🎓 - 36 - Almoço com os Félix's
Capítulo da Fabi
(...)
Pego minhas coisas e vou em direção a minha moto com a cristal, eu estava revoltada e puta demais com toda essa situação, ninguém tava me acusando porque eu tinha feito algo e sim por eu ser bolsista e não tinha dinheiro como eles.
Queria vê se fosse um desses engomadinhos idiotas se a diretora acusaria da forma que me acusou, sou tirada dos meus pensamentos pela cristal que me toca.
Não falo nada ja que eu não estava no clima pra conversar e a cristal percebeu isso, apenas subimos na moto e eu do partida em direção a minha casa. Assim que chegamos lá vou com a cristal em direção ao meu quarto, aonde sento na cama apoiando meu cotovelo no meu joelho e minhas mãos vão até meu rosto.
— Lud...
— oi Cris
— Não fica triste amor, vamos resolver toda essa situação, nos duas sabemos que você não roubou absolutamente nada.
— Eu sei Cristal, mas sabemos o porque dessas acusações. Como eu vou falar isso para meus pais? Como vou consegui entrar em outro colégio se eu for acusada de algo que eu não fiz? Ninguém vai me querer cristal e sabemos disso.
— Se você quiser eu posso falar com meu pai e pedir pra ele resolver
— Não Cristal, não vou incomodar seu pai e nem envolver nele nessa confusão que é minha vida.
— Mas Lud…
— Mas nada cristal - falo levando da cama em direção ao banheiro. - vou tomar banho e já volto para a gente ir para sua casa.
Entro no banho e levo um bom tempo no chuveiro pensando em tudo que está acontecendo e mais uma vez me permito chorar feito criança, era horrível ser simplesmente descriminada pelas suas condições financeiras.
Meus pais nunca foram ricos, mas sempre deram a mim e aos meus irmãos tudo do bom e do melhor e sempre nos ensinou o que é certo e errado, qualquer um de nois aqui em casa jamais roubaria qualquer coisa nessa vida.
Termino meu banho e limpo bem meu rosto para a cristal não perceber que eu estava chorando e assim que saio vou em direção ao meu closet para pegar uma roupa. Como o almoço era com os pais da cristal resolvo colocar uma roupa mais arrumadinha, então opto por uma calça azul, sapato azul e branco, um top branco com um casaco branco também e um boné azul combinando.
Saio do meu closet e veio a cristal rapidamente me encarar com um sorriso nos lábios.
— Você tá linda Lud, meu Deus do céu.
— Obrigado Cris
— Lud, não fica triste por favor, eu prometo que vamos resolver essa situação.
— Tá tudo bem Cris, vamos esquecer isso, temo um almoço para ir. - falo forçando um sorriso.
Pego minhas coisas e descemos em direção a minha moto, subimos e do partida em direção ao condomínio da cristal. Não demora muito e rapidamente chegamos na casa da cristal, descemos e entramos na casa da mesma.
Assim que entramos vejo o Murilo que rapidamente vem me cumprimentar e sua mulher Megan logo atrás dele terminando de ajeitar algo na mesa.
— Ludmilla, que bom que você veio.
— Eu falei que viria Murilo, tudo bom?
— Tudo bem sim, Ludmilla, a Megan ta ali
— Olá meninas - Megan fala me dando um abraço. - tudo bem Ludmilla?
— Tudo sim, e com a senhora?
— Por favor Ludmilla, sem isso de senhora por favor.
— Sem querer intrometer sabe, mas eu ainda tô aqui. - Cristal fala fazendo todos nos rirmos dela.
— Vem aqui meu bebê, você sabe que papai te ama.
— E a mamãe também.
— Também amo vocês dois e falando em amar, cadê meus irmãos?
— O Cauê saiu e o Pedro foi para a casa dos seus avós filha.
— Ah, agora vamos comer? Tô morrendo de fome.
— Vamos filha.
Todos vamos em direção a mesa de jantar e nos sentamos, logo nos servimos e começamos todos a comer ou nem todos né. Queria consegui comer, mas minha cabeça só pensava no que tinha acontecido mais cedo, acho que a cristal percebeu já que senti ela apertar minha mão por debaixo da mesa.
— Lud, aconteceu alguma coisa? Você mal tocou na comida, você não gostou?
— Não Megan, eu adorei a comida, só tá acontecendo muita coisa.
— Que saber mãe? Ludmilla tá sendo acusada de algo que ela nem fez e tá correndo risco de ser expulsa da escola, isso que aconteceu. - Cristal fala e olho pra ela sem acreditar que ela tinha falado.
— Como assim Ludmilla? O que aconteceu?
— Não aconteceu nada Murilo, a cristal só pensou alto.
— Não pensei não pai. Fomos na escola sábado para resolver umas coisas do Grêmio e a pulseira da diretora sumiu e simplesmente estão acusando a Ludmilla pq apareceu uma carta na sala da diretora dizendo que foi ela. Mas não foi pai, Ludmilla pode não ser rica como os outros é, mas jamais faria isso.
— Eu acredito filha, isso é um absurdo.
— Absurdo é pouco amor, amanhã mesmo você vai no colégio vê isso Murilo, não irei pois tenho umas coisas de trabalho para resolver, mas vc vai.
— Eu vou mesmo amor, claro que eu vou.
— Eu agradeço o apoio que vocês tão querendo me da, mas não precisa disso, eu vou resolver.
— Claro que precisa Ludmilla, amanhã assim que eu acordar passo na escola e tá resolvido. A última coisa que vai acontecer é você ser expulsa, tenha certeza.
Simplesmente prefiro não falar nada e passo a comer, o almoço praticamente continua assim com poucas coisas sendo ditas e dura. Assim que terminamos ficamos conversando mais um pouco sobre tudo, até que decido ir para a casa e a cristal fala que vai dormir lá comigo.
— Obrigado pelo almoço Murilo e Megan, adorei tudo.
— Você não precisa agradecer Ludmilla, você sempre será bem vinda nessa casa.
— Isso mesmo Lud, pode voltar quando você quiser e amanhã mesmo o Murilo vai resolver sua situação.
— Obrigada, obrigada mesmo.
— E você dona cristal, trate de se comporta na casa dos outros viu.
— Tá bom mãe, já vamos indo já, amo vocês.
— Tchau filha, também amamos você.
Nos encaminhamos até a porta e assim que ela foi fechada encaro cristal.
— Porque você falou? Falei que não queria envolver seus pais nisso.
— Você vai vê que é bem melhor Ludmilla, é injusto demais o que estão querendo fazer com você.
— Eu poderia resolver sozinha cristal, não precisava disso.
— Para com isso e deixa eles resolverem.
Apenas ignoro e subo na minha moto esperando ela subir também, assim que ela sobe do partida na moto. Assim que chegamos em minha casa me encaminho com a cristal direto para o meu quarto, última coisa que eu queria era ter que falar com minha mãe, mas falho miseravelmente quando vejo que minha mãe tá sentada no sofá.
— Filha? Tava na rua? Já comeu? Oi Cristal
— oi mãe… tava assim, fui almoçar na casa da cristal.
— Oi Silvana, tudo bem?
— Tudo bem sim, você vai dormir aqui? - minha mãe fala apontando para mochila que cristal carregava consigo.
— Vou sim, Ludmilla me chamou pra dormir com ela.
— Ah, entendi. Aconteceu alguma coisa Ludmilla? Vc me parece quieta, nunca chega assim em casa.
— Não aconteceu nada mãe, só tô cansada mesmo.
— Ah, entendi
— Tô subindo pro quarto, se precisa de algo você avisa.
— Tá bom filha, tchau Cristal.
— Tchau Silvana.
Subimos para o quarto e decidimos assistir a um filme na televisão, deito na cama e cristal vem logo atrás se acomodando junto comigo embaixo dos lenços e assim passamos o resto do dia.
Quando chegou à noite descemos para tomar café e depois retornamos para o quarto e fomos dormir, já que eu não tava em clima algum de fazer nada com a Cristal.
[…]
Acordo com meu despertador tocando e não achei mais a cristal na cama, vou até o banheiro, faço a minha higiene, tomo banho, arrumo meu cabelo e visto o meu uniforme descendo em direção a cozinha.
Assim que chego lá vejo a cristal já vestida com o uniforme e um mesa de café cheia de coisas que eu gostava, como será que ela descobriu que eu gostava daquelas coisas?
— Bom dia Lud. - Cristal fala vindo até mim e me dando um selinho.
— Bom dia Cris, cadê minha mãe? Como você descobriu que eu gostava disso tudo?
— Sua mãe e o Renato já saíram e aproveitam pra deixar seus irmãos na escola logo e eu descobri perguntando a sua mãe, nada difícil.
— Ah, eu gostei muito, obrigada de verdade.
— Eu te amo Ludmilla, vai ficar tudo bem.
— Espero que realmente fique.
Termino de tomar café e eu e cristal nos dirigimos até a escola, assim que chegamos vou direto para a sala de aula, ninguém sabia além do pessoal próximo do que tinha acontecido com a pulseira e eu tava dando graças a Deus por isso, seria um saco vê todo mundo me olhando.
Passa uns 10 min mais ou menos e eu sou chamada na sala da diretoria, eu já esperava e imaginava o que iria vim pela frente, eu simplesmente estava ferrada. Assim que cheguei na sala da diretoria do duas partidas na porta e escuto a diretora me mandar entrar.
— Bom dia Ludmilla, você sabe o pq foi chamada aqui né?
— Bom dia, sim.
— A pulseira sumiu e até agora não aparece e como eu te falei, dei 24h para a mesma aparecer e vc me provar que não foi você e isso não aconteceu.
— Mas diretora…
— Mas nada Ludmilla, chega. Chega mesmo.
— Você não vai ao menos me deixar falar? Eu tenho esse direi.. - não consigo terminar de falar pois a porta é aberta pelo zelador que vem com algo brilhante nas mãos.
— Bom dia senhora Neide, eu queria informar que achei isso aqui no corredor da escola jogado no chão. - ele fala entregando a pulseira procurada a diretora.
— Obrigado, pode sair.
Respirei fundo. Puta merda, eu não acredito que isso tá acontecendo! INACREDITÁVEL
— Tá vendo que não foi eu quem fiz nada, eu falei desde o início!
— Isso não prova nada Ludmilla, você pode muito bem ter colocado isso lá de propósito só para alguém achar e sair ilesa disso tudo.
— Eu não fiz nada, minha família pode não ser rica, mas eu jamais iria roubar nada de ninguém.
— Isso não é o que está parecendo Ludmilla, pelo jeito vc puxou a gente da sua laia.
— Como é que é? - escuto uma voz familiar e a porta da sala ser aberta com tudo e eu logo avista de quem era a voz e quem estava ali. Murilo entrava na sala todo arrumado e cristal estava logo do seu lado e assim que me vê vem em minha direção.
— Senhor Félix, bom dia! O que faz aqui? Aconteceu alguma coisa? - Neide fala na maior calma possível, nem parece aquela mulher arrogante de min atrás.
— bom dia! Aconteceu sim Neide e é isso que eu vim aqui para resolver. Quero saber que história é essa de expulsar Ludmilla sem provas.
— Temos prova sim senhor, eu recebi uma carta dizendo que foi ela e ela estava aqui no dia do sumiço.
— Isso não prova absolutamente nada e eu ouvi exatamente o que vc disse a Ludmilla antes de eu entrar na sala, você pode ter certeza que isso não vai ficar assim, meus advogados irão entrar em contato com seu colégio hoje mesmo e iremos processar vocês.
— Calma senhor Murilo, não tem porque se exaltar e querer fazer isso, vamos resolver com calma.
— Não tem calma mais nenhuma, vocês simplesmente julgam a Ludmilla apenas por ela não ter as mesmas condições financeiras que os outros, mas ela é uma aluna como qualquer uma e inteligente o tanto quanto.
— E essa não é a primeira vez pai, ela já descriminou Ludmilla várias vezes por isso. - Cristal pela primeira vez se pronuncia.
— Isso é verdade Ludmilla?
— Sim Murilo, foi uma briga que tive com o Sebastian pq estávamos jogando futebol e ele fez uma falta dura em uma das meninas sem necessidade e ela deu razão a ele.
— CHEGA! EU JÁ OUVI DEMAIS POR HOJE. Você por ter certeza que eu irei processar a senhora e no cargo de diretora será demitida e a Ludmilla não vai ser expulsa e nem vai a lugar algum. Agora eu preciso ir.
Murilo fala isso tudo e simplesmente deixa a Neide de cabelo em pé que nem uma palavra consegue pronunciar, eu e a cristal rapidamente nos dirigirmos até seu pai.
— Murilo, eu não sei nem como agradecer você por isso, serei eternamente grata, você pode ter certeza.
— Você não precisa agradecer Ludmilla, fiz o que deveria ser feito apenas.
— Você arrasou pai, foi demais.
— como falei filha, só fiz o que deveria ser feito, nada vai acontecer com você Ludmilla. Agora eu preciso ir que sua mãe me espera.
— Tchau Murilo, obrigado mesmo, mesmo, mesmo.
— Já falei que não precisa Ludmilla, só fique bem, beijos.
— Beijos.
Eu nunca fiquei tão aliviada por ter dado tudo certo, meu Deus do céu, o pai da cristal me salvou e foi simplesmente incrível, fora que foi bom demais vê a cara da Neide durante toda situação. Mas por mais que eu tivesse aliviada ainda me sentia triste demais por tudo que aconteceu e por todo preconceito referente a mim, eu tava exausta disso.
Assim que terminamos de falar com o Murilo e eu a cristal nos dirigimos a aula e depois fui para o treino e ela para o ballet, assim que terminou as aulas nos encontramos no estacionamento.
— vai lá pra casa hoje? - pergunto encarando a cristal.
— Hoje não vai da Lud, marquei de sair com umas amigas de lá do condomínio e não vai da.
— Tá bom então, amanhã a gente se vê?
— Simm Lud, beijos.
— Beijos. - falo dando um selinho na cristal e partido pra minha casa.
[…]
~ Bru on ~
Essa situação toda com a Ludmilla me deixou triste demais, principalmente por saber que ela jamais roubaria algo de ninguém, até pensei em ir até ela conversar, mas sabia que ela recusaria e achei melhor não.
Mas soube que no final das contas deu tudo certo e o tio Murilo conseguiu resolver tudo, ele era demais. Porém mesmo assim eu tenho certeza que a Ludmilla ainda tava muito magoada com isso tudo, eu conhecia ela até demais para saber que ela provavelmente está fazendo milhões de perguntas em sua cabeça.
Peço durante muito tempo e decido que eu vou na casa dela, vai ser uma missão impossível? Sim, mas não custa tentar. Vou até meu closet a procura de uma roupa, coloca um short simples mesmo e uma camisa também, calço meu tênis da Nike e desço a procura do meu motorista.
Assim que acho ele entramos no carro e ele da partida rumo a casa de Ludmilla… assim que chegamos meu motorista estaciona e eu saio em direção a porta, toco a campanha e rapidamente vejo a porta ser aberta por Silvana.
— Brunna meu amor, tudo bem? Que saudades de você.
— Oii Sil, tudo bem sim e você? Também estava com saudades, a Ludmilla ta aí? Tava querendo falar com ela.
— Tudo bem sim Bru, ela tá aí sim, ta toda estranha. pode subir que ela ta lá no quarto.
— Tá bom, obrigada!
Subo as escadas do quarto de Ludmilla e eu tava com um nervosismo que eu não faço a mínima ideia de onde tava vindo, vou em direção a porta e bato sem obter resposta, então eu decido simplesmente abrir.
Assim que eu abro encontro Ludmilla apenas de toalha com um fone de ouvido altíssimo em seu ouvido parecendo que ela tava surda e assim que me vê ela toma um susto e me encara confusa.
— Brunna? O que você ta fazendo aqui? - Ludmilla fala e devido o susto ela simplesmente deixa sua toalha cair.
[…]
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