apartamento, pois o amor que acontecia ali era mágico,  pois tinha o poder de unir ainda mais dois corações que um dia haviam sido quebrados pelos revés da vida, mas que naquele instante se tornavam inteiros novamente. 

Olá,  pessoal. Não sei se esse capítulo ficou muito bom, pois não ando me sentindo bem nessa semana. Mas espero que pelo menos a leitura seja interessante. Me deixem sua impressão do capítulo se desejarem. Avisando que esse é o penúltimo,  e o próximo será o último mais o epílogo.  Muito obrigada por lerem. Beijos

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro