Introdução
Eu estava viva.
Eu estava realmente viva.
Eu ainda estava viva.
A mulher morena me encara, a mãe, e por mais que eu saiba, que eu sinta, que ela tenta de alguma forma não tornar isso mais estranho do que já é, não funciona porque não consigo deixar de pensar que eles me pouparam na clareira apenas para que pudessem me matar aqui, não, não tem lógica, eu sei, se eles me quisessem morta então só deveriam ter feito comigo o mesmo que fizeram com todos os outros membros do meu clã — clã? A gente podia ser chamado assim? — mas coisas ruins não precisam de uma explicação para acontecer, elas só acontecem, acreditem, eu sei.
Mesmo assim, o ataque nunca vem.
— Você gostaria de um banho? — Ela sorri, entretanto eu sei que está nervosa, não sei se é por mim ou pelo fato de ter abandonado a família no campo de batalha, ela não parece alguém que faria isso.
Família, eles eram uma família. Se eu fosse humana teria estremecido com esse pensamento, mesmo não sendo sinto que estremeci. Não gosto dessa palavra. Não sei se realmente entendo o que isso significa, mas não gosto.
Finalmente reflito sobre o que ela falou.
Banho?
Não sei quando foi a última vez que me banhei, talvez antes de morrer, antes de fugir de casa, não tenho boas lembranças sobre isso, não tenho boas lembranças sobre nada.
Não gosto de como soa.
Meus pulsos ainda ardem e eu entendo que não gosto da ideia de ter que tirar minhas roupas.
De alguma forma ela parece entender, seu sorriso dá lugar a uma expressão banhada pela tristeza, eu não vejo, mas escuto, também não gosto disso, a forma como ela parece me entender de uma maneira que ninguém nunca antes entendeu, é falso, porque ninguém antes nunca se importou.
Não sei o que dizer, eu realmente não gostaria que alguém como ela me batesse, então tento ficar quieta a maior parte do tempo.
— Bom, as crianças ainda devem demorar um pouco para voltar. — Seu tom soa estranho, é calmo, é algo mais que eu não consigo entender, ela ainda parece triste, mas não parece, acho que ela não quer me deixar triste, não entendo, a maioria das pessoas sempre gostou de me ver triste. — Que tal se nos apresentarmos?
Ela se senta em uma das poltronas, eu a escuto, mas não a vejo, não a vejo porque mantenho meus olhos fechados desde que seu filho disse que ela deveria me tirar da onde estava, a segui me orientando pelo som de seus passos, não sei, senti que não deveria ver. Mesmo que ela tenha afirmado que eu poderia os abrir, não o fiz. Se você visse algo inadequado no meu clã — mas uma vez, essa era realmente a nomenclatura correta? — então você estaria morto, ou sem olhos, e eu não queria experimentar nenhum desses dois, não de novo.
Sei que estamos em uma casa porque ela me disse, sinto o carpete macio entre os dedos sujos dos meus pés e torço para ela não estar vendo isso. Não sentei, mesmo que ela tivesse me pedido, talvez tenha sido um teste, onde eu vivia sentar significava a morte, muitas coisas significavam a morte, sinceramente, eu sequer sabia como ainda estava viva, deveria ser grata por eles gostaram de destroçar gargantas humanas mais do que gostavam de destroçar a minha, na maior parte do tempo.
Levo mais do que um segundo para lembrar do meu nome, não gostaria de o ter feito porque lembrá-lo me faz lembrar de todas as coisas que o envolvem, nenhuma é boa. Penso em minha mãe, quem o escolheu, deveria ser uma lembrança boa, não é. Eu a amo, eu não sei se entendo bem o que é o amor, eu a odeio, eu entendo bem como é o ódio.
— Bree. — Minha voz soa mais firme do que eu jamais me sentiria e sei que é o vampirismo falando por mim. — Bree Tanner. — Eu gostaria de não ter lembrado, meu sobrenome é a pior parte, sempre é. Me faz pensar que ainda pertenço a ele, não gosto desse pensamento da mesma forma que não gosto dele.
Posso sentir seu olhar cravado em mim e isso me faz mexer os pés de maneira incômoda, estou descalça, torço para que seu tapete não seja branco, ele cheira a coisa cara, tudo aqui cheira a coisa cara, sei porque são cheiros que eu nunca senti antes, e por um momento espero que isso não a tenha irritado. Eu não deveria estar aqui, mas ela me trouxe, não preciso ver para saber o quão não me encaixo, embora gostaria que ela não visse, talvez perceber isso a leve a conclusão de que não iria ganhar nada me deixando viva, não quero que ela chegue a essa conclusão.
— Eu sou Esme. Esme Cullen. — Sua voz soa mais perto do que antes e não posso deixar de me perguntar em que momento ela se aproximou já que estava sentada. Quero abrir os olhos, quero ver porque tenho medo das coisas que podem acontecer quando não se está vendo, ela disse que podia, mas também tenho medo que isso seja uma mentira, acho que estou mais quebrada do que pensei que estivesse, de alguma forma não me surpreende, como eu disse, já acostumada com coisas ruins. Sei que ela agora está em pé pela forma que o vento bate levemente contra seu corpo, não ouvi ela se levantando e isso é um problema, se ela decidisse me matar, eu ouviria? — Quem você viu na clareira era o meu marido, o Carlisle. — Mais uma vez o tom doce, de novo tem algo mais lá, talvez amor, carinho, eu não sei, não convivi com essas coisas tempo o suficiente para que pudesse as reconhecer, percebo que o usaria se pudesse, essa sutil melodia, para minha mãe, eu não posso, ela está morta, eu lembro, se não tivesse falecido, ele teria a matado, eu penso. — Jasper é o nosso filho. Peço desculpas pela forma que ele se comportou, é um bom menino, só se preocupa demais. — Sinto como ela mira meus pulsos, onde ele agarrou, gostaria de dizer que entendo, assim talvez ela não me odeie, mas não entendo, estou feliz por estar viva, não entendam mal, por ainda estar, realmente estou, mas preferiria ser morta a passar por aquilo de novo, nunca é só um agarre, nunca foi. Apesar de tudo eu posso ouvir a tristeza em sua voz, não parece falsa, mas eu sei que é porque ninguém nunca se arrependeu de coisas que me envolvessem. Riley me matou e acredite, eu nunca vi remorso em seus olhos.
Algo diferente me chama a atenção quando minha mente finalmente sai do ciclo de melancolia que quase sempre costuma estar, vampiros podem ter filhos?
Não pergunto, embora tenha muita curiosidade. Perguntas idiotas podem custar vidas, eu sabia porque estava quase sempre às fazendo, segundo meu pai, não gosto de pensar nele, mas na maioria das vezes acaba sendo inevitável, ele me disse muitas coisas que eu não conseguiria esquecer. Tão rápido quanto saí já estou presa novamente nesse ciclo enjoativo que nunca desaparece.
— Você deveria abrir os olhos agora querida. — Uma pausa, ela está tentando não me assustar, embora eu não entenda o porquê. — Está tudo bem. — Nunca está tudo bem, penso em dizer, mas me seguro antes que seja tarde demais, as pessoas não gostam de garotas respondonas, ouvi isso mais vezes do que provavelmente deveria. Ainda tenho medo, mas os abro porque essa já é a segunda vez e eu não gostaria de descobrir o que aconteceria caso a fizesse ter que repetir uma terceira.
Me preparo para a dor alucinante de ter os olhos arrancados, mas ela não vem e der repente estou no lugar mais bonito que já estivesse em toda a minha vida, embora a única coisa que eu consiga reparar é que sim, o maldito tapete era branco, eu disse, o destino tem sido uma grande vadia.
Gostaria de ter sido mais forte, mas não fui, gostaria de ter dito que não estava, mas estava, sempre estava, apavorada, sempre apavorada.
Tinha acabado de sujar o carpete da única pessoa que parecia minimamente disposta a não destruir todos os meus órgãos internos e depois atear fogo ao corpo que ainda havia vivido tão pouco.
Eu tinha perdido tudo antes por muito menos, não que algum dia tivesse tido muito.
— Desculpe. — Saiu como um sussurro, tinha medo que falar alto demais a irritasse, tudo o que eu fazia sempre irritava. — Desculpe. — Estaria chorando se pudesse, um tapete, eu morreria pela droga de um tapete.
— Está tudo bem, não se preocupe. — Uma pausa, ela estava olhando para o mesmo lugar que eu, as manchas escuras formadas não só abaixo da onde eu estava, como também por todo caminho que havia percorrido para chegar naquele local, o centro da luxuosa sala de estar. Não havia ódio em suas íris, embora eu soubesse que deveria estar ali escondido em algum lugar. — Alice estava doida para comprar um novo de qualquer forma. Ela disse que essa casa precisava de cores novas. — Não poderia estar menos de acordo, já tinha cores o suficiente, um interminável e inesgotável branco, tudo branco, sempre branco, não gostei, mas parecia chique, um chique que eu jamais teria conseguido ver em outras circunstâncias.
Me lembrava dos hospitais que frequentei quando era mais nova, os que minha mãe ia depois de apanhar o suficiente para virar uma necessidade, os que diagnosticaram ela com câncer de estômago em estágio avançado e a deram menos de um ano de vida.
Era um branco morte e representava bem o que eles eram, o que todos nós éramos; mortos.
Não gostei.
Era a cor perfeita para a situação em que estávamos.
De qualquer forma agradeço a essa Alice, quem quer que seja, porque sua necessidades de coisas novas pode ter acabado de salvar a minha vida.
— Quantos... — Ouvi quando ela coçou a garganta como se estivesse prestes a entrar em um assunto delicado, não me incomodei, estava me deixando viver, eu responderia qualquer coisa que ela considerasse necessária, sobre Riley, sobre o clã, sobre tudo. — Quantos anos você tem? — Entretanto não esperava que ela quisesse saber sobre mim. Ninguém nunca quis.
Ainda fitando meus pés tento fazer a conta mentalmente, percebo que não havia parado para prestar atenção nisso desde muito antes de fugir de casa.
Quatorze, talvez eu tenha quatorze, que dizer, nós já estamos em outubro? Minha mãe sempre me comprava um pequeno bolo escondido esse mês, talvez fosse especial, mesmo que ele ainda nos batesse como em todos os outros. Quinze, eu devo ter quinze se levar em conta o tempo que passei nas ruas, logo antes de Riley me encontrar. Dezesseis, talvez eu fizesse dezesseis no próximo outubro, talvez, se eu não estivesse morta. Idade era, realmente, algo importante agora?
— Dezessete. — Minto, não quero que ela pense que sou nova o suficiente para ser imprudente, um risco, eu não sou, mas ela não sabe, talvez não tenha paciência o suficiente para tentar saber.
Ergo meu olhar para checar minha mentira, nunca fui boa nisso e sei que ela não acredita quando ambas as sobrancelhas escuras se curvam levemente para baixo, ela não diz nada e depois de alguns segundos sei que, por algum motivo, resolveu comprar a minha fala.
Não gosto de mentir, algo em especial me diz que não gostei de mentir para ela em específico, mas também não gosto de morrer, então faço meu máximo esforço para ignorar qualquer coisa alheia a isso. Ninguém nunca se importou de ser honesto comigo de qualquer forma.
Ela suspira, seu olhar levemente perdido, está pensando, pensando em mim, ela quer fazer mais perguntas, eu sei, eu sinto, muito mais, entretanto não as faz, não adiantaria muito de qualquer forma, ela sabe, tudo teria que ser perguntado de novo depois que sua família — sim, estremeço de novo — chegasse. Não sei se é proposital ou não, e tento evitar pensar de forma positiva — sempre tento porque as coisas costumam se transformar em algo negativo rápido demais para que eu possa evitar o impacto da sensação de decepção caso já não tenha as prevenido com antecipação — todavia mesmo assim acabo sentindo meu corpo um pouco menos tenso e sei que estou aliviada pelo fato de não ter que contar tudo mais de uma vez.
Minha história.
Não era uma boa história.
Nunca foi.
Ela abre a boca, porém não tenho tempo para descobrir o que iria falar, o som de velozes passos contra a grama úmida do quintal aparecendo e desaparecendo tão rápido quanto é substituído pelo da porta principal sendo aberta, um, dois, três, eu sei exatamente quantos são e então é como se o alívio que surgiu instantes atrás não fosse nada mais do que uma simples ilusão. Ela sorri para mim, não um sorriso maldoso, e, por mais que soe extremamente contraditório, gostaria que tivesse sido porque agora não faço a menor ideia do que esperar e isso, vocês já sabem, me apavora, como sempre.
Antes que eu possa sequer pensar em fazer algo — não que eu fosse, realmente, fazer, céus, eu nem conseguiria, travada no meio dessa enorme sala de modo mais literal do que deveria para uma situação onde minha própria vida estava em perigo — uma mulher loira está parada na minha frente.
Ela é deslumbrante, mais do que deslumbrante, não sei se conheço uma palavra boa o suficiente para a descrever, não sei se existe uma palavra boa o suficiente para a descrever.
É irônico, dentre todos ela é a que menos se parece a uma vampira, é irônico, ela se parece exatamente com quem você esperaria se encontrar se estivesse no céu, se estivesse diante do trono de Deus. Por um instante penso que não me incomodaria de morrer se fosse ela quem estivesse do outro lado me esperando.
Esses pensamentos somem porque ela está perto, muito perto, e por mais que sua beleza seja magnífica, hipnotizante, não consigo não pensar no quão perto ela está e no quão fácil seria se alguém como ela decidisse que simplesmente não valia a pena ser paciente com alguém como eu.
Eu choraria se pudesse. Eu não posso. Eu já devia estar acostumada a isso. Eu não estou.
Ela me olhou, ela realmente me olhou, suas íris douradas cravadas na vermelhidão das minhas.
Ela choraria se pudesse. Ela não pode. Ela já devia estar acostumada. Ela não está.
Ela se afastou como se tivesse sido queimada. Ela se afastou da mesma forma que eu sempre tentei me afastar dele, e então eu soube, nós duas sabíamos. Era a nossa ligação.
— Ela fica. — Sua voz soou tão hipnotizante quanto sua aparência. Eu poderia facilmente me perder nisso. Seu tom tão firme quanto sua postura. Não era uma observação. Um pedido. Era uma ordem. Se Deus estivesse aqui ele não passaria por cima disso, ninguém passaria por cima disso. Ela ainda me fitava, a mim, a minha alma. Ela não hesitaria. Se não a escutassem então ela os obrigaria, ela os faria escutar.
— Edward não vai gostar. — Uma voz se pronunciou ao fundo, eu ouvi, não raciocinei, não me importei, mesmo que fosse de um homem, e em qualquer outro momento isso tivesse me deixado assustada pra caralho. Não consegui me importar com nada que não fosse ela porque ela não conseguia se importar com nada que não fosse eu.
Cheguei a achar que ela não tivesse escutado, mas então percebi que me enganei.
— Eu não me importo. — Era baixo. Elegante. Uma ameaça. Sua expressão não mudou, embora eu saiba que ela sentiu quando todos naquele ambiente se puseram incômodos. Ela sentiu porque eu senti. — Se ela morrer. — Era eu, eu sabia. Ela estava falando de mim. — Bella também morre. — Era eu, eu sabia. Ela estava me defendendo. Só percebi que estava no chão quando senti o macio do tapete contra meus joelhos, eu caí, não sei porquê, mas caí, não podia não cair, ela caiu também, se jogou, seus joelhos criando grandes rachaduras onde haviam acertado, sua expressão finalmente mudou, suavizou, ela sorriu para mim, eu sorri de volta, eu não sabia que ainda era capaz de fazer isso. — Ela fica. — Ainda sorria, suas íris brilharam, sua voz cantou. Pela primeira vez em muito tempo não senti medo. — Ela fica. — Eu queria ficar.
Nossa conexão foi interrompida por um barulho, era suave, mais do que o meu, mais do que o dela, Jasper, ao menos quem a mãe havia apresentado como tal, uma perna dobrando e depois a outra, o fitei apenas para ver que ele também se ajoelhava, ele me fitou, não parecia o mesmo da clareira, não sorriu, mas não me assustou, não como antes, mesmo que meus pulsos ainda doessem, ele parecia em paz, ele parecia que queria que eu estivesse em paz.
— Ela fica. — Eu demorei alguns segundo para entender, demorei porque a garota ao lado dele distraiu a minha atenção, demorei porque ela estava fazendo o mesmo, ela sorriu, ela realmente sorriu, muito, e várias vezes, ela estava no chão, e mesmo assim eu juro que pude a ver saltar, mais de uma vez.
— Ela fica. — Não sabia se me concentrava no que essa frase significava, ou em como sua voz parecia com o tilintar das asas de uma fada.
Um estrondo cortou o momento, um homem, um gigante, ele também se abaixou, ele praticamente destruiu o piso com seus enormes joelhos, ele me assustou, muito, e ao mesmo tempo não. Isso foi tão estranho.
— Qual foi gente, todo mundo sabe que ela já tá dentro. — Ele começou, sua voz suave demais para alguém do seu tamanho. Ele levantou a mão para gesticular e por mais que isso tenha me feito tremer, não me fez retroceder — São quatro contra o Eduardo. — Edward, Eduardo, tive a sensação que estava falando da mesma pessoa e quis rir, embora não tivesse realmente graça.
A quantos anos eu não ria?
A quantos anos eu não tinha motivos para rir?
Escutei Esme, a mãe, levar uma das mãos a boca, inicialmente pensei que era devido a surpresa, que ela estava chocada e mentalmente se preparando para punir a todos, um leve som escapou por seus lábios e então eu entendi que ela estava contendo uma risada.
— Seis. — Ela tirou a mão e então realmente riu, como se tivesse finalmente percebido que não valia a pena esconder isso. Foi uma risada estranha, sútil, como se estivesse orgulhosa. Tive a sensação de já ter ouvido isso antes, da minha mãe, quando não estava em um mal momento proporcionado pelas dores, o que era mais frequente do que realmente deveria, as dores no caso, o olhar dela também era parecido, o carinho, percebi que tinha me esquecido disso, me esquecido de como era receber esse olhar. — São seis. Carlisle também está de acordo. — Carlisle, seu marido, o que me poupou. Ela desviou o olhar para os outros e então sua expressão se fechou pela primeira vez desde que havia a conhecido, suas mãos se apoiando em sua cintura, seus olhos semicerrados e sua boca levemente repuxada, por mais do que um momento pensei que ela tivesse finalmente mudado de opinião, que a coisa boa havia finalmente se convertido em uma ruim, então lembrei da mulher a minha frente, da que havia me entendido, da que havia me defendido, não fazia diferença que a morena mudasse de ideia, a loira não iria, nunca, eu sabia, eu só sabia, e por mais que eu tentasse nunca ter pensamentos positivos, porque eu sabia o que acontecia depois, o que sempre acontecia, eu não consegui deixar de ter esse. — Ela já estava dentro de qualquer forma, desde a clareira. Agora será que vocês podem, pelo amor de Deus, antes que eu esqueça da situação e realmente fique brava, pararem de destruir o chão da minha sala?
Sinto que estou pisando em ovos toda vez que escrevo sobre a Bree, e, ao mesmo tempo que isso me assusta, me motiva cada vez mais a desenvolver essa situação.
Ela com medo de ter os olhos arrancados como se essa já fosse uma dor conhecida, a compreensão instantânea da Esme e da Rosalie, a morte da mãe e como ela teria sido assassinada se não tivesse falecido. O fato dela achar que morrerria por um tapete.
Enfim, a dor, ela dói.
Lembrando que toda essa história eu que criei, slá, pra mim faz sentido, Riley a achou na rua, e ela definitivamente não parecia alguém que estava adaptada as ruas, o que me levou a pensar que ela estava lá por não ter outra opção, automaticamente pensei que teve que sair de casa por alguma razão bem séria, e quando eu lembrei da forma que ela se comportava no filme, como se escondeu, se rendeu, como olhou para os Volturi, sei lá, talvez eu seja meio louca da cabeça, mas pra mim fez sentido.
É minha primeira história escrevendo em primeira pessoa, então algumas coisas podem sair meio confusas, mas tô dando meu melhor.
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