Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

02 - VIAGEM PELA ALVORADA

   
༻ Viagem pela alvorada ༻
 

    

A VIAGEM ERA LONGA E ÉLEN PREFERIA CAVALGAR PELA ALVORADA. Havia algo reconfortante em assistir os primeiros raios do sol levando a noite para longe. As estrelas davam lugar à estrela mais brilhante e o dia trazia segurança até que ela saísse do desfiladeiro de montanhas. Em tempos sombrios era perigoso encontrar qualquer tipo de criaturas escondidas nas cavernas rochosas daquelas montanhas.

Mas foram precisos apenas alguns dias para sair daquele labirinto rochoso, já que Élen conhecia o local como a palma de sua mão. Foi quando saiu da região das colinas e foi possível enxergar o mundo se estender à sua frente, que Élen sentiu o coração palpitar ao perceber que ela estava enfrentando o desconhecido.

Estava indo de encontro ao seu destino.

A égua Líria levava a princesa com entusiasmo, como se também apreciasse o gosto da liberdade.

— Agora nunca estivemos tão longe de casa. — Élen falou para a égua e por um instante, enquanto cavalgavam por um campo aberto, ela fechou os olhos e apreciou o vento no rosto.

Foram dias de viagem, até que os dias se tornaram semanas. Élen fez paradas em pousadas, mas não em todas as noites. Havia noites que ela continuava a viagem até o amanhecer, outras vezes parava e improvisava um acampamento.

Era mais seguro ficar sozinha o máximo que podia até chegar em Rivendell. Consultou o mapa e se guiou pelas estrelas, toda noite ela fazia uma prece silenciosa. Esperava que os domeilië ainda pudessem mudar a sua própria história, e essa era a esperança de Élen.

Por volta da terceira semana de viagem, ela finalmente alcançou o vale mais lindo que ela já havia visto. O sol brilhava como se sempre fosse primavera, o dourado de sua luz refletia nas construções rochosas. Os elfos tinham a habilidade de viver na natureza sem alterar a essência dela. O rio corria vale abaixo e se dividia por baixo das construções que abriram passagem para água com lindas pontes que se estendiam até se perder de vista por entre as árvores.

Era tão diferente do labirinto rochoso e sem vida de Emyn Muil que ela parou um momento somente para contemplar.

Élen desceu do cavalo e caminhou até a entrada de Rivendell. A porta de madeira marcava o arco de entrada e em sua frente havia dois guardas elfos. Eles fizeram uma referência e abriram passagem para ela sem questionar, assim ela soube que era aguardada.

Nas escadas da entrada, um homem vestido de cinza se aproximou. Ele apoiou o braço no cajado que carregava consigo e seus olhos azuis brilharam de contentamento.

— Eu sabia que faria a coisa certa. — Ele disse.

Élen conteve um sorriso.

— Desde o começo foi lá por mim, não foi?

Um guarda se aproximou e pegou a correia de Líria, a égua serenamente o acompanhou. Élen fez um carinho na companheira e sentiu um alívio por saber que a égua seria bem cuidada durante a estadia ali.

Ao lado de Gandalf, um elfo se aproximou. Ele tinha longos cabelos pretos e sua expressão era reflexiva. Élen subiu os degraus e fez uma mesura.

— Bem-vinda, Élen Lúrëa, princesa de Domeilië. — Falou o elfo e pelo tom e as vestimentas ela soube que era Elrond. — Por favor, sinta-se em casa. Há um aposento para você e pode descansar, a viagem foi longa e tenho te acompanhado desde que começou a seguir o rio. Amanhã iremos nos reunir com os outros.

— Muito obrigada. — Ela falou para os dois. — Preciso mesmo de um pouco descanso.

A sinceridade da jovem fez Elrond sorrir e ele a acompanhou para o interior de Imladris. Ao entrar, Élen pode ler as inscrições na parede de pedra, diziam: "última casa amiga a leste do mar".

A casa de Elrond era como um vasto palácio aberto, onde a luz do dia ou da noite era sempre presente. Ela podia ouvir o som do rio correndo pelo vale e imediatamente sentiu que o tempo se estendiam junto com a satisfação, ali sentia o vigor sendo renovado. Ela respirou fundo aproveitando a sensação.

Elrond a deixou na porta do seu quarto e a pequena trouxa de roupas que Líria carregou já estava sobre a sua cama. Havia também vestidos separados para ela, os tecidos leves e belíssimos característicos dos elfos. Ela fez uma nota mental de agradecer a Elrond depois.

O quarto possuía um ambiente separado onde havia uma grande tina para banho. Ela separou um dos vestidos que lhe pareceu mais apropriado para a noite e aproveitou para tomar um banho, estava com a sensação de que estava cheirando igual à sua égua.

E algo martelava dentro de Élen para que ela parecesse mais do que apenas uma princesa, precisava ser uma regente determinada. Não tinha muita ideia de como poderia ser recebida pelo restante do conselho, mas pela história do seu povo, sabia que a olhariam como se ela fosse inferior.

Élen, na verdade, se sentia bastante inferior.

Mas não queria deixar isso transparecer.

Ela se vestiu e saboreou a mesa de café que haviam preparado em seu quarto. Enquanto aproveitava os pães e os biscoitos, se deu conta que já estava no final da tarde. E ela não se lembrava quando tinha tido uma tarde tão calma e pacífica.

Quando o sol começou a se por, ela decidiu que iria caminhar e apreciar o ambiente em Rivendell, julgou que aquilo poderia lhe trazer uma segurança maior se estivesse familiarizada com o local.

Élen separou a capa especial que o seu pai lhe dera antes dela partir, era uma capa azul escura como o céu noturno e ela tinha adornos prateados que formavam o desenho da lua e das estrelas, tinha pequenas constelações na costura e representava toda a história dos domeilië e ela estava pronta para vesti-la com orgulho.

   
    
   
   
AINDA QUE FOSSE DE DIA, LEGOLAS SENTIS A CANÇÃO DAS ESTRELAS ECOANDO DENTRO DE SI. Ela havia o acompanhado durante toda a viagem, deixando o príncipe de Mirkwood ainda mais introspectivo. Mas ao chegar em Rivendell, sentiu-se mais tranquilo não só pelo refúgio dos elfos lhe proporcionar paz, mas também por saber que logo teria resposta para o seu anseio. Não sabia o que lhe estava causando aquela falta, mas acreditava que logo saberia.

Foi durante o por do sol que Legolas deixou os guardas e o conselheiro de Thraduil - seu pai, e caminhou por Rivendell. Os elfos podiam sentir melhor do que os homens e se espreitassem mais a fundo podia sentir a escuridão crescendo e se expandindo, mas naquele crepúsculo optou por focar sua percepção na vida ao redor de si.

E nos últimos raios que o sol lançou sobre Rivendell e a noite abraçar o vale, o príncipe ouviu uma voz expressar a melodia que ele estava guardando em seu âmago.

Ele seguiu pelo salão aberto e atravessou a ponte. O som do rio atravessando o vale serviu como guia para a voz que cantava. Ele seguiu a voz até a varanda aberta de uma das torres e viu de costas para ele a silhueta de uma mulher.

Ela cantou enquanto a lua surgia no céu e a luz prateada iluminou os dois.

Fique comigo
Se pode me ouvir
Não vá
Não posso te sentir agora
Mas sei que está aqui
Ah, esperança

A mulher se apoiou na sacada e descansou o rosto sobre a mão e respirou fundo. Legolas se aproximou com uma certa reverência.

— Não pude deixar de ouvi-la. — Ele disse e só então ela notou que não estava sozinha. — Estava cantando para as estrelas.

Ela tinha cachos negros e a pele mais escura como a dele, era como o céu que estava anoitecendo. Seus olhos piscaram surpresos e ela assentiu.

— É um pedido de esperança para as estrelas. — Ela explicou. — Quando achamos que não podemos sentir, mas sabemos que ela está em algum lugar.

Legolas se aproximou mais alguns passos e deixou que a lua iluminasse os dois. Ele achou que teria mais respostas, mas agora que havia encontrado a canção tinha ainda mais perguntas.

Por que ela?

Por que ali?

— Hoje encontrei a esperança de preencher algo vazio dentro de mim. — Ele confessou. — Qual é o seu nome?

— Élen Lúrëa. E o seu?

— Legolas.

Eles não citaram títulos e aquilo foi reconfortante para ambos, como se simplesmente ser você mesmo fosse o suficiente.

— Élen, acho que eu já tinha ouvido essa canção antes, mas não importava o quanto eu tentasse, não conseguia cantar. — Ele a olhou curioso.

— Bem, essa eu aprendi quando pequena. Quer que eu lhe ensine? — Ela se virou para ele, tinha uma expressão gentil.

Legolas achava que a raça dos homens não tinha nada a não ser a ganância, ela havia lhe passado a impressão contrário. E foda ela, somente Aragorn filho de Arathorn havia lhe causado aquele efeito.

— Eu gostaria sim, por favor.

Élen achou que estava mostrando a Legolas como pedir esperança para as estrelas, mas ela estava o ensinando muito mais do que aquilo. O príncipe nunca antes havia sentido tamanha afeição e quando ela educadamente o deixou para se retirar e repousar, aquele momento sob a luz do luar, ele teve a confirmação de que a jornada dele havia acabado de começar.

  
       
    
   
   
     
  
☆゜・。。・゜゜・。。・゜★
  
   
notas 1 - Imladris: Valfenda em Sindarin

☆゜・。。・゜゜・。。・゜

notas 2 -  nem estou acreditando que finalmente consegui voltar e escrever esse momento. para o primeiro encontro deles, eu queria algo bonito e simples para que o amor fosse construído aos poucos, mas Legolas vai se apaixonar primeiro KKK
Já comecei o próximo capítulo e logo logo posto ele também. muito obrigada por estarem aqui mesmo depois de tanto tempo. ❤️

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro