3 - The Fantastic Four becomes the Quintet Fantastic with Catwoman
Antes mesmo dos caras chegarem ao Canadá eu contei sobre a situação de Becky. Todos sabiam o que podiam ou não fazer, mas havia um grande problema com Ethan. Nosso combinado era animar Becky e o que ele fez? Bem, a seguinte coisa:
— Olá. Sou Ethan. — Sorriu como um garoto que acabou de conhecer a primeira garota de sua vida. Essa paixonite dele por Becky pode ser um problema.
— Você está usando uma jaqueta de couro no verão? — Becky estranhou e Ethan encolheu os ombros. — Você pode ficar com calor em algum momento, mas fica muito bem com ela. — Sorriu. — Sou a Rebeca, mas acho que já sabia disso. — A britânica estendeu a mão para que Ethan a apertasse. — Pode me chamar de Becky.
— Certo. — Ethan não apertou sua mão. O australiano olhou para a mão dela e depois para seus olhos. Deu um sorriso tímido como se não soubesse o que fazer. Dê-me paciência! Ele não gosta de tocar em desconhecidos. Como pude esquecer disso?
— Ah, entendi. — Becky deixou sua mão cair e suspirou. — Você não gosta de estranhos.
— N-Não é isso. — Gaguejou Ethan. — Eu só...
— Tudo bem, não vejo problema nisso. — Ela sorriu e cruzou os braços. Acho que a timidez de Ethan a fez lembrar do antigo Sean. Que droga, hein? — Vou respeitar seu espaço! — Virou-se para Frankie e arregalou os olhos. — Jesus Cristo, você deve ter uns três metros de altura!
— Quase. 1,98. — Respondeu ele com um sorriso sacana. — Você fica parecendo um elfo perto de mim e o cabelo preso mostra bem suas orelhas pontudas.
— Frankie... — Ethan chamou a atenção do americano como se considerasse sua brincadeira uma ofensa.
— Bem, acho que você não diria isso se eu estivesse usando um vestido igual ao da Chloe.
— Você acha que consegue ficar tão sexy quanto ela? — Perguntou ele com uma risada.
— Franklin! — Rosnei. Sabia que ele estava apenas brincando, mas não consegui me controlar.
— Tudo bem, Harold. Ele não me ofendeu. — Chloe sorriu para Frankie e depois para mim.
— Vamos ficar aqui o tempo todo? — Tom perguntou, referindo-se ao aeroporto.
— Bem, se vocês não estiverem cansados podemos deixar uma mala em cada carro e depois corremos até a sorveteria mais próxima. — Sugeriu Becky. — Quem quer deixar a mala no meu carro?
— Eu! — Ethan disse rápido e logo em seguida corou.
— Okay. — Becky sorriu e segurou a mão de Ethan para guiá-lo até seu Mini Cooper com a bandeira do Canadá. Parece que ela não respeitou o espaço dele. Sabe o que mais? Becky agora está apaixonada pelo Canadá e disse que mesmo depois de vender seus livros continuará aqui. Na verdade, ninguém naquele grupo pertencia ao Canadá. Só estávamos lá, como se não tivéssemos outro país para chamar de casa. Todos estávamos longe de nossos países de origem, mas o fato era que estávamos juntos e que tudo poderia dar certo. Era como na música Brighter Days do Taylor Henderson. Agora só precisávamos fazer Becky esquecer Sean
🌟
— Qual seu sabor de sorvete favorito? — Perguntou Tom ao entrar na sorveteria. Ele ia à frente, como um líder. Talvez seja porque é o mais velho, talvez seja algo de sua personalidade, mas Tom ama cuidar dos outros. Acho que a namorada dele precisa ser tão autoritária quanto ele, caso contrário não daria certo.
— Chocolate. — Respondeu Becky com um suspiro. Ela odeia ser previsível. — Gosto de misturar chocolate com outros sabores.
— Gosta de sorvete de marshmallow, Belle? — Perguntou Ethan ao colocar uma mecha do cabelo de Becky atrás de sua orelha. Mas. Que. Droga. É. Essa? Eles vão colocar a mala no carro, demoram uns 20 minutos e voltam como se fossem melhores amigos? O que Rebeca fez? Nunca vi Ethan tocar em uma garota antes. Será que é por causa da paixonite dele por ela? Cara, nada mais faz sentido. Vou até andar por aí com meu Kilt depois dessa.
— Belle? — Frankie também estranhou a situação.
— Rebeca me contou que seu filme favorito é A Bela E A Fera que foi lançado no ano passado. Assistimos em francês e o nome da principal lembra um pouco o apelido da Rebeca, por isso decidi chamá-la de Belle. — Explicou Ethan com as bochechas vermelhas. Bem, parece que ele ainda não deixou de ser tímido.
— E qual a importância de vocês terem visto em francês? — Frankie pareceu achar a observação completamente sem sentido.
— Minha mãe é brasileira e me ensinou um pouco de português. Vejo vídeos de Youtubers brasileiros e poderia muito bem assistir a qualquer filme com dublagem brasileira. — Becky explicou com um sorriso doce.
— Wow! — Frankie arregalou os olhos. Ele era o único surpreso e talvez seja porque não é leitor da britânica. Só ficou sabendo de sua existência quando eu falei dela. — Está aí uma ótima informação para a entrevista, pequena.
Pequena?
— Entrevista? — Agora era Becky era quem arregalava os olhos.
— Ethan não te contou?
— Não. — Ela olhou para o australiano e ele rapidamente se encolheu de vergonha. Ethan odeia ter que admitir alguma coisa que considera constrangedora.
— Bem... Eu sou seu leitor e... — Fez uma longa pausa e não parou de encarar seus sapatos. — Pedi para Frankie te entrevistar assim que viéssemos para Toronto. — Ethan disse como se estivesse retirando um Band-Aid que ficara grudado em sua pele por dias.
— Ethan pode ser desenhista, mas te idolatra por suas palavras, Becky. — Expliquei para tentar ajudar meu amigo.
— Ele já fez um desenho de Kate e William se baseando na descrição que você fez. — Completou Tom.
— Que fofo! — Comentou Chloe com um sorriso. Será que gosta de coisas fofas?
— Concordo! — Becky se aproximou de Ethan e deu um beijo estalado em sua bochecha. No momento seguinte ele ficou com o sorriso mais bobo existente e ela continuou: — Qualquer dia desses precisamos ter uma séria conversa sobre tudo que eu escrevi. Talvez você possa me ajudar a fazer as ilustrações para disponibilizar na Internet.
— Estou ansioso para isso! — Ethan não parou de sorrir. Parecia ter ganhado o melhor prêmio de sua vida. Sabe o que é isso? Se apaixonar.
— Que lindos! Até parecem um casal! — Chloe colocou a mão sobre o peito como se estivesse emocionada.
Agora os dois coraram, mas ninguém negou nada. Ahá! Parece que Becky pode esquecer de vez todo o sofrimento. Será que Ethan é o remédio? Será que Ethan pode consertar o coração de Becky?
— Eita, vibrou! — Becky riu e colocou a mão no bolso de trás de sua calça jeans. Pegou seu celular e depois de mexer o dedo sobre a tela touch ficou algum tempo encarando-a sem expressão alguma. — Lembram-se do Old-fashioned Boy? O cara que achei ser o Harry, mas que ele afirmou não ser? — Perguntou ela e todos demos de ombros. Sim, eu não era o tal leitor apaixonado dela. No dia em que nos conhecemos, eu disse sim porque pensei que ela estivesse me chamando de um cara das antigas, justamente por ler sua história. Descobri tarde que não era nada do que eu imaginara. — Aliás, ainda acho muito estranho que não seja você, Harry. Agora sempre suspeito que qualquer um ao meu redor pode ser ele. — Riu fraquinho.
— O que tem ele? — Perguntou Ethan, desconsertado.
— Ele acabou de deixar uma mensagem em meu perfil. — Sorriu Becky e prontificou-se a ler. — "Ficarei longe das redes sociais por algum tempo. Está tudo uma correria em minha vida, mas quero que saiba que nunca vou te abandonar. Estarei presente no dia da publicação do seu livro. Volto assim que der. Não esqueça: Você é e sempre será minha inspiração de vida". — Os olhos dela brilharam quando terminou de ler. — Tão fofo!
— Parece que você não descobrirá quem ele é antes de seu livro ser publicado. — Chloe comentou com um longo suspiro. Parece que todo mundo está curioso para saber a verdade.
— Bem, eu e Frankie vamos pegar os sorvetes. — Tom disse e puxou o enorme americano. Tom pode ser menor que Frankie, mas isso nunca significou nada.
Assim que eles se afastaram uma música viciante e que já estivera bem presente na vida dos canadenses começou a tocar. Call Me Maybe da Carly Rae Jepsen. Cara, já ouvi tanto essa música que... Oh não! Chloe e Becky começaram a cantar e dançar no meio da sorveteria.
— Não preferem fazer isso lá fora onde há mais espaço? — Sugeri.
— Ótima ideia! — Chloe parecia entusiasmada. Em questão de segundos ela colocou sua mão sobre a minha e me puxou para fora. — Vamos dançar juntos!
A frase dela poderia ser muito atraente se ela não tivesse tropeçado em um gato e perdido o equilíbrio. Tive que me apressar para pegá-la rapidamente. Na verdade, conseguimos uma posição tão majestosa que eu até pude fingir que era um passo de dança.
— Só caia quando tiver uma cama atrás de você, Mulher Gato. — Brinquei com uma gargalhada. Não parei de dançar.
— Muito engraçado, Tocha Humana. — Ela apertou meu braço com força e eu ignorei a dor. Rodopiei com ela nos braços e percebi que Ethan e Becky não estavam muito longe de nós. Isso não me surpreendeu tanto. O que me surpreendeu é que eles também dançavam e cantavam, sem vergonha alguma. Wow, parece que Becky mexeu muito com a personalidade de Ethan. Ele está agindo como age só comigo e com os caras.
— Parece que o Quarteto Fantástico agora é um Quinteto. — Comentei com Chloe ao indicar o outro casal. — E nosso Quinteto agora pode ter a ajuda da Mulher Gato, não é?
— Parece que sim. — Eleanor sorriu e analisou sua irmã abraçada e rindo junto ao australiano. — Parece que Ethan vai conseguir fazer Becky esquecer Sean.
— Parece que Becky vai conseguir fazer Ethan esquecer a timidez. — Sorri e ela voltou a me olhar.
— Acho que esses dois vão viver grudados agora. — Comentou com uma risada discreta.
— Não serão os únicos. — Sorri e a fiz perder o equilíbrio para parar como aqueles casais dançarinos fazem... Se é que me entende.
Continuamos dançando e cantando todas as músicas que vieram depois. Gritamos na verdade cada letra com toda a força que tínhamos em nossos pulmões. Logo Tom e Frankie voltaram e ao perceberem o que fazíamos decidiram se juntarem a nós. Frankie fez todo mundo gargalhar ao fingir ser uma mulher e Tom mostrou-se ser um ótimo condutor de valsa. As pessoas ao redor pareciam não entender nada, mas nós estávamos nos divertindo mais do que nunca. Becky logo esqueceria toda a dor, Ethan esqueceria a timidez. Tudo estava tão divertido que talvez até Frankie acabasse decidindo morar em Toronto a gente. Poderia ser pior.
Fim
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