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XI. 𝑬𝒏𝒈𝒂𝒏𝒂𝒅𝒐𝒔

"Eu já sabia que te amava naquela época, mas você nunca saberia
Porque eu escondi quando estava com medo de te perder"

Emily 

No bar, onde Crager encontraria nossa suspeita, Benson e eu nos posicionamos disfarçadas, fingindo ser duas amigas em uma noite casual. Ríamos e brindávamos com uma naturalidade ensaiada, mas, por dentro, meu coração estava em uma batida quase ensurdecedora. Confesso que, ao ver o sorriso de Olivia – mesmo que parte do personagem – algo dentro de mim despertava. Havia uma paz e um alívio em apenas estar ao seu lado, contrastando com a superficialidade da noite anterior. Contudo, esses sentimentos precisavam ficar escondidos, trancados em um compartimento que eu não poderia abrir agora.

Tentei afastar esses pensamentos, lembrando que qualquer distração poderia nos custar a operação – e eu sabia que seria um erro ainda maior confessar algo a Benson. Respirando fundo, foquei no que importava.

A informação chegou pelo ponto em meu ouvido. Era Derek, que estava do lado de fora, fingindo fumar. Ele avisou que a mulher com as características que buscávamos estava entrando no local. Endireitei a postura e lancei um breve olhar para Olivia, que prontamente captou o sinal. A tensão era palpável; cada um de nós sabia que era um momento crítico. Podíamos ouvir toda a conversa através do microfone escondido na roupa do Capitão, instalado com a precisão que só um capitão experiente teria.

A mulher parecia cautelosa, mas Crager estava seguro e convincente. Entre drinks e olhares sugestivos, a suspeita relaxou – ou ao menos, parecia relaxar. Menos de meia hora depois, ela deu o próximo passo, sugerindo subir para o quarto de hotel.

Meu corpo ficou em alerta máximo. A equipe também estava preparada: Fin e Amanda já estavam no quarto ao lado, posicionados e prontos para intervir se algo saísse do controle. Cada segundo parecia se arrastar enquanto eu e Benson observávamos os dois saírem do bar. Qualquer erro ou movimento em falso poderia significar o fracasso da operação – e um risco real para nosso capitão.

Fiquei à espera, sentindo o peso da adrenalina e a proximidade de Olivia ao meu lado, ambos fatores que tornavam tudo mais difícil de processar. Eu só esperava que as sensações misturadas em meu peito não interferissem em meu julgamento. 

Em menos de dez minutos, recebemos o aviso: Rollins e Tutuola haviam feito a prisão. Lina estava algemada e nos aguardavam no quarto para o interrogatório. No corredor, eu pude ver a sombra de uma expressão no rosto de Olivia – determinação inabalável. Ela entrou primeiro, se posicionando de pé ao lado da porta, enquanto eu me sentei em frente à suspeita.

Lina estava arrasada, soluçando enquanto tentava falar. Sua voz saiu trêmula, quase implorando.  

— Por favor, vocês precisam me ajudar — ela começou a chorar. — Eles têm minha filha… é por isso que eu faço o que mandam.

Mantive a calma e procurei um tom que a deixasse falar.  

— Lina, você precisa nos contar tudo o que sabe — minha voz era baixa, mas firme.

A mulher, ainda em lágrimas, começou a revelar detalhes sórdidos, cada palavra cheia de culpa e horror. Contou sobre o esquema de casamentos fraudulentos com homens ricos, os sequestros encenados, e como, depois, eles trocavam as vítimas por mulheres que desapareceriam sem deixar rastros. A tatuagem, uma marca definitiva, uma assinatura cruel.

Lina olhou diretamente para mim, os olhos inchados e desesperados.  

— No começo, eu juro… eu não sabia que matavam essas mulheres — ela disse. — Quando descobri, pedi para parar, mas eles não deixaram. Disseram que… — ela respirou fundo, quase sem fôlego — que eu sou especial. A melhor que ele tem. É por isso que eu ainda estou viva.

Antes que eu pudesse responder, Olivia interveio, dura e incisiva.  

— Mas você continuou. Você fez escolhas, Lina, e essas moças não tiveram essa chance.

Lina olhou para Olivia, assustada, mas com uma chama de resistência em seus olhos.  

— Eu faço o que faço pela vida da minha filha! — Ela passou as mãos pelo rosto, tremendo. — Eles mudam ela de cidade, de país… eu nem sei onde ela está agora.

Um aperto inexplicável tomou conta de mim. Mas antes que qualquer fraqueza surgisse, o olhar de Olivia me alcançou, cortante e implacável. Eu sabia que ela via a pena em minha expressão, e eu sabia que não era o que esperava de mim.

Saímos do quarto, deixando Fin com a suspeita. O capitão, Olivia e eu fomos até o escritório improvisado ao lado, onde Rollins aguardava e a promotora Cabot nos observava atentamente. Rollins, com sua atenção aos detalhes, já havia descoberto informações importantes.  

— Ela não tem ficha criminal na Rússia — ela disse ao capitão.

— E a filha? É real? — Crager questionou.

— Sim, uma garotinha de quatro anos. — Rollins confirmou, sem levantar os olhos do computador.

Eu me pronunciei, meu tom refletindo a nova dúvida que me afligia.  

— Então, ela está falando a verdade.

Olivia cruzou os braços, impassível.  

— Talvez. Mas isso não a torna inocente.

Cabot se levantou, e com um tom decidido, propôs o próximo passo.  

— Vamos usá-la para chegar até Lieve. Ela sabe onde ele está e como chegar até ele.

Crager assentiu, pensativo.  

— Olivia, você e Cabot vão conversar com Lina. Descubram o que ela sabe e, se for necessário, façam com que ela nos leve até ele.

Eu observei Olivia sair, o peso daquela missão estampado em seu semblante. Enquanto elas entravam de volta no quarto para confrontar a mulher, um silêncio tenso tomou conta do ambiente. Sabíamos que essa era uma chance única, e que qualquer deslize colocaria em risco tanto a filha dela quanto muitas outras vidas.


Dormi poucas horas, o suficiente apenas para me manter em alerta. A ansiedade estava à flor da pele. Hoje seria o dia da emboscada; estávamos perto de pegar Lieve, o chefe do esquema. 

Pela manhã, Crager deu a ordem: Lina deveria enviar uma mensagem ao homem, marcando o encontro com sua "nova vítima". Um jogo de encenação, onde cada movimento seria crucial.

Às dez da manhã, todos estávamos posicionados. Eu estava disfarçada, sentada de costas para a entrada, em um dos assentos próximos. Olívia permanecia a poucos metros, mão pousada na arma, mas seu olhar estava atento, como uma sombra que observa sem ser vista.

O alerta veio pelo ponto.  

— Ele está entrando — murmurou Rollins, em um tom quase inaudível.

Uma tensão elétrica percorreu o ambiente. Eu me levantei, com os sentidos em alerta. Quando meus olhos encontraram os de Olivia por um instante, ambas soubemos que aquele era o momento. Ele não teve chance. O olhar frio dele congelou por um segundo, e eu soube que ele se sentia ameaçado.

Dei dois passos para frente, tirando minha arma do coldre com precisão. Ele, porém, foi rápido – sacou a arma e, sem hesitar, apontou na minha direção. Senti a adrenalina disparar. Tudo se desenrolava em uma fração de segundo. Eu não podia errar.

Mas antes que ele pudesse puxar o gatilho, ou que meu dedo pressionasse o meu, ouvi o disparo. Aquele som inconfundível cortou o ar, reverberando pelo salão. Lieve cambaleou para trás, e em seguida desabou no chão, com uma poça de sangue começando a se formar sob seu peito.

Me virei e encontrei Rollins, arma ainda erguida, a expressão firme, mas com um leve tremor de alívio.  

A adrenalina ainda pulsava em minhas veias. Eu respirava rápido, tentando processar tudo. 

Benson correu até o corpo, abaixando-se para verificar os sinais vitais, enquanto Lina se lançou ao lado, olhos arregalados de desespero. Ela sacudiu o corpo inerte, os olhos fixos no rosto de Lieve como se ele pudesse acordar e, enfim, lhe dar respostas.  

— Onde está minha filha?! — ela balançava o corpo dele, sem sinal de reação.

Benson suspirou, os dedos no pescoço dele.  

— Sem pulso.

O rosto de Lina se desfez, e a máscara de medo deu lugar a um descontrole quase total.  

— E agora?! Como vou achar minha filha? — O choro dela ecoava pelo espaço vazio, desesperado.

Ficamos ali, entre o desespero dela e o peso do que acabara de acontecer, até que um som inesperado preencheu o silêncio: o toque de um celular. Benson se aproximou e retirou o aparelho do bolso do morto, olhando a tela.  

— É uma mensagem. Em russo. — Olivia ergueu o celular para Lina. — Consegue traduzir?

Lina enxugou as lágrimas, tentando recuperar o controle.  

— É um dos comparsas… ele está perguntando onde pode encontrá-lo para entregar minha filha. Minha pequena Ana… — Um sorriso de esperança passou pelo rosto dela, mas a intensidade em seus olhos permanecia.

Benson não perdeu tempo.  

— Sabe onde ele poderia estar? Um esconderijo ou ponto de encontro?

Lina assentiu, parecendo determinada. Era a primeira pista concreta, e não podíamos perdê-la. O Capitão rapidamente organizou os reforços, e em poucos minutos estávamos em marcha. Vestíamos os coletes à prova de balas, sentindo o peso do equipamento e da responsabilidade que estava por vir. A tensão crescia a cada segundo, e um arrepio me percorreu a espinha, me lembrando do último tiroteio que enfrentei. Eu ainda conseguia sentir o peso do impacto do tiro que levei semanas atrás. O medo, embora mantido sob controle, ainda estava lá.

Uma mão firme tocou meu ombro.  

— Tudo bem? — A voz de Olivia era baixa, mas carregava uma força tranquilizadora.

Fiz que sim, forçando um sorriso.  

— Sim… só preciso de um minuto para recuperar o fôlego.

Ela pareceu acreditar e se afastou, indo até o Capitão para discutir os últimos detalhes do plano. Respirei fundo, tentando afastar o nervosismo que ameaçava me distrair. Notei Amanda próxima e caminhei até ela.  

— Obrigada por me livrar de mais um tiro — murmurei com um sorriso. — Essa roupa é nova, ia ser um desperdício estragar assim.

Ela riu, mas seus olhos mostravam a mesma preocupação que todos sentíamos.  

— Sem agradecimentos. Estamos aqui para proteger uns aos outros — disse ela, tocando meu braço com firmeza. — Mas, garota, você precisa ficar fora do alcance dessas armas. Já me deve um café por cada tiro desviado! — brincou, aliviando um pouco a tensão.

Sorrimos, mas sabíamos que a próxima etapa não deixava espaço para erros. Caminhamos juntas até Benson e o Capitão, que discutiam os últimos detalhes. Cada segundo parecia mais pesado, o ambiente tenso e focado. Estávamos prestes a entrar no covil do inimigo, e todos sabíamos o que isso poderia custar.


O plano estava em ação. Olivia, Derek, Amanda e Fin se preparavam para invadir a casa que Lina identificara como um dos esconderijos de Lieve. Eu ficaria com ela no carro, estacionado a uma distância segura. O policial no banco do motorista mantinha-se atento, enquanto o Capitão esperava do lado de fora, encostado na traseira do veículo, olhos fixos na casa.

Senti o toque hesitante de Lina em minha mão.  

— Estou com medo — sua voz era baixa, quase um sussurro — e se algo acontecer com a minha filha?

Tentei soar segura, passando confiança.  

— Não se preocupe. Eles são os melhores no que fazem. Vamos trazê-la de volta — disse, com um sorriso que esperava ser tranquilizador.

Ela hesitou, os olhos cheios de uma angústia desesperada.  

— Tem certeza? — ela perguntou, a voz embargada. — Desculpe… você só está fazendo seu trabalho.

Respirei fundo, entendendo o que aquilo significava para ela.  

— Lina, entendo sua preocupação. Vamos fazer o possível para te ajudar e trazer sua filha para você — disse com gentileza.

Ela me surpreendeu ao inclinar-se e me abraçar de repente, com força.  

— Sabe, ninguém nunca se importou comigo assim — sussurrou ela, as mãos tremendo enquanto passavam por minhas costas.

De forma sutil, afastei-me do abraço, tentando manter a compostura, apesar do desconforto. Mas, nesse instante, o som de tiros ecoou pelo ar, ressoando no silêncio. Voltei-me para a casa e vi as janelas explodindo, estilhaços voando, enquanto tiros ecoavam de dentro. Sem perder um segundo, o Capitão já corria em direção à casa, a postura alerta.

— Por favor, não vá… fica aqui comigo! — Lina tentou segurar meu braço, a voz quase desesperada.

No rádio, ouvi a voz de Derek, um tom grave e urgente.  

— Um dos nossos foi atingido. Repito, um policial foi baleado.

Um calafrio percorreu minha espinha, e meu pensamento foi direto para Olivia. Não podia ficar ali, esperando. Soltei-me da mão de Lina, tomando uma decisão em segundos.  

— Fique aqui com o policial. Não saia do carro — ordenei antes de sair.

Corri em direção à entrada da casa, cada passo acelerado pelo medo e pela adrenalina. Com a arma empunhada, adentrei o local, os sentidos em alerta. No meio da fumaça e do som dos disparos, avistei Olivia. O alívio foi imediato – ela estava inteira, sem nenhum ferimento aparente.

Então, ao virar-me, vi Derek ajudando Fin a se levantar, mas o olhar ainda firme, determinado. 

— Você está bem? — perguntei, o coração ainda acelerado, ao ver Fin se recompondo.

Ele deu um sorriso, ainda ofegante.  

— Só acertou o colete. Vaso ruim não quebra, sabe como é.

A piada quebrou um pouco a tensão, e não conseguimos evitar uma breve risada, mas logo a atenção voltou à missão. Amanda desceu as escadas, o rosto sério.  

— Já revistamos todos os cômodos — disse ela, frustrada. — Não tem sinal de nenhuma criança aqui.

Antes que pudéssemos processar, novos disparos foram ouvidos, dessa vez do lado de fora. Num instante, ficamos todos em alerta. Olivia e o Capitão foram os primeiros a sair, fazendo um sinal para que os seguíssemos. Do lado de fora, Derek e o Capitão correram até o carro. Lina estava fugindo.

— Ela está indo para o lado sul! — gritei, já partindo atrás dela.

Olivia estava logo atrás, comunicando-se pelo rádio com uma intensidade quase feroz.  

— Suspeita é uma mulher branca e loira, armada, correndo para o lado sul da rua. EU QUERO ESSA VADIA PRESA! — O grito dela transbordava raiva e determinação.

Se Olivia estava com raiva, eu estava ainda mais. Como pude ter deixado aquela mulher me enganar tão bem? A frustração queimava como um combustível, alimentando cada passo na perseguição.

Corri atrás de Lina, observando-a virar para um beco estreito e sem saída. A cerca no final era alta, mas ela rastejou por um pequeno buraco na base, tentando escapar. Redobrei a velocidade, determinada a não deixá-la escapar.

— Lina! — gritei, com a arma em punho ao me aproximar. —  Não faça isso, se renda!  

A arma que Lina havia roubado do policial caído estava ao lado dela no chão. Eu a observei, cada movimento analisado em milissegundos, e então vi quando sua mão começou a deslizar em direção ao cabo da arma. Seu olhar se voltou para mim, e entendi suas intenções naquele instante. Antes que ela pudesse apontar o cano na minha direção, reagi. Mirei rapidamente em seu ombro — um ponto que sabia que não seria fatal — e apertei o gatilho.

O disparo ecoou pelo beco.  

— MALDITA! — Lina gritou, a voz cheia de raiva e dor enquanto caía de lado, segurando o ombro.

No mesmo segundo, Olivia e Crager chegaram, ambos com as armas levantadas. Olivia avançou, puxando Lina para cima e pressionando seu rosto contra a parede. Lina contorceu-se, mas o aperto de Olivia era firme. Enquanto o Capitão chamava a ambulância, Olivia mantinha o controle, os olhos frios.

— Você tem o direito de permanecer em silêncio. Tudo o que disser poderá e será usado contra você no tribunal — declarou Olivia com precisão.

Lina começou a choramingar, fingindo um tom de dor exagerado.  

— Está me machucando! Sua parceira atirou em mim! — Ela fez uma expressão de falsa inocência, as lágrimas forçadas em seus olhos.

Olivia não vacilou, lançando-me um olhar quase cúmplice e um sorriso breve, cheio de orgulho e ironia.  

— Você teve sorte. Foi só de raspão. Se fosse eu, teria mirado na perna. Você não ia nem conseguir correr mais.

Lina gargalhou, a risada distorcida e psicótica, sua expressão revelando um lampejo de desprezo.  

— Quer saber? Enganar vocês foi fácil. Não passa de um bando de imbecis!

Guardei minha arma, ignorando a provocação. Eu tinha feito o que precisava ser feito, e agora o dever chamava. Comecei a voltar pelo caminho por onde vim, sabendo que o próximo passo era dar meu depoimento e depois seguir para a delegacia para preencher os relatórios 

Algumas horas depois, o Capitão me chamou em sua sala, onde também estavam Beson e Carter. O último ainda parecia abalado pela traição de Lina.

— Vocês têm certeza que ela mentiu sobre a filha? Talvez eles tenham ameaçado ela de outra forma — disse Carter, com um olhar triste.

— Senhor Carter, entendemos que o senhor ainda tenha sentimentos por ela. Todos nós acreditamos nela em algum momento; Lina tinha uma habilidade especial para persuadir as pessoas — começou Olívia, tentando confortá-lo.

— Esse era o trabalho dela, afinal — completei, sentindo um misto de decepção e empatia. — Fazer com que os homens se apaixonassem. Não se sinta culpado; não foi o único a ser enganado.

O Capitão permanecia calado, pensativo, enquanto eu sentia o peso daquele momento. Decidi deixar a sala e dar espaço para que eles lidassem com o depoimento de Carter. Fui direto para minha mesa e me sentei, tentando focar no trabalho.
Logo depois, Rollins se aproximou.

— Está tudo bem? — perguntou com preocupação.

— Sim — sorri, tentando aliviar o clima. — Pelo menos dessa vez, saí ilesa.

— E que tal sairmos para comemorar seu aniversário? — Derek interrompeu, com um sorriso malicioso.

— Eu nunca comemorei aniversários. Minha mãe sempre dizia que o melhor que podíamos fazer era trabalhar ainda mais nesses dias.

— Sua mãe não parece ser muito gentil… — Rollins comentou, rindo um pouco para quebrar a tensão. — Até lembra a minha.

Suspirei, lembrando das exigências da minha família. — Ela é embaixadora. Meus pais sempre foram ocupados demais para essas festividades.

— Bem, se precisar de companhia… — Derek piscou com um sorriso, levantando as mãos em rendição. — Como amigo, claro.

Amanda pousou a mão em meu ombro com um sorriso compreensivo.

— O que o Derek disse. Se quiser conversar ou só tomar uma cerveja, estamos aqui.

Sorri de volta, apreciando o gesto deles. Derek e Amanda realmente se importavam, mas, naquele momento, eu só queria a companhia do silêncio e a tranquilidade da minha própria casa.

O relógio marcava quase onze da noite quando vi Olívia se levantar, pegando o casaco e as chaves para ir embora. Ela olhou para mim, parando por um momento antes de se aproximar da minha mesa.

— Você ainda está aqui? Precisa descansar. — Sua voz era suave, carregada de uma preocupação genuína. — O pessoal comentou que você não quis sair para comemorar, mesmo que a data já tenha passado.

Suspirei, dando de ombros.

— Eu nunca fui de comemorar aniversários. É coisa minha.

Olívia parou ao meu lado, avaliando-me com um olhar compreensivo, quase maternal.

— Escuta, não se culpe por ter acreditado nela. Acredite em mim, até eu quase fui enganada em certo momento. — Sua mão repousou firme sobre o meu ombro. — Às vezes, algumas pessoas se aproveitam da nossa vontade de ajudá-las, da nossa empatia.

Baixei o olhar, envergonhada.

— Eu sei, mas... eu já fui perfiladora. Deveria ter percebido que ela estava mentindo.

Ela suspirou suavemente antes de dizer meu nome, quase como um sussurro. — Emily... Nesse trabalho, você vai perceber que ele é muito diferente dos outros. Você já lidou com psicopatas, com mentes cruéis. Mas aqui, o mais difícil é lidar com as vítimas, com as pessoas quebradas, porque, muitas vezes, elas nem sequer sabem o quanto estão feridas. — Olívia apertou meu ombro com leveza. — Aos poucos, você vai encontrar seu espaço aqui. Só... se dê tempo.

Seus olhos transmitiam uma mistura de compaixão e experiência que tocou algo dentro de mim.

— Obrigada. Eu não sabia o quanto precisava ouvir isso até agora. — Coloquei minha mão sobre a dela, sentindo o conforto de sua presença.

Por um momento, nossos olhares se cruzaram, uma corrente silenciosa de compreensão passando entre nós. Então, ela sorriu de leve, se despediu e foi embora.

Fiquei ali mais alguns minutos, processando tudo o que ela havia dito, antes de finalmente decidir ir para casa. Abri a gaveta para pegar minhas chaves, e então percebi uma pequena caixa de presente que não estava ali antes. Franzi o cenho, curiosa, e abri a caixa devagar. Dentro dela, havia um chaveiro com um pequeno pingente de gatinho e um bilhete dobrado ao fundo. Peguei o bilhete e sorri ao ler:

"Você disse que não gosta de comemorar aniversários, mas não falou nada sobre presentes. Vi esse chaveiro e lembrei da sua gatinha, Lili. Espero que goste. Com carinho, Olívia."

Senti um calor reconfortante me invadir. Era um gesto simples, mas repleto de cuidado. Sorri...um sorriso largo e bobo, tocada pela delicadeza de Olívia. Em meio a todo o caos e incerteza do trabalho, aquela conexão — aquele apoio — fez tudo valer a pena. Saí dali com o coração leve, sabendo que, aconteça o que acontecer, eu estava exatamente onde deveria estar.

Quando eu dou minha palavra, eu cumpro!!!
Eu disse que apareceria essa semana e aqui estou, com mais algumas migalhas dessas duas. Aviso que ainda vai demorar um pouquinho para rolar qualquer coisa, tudo precisa ser no tempo certo.

Espero que gostem e comentem.

Ps. Quem tem TIKTOK aqui? Segue lá o perfil : infinituxidols . Lá eu posto sobre essa FANFIC e as outras 🤍

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