Capítulo 14
O tempo desvanecia em persistir como a fumaça dos incensos. Outrora, Vincent surgira na guilda como um menino assustado, receoso em obedecer as missões ou machucar pessoas. No entanto, quase perto de completar dezessete anos, praticamente um homem, Vincent compreendia que aquele mundo, o mundo que fora de seu pai, agora era parte de sua vida. Estava conectado em cada membro de seu corpo, por tênues linhas vermelhas.
Vincent permanecia sobre o desenho de um grande sol, com um dos joelhos no chão, e a outra perna dobrada com o braço repousado sobre ela. Diante dele, cinco pessoas trajando mantos escuros, e entre eles estava Ghalib, sentados atrás de mesas altas, semelhante aos juízes, somente a observar o mentor conduzindo o ritual. Eram conhecidos como Anciões, Assassinos idosos que conduziam rituais de iniciação dos jovens. Eram eles, quem decidiam o destino dos combatentes. Todos os respeitavam por sua sabedoria e experiência de vida.
A luz das velas nos candelabros deixava toda a biblioteca com uma aparência umbrosa e nada convidativa.
— Por honra e por glória — Harrington andejava de um lado para o outro dando meia-volta e retornando —, é nisso que acreditamos. Todo homem, ao completar seus quatro anos de treinamento, deves passar por esta formalidade. — concluiu em um sorriso sóbrio.
Quatro longos anos, sendo testado de todas as maneiras.
O rapaz volveu a atenção para o vitral da biblioteca, acima da cabeça dos Anciões, enquanto Harrington continuou a falar sobre a jornada dos Assassinos. Nem ao menos recorria ao grande livro aberto sobre o suporte de madeira, pois todas as informações permaneciam na mente do vecchio.
— O Clã surgiu no Egito Antigo, quando Abiel, um escravo hebreu, cansado das injustiças resolvera criar um grupo de justiceiros sem nome.
Cercado por tantas estantes com livros e pergaminhos históricos que exalavam um cheiro de bolor, Vincent queria ao menos que os raios da lua cheia que atravessavam o vitral, tocassem seu rosto. O mentor fizera questão de arrastar sua iniciação por horas.
A noite estava bela. Propícia para admirar as estrelas. Certamente, Esmeralda iria gostar da ideia.
Ah, Esmeralda Anore.
Somente por lembrar o nome da donzela de olhos esverdeados, as mariposas no interior de Vincent agitavam-se, loucas, dentro de seu estômago, seguindo por suas mãos que começavam a suar.
Conversavam bem pouco, agora que Esmeralda ocupava-se no Templo, com as tarefas que a tornariam uma sacerdotisa por completo. De vez em quando, Vincent cruzava com Esmeralda pelos corredores da guilda. Apenas trocavam demorados olhares silenciosos. Eram códigos trocados pelos jovens, desvendados apenas por eles.
— Sob os pilares da justiça e da irmandade, o Clã dos Assassinos estabeleceu-se, e... Vincent, tu não estais prestando atenção! — o vecchio cessou o falar, fitando o discípulo.
— Desculpe, senhor — Vincent arrumou a postura desconfortável. Sua perna estava começando a dar câimbras.
Era impossível prestar atenção no que Harrington discursava, quando sua mente o lembrava da doce figura de Esmeralda. Vincent queria sair daquela biblioteca claustrofóbica e pouco iluminada e apreciar a noite junto à ela.
Após o longo discurso, assim que Harrington terminara, a voz da Anciã irrompeu pela biblioteca. Era um timbre manso, como a brisa, e repleto de autoridade.
— Beberás do cálice que muitos beberam. Sentirás, o que muitos sentiram. Verás com teus olhos, o que outras orbes já contemplaram. — dissera a Anciã.
— Vencedor de Coração Negro — o Ancião chamara o rapaz.
Tremores percorreram pelo peito de Vincent, quando ouviu a voz rouca do Ancião chamando-o pelo significado de seu nome.
— Demonstrastes valor. Fostes o melhor combatente da guilda — acrescentou outro Ancião. — Estais certo de que desejas prosseguir?
Vincent baixou moderadamente a cabeça. Não havia muito o que pensar. Era simples. Era somente dizer sua resposta afirmativa e beber do cálice. Mas ainda assim, o rapaz figurava insegurança. Quase hesitante, por fim respondeu.
— Tomarei o cálice e não fraquejarei.
Os Anciões assentiam uns para os outros.
— Tragam o cálice! — ordenou a Anciã.
As portas laterais da biblioteca abriram-se, e surgiu um Assassino portando nas mãos uma pequena taça dourada. O conteúdo do cálice era uma infusão de ervas que provocavam efeitos alucinógenos no cérebro. Tudo isto era para que o iniciado tivesse acesso às experiências de seus antepassados.
O Assassino repassou o cálice à Harrington, que ergueu a taça dourada sobre a cabeça.
— À ti, concedo a sabedoria antiga e intocada.
Entregou o cálice ao discípulo.
Os lábios de Vincent tocaram a borda da taça, e para a satisfação da sua língua, aquela bebida em tom verde-musgo era doce. Porém ao passar pela garganta e chegar em seu estômago, muito aparentava ser um ácido, corroendo seus órgãos.
— O que diabos... — deixara o cálice escapar das mãos e cair ao chão. — é isso? — Vincent apertou ambas as mãos sobre o crânio, ficando completamente curvado, e a tontura dominava seu corpo.
Envenenaram-me. Somente isto que reprisava pela mente de Vincent.
O líquido que bebera rasgava-o e queimava a carne de dentro para fora. Uma sombra infernal se fez presente sobre ele, e o chão aos poucos desintegrava-se, tornando-se pó. A rotação do mundo estava rápida. Sim, tudo girava ao seu redor, enlouquecendo-o.
— Resista, Vincent! — Harrington falou serenamente.
Os gritos do rapaz ecoavam pela abóboda da biblioteca. Vincent não tinha controle do seu corpo. Sua mente e alma estavam sendo tragadas para uma dimensão torta, assustadora e infinita. Era como jogar-se de um penhasco, com a eterna sensação de queda.
Silêncio. Escuridão e uma eterna sensação de vazio. Era tudo tão soturno. Escutou sons como de flauta doce, e logo Vincent julgou ser da sua alucinação. Erigiu o olhar para cima e vislumbrou magníficas luzes azuladas.
Oh, não eram luzes. Semicerrou os olhos e percebera ser outra coisa.
Números, códigos, letras, signos, enigmas... Vincent enxergava-os nesta dimensão insólita luzes azuis, tal qual semelhantes à névoa, que dançavam sobre o céu negro e infinito. Tocá-las era possível, e ao fazê-lo. As luzes enrolavam-se em seus dedos, como cobras, e a sua cor mudava para um lilás suave. Suas mãos ficavam quentes ao tocá-las e uma nova coisa era revelada à Vincent, como uma misteriosa porta secreta que é aberta.
Contemplou o Universo, as galáxias, e cada corpo celeste brilhante que costumava admirar em silêncio. Presenciou o Chronos passar rápido como o bater de asas de um beija-flor, vira civilizações conquistarem outras nações e serem destruídas. Olhou a esperança de perto, mas também o sofrimento e a ganância. Viu tudo o que passou e o que estava por vir.
Os segredos dos Assassinos, sua história, seu legado, tudo isto era seu.
Quantas pessoas não mataram e morreram, a fim de possuir tais confidências, e Vincent tinha a honra de as possuir?
O silêncio era cálido, acolhedor. Poderia passar toda a eternidade naquele lugar.
E, então, tudo sumiu. Fora envolto pelo breu.
Quando voltou a si, despertando por completo, entre arfadas interrompidas, Vincent estava deitado no chão da biblioteca, e o mundo não girava mais com rapidez. Levou as mãos, muito trêmulas, para a testa, vislumbrando os Anciões e Harrington que olhavam para ele, muito seriamente. A fronte de Vincent pingava suor. Suava frio. Apoiou as mãos no chão, levantando-se com cautela. Seus batimentos cardíacos estavam descompassados, como se tivesse feito uma árdua corrida pelas dunas de Jerusalém.
— O que... houve... comigo? — depositou a mão no lado direito do tórax. — pensei que fosse morrer...
— Só revivestes o que outros ancestrais reviveram, e sentiu o que eles sentiram. — explicou o Ancião.
Vincent continuava respirando vagarosamente. Sua mente e corpo foram levados à um estado extremo de esgotamento.
— Compartilhamos à ti, caro rapaz, o conhecimento secreto de toda uma geração. — dissera a Anciã de voz mansa. — Tens agora em mente, as verdades indecifráveis. Sinta-se honrado por isto.
O rapaz de olhos rubros assentiu, posicionando a mão direita fechada sobre o peito.
— É uma honra para mim, Anciã — os olhos de Vincent eram tão luzentes quanto o fogo.
Os códigos e enigmas ainda perduravam em sua mente. Podia vê-los com clareza frente à suas órbitas avermelhadas, mas dissiparam-se obliterando progressivamente.
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A pena escorregava pelos dedos suaves de Esmeralda, sujando todo o pergaminho de tinta, obrigando-a a refazer tudo. Murmurou, frustrada por sua letra ser tão feia e falha. Não era justo! As outras jovens que preparavam-se para o sacerdócio tinha a letra legível e bela.
Consequentemente, Esmeralda tornou-se mais ocupada com suas tarefas como sacerdotisa. Por isso, para ela, deveria fazer todas as tarefas com primor.
— Estás tudo bem, Esmeralda. — acalmava-a o Sumo Sacerdote. — Não precisas escrever com perfeição.
— É um momento importante para todos nós — Esmeralda tentava manter a voz estável diante do Sumo Sacerdote. — Quero que tudo fique perfeito, para quando, um dia meu pergaminho for lido, outras pessoas possam entender minha mensagem.
O Sumo Sacerdote respondeu-a com um emblemático sorriso. Sabia o quanto Esmeralda era capaz de tecer, dançar, cantar e pintar. Era boa quando tocava harpa, além de ser uma garota muito bela e educada.
Esmeralda empurrou a folha suja de tinta para fora da mesa, expulsando-a. Saltou da cadeira, passando as mãos sobre a túnica alva, a desamassá-la.
— Aproveitarei o dia para fazer minhas orações — a jovem sacerdotisa explicara.
Esmeralda inclinou a cabeça para o Sumo Sacerdote, respeitosamente e andou rumo ao compartimento interno do Templo.
Esmeralda levou a mão ao tecido envolto de sua cintura, revelando um singelo colar, que tinha como pingente uma pequena asa em cor da prata, amarrado a um barbante preto. Fazia parte de alguma decoração, e Esmeralda aproveitara para tomar aquele pequeno arranjo para si. Guardara aquele presente por meses e almejava entregá-lo no dia do aniversário de Vincent. No entanto, aproveitaria a comemoração que haveria na guilda para falar com o rapaz, já que ultimamente andava tão azafamada. Sentia falta de prosear com ele.
Admitia que o motivo de seus tremores não era por conta de estar no Templo ou por ser uma quase sacerdotisa.
Não, seu nervosismo resumia-se à figura do seu amigo, o rapaz de olhos escarlates.
Oh, se Vincent soubesse... Nem mesmo ela sabia dizer quando começara a alimentar tais sentimentos pelo rapaz. Tudo começou, anos antes, quando ele ficara preso no cárcere a pedido do mentor. E depois do treino que onde Vincent obtivera a vitória, Esmeralda passou a vê-lo com outros olhos. Com admiração, com paixão... Ele tinha o corpo forte, um olhar arrebatador, e uma determinação sórdida. Se ao menos ele sorrisse, pelo menos uma vez...
— Ora, que bobagem a minha. És apenas Vincent... o meu melhor amigo — sussurrou, meneando a cabeça. — Mas, ainda assim, preciso dizer o quanto gosto dele. — fitava o utensílio prateado em forma de asa, na palma de sua mão.
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Vincent vestira o colete de couraça e passava a alça onde colocaria espada, laçando-a ao redor seu torso. Era a sua noite de vigiar as muralhas. Desde que surgiram rumores sobre o famigerado inimigo haver retornado, Vincent tornou-se uma espécie de vigilante das muralhas da guilda, atento a qualquer movimento feito pelos Illuminatos.
Passou-se uma semana desde que os mistérios do oculto foram visto pelos olhos de Vincent, e por vezes, o rapaz pegava-se distraído, rememorando os símbolos incomuns de sua alucinação.
— Não ficarás para a comemoração, meu caro? — Harrington adentrou a alcova de paredes barrentas que era o quarto de Vincent.
— Não, Sr. Harrington — posicionou Arcanjo na bainha em seu dorso. — É minha noite de vigília. — Vincent exprimiu, sisudamente.
Por certo, aquele rapaz jamais iria sorrir.
— Há alguns anos — Harrington começou, — matei um homem por engano. Pensei que ele era um Illuminato. Acabei por confundi-lo com seu irmão.
Vincent volveu-se a ouvir o mentor, seriamente.
— A filha dele, uma menina bem pequena, assistiu tudo e em seu olhar, conseguir sentir a sua dor. Não poderia matá-la. Sou um homem honrado, não um demônio.
Vincent abaixou a cabeça. Partilhava do desespero da garotinha ao ver o pai ser morto frente aos olhos. Era uma sensação destruidora que perduraria por toda a vida.
— Fiquei a imaginar se minha visão de Assassino estivesse falha. Ora, eu saberia reconhecer um Illuminato, então, por que diavolos, eu errei? Acaso sou um perditore?
O mentor abriu um sorriso lancinante que enrugou seu rosto, mostrando todas as linhas de expressões ganhas por tanto desgosto que tivera em vida.
— Por isso, Vincent, não cometa erros!
O rapaz assentiu e passou pelo mentor, a fim de cumprir com suas obrigações na muralha.
Harrington suspirou, sentando-se em uma cadeira que ali havia, muito fatigado, com a respiração entrecortada. Sabia que restava pouco tempo de vida.
— Vincent, entenda que cada treinamento que passastes, que cada combate ou manuseio com armas, tudo isso, foi para fazer de ti um homem moldado, de espírito forjado na batalha. — suas palavras eram apenas um sopro. Estava cansado.
Harrington estava relutante, se deveria revelar a Vincent sobre os "Quatro Cavaleiros", Illuminatos que muito tinham a ver com a morte de sua família. O tempo estava correndo, transbordando as areias na ampola de vidro de uma ampulheta.
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Vigiar as muralhas ao lado de Caled, significava trabalho em dobro, pois o companheiro de Vincent apenas dormia, apoiado na muralha, o que fazia a paciência do jovem de olhos rubros oscilar entre acordar Caled ou jogá-lo muralha abaixo. O rapaz debruçou os braços sobre as pedras do forte, apoiando o rosto no antebraço, assoprando uma mecha de seus cabelos que insistia em cair acima de seus olhos. Escutava os sons de pífaros e tambores que ocorriam por conta celebração na guilda. Fora isso, e o som dos grilos, tudo parecia calmo.
Apenas ele e o céu estrelado que lhe sorria.
— Tudo bem se eu ficar aqui? — inquiriu uma voz doce e serena.
O rapaz virou a face, e seu coração aqueceu. Esmeralda estava perante ele.
— Não participarás da festa, Esmeralda?
O rapaz olhava para as vestes de tecido trabalhado na seda, da garota. Mesmo com o corpo coberto pela túnica, suas formas eram bastantes perceptíveis. E Vincent abrasou em ciúme somente por imaginar outro homem desejando-a.
— Não tem graça sem a tua presença.
Esmeralda baixou o olhar, com as bochechas em brasas.
— E eu... estava querendo lhe dar algo, Vincent. — os dedos atrapalhavam-se em abrir a bolsinha entrelaçada ao corpo.
— O que é, Esmeralda? — Vincent deteve-se frente a frente com ela.
Era linda sob o brilho das estrelas.
— Isso! — segurou o colar pelo barbante e o pingente de asa prateada cintilou o seu brilho, devido as chamas da tocha que haviam na muralha. — Acho que terá mais significância para ti do que a mim. Posso colocar em teu pescoço?
Vincent consentiu e a mocinha atou o cordão no pescoço do rapaz.
Esmeralda pendeu a cabeça para o lado, e visualizou Caled ainda a dormir, escorado na muralha, e voltou os olhos brilhantes para Vincent.
— Tenho outro presente, mas terá de fechar os olhos. — sua voz era suave como o beijo de uma borboleta.
Vincent obedeceu.
— É isso — segurou o rosto de Vincent com ambas as mãos.
E Esmeralda ficou na ponta dos pés, fixando as mãos na nuca do rapaz, sentindo a textura de seus cabelos. Fechou os olhos e muito lentamente, tocou os lábios entreabertos e muito abrasados de Vincent, que consentiu e retribuía o beijo da sacerdotisa.
— Me desculpe, Vincent — sussurrou, com os lábios ainda grudados nos de Vincent. — Eu queria muito, experimentar pela primeira e última vez, qual era a sensação de um beijo.
— Oh, Esmeralda — a abraçou.
— Gosto de ti, Vincent — Esmeralda sussurrou, aninhando o rosto no peito do rapaz. — Não quero estar sendo precipitada, mas eu precisava falar isso.
E Vincent inclinou-se, beijando o alto da cabeça de Esmeralda, coberta pelo véu. Ele alimentava muito mais do que um simples "gostar" pela garota. Contudo, não seria o certo dizer naquela ocasião. Ela era uma sacerdotisa, pura como a neve. E ele um Assassino, com a alma manchada por sangue.
Que o precioso tempo, parasse, e que os sorrisos voltassem a fazer parte da vida de Vincent, e que tal recordação ficasse preservada em sua mente...
Um estrondo furioso sacudiram os portões da guilda, levando-os a cair por terra, fazendo com que Caled acordasse espantado. Gritos ensurdecedores ecoavam pela guilda e logo mais, surgiu o fogo e a fumaça, acompanhado com o som orquestral dos tinidos de espadas e galopes de corcéis. Foram pegos em guarda baixa.
— É um ataque! — gritou Caled, coçando os olhos. — São os Illuminatos! — agitava os sinos da torre da muralha, e então, uma flecha em chamas atravessou o seu peito.
Vincent ficou de súbito assustado. Não sabia o que fazer, apenas queria proteger Esmeralda, que já havia escapulido de seus braços, e corrido em direção à peleja infernal.
— Eles vieram destruir a guilda, Vincent! — Esmeralda exclamou alarmada, descendo a escadaria da muralha.
— Esmeralda, não vás! — Vincent descera atrás dela, tentando alcançá-la. — Fique aqui! É perigoso ir até lá!
— Tenho que cumprir meu dever como sacerdotisa e proteger a biblioteca! — Esmeralda expressou-se, desvencilhando-se das mãos de Vincent.
— Esmeralda! — Vincent berrou seu nome.
Era tarde para ela escutá-lo. A sacerdotisa havia sumido na densa fumaça.
Demônios, por que ela era tão teimosa?
Vincent tossiu, sentindo os pulmões queimarem. Havia a perdido de vista, entre o inferno que fazia-se presente na guilda.
Dois Illuminatos avançaram as espadas sobre o rapaz, que desviou dos golpes e ceifou os dois homens de mantos vermelhos.
O coração de Vincent agitou-se. Esmeralda! Precisava impedir Esmeralda de chegar até o Templo.
Apanhou Arcanjo, fincada no corpo do Illuminato, e a posicionou na bainha em seu dorso. Exasperado, Vincent correu entre o fogo e a fumaça.
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