Há uns dois dias descobri que Louis tinha várias marcas de açoite nas costas. Quando perguntei o motivo ele respondeu simplesmente "sou gay". Pela primeira vez fiquei com medo daquelas paredes não serem grossas o suficiente e que mais alguém pudesse nos ouvir. Perguntei se ele não tinha medo. Ele riu - a risada dele era perfeita - e me disse que ninguém deveria ter medo nem de amar nem do amor. E quando eu simplesmente falei que ser gay era errado ele me encarou dizendo que não podia controlar por quem o coração dele batia acelerado. Não quis insistir no assunto porque a amizade de Louis era a única coisa boa que eu tinha naquele lugar. Mas foi a primeira vez que ele não dormiu abraçado comigo. 

Eu até agora me sinto abandonado.