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Capítulo 54- A pureza de um lírio

Olá pessoal. Eu sei que muita gente está esperando esse capítulo, então aqui está ele. Eu espero que o leiam e me deixem seus comentários e votos.  Muito obrigada por tudo. Beijos, Rosana.

ANNE

Lírios. Anne acordou com o aroma inconfundível que parecia impregnar todo o quarto com sua suavidade. Eram suas flores favoritas e tê-las por perto sempre a deixavam feliz, lhe traziam calma, inspiração para pintar, a faziam ver como o mundo poderia ser bonito com coisas simples como aquela.

Ela se espreguiçou longamente, se lembrando exatamente de onde estava, e sorriu sentindo seu coração leve e contente. O apartamento de Gilbert, além de Green Gables, era o único lugar o qual podia chamar de lar, porque enquanto aquela fazenda maravilhosa tinha a essência de Matthew Cuthbert, dentro das quatro paredes onde ela se encontrava agora estava a alma linda de um homem que Anne tivera o prazer de conhecer profundamente, e como o príncipe que era, Gilbert lhe mostrara um caminho dourado, que podia não estar livre de pedras, ou obstáculos que dificultavam a caminhada, mas no fim dele um sol intenso brilharia, e era onde ela alcançaria seu arco íris da felicidade.

Anne se virou de lado, e passou as mãos pelo lençol onde Gilbert dormira a noite inteira a seu lado. Ela só acreditara que estava de volta para o lugar onde fora tão feliz, porque sentira as mãos de Gilbert pousadas em seu ventre enquanto dormia, e a sensação de segurança que aquele simples toque lhe causava era indescritível. Assim como era incrível, a maneira como Gilbert já amava aquele bebê que ainda era uma sementinha pequena em seu ventre, mas que em breve cresceria, e viria para aquele mundo alegrar ainda mais a vida de quem tivesse a chance de conhecê-lo.

Era óbvio que não podia esperar menos de um homem que tinha um coração pleno de sentimentos, que era capaz de tanto a sacrifícios para vê-la feliz, que vinha dando tudo de si naquele relacionamento desde o início. Que nunca a deixara esquecer o quanto ele a amava. Um homem que atravessara as barreiras do seu silêncio para trazê-la de volta ao mundo, que arrancara toda a podridão de Roy Gardner de sua pele, a cobrira com beijos de seda, e lhe dera um motivo para não mutilar mais a si mesma com sua dor. Um homem que sempre seria seu cavaleiro de armadura branca, seu sonho de conto de fadas, seu anjo e seu salvador.

Anne aspirou de leve o perfume de Gilbert que permanecia na fronha do travesseiro, e sorriu novamente. Ela adorava aquele aroma que podia sentir em todas as camisas dele. Antes de ir para a casa de Irina, secretamente, quando Gilbert estava no trabalho para matar a saudade que tinha de seu homem, ela costumava passar um pouquinho da colônia almiscarada dele nos pulsos, e assim, ela tinha a sensação que a presença dele estava ao seu redor.

A ruivinha nunca contara a ele esse detalhe, porque tinha vergonha do que Gilbert poderia pensar ou dizer dessa sua mania peculiar Por tanto, era um pequeno segredo que guardaria só para si, porque agora que estava de volta, ela tinha certeza que continuaria a fazer a mesma coisa toda vez que ele estivesse fora de casa.

Um barulho vindo da porta fez seu olhar se direcionar exatamente para aquele ponto, e ao ver Gilbert entrando, seu coração disparou ao perceber que ele tinha acabado de sair do banho, e a toalha envolta de sua cintura lhe mostrava que ele não vestia nada por baixo.

Anne prendeu a respiração, enquanto seus olhos famintos faziam um exame completo no belo espécime de homem à sua frente. Os cabelos molhados moldavam todos os seus cachinhos que quando secos eram tão difíceis de domar. A pele continuava tão morena como ela se lembrava, e os pelos escuros de seu peito lhe despertava um desejo insano de correr os dedos por todos eles e relembrar a textura macia que tinham em suas mãos.

Seu olhar desceu mais um pouco, e logo ela se demorou naquela parte do abdômen dele que de tantos exercícios que Gilbert fazia, exibia músculos firmes e definidos, e Anne sabia bem quanto prazer ele sentia naquela região quando era tocada por seus lábios.

Ela tentou desviar o olhar, mas sua excursão secreta continuou até que ela chegou nas coxas masculinas que pareciam mais fortes que a última vez que o tinha visto assim, e suspirou sem perceber, atraindo o olhar de Gilbert que lhe disse com um sorriso:

- Não sabia que tinha acordado. Como se sente? - ele se aproximou da cama, e sentou ao lado dela, fazendo-a sentir seu corpo tenso em antecipação. Anne cravou as unhas nos lençóis e disfarçou o quanto pôde sua necessidade de tocar aquela pele ainda úmida do banho.

- Eu estou bem. Apenas me sinto enjoada.- ela respondeu, e Gilbert segurou na mão dela, levando-a aos lábios, e depositando um beijo na palma, o que fez Anne morder o canto da boca com força, enquanto aqueles olhos a examinavam com atenção.

- Você parece um pouco pálida, mas, é porque ainda não se alimentou, mas, logo vamos colocar um pouco de cor nesse rosto lindo, pois prometo que vou cuidar de você melhor do que antes.

- Eu não sei se consigo comer agora, Gilbert. - Anne disse, tentando não focar os olhos naqueles lábios enquanto ele falava, porque nunca sentira tanta vontade de beijá-lo como naquele instante. Era quase vergonhoso a maneira como seu corpo o desejava, pois uma mulher grávida não devia reagir assim diante de um homem quase nu, ou será que era normal aquele calor que subia pelo seu baixo ventre, enquanto Gilbert acariciava seu ombro devagar sem ter consciência do turbilhão que causava em seu íntimo?

- Você precisa comer, baby. O médico que te atendeu no hospital me disse que você está com baixa de nutrientes em seu organismo, por isso, desmaiou daquele jeito. E não quero que isso aconteça novamente, pois pode ser perigoso para você e bebê. - Gilbert estava tão preocupado com ela, que Anne se sentiu derreter. Como ele podia ser tão perfeito e tão lindo ao mesmo tempo? , ela pensou consigo mesma.

- Eu sei disso. O médico conversou comigo também. Mas, você não precisa se preocupar tanto. Eu vou seguir direitinho tudo o que ele me recomendou. - Anne respondeu, admirando o rosto de Gilbert. Ele tinha feito a barba, e a pele daquela região era bem macia. Ela queria tocá-la, mas, se começasse não conseguiria parar, pois tanto sua carência quanto seus hormônios estavam gritando em suas veias.

- É claro que tenho que me preocupar. Você é minha mulher, e preciso cuidar de você. - ele disse, tocando o rosto dela com carinho, enquanto Anne assimilava o que ele dissera, sentindo um arrepio subir pelo seu corpo, fazendo-a sorrir.

- Por que você está sorrindo assim?- ele perguntou, parecendo momentaneamente encantado pelo sorriso dela.

- É a primeira vez que você me chama de sua mulher. - Anne respondeu, segurando o rosto daquele homem tão lindo em suas mãos.

- Desculpe, eu não quis dizer isso no sentindo possessivo.- Gilbert disse de maneira séria.

- Não, eu adorei. Eu gosto da ideia de ser algo tão importante assim para você. Isso quer dizer que você é meu homem também?- ela perguntou, sentindo-Se tímida ao dizer aquilo, pois parecia uma responsabilidade imensa ter aquele homem maravilhoso todo para si. Em resposta, ele se aproximou mais dela, e com os lábios quase tocando os de Anne, ele respondeu:

- Sempre fui seu. Desde o dia em que você entrou no meu consultório pela primeira vez, eu soube que você não seria apenas mais uma paciente comum. Você me ganhou no primeiro olhar, entrou na minha cabeça, e eu nunca mais fui capaz de deixar de pensar nesse seu rosto, nesses seus olhos, nessa sua boca. - ele acariciou a região carnuda com o polegar, e no momento seguinte, ele a estava beijando.

E o contato da língua dele com a sua, fez Anne gemer baixinho, enquanto seus dedos se enterraram nos fios escuros molhados, puxando-o mais para si, se entregando aquele beijo faminta como estava por tudo que pudesse ter dele naquele instante.

Ela sentiu Gilbert a deitar sobre o travesseiro, enquanto a boca dele abandonava seus lábios para se concentrarem em seu pescoço. Fazendo-a gemeu mais alto, quando Gilbert mordeu seu ponto mais sensível de leve. Ela então correu as mãos pelo peito dele, apertando os ombros largos de com força, ao mesmo tempo em que arqueava seu corpo quando dedos habilidosos provocaram seus seios por cima da camisola de seda. Os lábios de Gilbert tomaram os seus em mais um beijo longo e sedento, e quando Anne estava pronta para fazer o que ele quisesse, o rapaz se afastou e disse controlando sua respiração:

- Desculpe-me princesa. Eu não devia perder o controle assim .

- Tudo bem. Eu estava com saudades também. Senti tanto a sua falta esse tempo que ficamos separados.: - Anne disse, tocando a lateral do rosto dele com a ponta dos dedos.

- Você está tão linda. Eu sabia que havia algo diferente em você, mas não sabia o que era. Porém agora eu descobri que é a luz do nosso bebê que está aí dentro, e que te deixa tão maravilhosa que me fez me apaixonar mais uma vez. - ele disse daquele jeito que quase levava Anne às lágrimas.

- Você é que é lindo, Gilbert Blythe. Por dentro e por fora. Um dia eu quero conseguir pintar sua áurea iluminada, seu coração imenso, e esse olhar brilhante que me mostra cada detalhe seu como se fosse feito de diamante. Porque você é um ser humano tão raro que me faz ver todos os dias a sorte que eu tenho de ter te encontrado.- Gilbert beijou as duas mãos dela com carinho, e com mais carinho ainda ele tocou a barriga dela como fizera a noite inteira e respondeu:

- Eu amo você, e amo esse bebê que cresce em seu ventre com todas as minhas forças. Seremos uma família feliz, Anne. Você vai ter tudo o que sempre sonhou.

- Eu já tenho tudo com o que sempre sonhei, porque tenho você. - Anne sussurrou, e Gilbert a beijou com a mesma paixão de antes, porém, não deixou que passasse dos limites dessa vez, o que Anne lamentou, mas, não disse nada, porque entendia a preocupação dele, e porque também sabia que por mais que estivesse com saudades dele, teria que ir devagar e controlar seus pensamentos sobre tudo o que desejava que Gilbert fizesse com ela, porque não era o momento, e suas emoções estavam completamente desordenadas e sem controle.

- Vou me vestir, e em seguida vamos tomar nosso primeiro café da manhã juntos depois de meses. - Gilbert disse com um sorriso e beijando-a de leve nos lábios. Em seguida, ele foi até o closet, escolheu algumas roupas e saiu do quarto deixando para trás uma mistura de aromas de espuma de barbear e sabonete que agradaram demais ao olfato de Anne.

Quando voltou, já vestindo roupas casuais, Gilbert ajudou-a se levantar e a amparou em seus braços porque uma forte tontura a acometeu. Assim, que ela sinalizou que estava bem, ele abriu a porta do quarto, permitindo que a ruivinha de segurasse em seu braço para poder caminhar com mais equilíbrio.

No momento em que Anne deu dois passos para o corredor, ela arregalou os olhos sem acreditar que Gilbert tinha lhe feito aquela surpresa. Havia vasos com lírios por todos os lados, pois em cada cômodo, o rapaz tivera o cuidado de enfeitar com as flores que ele sabia que ela amava.

Com lágrimas encorrendo-lhe pelo rosto, ela se virou para Gilbert que lhe sorria de orelha e orelha e perguntou:

- Como fez tudo isso?

- Ontem enquanto você dormia antes do jantar, eu tive a ideia e enviei uma mensagem para uma floricultura aqui perto, e pedi que me entregassem de manhãzinha, e foi o que fizeram. Gostou da surpresa?

- Eu amei. Você é perfeito. Obrigada.

- Você merece tudo, Anne. - ele disse, pegando um lírio no vaso mais próximo, e colocando-o nos cabelos de Anne.- É assim que quero que sua vida seja daqui para frente , cheia de flores, perfume e felicidade. Você já sofreu demais e está na hora de arrancar os espinhos. - Anne balançou a cabeça sem saber o que dizer, e suas únicas palavras foram:

- Eu amo você.

Seus lábios se colaram mais uma vez, e naquele momento Anne acreditou no que Gilbert lhe dissera, pois ela estava exatamente onde deveria estar, nos braços dele.

GILBERT

O café da manhã que Gilbert preparara para Anne foi bastante leve, no entanto, bastante nutritivo, e esperava que aos poucos ela pudesse comer coisas mais consistentes e variadas. Contudo, como seu estômago ainda estava sensível, pelos próximos dois dias, a ruivinha teria que se alimentar mais vezes ao dia, mas somente com alimentos que não pesassem em seu organismo e a fizessem vomitar.

Gilbert também estava preocupado com o estado depressivo que ela andara apresentando, e modificara pelo menos por aqueles dias a medicação que ela deveria tomar para controle das crises, e que não prejudicassem sua gestação.

Ele pretendia conversar com Charlie que era o atual médico dela, para que juntos pudessem pensar em um tratamento alternativo com medicação natural, ao invés dos remédios controlados que ela vinha tomando.

O rapaz vinha estudando sobre os florais de Bach que além de não oferecer nenhum risco ou efeito colateral, eram bastante benéficos para a saúde de quem os utilizava, e os quais ele vinha testando em alguns de seus pacientes com resultados muito positivos.

Por isso, sua ideia era que Anne pudesse utilizá-los pelo menos durante a gravidez para que assim não tivesse que lidar com os sintomas decorrentes da gestação, e outros fatores que a medicação mais pesada poderia causar, tornando aqueles noves meses menos sofridos para ela do que poderiam ser.

Tudo o que ele desejava, era que Anne pudesse curtir a gravidez com calma, descobrindo a cada o dia o prazer de sentir seu bebê crescendo dentro dela, e trazendo mais beleza para a vida daquela princesa que ele amava tanto.

- Estava bom?- ele perguntou ao vê-la terminar a vitamina de frutas e as torradas com geleia de morango que ele sabia que ela gostava.

- Estava ótimo. Obrigada. - ela respondeu com um sorriso tão lindo que ele ficou tentado a beijá-la ali mesmo.

- Não está sentindo enjoo? - Gilbert perguntou cheio de preocupação.

- Não. Eu estou bem. Obrigada por cuidar de mim.- Anne disse cobrindo a mão dele que estava sobre a mesa com a sua.

- Eu sempre vou cuidar de você. - ele disse, se inclinando e beijando-a na testa. - O que quer fazer agora? Hoje é domingo, e posso passar o dia todo com você.

- Podemos assistir um filme ou uma série? Quando fiquei na casa de Irina acabei me viciando em uma que se chama When calls the heart.

- Podemos fazer o que você quiser.- Gilbert disse, enternecido por aquele rosto de porcelana. Às vezes Anne parecia uma garotinha quando falava de algo que a interessava. Seus olhos brilhavam de animação, as bochechas ficavam coradas, e ela sorria sem parar como se estivesse lhe contando um grande segredo. Era impossível não amar alguém tão puro. Não era à tona que os lírios combinavam tanto com ela.

Eles foram juntos para a sala, e na terceira parte da série, Anne já estava adormecida, com a cabeça no peito de Gilbert. O rapaz a levou de volta para o quarto no colo, e percebeu quanto peso ela tinha perdido, em um momento em que isso estava longe de ser o ideal. Por isso, ele prometeu que esse era mais um aspecto que deveria ser melhorado, e do qual cuidaria pessoalmente.

Ele a cobriu com uma manta por conta do ar frio do ar condicionado e saiu do quarto, indo em direção da cozinha onde lavou, enxugou e guardou a louça do café. Quando estava caminhando de volta para o corredor, a fim de dar mais uma espiada em Anne, seu celular tocou, e ao atendê-lo, a voz alegre de Jerry se fez ouvir quando ele disse:

- Bom dia, primo. Como está a Anne?

- Ela está melhor.- Gilbert respondeu, passando a mão direita pelos cabelos, e ajeitando-os com a ponta dos dedos.

- Eu fiquei sabendo da novidade. O tio John me contou. Parabéns, papai.- o rapaz disse, sentindo-se feliz pelo primo estar realizando seu maior sonho. Depois do que ele ficara sabendo de Ruby, Jerry temera que Gilbert se fechasse novamente para o mundo novamente, mas, felizmente o destino agora em favor do amor devolvera a Gilbert tudo o que ele perdera em dobro.

- Obrigado. Você não sabe como me sinto feliz.

- Eu posso imaginar, Gil. Você merece.- Jerry disse com toda sinceridade. Apesar de no começo ter se preocupado por Gilbert ter se envolvido com alguém tão complexo quanto Anne, com o tempo, o rapaz pôde perceber que a ruivinha fazia muito bem ao primo, e com todas as suas inconstâncias, ela conseguira chegar ao coração de Gilbert de um jeito que Ruby nunca fizera, e Jerry só podia desejar que ambos fossem felizes assim como ele era com Diana.

- Acho que finalmente conquistei tudo o que eu desejava.- Gilbert confessou. - Só falta Anne aceitar se casar comigo.

- Já fez o pedido?- Jerry perguntou com curiosidade.

- Ainda não, mas pretendo fazer isso em breve. - Ele queria fazer algo especial, contudo, ainda não tinha nada em mente.

- Eu também tenho uma novidade. Diana virá para cá morar comigo - Jerry disse imensamente feliz.

- Que alegria, meu primo. Vocês vão se casar?

- Ainda não. Ela acha muito cedo, e me pediu para esperar mais um pouco. - Jerry disse suspirando. Diana era muito insegura a respeito de relacionamentos por conta do casamento dos pais que não deu certo, e não seria fácil para ele fazê-la mudar de ideia tão rápido.

- Talvez se eu pedir Anne em casamento, ela se anime em aceitar o seu. - Gilbert disse, tendo um uma ideia repentina, a qual lhe agradou imensamente.

- No que está pensando, Gilbert?

- Ainda não sei. É só uma ideia. Quando eu tiver algo concreto em mente eu te falo.

- Está bem. - Jerry respondeu.- Eu queria aproveitar e te perguntar outra coisa. Acha que a Anne aceitaria o trabalho dela de volta? Alguns sócios da clínica me ligaram outro dia, e disseram que o novo professor de artes não está agradando aos alunos, e muitos deles perguntaram se Anne não ia voltar mais.

- Não sei, Jerry. Por enquanto, ela precisará de bastante repouso e tranquilidade, e não seria bom para ela assumir essa responsabilidade. Talvez se puderem esperar mais um mês ou dois, eu tenho certeza de que ela estará apta a voltar a lecionar artes na clínica. Mas, é claro que terei que falar com ela.

- Concordo. Vou passar a eles o seu recado. A gente se fala depois. Tenho um almoço de família para participar. Até breve. - o rapaz disse ao se despedir.

- Até breve.- Gilbert respondeu e desligou.

Quando ele finalmente foi para o quarto, Anne ainda estava dormindo. Normalmente, ela não dormia tão profundamente daquela maneira, mas a combinação de sua fragilidade física com a gravidez potencializava seu sono de forma intensa, o que era normal dada as circunstancias.

Assim, ele se juntou a ela na cama, e resolveu tirar um cochilo, pois não queria perder um segundo longe dela.

GILBERT E ANNE

Quando Anne despertou, já havia passado muito tempo do horário de almoço. Ela se virou de lado, e dessa vez não estava sozinha. Gilbert se encontrava sentado na cama, lendo um livro. Ele às vezes usava óculos de leitura, e esse pequeno detalhe lhe dava um charme todo especial, o que fez Anne suspirar por ele pela milésima vez naquele dia. Como um homem podia ser bonito o tempo todo daquela maneira? Olhar pra ele em sua forma mais descontraída lhe dava mil ideias de como gostaria de pintá-lo. Talvez conseguisse convencê-lo a fazer outro nu artístico, porque era um pecado não aproveitar toda aquela beleza morena quando poderia criar quadros magníficos com aquele rosto e físico perfeitos.

De repente, ele virou a cabeça em sua direção e percebeu que ela o observava e disse:

- Finalmente acordou. Pensei que passaria a tarde toda dormindo.

- Que horas são?- Anne perguntou bocejando.

- Quase duas da tarde. Eu não queria que ficasse tanto tempo sem se alimentar, mas, você estava dormindo tão profundamente que não quis te perturbar. Está com fome? – ele perguntou sorrindo, e Anne se deu conta de aquele sorriso era tão tentador quanto o homem que a olhava com adoração.

- Não muita. – ela respondeu se sentando na cama.

- Mas, vai comer mesmo assim. Vou até a cozinha buscar a sopa que te preparei, assim, não precisa se levantar agora. – ele disse, saindo do quarto e voltando logo em seguida com uma bandeja onde havia um prato de sopa e uma jarra com suco.

- Você não vai comer? - Anne perguntou, engolindo a primeira colherada de sopa que para sua surpresa estava deliciosa. Além de atencioso, Gilbert era um excelente cozinheiro. Quantas qualidades ela ainda encontraria, se buscasse investigar mais a fundo aquela alma iluminada? ela pensou, enquanto comia cada porção da comida devagar.

- Eu já comi já faz um tempo. Mas, vou ficar aqui para te fazer companhia. – ele respondeu, fechando o livro que deixara aberto sobre a cama, e guardou seu par de óculos de leitura na gaveta da escrivaninha.

- Desculpe-me por dormir tanto. Não estou sendo uma boa companhia hoje. - Anne disse, tomando um gole de suco de morango.

- Você está sendo uma ótima companhia. O fato de estar mais sonolenta do que o normal apenas mostra que seu corpo precisa de descanso. Irina me contou que você não vinha dormindo bem nos últimos dias . – ele comentou.

- É verdade. Eu andei tendo muito pesadelos.- Anne disse, se sentindo desconfortável por tocar naquele assunto. Não queria estragar seu momento com Gilbert, pensando em coisas desagradáveis.

- Roy Gardner de novo?- ele perguntou preocupado, se lembrando sem saber bem porque de Daniel Darson. Talvez porque a personalidade doentia de ambos fosse muito parecida, tivessem se envolvido com a mesma mulher, e seguissem o mesmo padrão de comportamento, atitudes e pensamentos.

- Sim, mas, eu acho que não quero falar sobre isso agora. – Anne disse, sentindo todo o prazer daquele dia desaparecer.

- Você não precisa falar disso agora, mas, eu quero que volte a ir nas terapias com o Charlie. Eu sei que as interrompeu durante esses dois meses em que estivemos separados, e isso definitivamente não foi uma boa ideia, princesa.- ele disse, fazendo um carinho no rosto dela.

- Eu sei, foi tolice da minha parte me descuidar da minha saúde mental assim, mas, eu juro que isso não vai mais acontecer, principalmente por causa do bebê.- Anne disse, baixando o olhar de forma nervosa, ato que não passou despercebido a Gilbert, fazendo-o segurar no pulso dela e perguntar:

- Anne, por que tem tanto medo dessa gravidez? Eu sei que são muitas mudanças em seu corpo, e em sua vida, e equilibrar sua cabeça e seus hormônios ao mesmo tempo não é algo fácil de se fazer, mas, você não está sozinha. Eu estou aqui, amor, não precisa ter receio de nada.- ela o olhou com medo, e sua principal preocupação veio à tona quando disse:

- E se eu tiver uma crise, e machucar o bebê? E se eu o prejudicar enquanto ele ainda estiver crescendo em minha barriga? Se eu não tivesse essa mente confusa talvez eu não tivesse motivos para me preocupar, mas, você me conhece, Gilbert, e sabe como eu posso realmente me ferir quando os monstros dentro de mim são demais para que eu possa lidar com eles. - Ferir a si mesma fora doloroso e muitas vezes chegara longe demais, mas, sempre tivera anjos por perto para trazê-la de volta. No entanto, jamais se perdoaria se algo acontecesse a seu filho, e esse era um de seus medos mais terríveis.

- Isso não vai acontecer, porque eu estou aqui, e porque você é mais forte do que qualquer crise e qualquer monstro em sua cabeça. Veja até onde conseguiu chegar mesmo não acreditando que conseguiria. E como eu te disse ontem, você será uma mãe perfeita, eu tenho certeza disso.- a confiança que Gilbert tinha nela lhe causava tantas emoções diferentes. Ele a fazia acreditar que ela era capaz de tudo aquilo que ele lhe dissera, e lhe dava força suficiente para ter vontade de lutar por eles, e pelo bebê que iria nascer, e por tudo isso, ela amava aquele rapaz tão maravilhoso um pouco mais a cada instante.

- Você é o meu anjo.- Anne disse emocionada, seguindo a linha do maxilar dele com seu indicador, desejando que ele pusesse ler seu coração para saber o tamanho do amor que ela sentia por ele.

- Não, você é que é o meu.- Gilbert disse, beijando-lhe as mãos com doçura.

Aquela garota era tão frágil e tão linda ao mesmo tempo, que ele não tinha como descrever o quanto desejava protegê-la e fazê-la feliz. E o mais incrível era saber que por mais que Anne precisasse dele, ela não tinha consciência do quanto ele precisava dela, pois naqueles dois meses separados, Gilbert descobrira que sua força sempre estivera no fundo daquele olhos azuis, e que sem Anne sua alegria não era completa, sua vida era deserta, e seu coração sempre seria vazio se não pudesse estar com ela cada segundo do seu tempo.

- Quer assistir mais filmes? Prometo não dormir dessa vez.- Anne disse, sorrindo de leve.

- Se importa se ficarmos nesse quarto mais um pouco? Quero te abraçar por muitas horas, até acabar com a saudade que senti de você nesses dois meses.

- Não eu não me importo. Adoro ficar assim com você também.- Anne disse enquanto o enlaçava pela pescoço, e Gilbert circulava sua cintura, e beijava seus cabelos.

Eles passaram a maior parte da tarde assim, em companhia um do outro. Somente depois de algum tempo, tanto Anne quando Gilbert tomaram um banho, e estavam decidindo o que fariam para o jantar quando a campainha tocou.

Gilbert olhou para Anne com a testa franzida e a reação da ruivinha foi semelhante à sua, porque não estava esperando ninguém. Ainda sem entender, ele foi até a porta e a abriu, surpreendendo-se ao ver seu pai e Irina no corredor.

- Olá, meu querido. Atrapalhamos? – Irina perguntou com animação.

- É claro que não. Apenas me surpreendi porque não esperava nenhuma visita hoje. Que bom que estão aqui. Vamos entrar.- Gilbert disse, abraçando o pai carinhosamente, enquanto John o abraçava de volta.

O casal entrou no apartamento de Gilbert e logo encontraram Anne que estava sentada na sala, e ao vê-la tão bem disposta, John disse assim que se aproximou de onde ela estava:

- Minha norinha favorita. Que alegria encontrá-la tão bem. E como está esse bebezinho aqui dentro?- ele perguntou tocando-lhe de leve a barriga sobre o vestido que ela usava.

- Muito bem obrigada.- Anne respondeu sorrindo. Ela tinha um carinho especial por John, que a tratava com tanta consideração desde o começo. Gilbert tinha herdado esse caráter tão forte e transparente do pai.

- Ah, Anne. Você não sabe a alegria que deu a esse velho com sua gravidez. Eu esperava por netos somente daqui a alguns anos, mas, você realizou o meu sonho mais antigo. Eu não vejo a hora em ter esse garotinho ou garotinha em meus braços. – os olhos dele estavam úmidos, e Anne podia sentir a sinceridade em cada palavra dele. Ela também estava alegre por proporcionar aquela felicidade a alguém que sempre a olhara com carinho e admiração.

- Eu também estou feliz, embora no início tenha sido um pouco assustador para mim. Porém, Gilbert tem me apoiado muito, e se não fosse por esse seu filho incrível eu realmente não saberia o que fazer.- Anne confessou, olhando para Gilbert que lhe deu uma piscada marota.

- Você não sabe o tamanho do amor desse rapaz por você. – John disse, apontando para Gilbert. - Eu nunca o tinha visto tão desolado quanto ele ficou depois que você foi embora. Confesso que fiquei com medo que ele adoecesse, pois Gilbert foi sempre muito forte, e enfrentou suas tragédias pessoais de frente. Contudo, dessa vez foi difícil demais para ele, e eu como pai somente tenho a lhe agradecer por você ter voltado atrás em sua decisão. - John disse, se inclinando e beijando Anne no rosto.

- Você vai ficar aqui com Gilbert, Anne? – Irina perguntou, se sentando perto da ruivinha no sofá.

- Ainda não conversamos sobre isso, mas, creio que sim.- Anne respondeu, olhando novamente para Gilbert que lhe sorriu e respondeu:

- Eu nunca mais vou deixar Anne se afastar de mim. Aqui sempre foi a casa dela e sempre será.

- Eu estive pensando. A minha casa é tão grande. Por que não ficam lá até o bebê nascer? Assim, Anne não ficaria sozinha e me faria companhia. - John disse com o olhar cheio de expectativas.

- Não deixa de ser uma boa ideia, meu pai. Porque eu estava pensando em contratar uma pessoa para ficar com Anne enquanto eu trabalho, mas, somente faremos isso se for o que ela desejar.- Gilbert respondeu, colocando uma mão no ombro dela e o acariciando de leve.

- Posso dar a resposta em alguns dias? - Anne perguntou. Ela amava John, mas, não sabia se gostaria de morar na casa dele, pois ela já começara a ver o apartamento de Gilbert como seu verdadeiro lar, e não tinha vontade de ir para outro lugar no momento. No entanto, ela sabia que Gilbert estava pensando em seu bem-estar, e talvez ficar em companhia de John que era alguém que ela conhecia e amava seria bem melhor, do que ter a companhia de uma profissional que apenas agiria como uma pessoa contratada para lhe dar conforto e garantir que sua saúde física permanecesse intacta e nada mais.

- Claro que sim, minha querida. Você tem todo o tempo do mundo. Desde que se sinta bem é o que conta para todos nós. - John disse, dando-lhe um abraço forte.

- Vocês já jantaram? Eu e Anne estávamos justamente discutindo o que teríamos para o jantar. Não querem ficar e comer com a gente? – Gilbert perguntou, feliz pela visita inesperada do pai.

- Só se eu puder ajudar na cozinha.- Irina se ofereceu.

- Está bem. Tem alguma sugestão? – Gilbert perguntou indo em direção à cozinha em companhia de Irina.

- Vamos fazer risoto de frango.- A boa enfermeira sugeriu e Gilbert concordou, pegando todos os ingredientes necessários, e os colocando sobre a mesa.

Com ajuda de Irina, o jantar ficou pronto na metade do tempo normal, e logo, os dois casais estavam à mesa se deliciando com a comida saborosa, e conversando sobre inúmeros assuntos. Após a sobremesa, Irina ajudou Gilbert a tomar conta da louça suja, e depois se juntaram a Anne e John que conversavam animadamente na sala.

Após as dez da noite, o casal mais velho se despediu, e Irina prometeu que enviaria as roupas de Anne para o apartamento assim que possível. Deste modo, Anne e Gilbert ficaram à sós novamente, e sentaram no sofá bem juntinhos para ouvirem suas músicas preferidas.

- Está feliz?- Gilbert perguntou, observando o rosto corado de Anne.

- Sim. Obrigada por me proporcionar momentos tão incríveis assim.- Anne respondeu, olhando para o rosto de Gilbert iluminado apenas pela luz ambiente.

- Você merece, meu amor. E isso me lembra algo.- O rapaz disse, colocando a mão no bolso e entregando a Anne uma caixinha embrulhada em papel de presente.

- O que é isso?- Anne perguntou surpresa, pois não sabia por qual motivo, Gilbert estava lhe dando um presente, pois não estavam comemorando uma data especial. Pelo menos, não que se lembrasse.

- É apenas um mimo que quando vi me lembre de você.- Gilbert respondeu, esperando que Anne abrisse a caixinha, de onde ela tirou uma correntinha prateada com uma borboleta de cristal como pingente. Era tão delicada, que Anne a tocou com cuidado com medo que se quebrasse em suas mãos.

- É linda .- ela disse, encantada com o presente.

- Deixe-me colocá-la em você: - Gilbert disse, pegando a correntinha, e colocando-a em volta do pescoço de Anne. – Ficou perfeito.- ele disse, ao observar o efeito do cristal azul sobre a pele alva e macia. – Você uma vez me disse que gostaria de ser livre como as borboletas. Então, esse será o símbolo de seu desejo. Está na hora de ser livre, meu amor.

Anne seu coração se inflamar com tais palavras, e sem pensar duas vezes, ela beijou Gilbert que a trouxe para seus braços no mesmo instante, e o beijo trocado ali tinha diferentes significados para ambos. Era uma mistura de liberdade, recomeço e amor que fez daquele momento mais um para recordar em tempos futuros. Quando se separaram, Anne pegou na mão de Gilbert, o puxou até o quarto, onde ela abriu a gaveta da cômoda, e dela tirou seu anel de noivado que Gilbert havia lhe dado meses atrás e disse:

- Eu nunca me separei dele desde que você me deu, e acho que se estamos iniciando uma nova etapa de nossa vida juntos, também está na hora de começar a usá-lo novamente.- Anne entregou o anel para Gilbert, que o colocou com toda delicadeza do mundo em seu dedo. Em seguida, ambos ficaram observando a pequena joia que brilhava no dedo anular da mão direita da ruivinha, e quando levantaram o olhar em sincronia, um sabia exatamente o que o outro estava pensando.

Gilbert acariciou a bochecha de Anne por um segundo, e depois a abraçou tão forte que a ruivinha podia sentir cada músculo dele em contato com o seu mesmo através da roupa, e a saudade que a vinha atormentando desde que acordara naquela manhã foi incontrolável dessa vez, e a ruivinha disse baixinho no ouvido dele:

- Eu quero você.- Gilbert sentiu seu coração palpitar com aquele pedido, mas ainda tinha dúvidas sobre a condição física dela naquele dia, por isso, com bastante cautela, ele perguntou:

- Anne, tem certeza? Não quero que nada piore seu estado físico. Eu posso esperar por você.

- Como algo tão incrível assim poderia me fazer mal? O seu sentimento por mim tem o poder de me curar, Dr. Blythe. Então, me dê uma pouco mais desse seu amor milagroso. – Anne respondeu, colocando suas mãos espalmada no peito de Gilbert, que o fez suspirar longamente, antes de despi-la devagar, primeiro com seus olhos, e em seguida com seus dedos cuidadosos e longos.

Assim, ele levou-a até perto da cama, onde suas mãos tatearam em busca do zíper do vestido que ela usava, e vagarosamente, quase como se fosse uma carícia torturante, ele a fez se virar de costas, enquanto abriu-o, beijando cada pedacinho de pele que ia se revelando a seus olhos, fazendo Anne gemer baixinho em antecipação. Ela não usava sutiã, assim, o rapaz a fez ficar de frente novamente, observando os seios alvos e pequenos que cabiam em sua mão, levemente enrijecidos, e os beijou um a um com extrema delicadeza, causando em Anne arrepios por todo seu corpo.

Então, ela levou as mãos até a camisa dele, e logo fez Gilbert se livrar dela, pois tinha uma necessidade extrema de tocá-lo assim como ele estava fazendo com ela. Sem esperar pelo próximo passo dele, ela distribuiu inúmeros beijos por toda a região do peito de Gilbert, vendo-o jogar a cabeça para trás, dando espaço para Anne alcançar seu pescoço, e se demorar mais tempo em cada região daquele ponto específico, onde ela sabia que Gilbert tinha mais sensibilidade.

Excitado, por aqueles lábios macios que mapeavam toda a sua pele como seda, Gilbert correu suas mãos pela lateral do corpo de Anne, até que alcançou o elástico de sua calcinha, a qual deslizou para baixo, fazendo com que Anne a tirasse de uma vez, deixando-a completamente nua e pronta para receber todas as carícias que ele quisesse lhe dar. Logo foi a vez dele de abrir o cinto de sua calça jeans, abrir o zíper, ficando somente de cueca boxer preta que deixava visível toda a excitação de seu corpo concentrada exatamente ali naquela região.

O que ele não esperava era que Anne se ajoelharia em sua frente como um a deusa ruiva, e puxasse o tecido para baixo, enquanto sua boca traçava uma linha de fogo entre seu abdômen, e sua intimidade. Ela nunca tinha feito isso antes, e Gilbert sentiu seu peito subir e descer pela sensação prazerosa que tomou conta dele ao ter o contato dos lábios de Anne em um ponto do seu corpo tão sensível.

Não desejando que tudo acabasse tão rápido, ele a puxou para cima no momento em que sentiu que estava a ponto de chegar ao seu ápice, pois tudo o que queria era que tanto ele quanto Anne chegassem juntos ao ponto mais alto de prazer. Assim, ele a deitou na cama, e deixou que seu corpo se colasse no dela, aliviando o peso dele ao se apoiar com as duas mãos na lateral perto do rosto dela, o mesmo tempo que corria seus lábios em cada parte daquele corpo lindo e sensual que o enlouquecia cada vez que faziam amor, e naquele momento não estava sendo diferente, pois ele tinha que controlar sua vontade de possui-la da forma mais selvagem possível, pois dois meses sem nenhum toque dela o deixara tão carente, que Gilbert travava o maxilar para conseguir conduzir aquele momento de forma mais cuidadosa possível. Ele não podia se esquecer que no dia anterior era tivera alta do hospital, e que seu estado inspirava cuidados. Contudo, os beijos dela, o aroma delicado que emanava do corpo dela tornava a tarefa de Gilbert de se reprimir até o momento final difícil demais.

Então, Anne o fez se deitar de costas na cama, invertendo a posição com ela. Assim, antes de voltar a tocá-lo, ela deixou que seus olhos observassem cada milímetro do corpo dele como nunca fizera antes, e pensou consigo mesma que todos os deuses gregos do Olimpo sentiriam inveja daquele rapaz que tinha um físico digno de ser exposto em uma galeria de arte. E olhando-o com mais atenção ainda, ela percebeu que todas as horas que ele passava na piscina se exercitando, ou todas as tarde que ele treinava suas habilidades de montaria em cima de um cavalo haviam feito maravilhas por aqueles músculos que eram tão rígidos e fortes, que a faziam desejar senti-lo em seus dedos por horas e horas.

Sem perder mais um minuto sequer, ela voltou a deixá-lo maluco com suas carícias e beijos, e em poucos minutos, tanto Anne quanto Gilbert estavam completamente entregues a paixão que parecia queimá-los cada vez mais e que crescia dentro deles a cada segundo, elevando a temperatura de seus corpos, e o desejo que os fazia gemer e suspirar quase ao mesmo tempo.

A um passo de possui-la, Gilbert abriu a gaveta da cômoda de onde tirou a proteção que usaria, mas, Anne o impediu, dizendo:

- Não, eu quero te sentir por inteiro em mim. - e assim, não conseguindo mais refrear a necessidade que tinha de senti-la sua, Gilbert a penetrou devagar, e quando estava totalmente dentro dela, ele começou a se movimentar, sentindo todas as sensações se multiplicarem, pois sentir cada parte de Anne se movendo com ele era maravilhosamente enlouquecedor, e a maneira como ela respondia às suas investidas, o fazia desejar não sair daquela posição nunca mais. Não demorou muito, e o ápice de ambos chegou quase que violentamente, e quando o último espasmo de prazer os fez estremecer, Anne deitou sua cabeça no peito de Gilbert ao mesmo tempo em que ele repousava as mãos em suas costas , e se deixou ficar nessa posição por horas. E assim, quando o sono os venceu, Anne se aconchegou mais ainda sobre o corpo dele e dormiu a noite inteira, sentindo os lábios de Gilbert tocando os seus cabelos.

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