capítulo único
NO CALOR ESCALDANTE DO REINO DE ALABASTA, o festival de verão regressava após a queda de Crocodile e trazia as cores e vida para as noites estreladas do deserto depois de tanto caos que aconteceu por ali.
Vivi e Leader, amigas inseparáveis desde a infância — que não perdeu tempo de lhes apresentar aos Mugiwaras, e a própria sangue de pirata tinha convicção que a de cabelos azulados fazia partes deles —, caminhavam juntas entre as luzes vibrantes e os sorrisos do povo que tanto amavam, mostrando quem realmente eles eram e o que eles conseguiam demonstrar depois de finalmente estarem livres. Para eles, os heróis eram os Mugiwaras, e não Sir Crocodile.
Nefertari Vivi, a princesa bondosa e altruísta, parecia ainda mais radiante naquela noite; com seu risinho ecoando como música nos ouvidos de Leader, mas era sempre assim, amava a risada que pensou nunca mais poder ouvir. Quando ela esteve por dois anos infiltrada na Baroque Works, e Leader fora impedida por Pell de desvendar que era portadora de uma fruta do diabo que destruiria facilmente qualquer coisa em que tocasse, sendo ela a do magma, o que ajudaria bastante na luta dela para descobrir mais sobre a organização, e talvez nada do que aconteceu poderia acontecer desse jeito, mas Pell a impediu.
Não queria nem pensar no facto de perder duas pessoas por algo que não conseguiu impedir à primeira vez, e mesmo Leader sendo teimosa, ela compreendia. Leader não tinha família ao contrário de Vivi que tinha seu pai, então era muito mais fácil para a princesa ter aprovação do que queria fazer, enquanto Leader escutava sermões de Pell de como ele se importava com a vida dela e as via mais do que filhas, talvez até mesmo os maiores bens preciosos que alguma vez ele teve. Sobretudo porque Leader era pirata e não fazia sequer ideia de pensar o que uma garota tão jovem, da idade da princesa, poderia fazer com um poder da fruta daqueles. Não foi culpa dela, mas mil vezes a proteger de qualquer mal e usar aquele poder apenas para o bem, assim como ele fez, tendo-se recuperado junto a elas e muito agradecido pela pequena pirata, até mesmo se emocionando ao escutar ela dizer que o nobre era como um pai para si.
Com certeza, Vivi tinha feito a escolha certa em tal amizade, achando completamente o contrário com Koza, também amigo de infância delas.
Enquanto as duas jovens exploravam barracas de comidas típicas, danças e jogos, Leader começa a notar algo diferente na princesa.
Não é só a beleza natural dela — e que beleza, era surreal —, mas algo mais profundo.
Cada troca de olhares fazia o coração de Leader bater mais rápido, algo que nunca sentiu de tal forma antes — cada toque acidental deixava uma marca quente em sua pele —, que incrivelmente era impressionante, que mesmo antes de ter sua fruta, era quente, e hoje em dia tinha explicação por ser mais quente ainda.
Ela tentou ignorar o sentimento de primeira, dizendo a si mesma que é apenas o espírito da festa ou a emoção de estarem juntas depois de tudo o que aconteceu e tudo estar bem novamente.
Conforme a noite avançava, Vivi sugeriu que subissem uma colina próxima para assistir aos fogos de artifício de lá, longe da multidão e de Pell que até as seguiu por um pouco, mas a princesa pediu privacidade —, mas também Pell sabia muito bem que Vivi não fazia ideia que Leader era usuária da fruta do diabo.
O medo dele naquele momento era ela contar à princesa.
O deserto ao redor do reino criava um contraste mágico com as explosões de luz no céu. Quando Vivi estendeu a mão para Leader, convidando-a a se sentar ao seu lado, o toque simples trouxe uma onda de emoção inesperada. Quando o primeiro brilho dos fogos refletiu nos olhos de Vivi, Leader percebeu que não havia mais como negar o que sentia. A princesa, com seus olhos brilhando como as estrelas, sempre foi muito mais do que uma amiga para ela. Por exemplo, ela nunca sentiu isso com Koza e morria de ciúmes quando desabafava quase gritando com Pell quando eles iam brincar e não a chamavam só porque gostava de dormir mais um pouco.
— Você está bem, Leader? — Vivi perguntou-lhe, virando-se com preocupação ao ver o olhar fixo dela. Leader tomou coragem. Com um sorriso suave, seus dedos se entrelaçam aos da princesa.
— Estou. Só... só queria dizer que essa noite é perfeita. Por sua causa. — A de cabelos azuis encarou a sangue pirata por um momento, surpresa, mas logo sorriu de volta, seus rostos tão próximos que Leader sentiu seu coração quase sair pela boca.
O brilho dos fogos de artifício pareceu menos intenso em comparação com o calor que nascia entre as duas — nem mesmo poder-se-ia comparar ao seu poder, mesmo que fosse mais quente. Mas diferente, era um calor agradável, bastante agradável.
E assim, em meio à magia do festival, Leader percebeu que encontrou sua coragem que talvez nunca a teve a cem por cento de admitir e talvez até mesmo o pai de Vivi já tivesse percebido por conta de vários cochichos com Pell quando a princesa estava infiltrada.
Leader não queria ser apenas a amiga de infância de Vivi; queria ser seu primeiro amor, e claramente infernizaria a vida de Koza se tivesse esse lugar. Ele era mais velho, que se preocupasse com as pessoas da idade dele, pois já era adulto, jamais admitiria tal coisa com a sua Nefartari.
Porém, quando Vivi inclinou-se para perto, encurtando a distância entre as duas, Leader percebeu que talvez esse desejo não fosse apenas seu, e agradeceu imensamente por isso com um brilho enorme no olhar sob os fogos.
NOTAS FINAIS !
— oi! olha eu trazendo uma fic da nossa vivi 😭😭🙌🏻, espero que gostem de verdade tanto quanto eu!!
— o plot foi doado pela @tsubee, a capa foi feita por @AlKharad e a betagem por @VampireWalker🫶🏻
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